• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 5. OPÇÕES METODOLÓGICAS

5.4. A AMOSTRA

Partindo da natureza do estudo e, mantendo o alinhamento coerente com as opções metodológicas acima assumidas, optou-se uma amostragem por conveniência.

De acordo com Gil (2008), a amostragem por conveniência constitui-se como uma técnica não probabilística, encontrando-se como tal destituída de qualquer rigor estatístico. O investigador seleciona como sujeitos do estudo elementos que considere pertinentes ou chave para o tema em estudo. Recorre-se, com frequência, a este tipo de amostragem em estudos exploratórios ou qualitativos.

Posto isto, e tendo em conta que se optou por esta técnica de amostragem, procurou-se contemplar na amostra sujeitos com relevância para o tema da gratuitidade, destacando-se da população em geral tendo em conta a sua interação quotidiana com o tema em estudo.

Assim, foram convidados, mais de duas dezenas de conhecidos autores e dirigentes de estruturas associativas nacionais e estrangeiras.

Na tabela seguinte, e de acordo com autorização prévia dos mesmos é possível observar a lista de entrevistados, com identificação e breve apresentação.

JOSÉ DA PONTE “EFICÁCIA E NÃO

RETÓRICA”

Compositor, músico, editor e produtor com mais de quatro décadas de carreira em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente nos Estados Unidos. Licenciado em História e mestrando em Relações Internacionais na UAL, que ganhou duas vezes, como compositor, o Festival RTP da Canção.

José da Ponte tem reflectido sobre os desafios resultantes da entrada dos bens culturais na esfera digital. Esses desafios traduzem-se não apenas na reconhecida expansão do fenómeno da pirataria, mas também na dinâmica do streaming, de que o Spotify constitui o exemplo mais consolidado e, por esse motivo, tornado referencial.

VANDA GUERRA “UM PROBLEMA DE

MENTALIDADES”

Jurista e directora do Departamento de Relações Internacionais da Sociedade Portuguesa de Autores, até Julho de 2016, nome prestigiado dos fóruns internacionais em que estes temas se debatem.

SILVINA MUNICH “OUVIR A VOZ DOS

AUTORES”

Argentina de Buenos Aires, desempenha as funções de directora do Departamento de Repertórios e Relações Entre os Autores - CISAC (Confederação Internacional das Sociedades de Autores e Compositores).

ANA DE HOLLANDA “O CRIADOR DEPENDE

DO MERCADO”

Autora, compositora e intérprete e ex-ministra da Cultura do Brasil em 2011 e 2012, Ana de Hollanda, irmã de Chico Buarque, tem também um longo e profícuo percurso como dirigente de estruturas associativas na área da criação, produção e difusão cultural no Brasil e uma intervenção regular e de qualidade nos mais importantes jornais do seu país, sempre sobre temas relacionados com a vida dos agentes culturais. Membro da direcção da sociedade de autores AMAR, presidida pelo compositor e maestro Marcus Vinicius.

Enquanto ministra deu um assinalável contributo para a produção de legislação favorável aos autores e à defesa dos seus direitos.

PAUL WILLIAMS / JEAN MICHEL JARRE “DUAS OBRAS, DOIS

COMBATES”

Paul Williams – Compositor norte-americano e, presidente da ASCAP, a mais importante sociedade de autores de música dos Estados Unidos.

Jean Michel Jarre – Compositor francês e, presidente da CISAC (Confederação Internacional da Sociedades de Autores e Compositores)

EDUARDO SIMÕES “TENTAR FUNDAMENTAR O

ILÍCITO”

ANTÓNIO MANUEL RIBEIRO

“QUE INTERESSES POR DETRÁS DO VANDALISMO”

Músico Profissional. Fundador, Compositor e Vocalista do ilustre e conhecido grupo UHF criado à mais de 35 anos.

FERNANDO MATIAS “PIRATARIA NÃO É CRIME SEM VITIMAS”

Proprietário das editoras “Ovação” e “Publisher”.

LUCAS SERRA “TECNOLOGIAS E

JUVENTUDE”

Jurista e advogado principal da Sociedade Portuguesa de Autores, tem uma vasta experiência no domínio do Direito de Autor e com bibliografia publicada sobre o tema.

JAVIER GUTIERREZ “O EQUIVOCO DA

PALAVRA FREE”

Jurista, professor universitário e, presidente da VEGAP (sociedade espanhola para a área das artes visuais) e também, presidente da EVA (European Visual Arts)

MARCUS VINÍCIOS DE ANDRADE “O PAPEL REGULADOR

E NORMATIVO DO ESTADO”

Compositor, maestro e dramaturgo com uma vasta obra produzida e consagrada. É presidente de AMAR/SOMBRAS uma das mais representativas sociedades de gestão colectiva do Brasil.

PATRÍCIA AKESTAR “A LEI PODE E DEVE

PENALIZAR”

Professora da universidade de Cambirdge e da Universidade de Lisboa, reconhecida especialista internacional em Direito do Autor.

FRANCISCO PINTO BALSEMÃO “LEGISLAÇÃO MAIS PUNITIVA A NÍVEL NACIONAL, EUROPEU E MUNDIAL

Presidente da Impresa e do Council of European Publishers

ÀLVARO CASSUTO “GRATUITIDADE

Compositor e Chefe de Orquestra, trabalhando actualmente com as orquestras sinfónicas de Dublin e Glasgow e ex-maestro da

AFECTA O CRIADOR E A CULTURA”

orquestra Sinfónica da Universidade da califórnia.

ANTÓNIO VITORINO DE ALMEIDA “PARA QUE A CULTURA NÃO EMPOBREÇA NEM

SE DEGRADE.”

Pianista e Maestro formado no Conservatório de Viena de Áustria e, sem dúvida um dos maiores compositores portugueses do último meio seculo. PAULO FERREIRA “ESCRITORES NÃO REMUNERADOS, ESCRITORES EXPLORADOS”

Escritor, fundador e Gerente da Empresa “Booktaillors”.

GERALDO HOLANDA CAVALCANTI “O ESCRITOR PODE MESMO DE TER DE

DESISTIR”

Embaixador, com uma longa carreira diplomática de onde se destaca a presidência da União Latina e, Presidente da Academia Brasileira de Letras desde 2012.

CARLOS MADUREIRA “RESPONSABILIZAR OS

FORNECEDORES DOS SERVIÇOS DE

INTERNET”

Advogado e Director do departamento Jurídico da SPA.

YVES NILLY “LIVRE NÃO É

GRATUITO.”

Presidente da direcção da “Writers and Directors Worldwide” e vice-presidente da sociedade francesa do audiovisual e presença assegurada nas reuniões da CISAC.

ALEXANDRE MIRANDA “DOCUMENTAÇÃO E DISTRIBUIÇÃO COM

RIGOR”

Ex-Empresário na área de produção de espetáculos é, agora, director do departamento de distribuição geral da SPA.

JOSÉ BARATA-MOURA “A

RESPONSABILIDADE ONTOLÓGICA DO

AUTOR.”

Autor, catedrático de Filosofia da Faculdade de Letras de Lisboa e antigo Reitor da universidade de Lisboa.

Segue-se, então, a análise e discussão dos dados recolhidos através das entrevistas e construção da sua matriz de análise.