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2- MOVIMENTOS SOCIOTERRITORIAIS E A LUTA POR TERRA E ÁGUA NO

2.5 Acampamento Maria Eleonora – MST

O acampamento Maria Eleonora está localizado no município de Delmiro Gouveia – AL, divisa com os municípios de Paulo Afonso -BA, Água Branca – AL e Pariconha – AL. O acampamento Maria Eleonora está organizado pelo MST, sendo ele um dos acampamentos que margeiam o Canal do Sertão. A luta pela terra teve seu início no ano de 2007, com cerca de 200 famílias. A terra ocupada pelo movimento era a antiga Fazenda Salgadinho, que pertencia ao Sr. Luiz André de Melo Vieira Leite, possuindo 239 tarefas de terra10. Atualmente o acampamento está com 45 famílias. Esse decréscimo se deu devido a demora da regularização das terras, e também porque grande parte das famílias que ocuparam a terra chegam como forma de reforço, depois essas famílias são destinadas a outros acampamentos. Na figura 4 consta a localização do acampamento Maria Eleonora no Alto Sertão de Alagoas.

Figura 04: localização do acampamento Maria Eleonora – MST.

O processo de ocupação do acampamento Maria Eleonora foi mediado por um trabalho de base que o MST rotineiramente realiza a fim de recrutar nas periferias das cidades e das áreas rurais pessoas dispostas a lutar pela reforma agrária.

[...] como de praxe acontece no movimento, na região se faz uma catalogação, que chama de trabalho de base, das pessoas que estão desempregado e querem trabalhar com agricultura ne, e é convidado pelo movimento a fazer essa ocupação de uma terra que esteja ociosa na região né. Pode ser uma terra que esteja sendo explorada de uma forma irregular, seja uma terra que não esteja realmente cumprindo seu papel de produção né, teno alguma serventia para a sociedade. (ENTREVISTADO 1, entrevista realizada em novembro de 2019).

Há 13 anos que o movimento vem buscando o título da terra, e até agora não o conseguiu. Os camponeses desde o momento da ocupação não vivenciaram momento de tensão, porém, vem sendo pressionados por medidas judiciais. O proprietário das terras tem buscado na justiça a reintegração da posse, e isso tem causado sérios transtornos para os acampados.

Não diferente do acampamento São Francisco – CPT, o acampamento Maria Eleonora também está fazendo a negociação das terras pelo ITERAL. Desta maneira, o movimento tem se articulado com o ITERAL para a obtenção do credito fundiário, a fim de obter a terra por meio da reforma agrária de mercado, reforma essa que o camponês já entra endividado na terra, ficando refém do banco por muitos anos.

O grande problema do acampamento está nesse ponto, o governo não está concedendo crédito rural a fim de se fazer reforma agrária. Para os acampados, esse é o ponto principal da não efetivação da posse da terra. Desta maneira, o proprietário das terras não está mais satisfeito com tanta espera para receber o pagamento das terras. O Sr. Luiz André de Melo Vieira Leite insistentemente tem procurado a justiça para emitir uma liminar com ordem de despejo dos acampados. Isso tem causado recentes momentos de tensão no acampamento.

Essa briga com o proprietário é mais judicial mesmo, ele não age assim diretamente. Inclusive ele anda aqui dentro, ele cumprimenta. Ele só quer a questão do direito dele em relação a receber o pagamento pela terra. Porque todo assentamento o dono recebe por tudo aquilo ali. Inclusive eles gostam mais de vender ao Governo do que até pra outra pessoa, porque se eles for vender isso pra um fazendeiro, pra um vizinho, pra uma empresa, ou qualquer outra pessoa, vai vender tipo o hectare de terra a 1000 reais, e quando ele vende pra o Estado ele vendo por três, quatro mil reais, entendeu, e recebe tudo de uma vez, então eles preferem que isso aconteça.

Inclusive tem fazendeiro que manda o movimento ocupar. Tem gente que não sabe disso, mas tem fazendeiro que manda ir ocupar (ENTREVISTADO 1, entrevista concedida em novembro de 2019).

A despeito da ausência de tensão entre os acampados e o proprietário da terra, a possível concessão de liminar de ordem de despejo pode causar a desapropriação definitiva dos camponeses, e ainda eles passarem, no momento do despejo, por represálias policiais para a efetivação do despejo.

