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ALIMENTOS SECUNDÁRIOS

No documento Macrobiotica Zen Para o Brasil Henrique Smith (páginas 120-125)

Descritos os alimentos principais, os cereais, passaremos de relance aos secundários ou não cereais, a saber: água, sal, leite e derivados, verduras, legumes, leguminosas, frutas, aves e ovos, peixes e óleos.

ÁGUA

Deverá ser substituída, no início, por chás; conforme o estado físico e psíquico do paciente, a quantidade não deverá ultrapassar a 700ml diários.

De preferência, usar água de nascente, de poço, de poço artesiano ou semi-artesiano, mineral, sem gás ou a denominada "água-viva". Quanto menos líquido se ingere, mais se elimina, e quando se ingere maior quantidade, há uma retenção hídrica nos tecidos.

Os líquidos, nos macrobióticos, são retirados dos alimentos, a saber: 60% no arroz; nos vegetais (verduras e legumes), varia de 80 a 90%. A água, assim como todos os líquidos, é qualificada como YIN.

A água do cozimento do arroz á adstringente. No cozimento das algas marinhas, a água deverá ser aproveitada no preparo do arroz, por estar concentrada de sais minerais. A água do mar apresenta um elenco de substâncias (elementos) encontrado também no sangue humano; - foram detectados 84 elementos, numa concentração de 4% no mar e, no sangue, 1%. Cerca de 60% do peso do homem consiste de água, nos obesos até 65%. Invariavelmente ingerimos água demais.

Pela mastigação, o organismo recebe boa porcentagem líquida (saliva), obtendo-se água, que mediará de 4 a 6 xícaras das de café, de água, diariamente.

Para acelerar a cura, Ohsawa recomenda beber água o menos possível e controlar, com as micções.

O homem, normalmente, na macrobiótica, deverá urinar 3 a 4 vezes, no máximo, em 24 horas e a mulher 2 a 3 vezes. A nicturia (urinar depois de dormir), representará uma nefro-esclerose que o 1 2 1

levará a uma hipertensão arterial e esclerose generalizada.

LEITE E DERIVADOS

Nos nossos dias, as populações são alertadas pela palavra escrita, falada e televisionada, contra a qualidade cada vez mais nociva desse produto, que o poder econômico, pela propaganda, insiste em oferecer, mesmo sabendo que se apresenta cada vez mais contaminado, por constituir meio de cultura aos germes.

A macrobiótica usa, de preferência, o leite de soja e o confeccionado com cereais (leite de cereais), e para as crianças, o Kokkor, que é preparado com arroz tostado, arroz glutinoso, aveia, soja e sementes de gergelim, reduzidos a pó. As proporções a serem usadas, assim como as quantidades a se usar, variam, de acordo com a idade. Quanto à confecção de mamadeiras, G. Ohsawa, em seu livro Macrobiótica Zen, dá as explicações.

O leite de cabra, é, por vezes, utilizado, assim como o queijo e a coalhada, em casos excepcionais.

Os derivados do leite, por serem produzidos à custa de produtos químicos e conservados com aditivos prejudiciais à saúde, também são postos de lado.

Logo que as crias dos animais adquirem dentes serão afastadas das tetas, das mamas.

O homem é o único que não deixa de beber o leite depois de desmamado.

É preciso saber que a gordura do leite é formada de ácidos graxos saturados, responsáveis pela deposição de colesterol nos vasos sangüíneos, provocando distúrbios circulatórios.

Sendo o leite um excelente caldo de cultura para os microorganismos (coccus, vírus etc) após a extração, fica extremamente vulnerável à ação de germes patogênicos provenientes de sua contaminação das mais variadas fontes.

Dr. Parodi, aluno do Dr. Ohsawa em Paris, encontrando dificuldade com os franceses, no que dizia respeito ao uso dos queijos e vinhos, pois sem esses alimentos que, por costume atávico, afastavam-se da Macrobiótica, estudou e concluiu que, para os macrobióticos, não doentes, o uso de certos queijos, como o Camambert, o Roquefort e o Gruiére, sob certas condições, pode-se incluir no cardápio, assim como os vinhos de fermentação... Na Macrobiótica brasileira, as opções seriam para o derivado do leite de cabra, esporadicamente. O trabalho mais importante, macrobioticamente falando, foi publicado pela Associação Macrobiótica de Montevideo, onde de início, há uma reportagem, tendo como interlocutor o Dr. Michiro Kushi, de Boston - USA. A reportagem é de um valor inestimável, tendo como título: "Le leche fin dei mito cotideano".

Verduras

Usá-las de procedência conhecida e nunca de horticultores que usam inseticidas e adubos químicos.

Ao fazer compras, numa feira ou quitanda, dar preferência aos vegetais de menor tamanho e às folhas de superfície mais reduzidas. Se as verduras estiverem comidas por insetos, deverão ter a preferência.

A macrobiótica, por princípio, não tem proibições, somente faz saber que o doente deve seguir as restrições orientadas e só passará a usar o que desejar, depois de curado. Lembrar sempre, que a quantidade irá anular a qualidade e só lançar mão do que não der, esporadicamente.

De início, usar uma série de verduras como a acelga, agrião, mostarda, salsa, alface, escarola, folhas de nabo, couve-flor, couve, Catalunha, rúcula, dente-de-leão. Com o passar do tempo, de vez em quando, qualquer verdura. Na botânica, as classificadas como Brássicas, da família das Cmcíferas, foram agrupadas como antitireoidianas, contra indicadas para os indivíduos portadores de hipotireoidismo (diminuição da ação da tireóide) que não deverão usar as verduras: couve, couve- flor, brócolis, bertalha e os legumes: rábano e rabanetes.

As verduras, pelo pigmento verde, (clorofila) transmutam-se (Kevran) em hemoglobina, devendo-se acrescentar, em cada refeição, 1 a 2 colheres de sopa, de verduras, como prevenção contra a anemia.

As plantas são todas classificadas como YIN, que irão se tomar YANG, pelo cozimento e o sal, mas deverão ser usadas cruas (saladas), quando no menu constar um produto animal.

A supremacia YIN, na alimentação, poderá levar à doença e à morte.

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No documento Macrobiotica Zen Para o Brasil Henrique Smith (páginas 120-125)

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