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ASMA AGUDIZADA NA URGÊNCIA PEDIÁTRICA Susana Carvalho, Ana Margarida Romeira, Paula Leiria Pinto

No documento ANUÁRIO DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA (páginas 164-168)

Caso III: A.B Adolescente do sexo masculino, 18 anos, estenose grave do esófago desde os 2 anos por ingestão de cáustico Admitido no pós-operatório de transposição gástrica

ASMA AGUDIZADA NA URGÊNCIA PEDIÁTRICA Susana Carvalho, Ana Margarida Romeira, Paula Leiria Pinto

Serviço de Imunoalergologia, Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central EPE, Lisboa.

- Reunião da Área de Pediatria Médica - 28 de Julho de 2009

As agudizações da asma brônquica são um motivo frequente de recurso ao Serviço de Urgência e, por vezes, de internamento hospitalar.

Faz-se uma revisão da terapêutica e apresenta-se um protocolo de abordagem das crises de asma. Pretende-se com este protocolo contribuir para a uniformização dos procedimentos de actuação e melhorar a eficiência terapêutica.

ASMA BRÔNQUICA NA GRAVIDEZ: ATITUDES E CONHECIMENTOS PRÁTICOS DOS ESPECIALISTAS EM GINECOLOGIA-OBSTETRÍCIA

Susana Carvalho1, Ana Margarida Reis2, Ana Margarida Romeira1, Sara Prates1, Paula Leiria-Pinto1

1 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar Lisboa Central, EPE, Lisboa; 2 - Unidade de Imunoalergologia, Hospital Pulido Valente, Centro Hospitalar Lisboa Norte

- XXX Reunião Anual da SPAIC, Albufeira, 1 a 4 de Outubro de 2009 (Poster).

- XXVIII Congresso Anual da EAACI (European Academy of Allergology and Clinical Immunology), Varsóvia, Polónia, 6 a 10 de Junho de 2009 (Poster).

Introdução: A asma brônquica é uma das patologias mais frequentes durante a gravidez, apresentando potencial para causar complicações materno-fetais graves. O risco do não

tratamento é superior aos efeitos adversos potenciais dos fármacos administrados, de onde se deduz a necessidade de um controlo adequado.

Objectivos: Avaliação de atitudes e conhecimentos práticos de diagnóstico e terapêutica da asma brônquica por parte dos médicos especialistas em Ginecologia-Obstetrícia, no sentido de perceber necessidades de formação e optimizar a abordagem interdisciplinar.

Métodos: Aplicação de questionário de preenchimento voluntário e anónimo com 9 perguntas de escolha múltipla (apenas uma alínea correcta) aos médicos de Ginecologia- Obstetrícia de três Hospitais de referência de Lisboa.

Resultados: 24 dos 61 médicos abordados concordaram responder ao questionário. A maioria (16/24) observou grávidas com asma brônquica ≥ 1 vez/mês e < 1 vez/semana, ao nível da Consulta Externa (13/24). A maioria das mulheres manteve os sintomas de asma brônquica prévios à gravidez (12/24) e apenas numa minoria dos casos (2/24) houve agravamento da sintomatologia durante a gravidez. 19 dos 24 inquiridos optam pela manutenção do tratamento anti-asmático prévio à gravidez e referenciação a médico especialista. Apenas 5/24 admitem a associação entre asma brônquica na gravidez e recém- nascidos de baixo peso. A maioria (16/24) respondeu correctamente à questão sobre a prevalência da asma na gravidez. Relativamente a aspectos terapêuticos: perante uma lista de montelucaste, cetirizina e associação de propionato de fluticasona e salmeterol inalado 9/24 suspenderiam de imediato o montelucaste e 6/24 manteriam todos; 11/24 assinalaram os corticóides inalados como o fármaco de primeira linha no tratamento preventivo da asma brônquica e 10/24 assinalaram quer corticóides sistémicos, beta-agonistas de longa duração de acção ou anti-leucotrienos como terapêutica preventiva de primeira linha. 15/24 apontaram os beta-agonistas de curta duração de acção como primeira linha para o tratamento da exacerbação da asma brônquica e 6/24 consideram os corticóides inalados nestas situações.

Conclusões: Os resultados deste estudo revelam que, apesar de algumas insuficiências nos conhecimentos diagnósticos e terapêuticos, a atitude dos médicos perante as suas pacientes grávidas com asma é globalmente razoável, beneficiando seguramente de uma abordagem interdisciplinar no sentido de optimizar o controlo da asma.

Palavras-chave: asma, gravidez, Ginecologia-Obstetrícia.

