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CAPÍTUL O 2 CO NCE PÇÕES DE AL FABETI ZAÇÃO E A PE DAGO GI A HISTÓRI CO CRÍT ICA

2.2 Con cepção d e al fabe ti zação a partir dos es tudos de Magda Soares

2.2.1 Alfabeti zação e l etramen to

Para S oares (2017, p. 16), ent ende -s e por al fabetiz ação o ―processo de aquisição do código escrito, das habilidades de leitura e escrita‖, ou seja, neste processo estariam as condições para conhecer, nomear, identificar as l et ras, assim com o fazer a associ ação da grafia com o som (grafem a/fonem a), fazer a i denti fi cação do t raçado das l etras, reconhecer os diferentes tipos de l etras a serem regist radas, utilizar -s e dos mecanism os e das técnicas da es cri ta.

A al fabetização requer a decifraç ão dos códi gos l inguísti cos que através das técni cas, mat eriais, recursos alm ej a -se a compreens ão dest e códi go para post eriorment e bus car sua funci onalidade.

Na defi ni ção de S oares (2017, p. 16):

N ã o p a r e c e a p r o p r i a d o , ne m e t i mo l ó gi c a ne m p e d a go g i c a me nt e , q ue o t e r mo a l fa b e t i z a ç ã o d e s i g ne t a n t o o p r o c e s s o d e a q ui s i ç ã o d a l í n g ua e s c r i t a q ua nt o o d e s e u d e s e n vo l vi me n t o : e t i mo l o g i c a me n t e , o ter mo alfabetização não ultrapassa o significado de ―levar à aquisição do alfabeto‖, ou seja, ensinar o cód igo da língu a escrita, e n s i na r a s ha b i l i d a d e s d e l e r e e s c r e ve r ; p e d a go gi c a me n t e , a t r i b u i r u m s i g ni f i c a d o mu i t o a mp l o a o p r o c e s s o d e a l f a b e t i z a ç ã o s e r i a ne g a r -l h e a e s p e c i f i c i d a d e , c o m r e f l e xo s i nd e s e j á v e i s na c a r a c t e r i z a ç ã o d e s ua na t ur e z a , n a c o n f i g ur a ç ã o d a s h a b i l i d a d e s b á s i c a s d e l e i t ur a e e s c r i t a , na d e fi n i ç ã o d a c o mp e t ê nc i a e m a l fa b e t i z a r .

As pal avras de Soares (2017) definem e amparam as especi fici dades do t erm o al fabetização ao evidenci ar que , ao dominar as técni cas dest e process o , os suj eitos estari am aptos a fazerem usos dos recurs os da leitura e da es crita. No ent anto, para esta aut ora, dominar es t es mecanismos não garante aos s uj eitos o domínio da cultura l et rada.

Ao dominar, apropriar -se, compreender e faz er o uso dos mecanismos da escri ta tam bém há a nec essi dade do uso social dest e obj eto cult ural, ou sej a, o l etram ento.

De acordo com os es tudos de S oares (2017, p. 64), compreende -se por letramento ―o desenvolvimento de comportamentos e habilidades de uso com pet ente da l eitura e da es crit a em práticas so ciais ‖ e ainda:

L e t r a me nt o é p a l a vr a e c o n c e i t o r e c e n t e s , i nt r o d uz i d o s na l i n g ua g e m d a e d uc a ç ã o e d a s c i ê n c i a s l i n g u í s t i c a s h á p o uc o ma i s d e d ua s d é c a d a s . S e u s ur g i me n t o p o d e s e r i n t e r p r e t a d o c o mo d e c o r r ê nc i a d a n e c e s s i d a d e d e c o n f i g ur a r e no m e a r c o mp o r t a me nt o s e p r á t i c a s s o c i a i s na á r e a d a l e i t ur a e d a e s c r i t a q u e ul t r a p a s s e m o d o mí ni o d o s i s t e ma a l fa b é t i c o e o r t o gr á fi c o , ní v e l d e a p r e nd i z a ge m d a l í n g ua e s c r i t a p e r s e g ui d o , t r a d i c i o n a l me n t e , p e l o p r o c e s s o d e a l fa b e t i z a ç ã o ( S O A R E S , 2 0 1 7 , p . 6 3 ) .

