• Nenhum resultado encontrado

3 METODOLOGIA

3.8 Procedimentos Metodológicos de Análise

Os procedimentos metodológicos para responder aos objetivos deste estudo estão expressos na sequência.

Informar os procedimentos da coleta 14 participantes na Universidade 1 e Universidade 2. Nessas instituições, foram entrevistados todos sobre política institucional e ações inclusivas no ensino superior os quais se disponibilizaram em participar da pesquisa, tendo assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (em APÊNDICE A). O critério de escolha das universidades foi estudado pelo coletivo; sua localidade e a disposição em contribuir com a pesquisa.

Procedimento 1

- Pesquisa documental com o fim de identificar as políticas de inclusão e acessibilidade de discentes surdos e análise de dados secundários sobre o número de pessoas surdas ou com deficiência no Brasil e em suas regiões.

Procedimento 2

- Estudo e análise de documentos que explicam as políticas da Universidade Federal do Ceará (UFC) e Universidade de Fortaleza (UNIFOR). A pesquisa não incluiu a universidade Estadual, devido a ausência de alunos surdos;

- Questionário dirigido aos gestores responsáveis pela implementação de políticas de inclusão e para alunos surdos nas Universidades; e

- Questionário dirigido aos alunos que vivenciam as políticas de inclusão nas Universidades.

Procedimento 3

- Análise das políticas de implementação e propostas efetuadas pelas Universidades.

Procedimento 4

pelo pesquisador.

Assim sendo, esta estratégia de pesquisa permitiu o exame de determinadas características das IES em um contexto mais amplo, com propósitos de investigação mais aprofundada. O estudo de caso múltiplo obedecera à sequência adiante delineada.

[i] No primeiro momento, em aproximadamente seis meses iniciados no segundo semestre de 2011, foram realizadas pesquisas bibliográficas e buscas documentais, objetivando melhorar a fundamentação teórica para construir corpo teórico do projeto. O que para Andrade (1999), esta é uma etapa fundamental da pesquisa de campo. Além de proporcionar uma revisão sobre a literatura referente ao assunto, a realização da pesquisa documental é argumentada pelo autor como sendo a essência da coleta dos dados que, no caso específico consiste em fontes oficiais da IES e da Universidade, tais como: Regimento, Estatuto, PDI, PPI e demais documentos internos necessários. Levou-se em conta a recomendação de Gil (1999), para quais documentos são também importantes fontes de dados. Este momento também foi enriquecido com a pesquisa participante cuja peculiar relação com as instituições verificadas são de aluno e funcionário.

A pesquisa participante caracteriza-se pela interação entre pesquisadores e membros das situações investigadas. Há autores que empregam as duas expressões como sinônimas. A pesquisa participante envolve a distinção entre ciência popular e ciência dominante. (GIL, 2002, p. 56).

[ii] No segundo momento, ocorrido concomitante ao primeiro, ocorreu à fase de pesquisa de campo e coleta dos dados. Para Minayo (1993), ela representa “o recorte espacial que corresponde à abrangência, em termos empíricos, do recorte teórico correspondente ao objeto da investigação”. Nesta perspectiva, a autora considera que o trabalho de campo inclui tanto os referenciais teóricos, nos quais o pesquisador se fundamenta, quanto aos aspectos operacionais que envolvem questões conceituais. A materialização desta etapa se deu em duas etapas. A primeira na pesquisa participante do autor no objeto investigado e depois na aplicação de questionário semiestruturado cujo conteúdo estabelece caminhos que levam o pesquisador a sua meta, previamente definido nos objetivos da pesquisa.

[...] a confiabilidade de uma ciência não está tanto no rigor positivo de seu pensamento, mas na contribuição de sua prática na procura coletiva de conhecimentos que tornem o ser humano não apenas mais instruído mais sábio, mas igualmente mais justo, livre, crítico, criativo, participativo, co-responsável e

solidário. Toda a ciência social de um modo ou de outro deveria participar da criação de éticas fundadoras de princípios de justiça social e de fraternidade humana. (BRANDÃO, 2006, p. 24).

[iii] Por fim, estendeu-se de meados do segundo semestre de 2011 até o início do primeiro semestre de 2012. Consiste na análise e redação dos dados. Merece cuidado minucioso, mostrando-se oportuno, mas uma fase delicada da pesquisa. Isso ocorre quando Gil (1994) aponta para o surgimento de dois problemas: [1] quando o pesquisador tende a concluir a pesquisa com uma mera apresentação dos dados e [2] interpretar o fenômeno pesquisador com suporte dos materiais coletados.

A pesquisa começou a ser realizada no segundo semestre de 2011 por meio de um questionário elaborado pelo autor e com base nos conhecimentos e pesquisas realizadas por Agarwal e Karahanna (2000). A finalidade do questionário encontrado no Apêndice A foi a de colher dados, que evidenciassem, através das respostas dos gestores e frequentadores, das universidades (UNI1 e UNI2), o que conhecem ou desconhecem, se conheciam sobre seus currículos e didática em LIBRAS; se existem instruções ou mídias sobre processos seletivos em LIBRAS; se a responsabilidade social e políticas públicas de inclusão de acessibilidade são trabalhadas em algumas disciplinas; se existem ações das respectivas instituições visando a inclusão de pessoas surdas; se ambas as instituições possuem critérios e metodologias para o combate à exclusão social; se os documentos internos obedecem à legislação sobre inclusão; se há avaliação e diagnósticos do mapa da inclusão/exclusão dos surdos nas instituições; se há pesquisas acerca do nível de satisfação dos alunos surdos; se as instituições tem programas e ações de responsabilidade social; se as instituições proporcionam oportunidades de formação de membros da comunidade local que sejam surdos; se existem planos de desenvolvimento educacional e institucional voltados para a nova estratégia da responsabilidade social; se existe a formação de pesquisadores e de docentes para a educação inclusiva superior relacionada com a responsabilidade social; se as ações adotadas pela gestão possuem conteúdo acessível a comunidade surda; se há implementação de políticas de capacitação e de acompanhamento voltado aos alunos surdos; se a participação dos discentes surdos nas atividades acadêmicas são em geral previstas nos programas de ambas as universidades; se as instituições fazem uso da Lei de LIBRAS 10.436/02 e do Decreto 5.626/05 na formação dos discentes surdos; se existe secretária/núcleo responsável pela inclusão e acessibilidade de intérprete de LIBRAS qualificados e contratados; se o conceito de acessibilidade linguística é contemplado na perspectiva ampla da inclusão das pessoas

surdas; se nas bibliotecas de ambas as universidades existem materiais sobre a linguagem de sinais; e por último, se a disciplina de LIBRAS é ofertada obrigatoriamente e objetivamente conforme a graduação.