ASMA E RINITE NA POPULAÇÃO NACIONAL DE IDOSOS - ARPA SENIORES Mário Morais de Almeida1, Ângela Gaspar1,2, Ana Todo-Bom3, Carlos Nunes4, Carlos Loureiro3, Luís Miguel Borrego1,2, Rodrigo Rodrigues Alves5, Helena Falcão6, Filipe Inácio7

1- Unidade de Imunoalergologia, Hospital CUF-Descobertas, Lisboa; 2- Serviço de Imunoalergologia,Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia,Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa; 3 - Serviço de Imunoalergologia dos Hospitais da Universidade de Coimbra; 4 - Centro de Imunoalergologia do Algarve, Portimão; 5 - Unidade de Imunoalergologia, Hospital do Divino Espírito Santo, Ponta Delgada; 6 - Unidade de Imunoalergologia, Hospital Maria Pia, Porto; 7 - Serviço de Imunoalergologia, Hospital de São Bernardo, Setúbal

- XXX Reunião Anual da SPAIC, Albufeira, 1 a 4 de Outubro de 2009. (1º Prémio SPAIC, ex-aequo, Schering-Plough 2009 para a melhor comunicação oral)

Introdução: Asma e rinite são situações clínicas muito comuns, existindo pouca informação sobre a prevalência das doenças alérgicas em idosos. Muitos indivíduos com idade avançada apresentam sintomas de asma e de rinite, relacionados quer com situações iniciadas precocemente, quer decorrentes de manifestações com início apenas nesta fase da vida. Alguns estudos recentes têm permitido constatar que, também neste grupo etário, os alergénios são importantes desencadeantes de inflamação.

Objectivo: Na sequência das fases anteriores do projecto ARPA, com este estudo pretendeu-se avaliar a prevalência de asma e rinite na população portuguesa, com ≥65 anos, caracterizando a relação entre estas duas entidades clínicas.

Métodos: De Maio a Julho de 2008, incluiu-se uma amostra representativa da população nacional com ≥65 anos, estratificada por sexo, idade e região, assumindo -se uma prevalência estimada de asma de 10% e de rinite de 25%, uma margem de erro inferior a 1,5% e um nível de significância de 0,05. Os questionários normalizados foram aplicados por entrevistadores treinados, após obtenção de consentimento informado.

Resultados: Foi incluída uma amostra de 3678 individuos, 58% do sexo feminino, com idade compreendida entre os 65 e os 98 anos, sendo a idade média de 74±7 anos, 75% residindo em meio urbano. 11% da amostra tinha recebido diagnóstico médico de asma, sendo que destes 70% referiu tomar medicação anti-asmática; a prevalência epidemiológica de rinite foi de 30%; variáveis como sexo, sub-grupo etário ou local de residência (urbano versus rural) não influenciaram as taxas encontradas. Entre os inquiridos com clínica de rinite, existia diagnóstico médico de asma em 30%, valor significativamente superior face aos idosos sem rinite (3%, p<0,001); entre os indivíduos com rinite persistente a percentagem de asmáticos foi também superior versus os casos de rinite intermitente (48 vs 24%, p<0,001), sendo a maior prevalência observada entre os entrevistados com clínica persistente moderada/grave (55%, p<0,001).

Conclusão: Nesta pioneira fase do estudo ARPA e, à semelhança dos dados encontrados nos grupos etários anteriormente considerados, foram determinadas percentagens muito significativas de idosos acometidos de doenças alérgicas respiratórias. É de salientar a intima relação entre asma e rinite, em especial a significativa expressão de asma entre os idosos com rinite persistente e, entre estes, nos que expressavam maior gravidade.

Palavras-chave: asma rinite, ARPA seniores

ASTHMA CONTROL EVALUATION: COMPARISON BETWEEN DIFFERENT METHODS

Miguel Paiva1, Pedro Martins1,3, Susana Carvalho1, Marta Chambel1, Anália Matos1, Isabel Almeida1, Ana Luísa Papoila2, Nuno Neuparth3, Paula Leiria Pinto1

1 - Immunoallergy Department, Dona Estefânia Hospital, Lisbon, Portugal ; 2 - Biostatiscs and Informatics Department, CEAUL, Faculty of Medical Sciences, New University of Lisbon, Portugal; 3 - Pathophisiology Department, CEDOC/FEDER, Faculty of Medical Sciences, New University of Lisbon, Portugal

- XXVIII Congresso Anual da EAACI (European Academy of Allergology and Clinical Immunology), Varsóvia, Polónia, 6 a 10 de Junho de 2009 (Poster).

Background: Asthma control should be regularly accessed by evaluation of symptoms and complemented by lung function tests, as stated by GINA. Asthma Control Test (ACT) is a validated questionnaire for asthma control evaluation. There are few data comparing results of ACT with other “tools” for asthma monitoring.

Aim: To evaluate the concordance between ACT, lung function tests and FENO determination and try to find risk factors for uncontrolled asthma.

