• Nenhum resultado encontrado

Capítulo Vi. Reflexão

Anexo 3. Análise de discrepâncias

Análise de Discrepâncias

Atividade

Comportamento das outras

crianças (desejado)

Comportamento da criança

alvo

Momento de brincadeira livre na sala de atividades

Os alunos escolhem uma área para brincar, sendo o grupo dividido pelas diferentes áreas da sala. (sabem que existe um número máximo por área e aguardam a indicação da educadora que auxilia a organização dos grupos). Os meninos que escolhem a área das expressões sentam-se na mesa e a auxiliar leva-lhes o material. Duas crianças fazem um desenho e outra faz modelagens com plasticina. As crianças que escolheram a área dos jogos sentam- se na mesa e fazem enfiamentos e puzzles. As crianças que brincam na área

A criança corre pela sala. Vai para a janela, olha para o exterior e ri-se. Corre para a mesa dos jogos e volta à janela. Bate no vidro. Corre para o armário e bate nele. Vai para a janela, passa com a mão pelo vidro. Brinca com a mão e com os braços e sorri. Esfrega o pulso no nariz.

Por escassos segundos olha para os colegas a brincar e volta a correr para a janela.

do faz-de-conta, simulam a confeção de refeições, falam ao telefone. Na área da leitura e do sossego algumas crianças sentam-se no tapete e veem livros. Algumas crianças ficam na área das construções e exploram o espaço, mexem nos materiais. Há agitação na sala, as crianças conversam, gritam, por vezes há conflitos e disputa pelos

brinquedos e recorrem à educadora ou à assistente operacional para resolver a situação.

Momento de brincadeira livre na sala - A educadora vai buscar uma bola para tentar integrar a criança numa atividade

Uma criança aproxima-se da bola e atira- a para a criança alvo. A Educadora pede à criança para voltar a chutar a bola para o G, mais devagar. A criança faz o pedido.

O G não olha para a bola. A educadora segura-o e dá-lhe a bola. Ele segura-a, põe a bola no chão e chuta-a. Quando a criança com quem ele “partilha” a

brincadeira chuta a bola novamente o G quer voltar à janela. A educadora segura- o e diz-lhe “Olha G, olha a bola! Chuta!”. O G quer fugir e começa a gritar. Volta para a janela.

Marcação das presenças no respetivo mapa

As crianças estão sentadas À volta do tapete. A AO vai chamando por ordem alfabética e a criança que tem a caneta na mão faz uma bola à frente da sua fotografia e passa a caneta à próxima criança. Algumas crianças estão sossegadas outras mais irrequietas. Alguns meninos brincam entre si (fazem caretas, deitam a língua de fora). Outras crianças fazem alguns comentários (“estou apertado, tenho pouco espaço para me sentar…”, “O A está a brincar com o C”, “Ó Paula, o G saiu do tapete”).

O G está no colo da AO. Vai escorregando pelo colo e faz

vocalizações. Olha para a janela e para o teto. Esfrega a mão na camisola da AO. Quando a AO se levanta para auxiliar outra criança o G levanta-se e sai do tapete. Corre para trás das camas. A AO chama-o. Ele não vem. A AO vai buscá-lo e trá-lo pela mão. Ele vem sem

resistência mas grita. Senta-se de novo e esfrega a mão na manga da camisola da AO. Olha para a janela.

Canção do “Bom Dia” As crianças estão sentadas à volta do tapete. Todas cantam e algumas movimentam-se ao ritmo da música. Ao longo da música dão o “Bom Dia” a todas as crianças (dizem o nome de cada uma delas) e elas respondem com “Bom Dia”.

O G está sentado no colo da AO. Não canta. Olha para cima ou para a janela. Quando é dito o seu nome na canção ri- se. A AO pega-lhe na mão e diz “Diz bom dia aos amigos, G!”

Momento da leitura As crianças estão sentadas à volta do tapete. Foi pedido que recontassem a

O G está sentado no colo da AO. Quando vê o livro olha para as ilustrações por

história. As crianças começam a referir as personagens e posteriormente relembram os acontecimentos da história sendo que as crianças se complementam nos seus comentários (“A camponesa não tinha dinheiro para comer…”, “Disse ao João para ir vender a vaca…” “Um senhor levou a vaca e deu ao João uns feijões mágicos”, “A mãe zangou-se e atirou as sementes pela janela”…).

alguns momentos. Olha para a janela e, por vezes, para os colegas. Por vezes olha para o livro e tenta virar as páginas.

Hora da refeição: lanche As crianças entram no refeitório e dirigem- se para as mesas, ocupando os lugares habituais. Sentam-se e aguardam o lanche. Comem sozinhos.

O G acompanha os colegas. Quando chega às mesas fica em pé. A educadora diz-lhe para se sentar (afasta a cadeira e segura-o pelos braços). Ele senta-se. A educadora põe a tigela de cereais na mesa, à frente dele. A colega do lado brinca com ele, faz-lhe cócegas. Ele não interage. O G segura na colher. A educadora corrige a posição da colher. Ele vocaliza (come se estivesse a resmungar), volta-se para trás.

Vira-se para a mesa, pega a colher, enche-a e fica a ver o leite a cair. Repete. Deixa a colher e olha para trás, novamente.

A educadora chama-o, pega na colher e diz que lhe dá. Ele volta-se para trás e vocaliza. Começa a balancear. A educadora tenta virá-lo para a mesa, ele tapa a cara, vocaliza. A educadora põe o G ao colo e tenta dar-lhe a comida à boca. Ele vira a cara e vocaliza. Começa a choramingar. A educadora tenta dar-lhe, ele olha para ela, vocaliza e balanceia. A educadora segura-o e põe-lhe a colher na boca. Ele come.

Brincadeira livre no parque exterior As crianças chegam ao parque e dirigem- se para os diferentes equipamentos: baloiço, escorrega, casinha. Alguns correm. As crianças interagem umas com

O G chega ao parque e fica a observar outro grupo de crianças. A educadora encaminha-o para um dos equipamentos – a ponte – e ajuda-o a subir. Ele desiste da atividade e foge para outro parque. Depois

as outras, esperam a sua vez para andar no baloiço ou no escorrega.

de encaminhado corre pelo parque, encosta-se à cerca sozinho a observar o espaço que rodeia o parque. Quando as crianças interagem com o G ele afasta-se. Circula pelo parque e sorri. Vai para as casinhas, bate com as mãos ou olha para cima. Foge novamente do parque. É encaminhado novamente mas tenta fugir. A educadora põe-se à frente dele. Sorri. Encosta-se ao muro e tira o gorro. A educadora quer colocar o gorro mas ele põe a mão à frente. Senta-se no banco e balanceia o tronco.

Um amigo aproxima-se e dá-lhe a mão. Ele atira-se para o chão. A educadora levanta-o e oferece-lhe uma bolacha. Ele não aceita, sai de perto dela e vai para a cerca. Entra na casinha, encosta-se e olha para cima. Espreita à janela.

A educadora aproxima-se dele. Ele não responde, não interage. A educadora quer

colocar-lhe o gorro. Ele sai da casinha e vocaliza. Começa a choramingar e põe as mãos na cabeça. A AO tenta ajudar mas ele desvia-se. Tenta bater na educadora.

ANEXO 4. REGISTO DO ENVOLVIMENTO ANTES DA