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Adaptação às necessidades dos Usuários

No documento Ebook TA pesquisa2 (páginas 185-189)

O ensino a crianças com TDAH: contribuições assistivas para o ambiente de sala de aula

3. RESULTADOS 1 Briefing de Design

3.4. Adaptação às necessidades dos Usuários

• Eliminar as carteiras extras presentes na sala, mantendo só o necessário para a quantidade de alunos. Isso reduziria a dispersão durante a aula devido às trocas de carteiras;

• Reorganizar o layout, de forma que facilite aos alunos e professora alterar as posições das carteiras para outros tipos de atividades pedagógicas, de modo que possam utilizar layouts de círculo, fileiras, agrupadas, etc.;

• Dispor as carteiras da sala com uma distância mínima de 70 cm para permitir circulação confortável entre carteiras;

• Disponibilizar cadeiras acolchoadas nos assentos e encostos, proporcionan- do conforto e, com isso, promover o foco na aula;

• Dispor para os estudantes três tamanhos de carteiras, pois as medidas das crianças são diferentes;

• Fazer manutenção nas carteiras e remover manchas e rabiscos feitos pelos alunos. Com isso, se evitaria dispersão dos alunos ao visualizarem os desenhos durante a aula;

• Evitar materiais brilhosos ou escorregadios para o piso, dando preferência a materiais aderentes e antiderrapantes, a fim de evitar quedas e acidentes por conta dele;

mover um equilíbrio entre a temperatura do corpo humano e a do material do piso, já que as crianças costumam sentar no chão, evitando assim, algumas doen- ças como gripes e resfriados;

• Instalar novas lâmpadas fluorescentes, distribuindo-as pelo ambiente, de modo que incida a iluminação em todas as partes da sala, evitando que algumas áreas fiquem mais escuras que outras, e que ofereçam os 300 lux, como recomen- dado pela norma;

• Fazer uso de janelas de vidro ou de material que permita a entrada de luz natural, atentando para o valor de 300 lux, onde seja possível o controle por meio de cortinas ou persianas;

• Manter a temperatura do ar-condicionado entre 20º C e 24º C, como reco- mendado pela norma e pela teoria em Ergonomia;

• Controlar os níveis de ruído dentro da sala, mantendo no limite de no má- ximo 89 dB tolerados para ruído contínuo ou intermitente, de acordo com a du- ração das aulas, como recomenda a NBR 10152 e NR 15, utilizando de técnicas pedagógicas que estimulam os alunos a se acalmarem;

• Introduzir alguma cor ao ambiente, mas de maneira equilibrada, de modo que os alunos se sintam estimulados para as aulas. Segundo a literatura, cores como o amarelo e o laranja são dinâmicos e estimulam e proporcionam energia ao ambiente; o azul inspira tranquilidade e pensamento lógico; e o verde é calmante e recorre à natureza;

• Pensar em uma nova decoração que ajudasse os alunos na hora do aprendi- zado. Como por exemplo, escolher um tema para trabalhar durante o ano, que utilizasse a mesma paleta de cores para manter o equilíbrio no olhar da criança;

• Dispor de um cesto de lixo grande na sala, que evitasse o lixo cair no chão da sala e que também evitasse que alguém tirasse algo do lixo, como por exemplo travas de segurança;

• Utilizar forro de gesso para o revestimento do teto, que traz mais segurança e valoriza o ambiente em que valoriza esteticamente o ambiente;

• Disponibilizar um novo bebedouro para a sala, de modelos independentes, de chão, que se adaptam a qualquer ambiente e que não precisem de nenhum outro apoio.

4. DISCUSSÃO

O TDAH é um transtorno neurobiológico, em que o cérebro do estudante fun- ciona de uma maneira diferente dos que poderiam ser considerados normais. Nis- so, quando associado à sua infância, é comum perceber a presença de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que são os sintomas do transtorno. Esses sinto- mas relacionados à escola revelam uma gama de dificuldades para o aprendizado do aluno analisado.

mover um equilíbrio entre a temperatura do corpo humano e a do material do piso, já que as crianças costumam sentar no chão, evitando assim, algumas doen- ças como gripes e resfriados;

• Instalar novas lâmpadas fluorescentes, distribuindo-as pelo ambiente, de modo que incida a iluminação em todas as partes da sala, evitando que algumas áreas fiquem mais escuras que outras, e que ofereçam os 300 lux, como recomen- dado pela norma;

• Fazer uso de janelas de vidro ou de material que permita a entrada de luz natural, atentando para o valor de 300 lux, onde seja possível o controle por meio de cortinas ou persianas;

• Manter a temperatura do ar-condicionado entre 20º C e 24º C, como reco- mendado pela norma e pela teoria em Ergonomia;

• Controlar os níveis de ruído dentro da sala, mantendo no limite de no má- ximo 89 dB tolerados para ruído contínuo ou intermitente, de acordo com a du- ração das aulas, como recomenda a NBR 10152 e NR 15, utilizando de técnicas pedagógicas que estimulam os alunos a se acalmarem;

• Introduzir alguma cor ao ambiente, mas de maneira equilibrada, de modo que os alunos se sintam estimulados para as aulas. Segundo a literatura, cores como o amarelo e o laranja são dinâmicos e estimulam e proporcionam energia ao ambiente; o azul inspira tranquilidade e pensamento lógico; e o verde é calmante e recorre à natureza;

• Pensar em uma nova decoração que ajudasse os alunos na hora do aprendi- zado. Como por exemplo, escolher um tema para trabalhar durante o ano, que utilizasse a mesma paleta de cores para manter o equilíbrio no olhar da criança;

• Dispor de um cesto de lixo grande na sala, que evitasse o lixo cair no chão da sala e que também evitasse que alguém tirasse algo do lixo, como por exemplo travas de segurança;

• Utilizar forro de gesso para o revestimento do teto, que traz mais segurança e valoriza o ambiente em que valoriza esteticamente o ambiente;

• Disponibilizar um novo bebedouro para a sala, de modelos independentes, de chão, que se adaptam a qualquer ambiente e que não precisem de nenhum outro apoio.