Methods: During two weeks we asked to 103 consecutive asthmatic patients older than 12 years to fill an ACT questionnaire, to perform a plethismography with bronchodilation and a FENO measurement. Uncontrolled asthma was defined as an ACT<20. The cut-off of the parameters of lung function (LF) were: FEV1/FVC<0.75, FEV1<80%, RV>140%, FEF25- 75%<60%, ∆FEV1>12% and 200ml. FENO was considered high if was >35ppb.

Results: 52 patients were women, with a median of age of 18 years (p25-p75:15-36 years). 80% were sensitized to aeroallergens, mainly men (p=0.005). Smokers represented 9.6%, with predominance of female (p=0.049). Those with an ACT<20 had greater RV (p=0.054). There was no association between ACT and LF. The concordance between ACT<20 and LF changes was low (kappa coefficient<0.2). In multivariate analysis women had a higher risk of getting an ACT<20 (OR:3.83, IC95%:1.36-10.80, p=0.01) and a FEF25-75%<60% (OR:3.92, CI95%:1.07-14.33, p=0.04). Being ≥18 years wasn’t a risk for ACT<20 but was associated with a low ratio FEV1/FVC<0.75 (OR:5.63, CI95%:1.85-17.18, p=0.002) and a low FEF25-75%<60% (OR:20.40, CI95%:2.52-164.77, p=0.005). Female and age ≥18 years were associated with a lower risk of FENO >35ppb.

Conclusions: Female gender was a risk factor for uncontrolled asthma. Patients older than 18 years had higher risk of having LF changes, suggesting underestimation of symptoms. The discordance between ACT, LF and FENO suggest that clinical evaluation should be regularly complemented by LF tests in order to obtain a better asthma management and control.

Palavra-chave: Asthma control

AVALIAÇÃO DA ESPECIFICIDADE DOS TESTES CUTÂNEOS POR PICADA COM EXTRACTOS DE PEIXES

Filipa Sousa1, Helena Pité2, Sara Prates2, Paula Leiria Pinto2

1 - Unidade de Imunoalergologia, Hospital Central do Funchal; 2 - Serviço de Imunoalergologia, Hospitalde Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE, Lisboa.

- XXX Reunião Anual da SPAIC, Albufeira, 1 a 4 de Outubro de 2009 (Poster).

Introdução: O peixe é frequentemente responsável por reacções alérgicas na nossa população. Os testes cutâneos (TC) por picada são uma ferramenta básica no diagnóstico de alergia IgE mediada. O seu desempenho na alergia ao peixe não está ainda suficientemente validado, admitindo-se uma elevada prevalência de falsos positivos e a sua especificidade é

desconhecida. O objectivo deste estudo foi avaliar a frequência de resultados positivos nos testes cutâneos com extractos comerciais de peixes, num grupo controlo de doentes sem história de alergia ao peixe e adicionalmente avaliar a frequência de positividade obtida num grupo de doentes com alergia ao peixe, previamente estudado, testado com os mesmos extractos.

Material e métodos: Foram recrutados 38 doentes seguidos na Consulta de Imunoalergologia do HDE, sem história de alergia ao peixe e 23 doentes com alergia ao peixe IgE mediada. Foram efectuados TC por picada com 7 extractos comerciais (Stallergènes®, Leti®): atum, bacalhau, pescada, tamboril, linguado, sardinha, salmão, controlo negativo, histamina (10 mg/ml). Os resultados dos 2 grupos foram comparados (teste de Fischer) e foi calculada a especificidade para cada extracto.

Resultados: A idade média do grupo controlo foi 26 anos (8-53). A razão F/M = 1,1/1. 71% eram atópicos (n=27). 87% tinha rinite, 34% asma, 16% conjuntivite, 3% eczema atópico e 3% urticária. No grupo controlo, os TC por picada foram positivos para os extractos de peixe em apenas 2/38 casos. A frequência de TC positivos foi de 1/38 para o atum e 1/38 para a pescada e 0/38 para o bacalhau, tamboril, linguado, sardinha, salmão. A especificidade dos TC variou entre 97% (atum e pescada) e 100%. Tendo em conta o grupo com alergia ao peixe, todos os doentes tinham TC positivos para pelo menos 1 peixe; variando entre 57% para o salmão e 96% para o bacalhau e pescada. A frequência de TC positivos no grupo com alergia ao peixe foi significativamente superior em relação ao grupo controlo (p<0,0001) para todos os extractos.

Conclusão: A frequência de falsos positivos para os extractos de peixe no grupo controlo foi baixa. O grupo com alergia ao peixe apresentava uma frequência elevada de TC por picada para o peixe positivos, salientando-se o bacalhau (96%). Os extractos de peixe analisados parecem ter boa especificidade no estudo da alergia. De acordo com estes resultados, o extracto para bacalhau pode ser usado no screening da alergia ao peixe.

Palavras-chave: peixe, picada, testes cutâneos

COW’S MILK ALLERGY - BREASTFEEDING AND SUBSTITUTION

No documento ANUÁRIO DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA (páginas 164-168)