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Análise da faturação energética

5.3 Análise da Faturação Energética

5.3.2 Análise da faturação energética

A tabela da figura5.10é respeitante a valores faturados no período entre 28 de Setembro de 2014 a 27 de Setembro de 2015, o que implica doze faturas energéticas que foram emitadas entre 27 de Outubro de 2014 e 27 de Setembro de 2015.

É possível concluir, a partir da observação dos valores da tabela presente na figura5.10, cujos valores foram traçados nos gráficos da figura 5.11, que existiu um pico bastante acentuado no período de cheia por volta do mês de Fevereiro de 2015. O que se verifica na fatura é expectável, excluindo o pico existente em Fevereiro, que se apresenta como uma grande irregularidade.

Figura 5.10: Valores faturados de energia ativa

Verifica-se ainda maiores consumos nos meses de Inverno e uma atenuação nos gastos à me- dida que se vai aproximando o Verão, quer pelas temperaturas maiores e suas amplitudes mais limitadas, quer pelo período de férias de Verão. Esta altura é facilmente caracterizada por um menor fluxo de utilização das instalações e consequente diminuição dos consumos energéticos.

Como é possível verificar, os períodos de cheia revelam o maior volume de energia consumida pela ESEN. Este acontecimento era espectável, pelo simples facto do horário de funcionamento ser coincidente com as horas tarifadas no período de cheia.

No ciclo semanal, onde se insere o tarifário faturado à ESEN, as horas destinadas a faturação no período de cheia, encontram-se no período entre o início do seu funcionamento (a escola abre às 7:30 sensivelmente) até às 17:00 no horário de Verão e com o horário de Inverno a sofrer uma alteração (7:30 às 14:00 e das 17:00 às 24:00). Este período engloba o espaço de maior atividade e consequentemente de maiores consumos energéticos da ESEN. O problema é que depois desse período surge o horário de Ponta (período entre as 17:00 e as 22:00 no Verão e das

112 Caso de Estudo

Figura 5.11: Gráfico dos valores faturados de energia ativa

14:00 às 17:00 no Inverno), com tarifa acima do horário de Cheia. Os horários de supervazio e vazio apresentam uma porção relativamente pequena dos consumos, como é possível perceber pelo gráfico de faturação da ESEN (5.11. Esta situação é facilmente explicada pois o horário de funcionamento da escola é das 7:30 às 21:30, com o horário de fecho da escola a não coincidir com o final das aulas devido à utilização do pavilhão para atividades desportivas, o que proporciona que entre a finalização das aulas e o fecho da escola apenas exista funcionamento a meio gás, mas que implica que os corredores e todo o bloco D necessite de operar. O horário de vazio (super vazio e vazio normal) regista apenas valores para equipamentos que nunca são desligados, como por exemplo, a caldeira, uma das máquinas de maior consumo energético.

Um mecanismo que podia ser agilizado para provocar uma redução da faturação energética seria analisar a possibilidade de passar horários de funcionamento de certos equipamentos (de preferência os de maior consumo energético e com períodos horários que possam migrar) para os períodos horários com tarifas mais baixas - super vazio ou vazio normal. É percetível que tendo em conta o horário de funcionamento das instalações e os períodos horários em vigor, uma poupança proveniente desta agilização seria no minímo complexa, já que a deslocação dos consumos dos equipamentos levaria ao seu funcionamento fora das horas em que a escola se encontra aberta. Um outro valor faturado na escola, mas que poderia não constar da fatura caso a compensação do fator de potência fosse adequada, será a energia reativa fornecida no vazio, a qual consta na tabela5.12e é acompanhada pela figura5.13.

As colunas da tabela respeitantes à tan φ e cos φ são importantes para uma posterior avaliação do fator de potência e da forma como o mesmo pode ser compensado, o que permitirá a extinção da faturação relativa a este parâmetro. A tan φ é necessária para calcular a compensação do fator

5.3 Análise da Faturação Energética 113

Figura 5.12: Valores faturados de energia reativa

Figura 5.13: Gráfico dos valores faturados de energia reativa

de potência, com o cos φ a ser geralmente o meio para chegar a tal valor. A compensação será abordada posteriormente.

A primeira fase do estudo com as faturas energéticas passou por comparar tarifas praticadas por diferentes empresas, com a intenção de dotar a faturação da ESEN com um tarifário que por si só conseguisse otimizar a energia consumida sem ter que ser atenuado o consumo energético. Neste ponto foi desenvolvida igualmente a aplicação referida já no capitulo 4.

A figura 5.14explicita as tarifas transitórias de venda a clientes finais que são base para os estudos realizados.

De seguida, na tabela da figura 5.15 encontra-se o valor do custo anual associado a cada um dos tarifários analisados com os valores registados na ESEN, mediante o compromisso de confidencialidade, explicitado anteriormente.

114 Caso de Estudo

Figura 5.14: Tarifa transitória de venda a clientes finais em MT

5.3 Análise da Faturação Energética 115

representa a opção mais acertada para a ESEN, o que permite defender a continuidade do forne- cedor energético. A EDP Comercial apresenta valores tarifários bastante satisfatórios em relação aos outros casos.

O mecanismo utilizado para o cálculo dos custos anuais de faturação será explicado de seguida, com a apresentação do funcionamento da aplicação.