No excerto acima fi ca evi dent e que, s egundo a autora, som ent e dominar o sist em a al fabético (ler e escrever) não é s ufi ci ent e para capacit ar o sujeito para a cul tura let rada. Mais do que ist o , é necess ári o partici par dest e mundo faz endo uso e compreendendo as prát ica s soci ais de es crit a.

Embora ambos os conceit os (al fabetização e l etram ent o) s ej am exempli fi cados e s us tent ados de form a dí spar nas pes quis as de Soares (2004, 2017, 2018), tai s conceit os t em suas especi fici dades ocorrendo de forma recí proca.

Em s eu t exto “Letramento e alf abetiz ação: as mui tas facetas ”68, publi cado na Revist a Brasil ei ra de Educação, Soares (2004, p. 14) considera que: D i s s o c i a r a l f a b e t i z a ç ã o e l e t r a me n t o é u m e q uí v o c o p o r q ue , no q ua d r o d a s a t u a i s c o n c e p ç õ e s p s i c o l ó g i c a s , l i n g uí s t i c a s e p s i c o l i n g uí s t i c a s d e l e i t ur a e e s c r i t a , a e n t r a d a d a c r i a nç a ( e t a mb é m d o a d ul t o a na l fa b e t o ) no mu nd o d a e s c r i t a o c o r r e s i mu l t a ne a me nt e p o r e s s e s d o i s p r o c e s s o s : p e l a a q u i s i ç ã o d o s i s t e ma c o n ve n c i o na l d e e s c r i t a – a a l f a b e t i z a ç ã o – e p e l o d e s e n vo l vi me nt o d e ha b i l i d a d e s d e u s o d e s s e s i s t e ma e m a t i vi d a d e s d e l e i t ur a e e s c r i t a , n a s p r á t i c a s s o c i a i s q ue e n vo l ve m a l í n g ua e s c r i t a – o l e t r a me n t o . N ã o s ã o p r o c e s s o s i nd e p e nd e nt e s , ma s i n t e r d e p e nd e n t e s e i nd i s s o c i á ve i s : a a l fa b e t i z a ç ã o d e s e n vo l ve - s e no c o n t e x t o d e e p o r me i o d e p r á t i c a s s o c i a i s d e l e i t ur a e d e e s c r i t a , i s t o é , a t r a v é s d e a t i vi d a d e s d e l e t r a me nt o , e e s t e , p o r s u a v e z , s ó s e p o d e d e s e n vo l v e r no c o n t e x t o d a e p o r me i o d a a p r e nd i z a g e m d a s r e l a ç õ e s fo ne ma - g r a f e m a , i s t o é , e m d e p e nd ê nc i a d a a l fa b e t i z a ç ã o . 68 T e xt o p ub l i c a d o na R e v i s t a B r a s i l e i r a d e E d uc a ç ã o . Ab r . / 2 0 0 4 . D i s p o ní v e l e m : < h t t p : / / w w w . s c i e l o . b r / s c i e l o . p hp ? s c r i p t = s c i _ a r t t e xt &p i d = S 1 4 1 3 - 2 4 7 8 2 0 0 4 0 0 0 1 0 0 0 0 2 & l n g = e n & nr m= i s o > . A c e s s o e m: 1 3 / 0 2 / 2 0 1 9 .

Colocando em evidênci a os at ribut os dos conceit os de alfabetiz ação e letrament o, not a -se que as form as de ensi no, tanto de um, com o de out ro, s ão diferent es devendo, assim, contempl ar todas as facet as que com põe est es obj etos. Ao considerarmos as especi fi cid ades da alfabetiz ação, est a carece de um ensi no pontual, especí fi co e explí cit o das rel ações fonem a/ grafem a, grafem a/ fonem a, requerendo assim um ensi no sist em áti co. Para o l et ramento , exi ge-s e o aces so às prát icas de l eit ura, o cont ato com mat eri ai s da cul tura l etrada, vivenci ando e part ici pando de s ituações de leitura e de escrit a cotidi anas.

Para S oares (2004), tant o na execução de um quanto de out ro, o que influenci a s ão os m étodos de ut ilização para que t ais conceit os s e efet uem . Ai nda de acordo com a a utora e com o m encionado, a educação brasil ei ra vi ve em movim ento pendular em relação aos métodos par a alfabetiz ar, como também para l etrar e que ao confundir ou defi nirem t ais obj etos s em considerar suas especi fi cidades, muit o s e perde nas ações .

