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ESTUDO DE COORTE DE RECÉM-NASCIDO COM IDADE GESTACIONAL INFERIOR A 33 SEMANAS RESULTADOS PRELIMINARES

No documento ANUÁRIO DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA (páginas 147-151)

INSUCESSO ESCOLAR: DO PROBLEMA AO DIAGNÒSTICO

ESTUDO DE COORTE DE RECÉM-NASCIDO COM IDADE GESTACIONAL INFERIOR A 33 SEMANAS RESULTADOS PRELIMINARES

Patricía Rodrigues1, Maria Teresa Neto1, Micaela Serelha1, Ema Real2

1 - Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área Pediatria Médica; 2 - Pediatria Geral, Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa.

− Reunião da Área de Pediatria Médica – 10 de Novembro de 2009

Introdução: Os avanços na medicina perinatal têm permitido reduzir a mortalidade de recém-nascidos (RN) pré-termo. Idealmente este aumento de sobrevivência não deveria ser acompanhado de aumento de sequelas.

Objectivo: Avaliar a sobrevivência, morbilidade e sequelas de RN com idade gestacional (IG) inferior a 33 semanas, nascidos na Maternidade do Hospital de Dona Estefânia (HDE). Metodologia: Estudo prospectivo histórico dos RN com IG<33 semanas nascidos entre 1 Janeiro-2002 e 31 de Dezembro-2007. Os dados foram obtidos por consulta da base de dados electrónica da Unidade e dos processos clínicos. Foram recolhidos dados referentes ao período pré-natal e neonatal, avaliadas as sequelas e a mortalidade. Os RN foram divididos em 2 grupos: grupo 1 - RN com IG <29 semanas; grupo 2 - RN com IG entre 29 e 32 semanas.

Resultados: No período em estudo houve 12004 nascimentos na Maternidade do HDE, dos quais 235 (2%) eram RN com IG<33 semanas, representando 15% dos internamentos na UCIN. Sessenta e oito RN (28,9%) pertenciam ao grupo 1 e 167 (71,1%) ao grupo 2. A mediana de PN e IG foram respectivamente 861g e 27s para o grupo 1 e 1500g e 31s para o grupo 2. Houve um aumento relativo do número de doentes do grupo 1 nos últimos anos. Todas as principais patologias ocorreram mais frequentemente no grupo 1: doença de membranas hialinas 65% vs 41%; displasia broncopulmonar 31% vs 1%; retinopatia da prematuridade 15% vs 2%; hemorragia intraventricular 46% vs 37%; leucomalácia periventricular 47% vs 26%; sépsis tardia 53% vs 24%; enterocolite necrosante 13% vs 5%; patologia cirúrgica 15% vs 9%. Foram identificados 32 RN (13,6%) com anomalias congénitas. Todos os RN do grupo I necessitaram de suporte ventilatório; a maioria (70%) foi submetida a ventilação mecânica invasiva; pelo contrário, no grupo 2, 19% dos doentes não necessitaram suporte ventilatório e predominou a ventilação mecânica não invasiva (63%). A mortalidade foi superior no grupo 1, (36,8% versus 1,2%); 84% dos óbitos deste grupo ocorreram em RN de PN <1000g, verificando-se uma sobrevivência crescente. No grupo 2 faleceram apenas 2 crianças, ambas com anomalias incompatíveis com a vida. No grupo 1, as causas de morte mais frequentes foram a infecção, patologia neurológica e imaturidade. Dos 43 sobreviventes do grupo 1, 31 (72%) foram seguidos em consulta. Destes, 3 (10%) não têm qualquer sequela e 18 (58%) têm um neurodesenvolvimento normal; 2 têm paralisia cerebral, 2 epilepsia e 6 atraso global. Duas crianças têm surdez grave e uma foi traqueostomizada. Não há crianças com necessidade de O2 suplementar nem com sequelas oftalmológicas graves.

Comentário: As crianças de mais alto risco tem ainda défices importantes mas os resultados obtidos estão de acordo com outros estudos. A análise da mortalidade e da morbilidade a curto, médio e longo prazo é fundamental para a avaliação da qualidade dos cuidados prestados.

