• Nenhum resultado encontrado

CAPÍTULO 7. RESULTADOS DA PESQUISA

7.3 VISÃO ACERCA DAS INFORMAÇÕES CONTÁBEIS

7.3.1 Análise descritiva

Inicialmente apresenta-se o resultado geral das respostas às questões fechados do questionário. Considerando cada grupo de características da informação contábil (confiabilidade, relevância e compreensibilidade – incluindo ainda a comparabilidade) as afirmações apresentadas aos respondentes corresponderiam às questões

identificativas de cada grupo destes. A Tabela 09 a seguir demonstra um resumo das respostas:

O que se está

avaliando Na sua opinião as informações contidas nos relatórios da CGU... Pergunta formulada:

discordo concordo

totalmente totalmente

1 2 3 4 5 Compreensibilidade As informações apresentadas são plenamente compreensíveis 3,2 6,5 32,3 12,9 45,2

Há uma quantidade excessiva de informações 51,6 32,3 3,2 6,5 6,5 A linguagem utilizada é difícil 48,4 9,7 12,9 16,1 12,9 A forma de apresentação das informações (layout, fato, descrição sumária,

constatação, evidência, responsável) é adequada e facilita o entendimento 3,2 3,2 9,7 41,9 41,9 É necessário ter um conhecimento técnico específico para entender as

informações contidas no relatório 19,4 29 9,7 29 12,9 Comparabilidade Você entende que é possível compará-lo com outros relatórios da CGU sobre fiscalizações em outros Municípios 3,2 6,5 19,4 38,7 32,3

Você entende que é possível compará-lo com outros relatórios de outros Órgãos

de controle sobre fiscalizações em outros Municípios 3,2 6,5 22,6 25,8 41,9 Você entende que é possível compará-lo com as situações encontradas pelo

Conselho e demonstradas no parecer da prestação de contas 3,2 3,2 38,7 29 25,8 Relevância O relatório foi disponibilizado em tempo adequado 58,1 16,1 3,2 12,9 9,7

As informações do relatório podem ser utilizadas para avaliações futuras 0 0 3,2 22,6 74,2 As informações apresentadas permitem que o Conselho acompanhe os resultados

de decisões tomadas 0 3,2 32,3 25,8 38,7

As informações apresentadas auxiliam o Conselho na escolha de ações corretivas 3,2 0 3,2 41,9 51,6 As informações apresentadas são deliberadas pelo Conselho em suas reuniões e

consignadas em Ata 22,6 0 6,5 25,8 45,2

De acordo com o relatório apresentado para o seu Município o Conselho deveria

ter dado uma parecer diferente ao que foi dado 12,9 3,2 38,7 12,9 32,3 Confiabilidade Representam com fidelidade a situação que você já havia chegado à conclusão ou desconfiava. 12,9 6,5 29 29 22,6

São tendenciosas e demonstram algum tipo de direcionamento (político, pessoal,

etc.) a favor ou contra o gestor Municipal 74,2 12,9 9,7 3,2 0 São construídas com cautela e não possuem exageros ou omissões por parte dos

auditores no momento da fiscalização 12,9 9,7 32,3 32,3 12,9 São passíveis de serem confirmadas em outras instâncias como Tribunais de

Contas, Ministérios, Prefeitura, etc. 0 0 12,9 29 58,1 Ao tomar conhecimento de que seu Município teve um Relatório de Auditoria

Elaborado pela CGU você se sente mais tranqüilo na sua atuação como Conselheiro.

0 3,2 12,9 25,8 58,1

Tabela 09 - Opinião dos Respondentes, em percentuais, quanto à confiança, relevância, compreensão e

comparabilidade dos relatórios da CGU

Fonte: Elaboração própria.

Trabalhando-se o grupo de questões referentes à compreensibilidade do relatório, verificou-se que a maioria expressiva dos respondentes não acreditou no fato de que houvesse um excesso de informações no relatório e que a forma de apresentação do relatório fosse adequada à sua compreensão. Tal fato foi representado por 83,9% que discordaram totalmente ou discordaram mais que concordaram da afirmativa de que há uma quantidade excessiva de informações e por 83,8% que concordaram totalmente ou concordaram mais que discordaram de que a forma de apresentação das informações (layout, fato, descrição sumária, constatação, evidência, responsável) é adequada e facilita o entendimento.

Dentre as questões de compreensibilidade, a que mais demonstrou equilíbrio de opiniões foi a questão referente à necessidade de ter um conhecimento técnico

específico para entender as informações contidas no relatório, visto que 41,9% declararam ser necessário um conhecimento específico (concordaram totalmente ou concordaram mais que discordaram) e 48,4% dos entrevistados entenderam ser dispensado este conhecimento técnico específico para compreensão do relatório (discordaram totalmente ou discordaram mais que concordaram).