É necess ári o que o professor t enha muito defi nido o que si gni fica um e o que si gni fi ca outro, para planejar e organizar o trabal ho educativo .

Em rel ação aos m ét odos para al fabetiz ar e l et rar, Soares (2017) descreve os m étodos util izados e como es tes infl uenci aram o process o de aquisi ção da l eitura e da es cri ta das es col as brasil ei ras e quais res ult ados obtidos at é os di as at uais .

De acordo com Soares (2017), com o passar do tem po, a pal avra método foi tornando al go com um na educação; porém , ent ende -s e por m étodo de al fabetização o conjunto de procedim ent os que fundam ent am -se em teori as e princípi os, que ori ent em a aprendizagem inici al da l eit ura e da escrit a, no que s e refere à facet a linguí stica dessa aprendiz agem. (S OAR ES, 2018, p.330 - 331). Fica evidente que, nas palavras da aut ora, é necess ári a a organização de est ratégias de ensi no, carecendo ainda de teorias e conhecim entos que fundam entem ess as est ratégias, a depender de qual facet a da al fabetização est á sendo ensinada.

Para t ant o, segundo os est udos e pesquis as dest a autora , é necessári o ao professor buscar nas teori as os fundam entos que s ust ent am a sua práti ca e t er conhecim ento do obj et o (alfabetiz ação/l etram ento), o qual

est ará ensinando, pois, est es são com postos por muit as facet as e est as formadas por múl t ipl os cont eúdos .

Quando se pri oriza al gum as facet as ou apenas um a das peculi ari edades , as dem ais fi carão em prejuízo, provavelm ent e result ando daí o fracasso na al fabetização ou m esm o que est a aconteça deixando grandes lacunas que se perpetuarão por toda vi da es col ar.

Ainda enfatiz ando a quest ão dos m ét odos, Soares (2018, p. 331) rel at a: [ . . . ] a r e s p o s t a q ue s e p o d e i n fe r i r r e v e r t e o s t e r mo s d a e xp r e s s ã o m é t o d o s d e a l f a b e t i z a ç ã o p a r a a l f a b e t i z a r c o m mé t o d o : o r i e nt a r a c r i a n ç a p o r me i o d e p r o c e d i me n t o s q ue , f u nd a m e n t a d o s e m t e o r i a s e p r i nc í p i o s , e s t i mu l e m e o r i e nt e m a s o p e r a ç õ e s c o g ni t i v a s e l i n g uí s t i c a s q ue p r o gr e s s i v a me n t e a c o nd uz a m a u ma a p r e nd i z a ge m b e m - s u c e d i d a d a l e i t ur a e d a e s c r i t a e m u ma o r t o gr a f i a a l f a b é t i c a .

Reportando -s e aos métodos de alfab etização na hi stóri a da leitura e es crit a da es cola brasil eira, em seus es tudos e pesquis as S oares (2004, p. 11) i ndi ca que , ao utiliz ar-s e da pal avra método, ainda s e t em um sent ido negativo des ta pal avra, associ ando -a aos m étodos ―t radici onais ‖ para se ensi nar l er e escrever e demonst rando que nest es procedim entos s e finalizem todas as possibili dades do ensi no da l eitura e da escrita.

Há, ainda, uma forte crença por part e de al guns teóri cos e profis sionais de que bast a som ent e a cri ança est ar em cont at o c om m at eri ais escri tos que est a compreenderia os códi gos da cultura let rada, dispensando assim o ensino das m últipl as singul ari dades da alfabetiz ação.

Entret ant o, ao se referi r à alfabetiz ação em s eus estudos e pesquisas , Soares (2004, p. 11) defende que é inegável as contri bui ções da psicogênes e da língua escrit a na inves ti gação dos avanços dos est udos sobre alfabetiz ação e para decl arar que os suj ei tos avançam na aprendizagem para a aquisi ção da l eitura e da es crita. No entanto, ao defender que estando em contat o com m at eri ais es critos utiliz ados na s práti cas sociais da cultura let rada, a cri ança pass aria a ser o suj eito da sua aprendi zagem e as sim avançari a no processo de al fabetiz ação, comprom et eri a t odo o t rabalho realiz ado pel a escol a na t entat iva de cont empl ar as facet as, as t écni cas, necessári as para dom inar est e obj eto.