Palavras-chave: Coorte; Recém-nascidos pré-termo

UPPER-ARM ANTHROPOMETRY IS NOT A VALID PREDICTOR OF REGIONAL BODY COMPOSITION IN PRETERM INFANTS.

Luís Pereira-da-Silva 1,2, Francisco Abecasis 3, Daniel Virella 1, João M. Videira-Amaral 2. 1 – Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área de Pediatria Médica Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central; 2 – Departamento de Pediatria, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa; 3 – Centro de Diagnostico de Ressonância Magnética, Lisboa.

- Neonatology 2009;95:74-9.

Background: Upper arm anthropometry has been used in the nutritional assessment of small infants, but it has not yet been validated as a predictor of regional body composition in this population.

Objective: Validation of measured and derived upper arm anthropometry as a predictor of arm fat and fat-free compartments in preterm infants.

Methods: Upper arm anthropometry, including the upper arm cross-sectional areas, was compared individually or in combination with other anthropometric measurements, with the cross-sectional arm areas measured by magnetic resonance imaging, in a cohort of consecutive preterm appropriate-for-gestational age neonates, just before discharge. Results: Thirty infants born with (mean ±SD) a gestational age of 30.7 ±1.9 weeks and birth weight of 1,380 ±325 g, were assessed at 35.4 ±1.1 weeks of corrected gestational age, weighing 1,785 ±93 g. None of the anthropometric measurements are reliable predictors (r2 <0.56) of the measurements obtained by magnetic resonance imaging, individually or in combination with other anthropometric measurements. Conclusion: Both measured anthropometry and derived upper arm anthropometry are inaccurate predictors of regional body composition in preterm appropriate-for-gestational-age infants.

Conclusion: Both measured anthropometry and derived upper arm anthropometry are inaccurate predictors of regional body composition in preterm appropriate-for-gestational- age infants.

Key-words: Body composition; Magnetic resonance imaging; Preterm infant; Upper arm anthropometry

VENTILAÇÃO MECÂNICA INVASIVA. ESTUDO DE EFECTIVIDADE Patrícia Rodrigues, Ema Leal, Daniel Virella, Maria Teresa Neto, Micaela Serelha Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais, Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospitalar de Lisboa Central, EPE. Lisboa

- V Seminário – Secção de Neonatologia. Ventilação no Recém-Nascido. Braga, Maio de 2009.(Poster)

Introdução: A ventilação sincronizada com volume garantido (VG) constitui um avanço nos cuidados neonatais. Permite ventilar de forma mais fisiológica, com parâmetros mínimos, sincronizando o esforço respiratório do recém-nascido (RN) como o ventilador. Existem poucos estudos que comparam os modos de ventilação convencional com a ventilação sincronizada.

Objectivo: Comparar a efectividade de dois modos de ventilação mecânica invasiva – convencional (IMV) e sincronizada (SIPPV/PSV) com VG.

Tipo de Estudo: prospectivo histórico, observacional.

Metodologia: Estudadas duas coortes de RN com idade gestacional (IG) <37 semanas, nascidos na maternidade do HDE e não submetidos a cirurgia. Grupo 1: ventilação em IMV, nascidos entre Janeiro 1994 - Junho 1996; Grupo 2: ventilação sincronizada com VG, nascidos de Abril 2001 - Dezembro 2007. Foram analisadas as características das populações (IG, peso ao nascer (PN), sexo); as variáveis estudadas: duração da ventilação e do internamento, mortalidade e morbilidade associada. Outras co-variáveis: corticóides pré- natais e administração de surfactante.

Resultados: Houve 121 RN no grupo 1 e 141 no grupo 2. No grupo 2 as medianas de IG e de PN foram significativamente inferiores. Não houve diferenças no tempo de internamento, de ventilação mecânica, na mortalidade, nem na incidência de morbilidade

associada. No grupo 2 a administração de corticóides pré-natais e a DMH foram mais frequentes.

Conclusão: Apesar da população submetida a ventilação sincronizada com VG ter peso e IG significativamente inferiores relativamente ao outro grupo, não se registou significativas diferenças na mortalidade, no tempo de internamento, de ventilação, nem na incidência de morbilidades associadas.

