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Análise de conteúdo – grelhas de análise dos textos expositivos-informativos

3. METODOLOGIA

3.6. Técnicas de recolha e de análise de dados

3.6.4. Análise de conteúdo – grelhas de análise dos textos expositivos-informativos

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Todos os guiões das entrevistas foram devidamente validados, já que foram, previamente, testados em alunos da turma, escolhidos aleatoriamente, para nos certificarmos da sua adequabilidade.

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Elaborámos as grelhas de análise de conteúdo dos três grupos de textos em questão (GE – em contexto SDT, previamente, portanto, à realização da SDI; GE – em contexto SDI; GC – em contexto SDT), com base em determinadas categorias e subcategorias temáticas e classes linguísticas (estas últimas comuns aos três grupos de textos). Considerámos o uso de determinadas palavras e expressões linguísticas, já que as tínhamos disponibilizado aos alunos do GE, em contexto SDI, aquando da produção dos textos Os grupos sociais no apogeu do império romano.

Com vista à elaboração das grelhas de análise dos três grupos de textos, lemos, primeiramente, e também por grupos de textos, os vários textos elaborados pelos alunos. Começámos pelos textos do GC, intitulados Os grupos sociais no apogeu do império romano, tendo identificado, numa primeira etapa, as várias informações presentes, a fim de agrupá-las em categorias. Categorizadas as informações, as mesmas foram ordenadas, atendendo ao lugar que considerámos que deviam ocupar no texto: 1.ª, 2.ª, 3.ª, 4.ª, 5.ª, 6.ª e 7.ª posições. Procurando especificar melhor: i) na 1.ª categoria temática, devia encontrar-se a apresentação do tema; ii) da 2.ª à 6.ª categorias temáticas, deviam encontrar-se as apresentações dos cinco grupos sociais; iii) na 7.ª categoria temática, devia estar presente a conclusão. Além disso, criámos uma sinalética que informasse se o aluno respeitava ou não a relação categoria temática/parágrafo. E assim surgiu a primeira grelha – que, nos subcapítulos 4.4., 4.5. e 4.6. (os quais versam, precisamente, sobre a análise de dados dos textos em questão), está identificada como quadro 2 (antecipada, porém – por questões de indexação – pelo número do respetivo subcapítulo; procedimento este seguido na numeração de todos os quadros). Num segundo momento, sentimos necessidade de replicar este mesmo quadro, a fim de especificar se o aluno, além de abordar a categoria temática num parágrafo, obedecia à seguinte relação: 1.º parágrafo/apresentação do tema; do 2.º ao 6.º, especificação de cada um dos cinco grupos sociais; 7.º parágrafo/conclusão. Adotámos, então, a sinalética adequada para o efeito: mais propriamente, numerais ordinais, a fim de mostrar concretamente a ordem seguida pelos alunos, na exposição das informações por nós ordenadas, num princípio de lógica semântica. Este quadro foi designado de quadro 3. Num terceiro momento de (re)análise dos textos, surgiu a necessidade de pormenorizar, em subcategorias, as categorias temáticas já encontradas, que resultaram do agrupar (por afinidades temáticas) das informações recolhidas dos vários textos, de forma a, por um lado, facilitar a avaliação da produção textual dos alunos e, por outro, comparar os

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resultados dos três grupos de textos. E foi desta forma que surgiram os vários subquadros (do quadro 3.) que se apresentam nos subcapítulos referentes à análise de dados já acima referidos.

De seguida, apresentamos a tabela de palavras e expressões (disponibilizadas aos alunos do GE, em contexto SDI, aquando da produção dos textos Os grupos sociais no apogeu do império romano), que agrupámos em oito classes linguísticas. Considerámos, aquando da análise dos vários textos, outras expressões, desde que sinónimas das disponibilizadas:

Tabela 2.: Classes linguísticas

Expressão introdutória Para organizar as diferentes ideias

Para introduzir pormenores ou exemplos

Para reforçar uma ideia

O meu objetivo é explicar Neste texto Sabiam que No apogeu do império romano Há muitos anos/séculos Para começar Começo por antes de mais em primeiro lugar seguidamente em segundo lugar por fim

não menos importante

por exemplo isto é ou seja importa dizer que assim

além disso por esta razão como já foi afirmado de acordo com por outras palavras com efeito na verdade

Para indicar a causa Para indicar a consequência

Para distinguir pontos de vista ou marcar oposição

Expressão conclusiva

porque por esta razão visto que já que por causa de uma vez que dado que por isso em consequência assim consequentemente pelo contrário por outro lado contudo todavia porém Em suma Em conclusão A título de conclusão Em síntese Em jeito de síntese Para finalizar Neste contexto Por todas estas razões

Feita a análise deste grupo de textos e criadas as respetivas grelhas, passámos à análise do grupo de textos do GE, em contexto SDT – que versam sobre uma personalidade feminina alvo da admiração do aluno –, de forma a categorizar informações e criar as respetivas grelhas. Estes foram, indubitavelmente, os textos mais difíceis de analisar, de categorizar e de subcategorizar, já que o primeiro contacto com os mesmos foi de dupla surpresa. Em primeiro, pela surpresa do tema, por não termos sido nós a escolher o tema ou a dar qualquer indicação, uma vez que pretendíamos que os textos a analisar retratassem o mais fielmente possível a prática quotidiana do docente de História. Em segundo, por termos constatado que os textos foram copiados da Internet, pois haviam sido solicitados para trabalho de casa: nalguns casos, justapondo-se frases e/ou parágrafos de mais do que

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um texto consultado sobre a personalidade em causa. Concretamente a propósito da análise e da categorização deste grupo de textos, consideramos que estes momentos de análise, na nossa modesta e humilde opinião, foram de ainda maior crescimento. Os passos seguidos foram muito semelhantes aos anteriormente descritos e os quadros apresentam-se no mesmo número e na mesma estrutura, ressaltando-se, apenas, que os subquadros (referentes ao quadro 3.) são oito e não sete, uma vez que apurámos oito categorias temáticas: 1.ª – Identificação da personalidade feminina; 2.ª – 1.ª Ação; 3.ª – 2.ª Ação; 4.ª – 3.ª Ação; 5.ª – 4.ª Ação; 6.ª – 5.ª Ação; 7.ª – 6.ª Ação; 8.ª – Em suma, considero-a importante…).

Por fim, procedemos à análise dos textos do GE (em contexto SDI), que versam exatamente sobre o mesmo tema do dos textos do GC. Este grupo, aliás, reitere-se, funciona como grupo de contraste. Comparámos, assim, textos que abordam o mesmo tema, ainda que tenham sido produzidos em contextos didáticos distintos: SDI, no GE; SDT, no GC, como sabemos.

Em suma, nos três grupos de texto em análise, o quadro 1. é exatamente igual. Por sua vez, os quadros 2., 3. e os subquadros apresentam exatamente a mesma estrutura, apenas variando as categorias e as respetivas subcategorias temáticas e a sua quantidade, nos textos do GE, em contexto SDT, por versarem sobre um tema diferente (uma personalidade feminina de destaque, como referido anterioremente).

3.6.5. Pesquisa documental – grelhas de correção do teste aplicado aos alunos do GE