Tal concepção de aprendiz agem (psicogenética) ganhará um grande número de adeptos nas escol as brasil eiras , as sim como nos cursos de formação de profess ores, poi s est a ainda ret rat a que:

A s d i f i c ul d a d e s d a c r i a n ç a , no p r o c e s s o d e c o n s t r uç ã o d o s i s t e ma d e r e p r e s e nt a ç ã o q ue é a l í n g u a e s c r i t a – c o n s i d e r a d a s ―d e f i c i ê nc i a s ‖ ou ―d isfunções‖, na p ersp ectiva do s método s ―trad icio nais‖ – passam a ser vistas co mo ―erros co nstr utivo s‖, resulta do d e c o n s t a nt e s r e e s t r u t ur a ç õ e s . ( S O A R E S , 2 0 0 4 , p . 1 1 )

Por cons equência , as especifi cidades da alfabetização que s eri am com post as por m últi plas facetas deixari am de s er ensinadas e/o u vi venciadas pel as cri anças, defendendo que para a aquisi ção do sist em a alfabéti co de leitura e es crita s eria necess ári o o ensino explí cit o e s istem atiz ado da fonéti ca, t raçado das let ras, ortografi a, gram áti ca entre outras si tuações de que necessit am de um trabal ho específi co. Res salt a , ainda, que, ao desconsiderar as es pec i fici dades dest e objeto de estudo, a psi cogênes e privilegi a a face psi col ógi ca deixando de s e atent ar para a face linguís tica. (SOARES, 2004, p. 11).

Ao cont empl ar as facet as e o proces so da al fabetização a pesquisadora deixa evi dente que is so não si gnific a isol á -lo do processo de let ram ento, e como citado ant eriorment e, ambos s ão int erdependent es69.

Diant e da vari edade de caract erísti cas que com põem os obj etos de estudo (al fabetização e let ram ento), há também di versi dade de fundam entos que a depender do quê s erá ensinado, é que s e det erminará o como s erá instruído, a saber, o método.

Para a autora, nat uralm ent e, as divergênci as quanto ao obj et o da alfabetiz ação – o que se ensina , quando se ensi na , e como s e ensina a l er e escrever – det erminam cont radições quanto aos métodos de alfabetização – com o se deve ensi nar a l er e a escrever, e, cons equentement e, ant agonism os quanto aos result ados da alfabetiz ação . (SOAR ES 2017, p. 133 -134).

Os estudos advogam que a form a de ensi nar a l er e es crever dependerá de qual visão do objet o da al fabetização se t em int eresse. De

69

E m s e u a r t i go ― O q ue f u n c i o na na a l f a b e t i z a ç ã o ‖ , p ub l i c a d o n a R e vi s t a P e d a gó gi c a P á t i o , S o a r e s ( 2 0 0 8 ) , t r a z d e t a l ha d o a q ue s t ã o d o mé t o d o , c o mo t a m b é m o c o n c e i t o d e a l fa b e t i z a ç ã o .

acordo com a aut ora, de um l ado est á aquel es que defendem a es crit a alfabéti ca e ort ográfica, port ant o defendem um ensi no sist emáti co, explí cito, focado nest es obj et os. O ensino passa a ser focado a partir de pal avras, fras es, textos com a int enci onalidade de int ensi ficar a rel ação fonem a -grafema.

Por outro l ado, há os que defendem a com preens ão e interação com o materi al es crit o, crendo que o que se deve ensinar em alfabetização é o desenvol vimento de process os para a compreens ão de t extos e o us o adequado da escrit a nas práti cas soci ais. P ara tant o , ainda s e advoga que a cri ança deve est ar nest e process o a parti r de m at eri ai s aut ênticos para o aprendiz ado e que progressivam ent e em cont ato com est es ma t eri ais i rá percebendo a rel ação fonem a/ grafem a.