Palavras-chave: ventilação mecânica invasiva, ventilação sincronizada com volume garantido

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A PROPÓSITO DA DOAÇÃO DE ORGÃOS EM PORTUGAL – UM CASO ILUSTRATIVO

Raquel Ferreira1, Sachondel Gouveia2, João Estrada3, Isabel Fernandes3, Lurdes Ventura3, Deolinda Barata3

1 - Serviço de Pediatria, Área de Pediatria Médica, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospital de Lisboa Central, EPE, Lisboa; 2 - Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de Santarém, EPE, Santarém; 3 - Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospital de Lisboa Central, EPE, Lisboa

- X Congresso de Pediatria da SPP (poster); Tróia, Outubro de 2009

Introdução: O transplante permite transformar morte em vida. É o tratamento com melhor relação custo/benefício nalgumas situações, nomeadamente a insuficiência renal terminal, e o único disponível para a falência terminal de orgãos como o fígado, coração e pulmões. Em Portugal o número de colheitas de orgãos e tecidos tem aumentado muito, e segundo a Autoridade para os Serviços de Sangue e da Transplantação, em 2008, o número de dadores por milhão de habitantes foi 26,7 (segundo lugar na Europa). Contudo, ainda morrem diariamente 10 europeus por falta de orgãos para transplantação.

Apresentamos este caso como um alerta para a importância da doação de orgãos e transplantação, como procedimentos que permitem salvar vidas.

Caso clínico: Criança de 16 meses, sexo feminino, natural de Cabo Verde, com malformação de Dandy-Walker e hidrocefalia com válvula ventrículo-peritoneal. Durante o internamento e após recolocação da válvula, teve episódio convulsivo, seguido de bradipneia grave, hipoxémia e coma. Apesar das manobras de reanimação atempadas, não foi possível reverter o coma (Escala de Coma de Glasgow 3), tendo sido transferida para a Unidade de Cuidados intensivos Pediátricos (UCIP). A TAC-CE revelou hidrocefalia activa e exteriorização da válvula. Na UCIP a evolução clínica foi compatível com morte cerebral, comprovada posteriormente pelos critérios clínicos estabelecidos. Atendendo à estabilidade da função dos vários orgãos, foi referenciada ao Gabinete de Coordenação de Colheita e Transplantação do Hospital de São José como potencial dadora. Após consentimento

escrito da mãe e a realização dos exames protocolados, foi aceite como dadora, tendo sido colhidos e transplantados com sucesso coração, fígado, rins e córneas.

Discussão: Este caso é ilustrativo das etapas a seguir para que a doação de órgãos se torne uma realidade: desde a sinalização atempada do potencial dador, consentimento parental no caso de dadores estrangeiros, referenciação ao Gabinete de Coordenação de Colheita e Transplantação, realização de exames protocolados e estabilização do doente até à colheita. É necessário conquistar no quotidiano o propósito da doação e a aposta na sensibilização dos profissionais é um dos aspectos mais pertinentes para o aumento do número de referenciação de eventuais dadores. A actividade de colheita de orgãos e tecidos para transplante deve ser incentivada pois só assim se poderá dar resposta às necessidades crescentes dos doentes a aguardar transplantação.

Palavras-chave: doação de órgãos, transplante

ALTERAÇÕES PSIQUIÁTRICAS EM CUIDADOS INTENSIVOS PEDIÁTRICOS - 3 CASOS ILUSTRATIVOS

Sachondel Joffre Gouveia 1, António Marques 2, Rosalina Valente2, Maria Antónia Silva3, Deolinda Barata2

1 - Serviço de Pediatria, Hospital Distrital de Santarém, EPE; 2 - Unidade de Cuidados Intensivos Pediátricos, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospital de Lisboa Central, EPE; 3 - Serviço de Pedopsiquiatria, Hospital de Dona Estefânia, Centro Hospital de Lisboa Central, EPE

- X Congresso de Pediatria da SPP. Tróia, Outubro de 2009 (Poster);

Introdução: As crianças em cuidados intensivos apresentam frequentemente sinais e sintomas psiquiátricos, mas pouco tem sido publicado sobre o tema. Os autores apresentam 3 casos ilustrativos da variabilidade semiológica deste tipo de situações.

Caso I: R.G. Lactente de 9 meses, internado por queimadura de 65 % da superfície

No documento ANUÁRIO DO HOSPITAL DE DONA ESTEFÂNIA (páginas 147-151)