A situação atual do acampamento é de muita incerteza. Mesmo sob tensão, os camponeses têm se articulado e produzido com bastante qualidade em suas terras. Suas produções são irrigadas, desse modo outro problema se estabelece no acampamento. A luta pela água no Alto Sertão alagoano é uma realidade que está presente na vida dos acampados que margeiam o Canal do Sertão. Como o governo estadual por meio da SEMARH iniciou uma campanha para a regularização da água do Canal do Sertão, outorgas foram concedidas a pequenos agricultores. Os acampados, por não possuírem o título das terras, não podem ser comtemplados nos tramites legais da concessão da outorga.

[...] a gente não tem nenhuma legalidade. A qualquer momento se for legalizar esse Canal ou alguma coisa. O acampamento não pode receber a outorga da água. Pra receber essa outorga tem que vim um técnico da prefeitura, faz uma avaliação, você tem que ter o documento da terra, tem que ter toda a documentação. Ai o técnico da prefeitura ele emite um laudo, ai esse laudo você junta e manda pra SEMARH do Estado ai a SEMARH é quem emite essa outorga. Se a gente tivesse o título de concessão de uso ou de concessão de posse do terreno, do nosso lote a gente podia, porque a partir desse documento eu sou um agricultor, eu tenho DAP, eu começo a dar entrada nesse documento. Mas, como eu não tenho nem o título de concessão de uso nem de concessão de posse, eu não tenho como. (ENTREVISTADO 1, entrevista concedida em novembro de 2019).

Essa é a grande questão do acampamento em sua luta por reforma agrária. O atual governo estadual é um dos que mais têm desarticulado movimentos socioterritoriais. A não liberação de recursos a fim de se fazer reforma agrária (no caso do acampamento em questão que está tentando o título da terra através do ITERAL) tem deixado os camponeses reféns do governo estadual e vulneráveis a qualquer atrocidade.

Mesmo com todo esse descaso, o acampamento tem resistido. Segundo relatos dos acampados, o acampamento com relação a água ainda é privilegiado.

Esse acampamento é um dos privilegiados que eu sempre digo do estado de Alagoas. Onde a gente tem água da CASAL, água tratada que passa. Então nosso barraco aqui tem água encanada tratada da CASAL. E na parte inferior que é onde a gente trabalha com as irrigação a gente usa água do Canal por gravidade, tem esse benefício da gente não precisar gastar energia ou combustível pra movimentar alguma bomba pra produzir, então a gente usa. (ENTREVISTADO 1, entrevista concedida em novembro de 2019).

O acampamento tem se orgulhado por está situado em uma área onde eles estão tendo disponibilização hídrica, porém, a preocupação com um possível bloqueio do acesso somado à privatização do acesso às outorgas – devido aos trâmites legais – têm deixado os camponeses apreensivos.

Mesmo assim, como forma de resistência e luta por reforma agrária, o acampamento tem produzido e mantido uma agricultura irrigada, conforme é possível visualizar na figura 5.

Figura 05: produção agrícola do acampamento Maria Eleonora – MST. Por: Eduardo Neório Lima. Novembro

de 2019.

O entrevistado 1 relata que:

A nossa produção é pequena, é agricultura familiar mesmo. Ai a gente comercializa nas feira aqui próximo, a gente comercializa na feira da Barragem Leste na sexta feira, tem a feira do Sinimbu no domingo, e a feira do Bairro Tranquedo Neves em Paulo Afonso – BA, e nas feira do movimento e nas feira do ITERAL também (entrevista concedida em novembro de 2019).

Observamos que toda a produção é escoada para o mercado interno, em especial nas cidades próximas ao acampamento. Dentre os gêneros agrícolas podemos perceber a produção de hortaliças, feijão, amendoim, o milho, macaxeira, batata doce, cenoura, beterraba, abobora, banana, maracujá, tomate, todas produzidas de forma orgânica.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Apesar de apresentar uma proporção diferente da Mesorregião Leste do estado, o Sertão de Alagoas também sedia uma má distribuição de terras. Alagoas é marcada pela grande concentração fundiária, bem como pela presença do coronelismo, tão evidente no Sertão. Os movimentos socioteritoriais, materializados pelas bandeiras da CPT e do MST, são organizações que protagonizaram a luta por reforma agrária, e no Alto Sertão alagoano eles têm cumprido esse papel. A conquista da terra é apenas a primeira luta de muitas outras que necessitam ser travadas para que as condições de vida material nos assentamentos sejam dignas, onde haja uma estrutura de saúde e educação, bem como políticas públicas de incentivo à produção agrícola e à irrigação, que atendam de forma plena as famílias assentadas.