Em um t ercei ro grupo há os que defendem que o ensino da l eitura e da escrit a requer t ant o a aprendiz agem do sist em a alfabéti co e ortográfico quanto a compreens ão dos usos soci ais da língua es cri ta, e que as duas facet as deveri am acontecer de form a sim ultânea. Assim, de acordo com Soares (2017, p. 134) A fr a g me n t a ç ã o d o p r o c e s s o e m e t a p a s s e q u e n c i a i s – p r i me i r o a p r e nd e r a l e r e e s c r e ve r , s ó d e p o i s r e a l me n t e l e r e e s c r e v e r , o u, a o c o n t r á r i o , p r i me i r o e n v o l v e r - s e , c o m a l e i t ur a e a e s c r i t a , p a r a q ue d e s s e e n vo l vi me n t o d e c o r r a , c o mo s ub p r o d u t o , a a p r e nd i z a g e m d o s i s t e ma d e e s c r i t a – t e r i a c o mo c o ns e q uê nc i a l e va r a c r i a n ç a a u ma c o n c e p ç ã o d i s t o r c i d a e p a r c i a l d a na t ur e z a e f u n ç õ e s d a l í n g u a e s c r i t a e m no s s a c ul t u r a . N e s s a p e r s p e c t i v a , o q u e f u n c i o n a na a l fa b e t i z a ç ã o s e r i a o e n s i no i nt e gr a d o d a s mú l t i p l a s d i me n s õ e s d a a p r e nd i z a ge m d a l í n g ua e s c r i t a .

Ao at ent ar para as pal avras da aut ora, veri fica -s e que nest e processo am bas as singularidades (com preens ão de t exto e si stema alfabéti co/ortográfico) devem ser consi deradas, pois , na aquis ição da l eitura e da es crit a det erminados mecanismos de um a e out ra es peci fici dade se com plem entam e , à medi da que o proces so de al fabetização vai aprimorando - se, out ras dem andas vão s urgindo exigi ndo do i ndi víduo part ici pant e dest e processo, out ros des afi os.

No entanto, finaliz ando este tópi co com as pal avras de Soares (2017, p. 128):

S e m p r o p o s i ç õ e s me t o d o l ó gi c a s c l a r a s , e s t a mo s c o r r e nd o o r i s c o d e a mp l i a r o fr a c a s s o e s c o l a r , o u p o r q ue r e j e i t a mo s o s t r a d i c i o n a i s mé t o d o s , e m no me d e u ma no v a c o nc e p ç ã o d a a p r e nd i z a ge m d a

escrita e d a leitura, sem or ientar o s pro fessor es na ―tr ad ução ‖ do s r e s u l t a d o s ge r a d o s p e l a s p e s q ui s a s e m u ma p r á t i c a r e no va d a n a s a l a d e a ul a , o u p o r q u e nã o s a b e r e mo s r e s o l ve r o c o n fl i t o e nt r e u m a c o n c e p ç ã o c o n s t r ut i vi s t a d a a l f a b e t i z a ç ã o e a o r t o d o xi a d a e s c o l a , o u, f i na l me nt e , p o r q u e p o d e mo s i nc o r r e r no e s p o nt a ne í s mo , c o n s i d e r a nd o , p o r f a l t a d e s u fi c i e n t e fo r ma ç ã o t e ó r i c a , q u a l q u e r a t i v i d a d e c o mo a t i v i d a d e i n t e l e c t u a l , e q u a l q u e r c o n fl i t o c o mo c o n f l i t o c o g ni t i vo . E n ã o t e mo s o d i r e i t o d e s ub me t e r , ma i s u ma ve z , a s c r i a n ç a s b r a s i l e i r a s a t e n t a t i v a s fr a c a s s a d a s d e l he s d a r a c e s s o a o mu n d o d a e s c r i t a e d a l e i t ur a .

Port ant o, ao defender uma al fabetização com m ét odo e n ão um método para alfabeti zar, a autora deixa es cl arecido em s eus estudos que n o ensi no da l eitura e da escrit a todas as especi fici dades devem ser consi deradas e cont empladas para que haj a um ens ino e um a aprendi zagem de fat o, considerando os suj eitos envo lvidos no process o. Faz endo -s e neces sário que a formação do profes s or s ej a perm anent e e que este conheça o obj et o do s eu ensi no com o qual labut ará, pois ao conhecer as facet as da l ei tura e da es crit a, bus ca-s e est ratégi as que cont empl em as crianças no seu proces so de aprendiz agem oportunizando o que é váli do para o seu des envolvim ent o.

No t ópi co a segui r trans correremos sobre o entendim ent o da apropri ação da l eitura e da escrita de acordo com os aut ores fundament ados na pedagogia his tóri co -críti ca.