4. DISCUSSÃO

O TDAH é um transtorno neurobiológico, em que o cérebro do estudante fun- ciona de uma maneira diferente dos que poderiam ser considerados normais. Nis- so, quando associado à sua infância, é comum perceber a presença de desatenção, hiperatividade e impulsividade, que são os sintomas do transtorno. Esses sinto- mas relacionados à escola revelam uma gama de dificuldades para o aprendizado do aluno analisado.

Durante a pesquisa do estudo de caso, foram vistos todos esses sintomas pre- sentes do usuário observado, e como eles o prejudicam no momento de aprender. Além disso, a sala analisada não estava em condições de receber um aluno as- sim, apresentando características negativas, que deveriam ser revistas e melhorar o conforto dos usuários. As dificuldades em relação ao ambiente podem trazer prejuízo em relação ao aprendizado, que se fossem solucionadas através de inter- venções ergonômicas trariam, além do conforto, mais facilidade no momento de estudo.

Uma observação sobre o portador de TDAH é que ele tem consciência do que é pedido para que ele faça, mas que, dependendo do que é pedido, pode ser uma atividade que ele simplesmente não consegue realizar, e isso faz com que se sinta triste e ter uma autoestima baixa por se sentir incapaz, principalmente ao obser- var que seus outros colegas conseguem. A adaptação da sala de aula visando suas necessidades poderiam contribuir para uma melhora também na sua qualidade de vida.

5. CONCLUSÕES

As recomendações propostas nesta pesquisa foram elaboradas a partir do conhecimento adquirido na literatura e com a aplicação da metodologia sele- cionada no ambiente de estudo de caso, levando em consideração as necessi- dades do usuário para cumprir com as tarefas, como também suas limitações com o TDAH. Considerando essas recomendações em etapas de elaboração projetual e concepção do ambiente, as salas de aula poderiam se tornar mais favoráveis para a contribuição da atenção e concentração durante as aulas. Além de não ter a necessidade de ter que reformar o espaço, por já estarem sendo assistivamente projetados. Essas recomendações, por tratarem de ofere- cer melhoria no processo de concentração, não só contribuiriam para crianças que possuem o TDAH, mas também aquelas que não o possuem, mas tem dificuldades de concentração e atenção.

Seria de fundamental importância que a comunidade e órgãos que lideram as escolas (diretores, governo) cobrassem a execução desses tipos de recomen- dações, além de cobrar a implantação de programas de acompanhamento de projetos assistivos nas escolas, já que a permanência dos alunos nesses am- bientes é de no mínimo 4 horas diárias.

APA, American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental

disorders: DSM-5. — 5ª ed. Washington (DC); 2013. Disponível em: <http://displus.

sk/DSM/subory/dsm5.pdf> Acesso em: 06 de abril de 2017.

ATTAIANESE, Erminia; DUCA, Gabriella. (2012). Human factors and ergonomic principles in building design for life and work activities: an applied methodology.

Special Issue: Ergonomics in Design - Part II. Theoretical Issues in Ergonomics

Science. Volume 13, Issue 2, 2012. pg 187-202.

CALIMAN, Luciana Vieira. O TDAH: entre as funções, disfunções e otimização da atenção. Psicol. Estud., Maringá, v. 13, n. 3, p. 559-566, setembro, 2008.

LIMA, Uirassú Tupinambá de; CAVALCANTE, Verônica Maria Serpa. Crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade - TDAH: entendendo-as para a construção de um novo caminho em sua aprendizagem. Revista Travessias. Vol 7, nº 1, 17ª ed. 2013.

ROHDE, Luis A; HALPERN, Ricardo. Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: atualização. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 80, n. 2, supl. P. 61-70, abril de 2004. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e

impulsividade. Rio de Janeiro, 271p. Objetiva, 2009.

APA, American Psychiatric Association. Diagnostic and statistical manual of mental

disorders: DSM-5. — 5ª ed. Washington (DC); 2013. Disponível em: <http://displus.

sk/DSM/subory/dsm5.pdf> Acesso em: 06 de abril de 2017.

ATTAIANESE, Erminia; DUCA, Gabriella. (2012). Human factors and ergonomic principles in building design for life and work activities: an applied methodology.

Special Issue: Ergonomics in Design - Part II. Theoretical Issues in Ergonomics

Science. Volume 13, Issue 2, 2012. pg 187-202.

CALIMAN, Luciana Vieira. O TDAH: entre as funções, disfunções e otimização da atenção. Psicol. Estud., Maringá, v. 13, n. 3, p. 559-566, setembro, 2008.

LIMA, Uirassú Tupinambá de; CAVALCANTE, Verônica Maria Serpa. Crianças com transtorno de déficit de atenção e hiperatividade - TDAH: entendendo-as para a construção de um novo caminho em sua aprendizagem. Revista Travessias. Vol 7, nº 1, 17ª ed. 2013.

ROHDE, Luis A; HALPERN, Ricardo. Transtorno de déficit de atenção / hiperatividade: atualização. J. Pediatr. (Rio J.), Porto Alegre, v. 80, n. 2, supl. P. 61-70, abril de 2004. SILVA, Ana Beatriz Barbosa. Mentes inquietas: TDAH: desatenção, hiperatividade e

impulsividade. Rio de Janeiro, 271p. Objetiva, 2009.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Ambiente escolar e professores com deficiência física:

No documento Ebook TA pesquisa2 (páginas 185-189)