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2 CULTURA ORGANIZACIONAL E ACESSIBILIDADE

2.4 Ações Motivadas à Política Institucional de Acessibilidade Visual

2.4.1 Adaptação e Organização das Instituições do Ensino Superior

Na adaptação de estratégias nas universidades, é preciso receber os discentes com organização no ambiente, pois isso possibilitará que estas pessoas se achem em seu “lar” experimentando conforto, segurança e organização.

Os processos de adaptação estratégica eram limitados até a Revolução Industrial. A partir daquele momento, a visão de uma adaptação social e econômica foi interagindo com a tecnologia, trazendo valorização do trabalho e da complexidade organizacional.

Para Motta (2001), com o fim da Revolução Industrial, passou-se para um novo processo de adaptação e novas táticas, com a finalidade de ajustar novos desafios organizacionais e ambientais. Motta sugere que essa adaptação precisa ter as seguintes abordagens, as que mais encaixam com a visão das universidades: abordagem humanística, que se preocupa com a organização formal e valorização do trabalho humano e grupos sociais.

A abordagem humanística envolve o comportamento organizacional e adaptação do ser humano com o trabalho; para a abordagem neoclássica, onde o homem é considerado o ponto central com capacidade de revelar o ato de como lidar com trabalho de qualidade, com alcances de resultados por meio do desempenho profissional, na prática da administração, dos princípios, objetivos e resultados.

As universidades, a princípio, não possuem o hábito de receber novas estratégias de transformações. Obviamente, as IES já são responsáveis por suas tarefas múltiplas com a função de pesquisar e executar essas tarefas, todavia, com o objetivo de adaptar-se às novas tecnologias oriundas da globalização, é que lançam como desafio qualidade e confiabilidade desse trabalho.

A eficácia organizacional é de enorme importância, pois é nela que se percebe a atuação do ambiente difícil e dinâmico, com o fim de ajustar as estruturas organizacionais de forma linear com um bom trabalho estratégico.

Cada universidade tem seu modelo de estratégica organizacional e sua forma de autonomia. A organização não é algo que define a IES, pois o termo organização tem como definição o ato de instrumentalizar e adaptar – relata o autor Dias Sobrinho (2003). Em contrapartida, Neiva (2002) considera que a organização é a universidade, pois com ela há como estruturar recursos e processos.

As características fundamentais que mostram como se trabalha numa organização universitária e como se lida com este processo, por meio da ambiguidade de objetivos onde não tem uma definição concreta no que se vai trabalhar. Outra característica é que, os clientes que fazem com que as universidades, tenham uma tomada de iniciativa de forma ativa. A problemática da tecnologia é diversa, pois o trabalho deles é atender clientes, então é preciso que haja métodos, processos e tecnologias variadas com o fim de ter um atendimento com várias demandas. Dentro da característica de profissionalismo, não existe rotina de funções universitárias, trabalhando com a intenção de avaliar os que estão ao seu redor e não os superiores, envolvendo-os com a autonomia e lealdade. Sua última característica organizacional é a vulnerabilidade social, pois nas universidades recebem pressão do ambiente externo, podendo redundar em problemas organizacionais.

Dentro da IES, é preciso lidar com um bom planejamento estratégico organizacional, usando-se as ferramentas do processo de parâmetros e diretrizes, que são: a missão, a visão, o princípio e as ações.

Para isso, a IES precisa tomar sua decisão de forma satisfatória e de confiança, transmitindo todos os passos da organização, embora o processo de adaptação seja complexo e expressivo no contexto universitário, é necessário buscar flexibilidade e a agilidade para que a universidade se torne mais efetiva para mudar o caminho da humanidade.

A principal característica para que o planejamento estratégico estabeleça uma direção visando ao melhor grau de interação com o ambiente e capacitação de dar a posse às oportunidades a serem surgidas é a flexibilidade, como relata Oliveira (1998).

Devem ser acompanhadas nas universidades as etapas da prática do planejamento estratégico, pois precisa acompanhar de forma cautelosa a cultura organizacional, onde envolve a liderança, mudança do modelo, adaptação ao novo clima organizacional, motivação e competência. Todas essas implementações estão sob-resistência à mudança, chegando ao ponto de sucesso. Uma tomada de decisão torna eficaz o planejamento estratégico, sabendo, a fim de atualizar as ações e execuções eficazes nas universidades.