No item que tratou do poder de comparabilidade das informações contidas no relatório da CGU observou-se que apenas 3,2% não entende que é possível compará-lo com outros relatórios da CGU sobre fiscalizações em outros Municípios, enquanto que 32,3% concorda totalmente com essa possibilidade. Já no item que buscou identificar se o gestor entende ser possível compará-lo com outros relatórios de outros Órgãos de controle sobre fiscalizações em outros Municípios foram alcançados 41,9% de total concordância contra 3,2% de total discordância para esta possibilidade e por fim quando se questionou a respeito da possibilidade de comparar o relatório com as situações encontradas pelo Conselho que são demonstradas no parecer de prestação de contas, 25,8% concordam totalmente com essa possibilidade, enquanto que 3,2% discordam totalmente.

Assim quanto aos aspectos de compreensibilidade e comparabilidade pode-se destacar os resultados demonstrados no Gráfico 01 que se segue:

Gráfico 05 – Aspectos de destaque de Compreensibilidade e Comparabilidade

Observando-se as opiniões referentes ao grupo de questões que tratavam da relevância, inicialmente identificou-se que 74,2% discordaram totalmente ou discordaram mais que concordaram de que o relatório foi disponibilizado em tempo adequado, indicando um problema potencial de tempestividade do relatório que influencia diretamente na relevância que lhe é atribuída.

Já as questões de poder preditivo (capacidade dos relatórios serem utilizados para avaliações futuras) e poder corretivo (capacidade dos relatórios auxiliarem o Conselho na escolha de ações corretivas) mostram que 96,8% e 93,6%, respectivamente, dos respondentes concordaram totalmente ou concordaram mais que discordaram.

Ainda nesta linha, 64,5% das informações obtidas trazem evidências de que os respondentes acreditaram que as informações apresentadas permitem que o Conselho acompanhe os resultados de decisões tomadas e 71,0% defenderam que as informações apresentadas são deliberadas pelo Conselho em suas reuniões e consignadas em Ata.

Em se tratando da possibilidade de alteração do parecer do conselho, em resposta à questão “de acordo com o relatório apresentado para o seu Município o Conselho deveria ter dado uma parecer diferente ao que foi dado?”, 45,2% concordaram totalmente ou concordaram mais que discordaram; 16,1% discordaram totalmente ou discordaram mais que concordaram, e um percentual relevante de 38,7% apresentou-se como indecisos, apontando para na opinião destes, não haver esta conexão com a necessidade de alteração do parecer pelo conhecimento das informações contidas no relatório específico de seu município.

Desta forma quanto aos aspectos de relevância pode-se destacar os resultados demonstrados no Gráfico 02 que se segue:

Gráfico 06 – Aspectos de destaque de Relevância

Fonte: elaboração própria

No que respeita ao grupo de questões referentes à confiabilidade, identificou-se uma tendência muito forte a acreditar que as informações constantes do relatório são passíveis de serem confirmadas em outras instâncias como Tribunais de Contas, Ministérios, Prefeitura, alcançando-se 87,1% que concordam totalmente ou concordam mais com do que discordam essa assertiva, demonstrando um forte poder de confirmação externa das informações constantes no relatório na visão dos conselheiros. Apresentando-se numa tendência igualmente forte, 83,9% concordam totalmente ou concordam mais que discordam, admitem que ao tomarem conhecimento de que seu Município teve um Relatório de Auditoria Elaborado pela CGU, sentem-se mais tranquilos na sua atuação como Conselheiros.

Ainda como opinião representativa da maioria, 87,1% discordam totalmente ou discordam mais que concordam que as informações constantes dos relatórios são tendenciosas ou demonstram algum tipo de direcionamento (político, pessoal, etc.) a favor ou contra o gestor Municipal, apontando para a confiança dos conselheiros no relatório sob esse aspecto.

Já quanto às respostas referentes à representação com fidelidade da situação que os conselheiros já haviam chegado à conclusão ou desconfiavam, bem como a se são construídas com cautela e não possuem exageros ou omissões por parte dos auditores no momento da fiscalização, não se pode afirmar que houve unanimidade.

No caso da questão de representação com fidelidade a maioria (51,6%) concorda que há fidelidade nas informações, entretanto há um percentual de 29,0% de indecisos (resposta “3”), bem como 19,4% que discordam da fidelidade das informações.

Já quanto à questão que trata da cautela, 45,1% concordaram totalmente ou concordam mais que discordam que são construídas com cautela e não possuem exageros ou omissões; 32,3% mostraram-se indecisos e 22,6% discordaram totalmente ou discordaram mais que concordaram da cautela aplicada, sendo um fator de alerta para a análise conjugada com as representações dos conselheiros e os motivos que atribuíram a tal opinião.

Finalmente, quanto aos aspectos de confiança pode-se destacar os resultados demonstrados no Gráfico 03 que se segue:

Gráfico 07 – Aspectos de destaque de Confiabilidade

Fonte: elaboração própria