O acampamento São Francisco – CPT tem se articulado de forma autônoma, fazendo uso das águas do Canal do Sertão, tendo que arcar com todos os custos de sua produção, sem direito a nenhum crédito fundiário. A burocratização para se conseguir a conquista da terra, bem como a não liberação do crédito fundiário a fim de fazer reforma agrária, são barreiras postas para que o acesso à terra e o direito à outorga da água sejam liberados. A privação do acesso à terra os torna invisibilizados pelos governos, deixando-os de fora de todos os incentivos e programas a fim de promover o incentivo à produção orgânica e de qualidade.

Não diferente do acampamento São Francisco – CPT, o acampamento Maria Eleonora – MST também passa pelas mesmas dificuldades em relação a conquista da terra e ao direito à outorga da água. O acampamento já é bem estruturado para a produção agrícola e suas mercadorias são escoadas para as feiras circunvizinhas. A questão hídrica é algo que deixa os camponeses contentes, pois o acampamento é agraciado com as águas do Canal, bem como a água encanada da CASAL. Toda irrigação é feita por gravidade, eliminando os custos de bombeamento da água. Porém, a particularidade que os cerca é de constantes ameaças de desapropriação. As liminares emitidas pela justiça têm causado diversos transtornos às famílias acampadas.

Podemos observar que a questão agrária no Brasil segue sem solução imediata. No Alto Sertão alagoano a reforma agrária ainda não chegou de fato, pois os acampamentos estudados são prova de que o acesso à terra ainda é uma questão que traz bastante transtornos e dificuldades para as famílias camponesas. As organizações socioterritorias se fazem necessária para o combate a democratização da terra e seu acesso. A ocupação é a única forma de luta contra o latifúndio.

O governo federal e o governo do estado são agentes paralisadores da reforma agrária. O INCRA, órgão responsável pela realização da reforma, tem sido desmantelado. Isso tem levado os acampamentos a buscarem o ITERAL para a realização desta, pois na atual conjuntura, a maneira mais viável de se realizar a reforma agrária é através do crédito fundiário, ensejando uma reforma de mercado. O Alto Sertão alagoano está passando por esse momento, onde camponeses só estão vendo a possibilidade da conquista da terra através do ITERAL, em uma reforma agrária de mercado.

Finalmente, sublinhamos que a CPT e o MST no Sertão de Alagoas, também reivindicam o acesso à terra e à água. A água que antes era problema na região, hoje, com a chegada do Canal do Sertão, se torna um problema em seu acesso. Acampamentos que estão às suas margens fazem uso de forma autônoma, porém, com a legalização desta, por meio de outorga, os acampamentos ficarão desprovidos desse direito, pois a não regularização da terra e a demora para se tornarem assentados, impõe restrições legais ao uso das águas.

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APÊNDICES

UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO

QUESTIONÁRIO REALIZADO NO ACAMPAMENTO SÃO FRANCISCO – CPT E NO MARIA ELEONORA – MST

1. Como se deu o processo de ocupação da terra?

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2. Quantas famílias estão acampadas?

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3. Qual a situação atual do acampamento em relação a terra?

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4. Quais as maiores dificuldades encontradas para a conquista da terra?

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5. De que forma o acampamento tem se organizado para os enfrentamentos por parte dos proprietários e do Estado?

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6. Que tipo de produção agrícola ocorre no acampamento?

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8. O acampamento já faz uso da água do Canal do Sertão?

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9. Quais os maiores desafios para se conseguir ter acesso as águas do Canal?

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10. Existe algum projeto de irrigação ou assistência técnica?

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE ALAGOAS CAMPUS DO SERTÃO

QUESTIONÁRIO REALIZADO A LIDERANÇA DO MOVIMENTO CPT E MST EM ALAGOAS

1- Qual as maiores dificuldades encontradas hoje para a realização da reforma agrária? ___________________________________________________________________________ ___________________________________________________________________________

2- Por que o acampamento está sendo demarcado pelo ITERAL? Qual a posição do INCRA?

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3- Como o movimento tem se organizado para ir em busca da reforma agrária?

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