Figura 2 – Processo de Planejamento Organizacional

Fonte: Elaborada pelo autor (2012).

Adaptações de Recursos Organizacionais Estrutura Organizacional Planejamento Estratégico Inclusivo Execução Análise nas IES

A implementação pede a tomada de decisão em execução. O planejamento tático faz ajuste com o detalhamento do conteúdo de forma preparatória a formulação das estratégias. A execução operacional ou plano de ação são documentos que listam, sistematizam e especificam as ações que foram propostas na execução.

Cada planejamento deverá conter, com detalhe:

a) descrição dos procedimentos a serem escolhidos;

b) os objetivos e as metas a serem atingidos com os procedimentos (resultados esperados); c) o implemento organizacional e

d) os responsáveis pela prática por meio de execução.

O Aviso Circular argumenta (BRASIL, 1996, p. 1),

Magnífico Reitor,

A execução adequada de uma política educacional dirigida aos portadores de necessidades especiais possibilita que venham a alcançar níveis cada vez mais elevados do seu desenvolvimento acadêmico. É importante, por isto, registrar o esforço que as Instituições de Ensino Superior – IES empreendem no sentido de adequar-se, estruturalmente, para criar condições próprias, de forma a possibilitar o acesso desses alunos ao 3º grau. Os levantamentos estatísticos no Brasil não têm contemplado o atendimento educacional aos portadores de deficiência, dificultando, assim, a exposição de dados sobre o número de alunos que concluem o 2º grau e o número daqueles que ingressam no ensino superior. É, no entanto, elevado o número de solicitações – tanto de pais, dos alunos portadores de deficiência, quanto das próprias instituições de ensino superior – no sentido de que seja viabilizado o acesso desses candidatos ao 3º grau, razão pela qual o tema acesso e permanência do

educando portador de deficiência na instituição de ensino superior está sendo

objeto de estudo na maioria das IES [...] (grifos do autor) [...]. A prática vem demonstrando que a operacionalização das estratégias já utilizadas necessitam de ajustes para que possam atender a todas as necessidades educativas apresentadas por esse alunado.

Observa-se, pois, que há duas décadas, já havia a preocupação com a formação de diferentes profissionais no que tange ao conhecimento sobre pessoas com necessidades especiais e, dentre estas profissões, aquelas ligadas à formação de professores preparados para trabalhar com alunos que apresentam deficiência/necessidades especiais, o que se torna dever relevante num país que resolve adotar como política, de forma preferencial, a inclusão dos referidos alunos na escola regular (BRASIL, 2004).

A universidade tem proporcionado inclusão aos números de discentes surdos, mas a educação de ensino superior ainda é muito incipiente e precisa que tenha vida acadêmica,

mostrando a capacidade profissional, o estudo, e a inclusão de Intérprete educacional de LIBRAS, para que possa superar barreiras, e receber direito de acesso de ir a vir, como qualquer outro discente.

A constituição do direito à educação para todos os alunos, em todos os níveis de ensino, há outra legislação que normatiza esse direito - Portaria nº 3.284, de 7 de novembro de 2003 (que revogou a portaria nº 1.679/99). Essa portaria afirma:

[...] considerando a necessidade de assegurar aos portadores de deficiências física e sensorial condições básicas de acesso ao ensino superior, de mobilidade e de utilização de equipamentos e instalações das instituições de ensino, resolve: Art. 1º Determinar que sejam incluídos nos instrumentos destinados a avaliar as condições de oferta de cursos superiores, para fins de autorização e reconhecimento e de credenciamento de instituições de ensino superior, bem como para renovação, conforme as normas em vigor, requisitos de acessibilidade de pessoas portadoras de necessidades especiais. (BRASIL, 2003, p.1).

A evolução dos universitários surdos em movimentos sociais provoca a sociedade a eliminar a exclusão, o esquecimento histórico do preconceito que encalçava os surdos e inicia a ação inclusiva para um acerto das universidades, em respeito a esses discentes. A população não pode dominar os alunos surdos e ou pessoas com deficiência gerando um desconforto, levando a sentirem-se pormenorizadas na sociedade.