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Análise dos comentários dos gestores

indicadores de desempenho 11.1 A auditoria realizada em 2001 cons-

12. Análise dos comentários dos gestores

12.1. Nos termos do item 6.5 do Capítulo VI do Manual de Auditoria de Na- tureza Operacional, aprovado pela Portaria n. 144/2000 – TCU, a versão preliminar do relatório de monitoramento foi remetida ao Se- cretário de Educação Básica do Mi- nistério da Educação e ao Presiden- te do Fundo Nacional de Desenvol- vimento da Educação, com a finali- dade de obter seus comentários. 12.2. Em atenção, o Sr. Francisco das Cha-

gas Fernandes, Secretário da Educa- ção Básica (SEB/MEC), e o Sr. Daniel Silva Balaban, Diretor de Ações Edu- cacionais do Fundo Nacional de De- senvolvimento da Educação (FNDE), encaminharam seus comentários, res- pectivamente, por meio dos Ofícios n. 2009/GAB/SEB/MEC, de 14/2/ 2005, e n. 053/Dirae/FNDE/MEC, de 18/2/2005.

12.3. O Secretário de Educação Básica parabeniza o Tribunal pela objetivi- dade, clareza e pertinência do rela- tório e afirma que os dados apresen- tados serão essenciais para o proces- so de monitoramento do programa e para eventuais redirecionamentos do PNBE. Os comentários que evi- denciaram oportunidades de melhoria no relatório foram incorpo- rados ao texto. Os argumentos que foram insuficientes para alterar as conclusões do monitoramento são analisados a seguir.

12.4. O capítulo 5 do relatório discorre sobre problemas de conservação dos

livros que estariam limitando seu uso. A SEB relata uma série de medidas em curso, já incluídas no capítulo 5, que contribuirão para reduzir o pro- blema. O FNDE relatou que se pro- põe a enviar correspondência às es- colas, orientando professores a traba- lharem aspectos da conservação dos livros. Disse também que a conser- vação dos livros do PNBE não tem a mesma conotação dos livros do PNLD, uma vez que eles pertencem aos alunos. Assim, as orientações so- bre conservação teriam sentido educativo e cultural.

12.5. Apesar de a iniciativa do FNDE de enviar correspondência às escolas ser útil, sua justificativa para o tratamen- to diferenciado para a questão da conservação dos livros do PNBE não procede. Como já esclarecido, as es- colas continuaram a receber acervos do PNBE para uso coletivo, mesmo quando os alunos recebiam exempla- res para sua propriedade.

12.6. Quanto à recomendação de inserir texto padrão na contracapa dos livros com orientação sobre sua conserva- ção, a SEB/MEC considerou que as informações a serem disponibilizadas pelo PNBE/2005, quando da seleção dos livros pelas escolas, conforme explicitado no item 7.4 do Edital de Convocação do PNBE/2005, serão bastante efetivas para a melhora da conservação dos livros pelos alunos. Essas informações serão dirigidas às escolas e às secretarias estaduais e municipais de educação, cabendo a

TCU - Relatório de Monitoramento

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ambas desenvolver junto aos alunos e professores ações educativas rela- tivas à conservação dos acervos, uma vez que eles serão de uso coletivo. A SEB/MEC entende que a exigência de inserção de texto sobre a conser- vação na contracapa dos livros a se- rem distribuídos, nos moldes do Pro- grama Nacional do Livro Didático (PNLD), poderá onerar o custo do livro e, em muitos casos, prejudicar o projeto gráfico da obra, uma vez que no PNBE/2005 os livros a serem ins- critos serão obras de mercado. 12.7. O gestor não informou o montante

do custo adicional para se incluir na contracapa dos livros do PNBE infor- mações adicionais sobre guarda e conservação dos livros, tampouco que prejuízos gráficos poderiam daí advir. Não houve também qualquer consi- deração comparando esses custos com a possível economia decorrente da redução dos danos aos livros. Mes- mo sendo obras de mercado, as capas dos livros do PNBE são especialmen- te confeccionadas para incluir a mar- ca do programa, do MEC e outros elementos específicos. A iniciativa, já consolidada no PNLD, de incluir tais informações na contracapa dos livros poderia contribuir para mino- rar os problemas de conservação dos livros do PNBE. Como os elementos apresentados pelos gestores não fo- ram suficientes para demonstrar a inviabilidade da recomendação, en- tende-se oportuno mantê-la. 12.8. Quanto à recomendação de aperfei-

çoar a comunicação com os técnicos diretamente envolvidos com o pro- grama nos estados e municípios, a SEB/MEC informou que, visando à implementação de uma Política de

Formação de Professores e Alunos Leitores, desenvolverá ações durante o ano de 2005, como, por exemplo: 12.9. realização de Seminários Arti-

culadores da Política de Educação Infantil e do Ensino Fundamental, em que serão debatidos com o sistema público de ensino (estados e municí- pios) os programas e projetos que com- põem a política para a Educação In- fantil e para o Ensino Fundamental, visando a sua implementação. Entre os programas e projetos, será apresen- tado documento preliminar sobre uma Política de Formação de Profes- sores e Alunos Leitores, no qual o PNBE é uma das ações que compõem essa política. Serão realizados 9 se- minários no Brasil inteiro, com a par- ticipação de 350 técnicos das secre- tarias de educação em cada um des- ses eventos;

12.10. publicação de um periódico dirigido à disseminação de informações e debates sobre leitura e literatura in- fantil e à divulgação de projetos bem- sucedidos desenvolvidos em estados e municípios. Esse periódico será dis- tribuído pela SEB às escolas e secre- tarias de educação; e

12.11. reformulação da página da SEB no

site do MEC, com o intuito de divul-

gar dados sobre o PNBE e dispo- nibilizar materiais de orientação de uso dos acervos distribuídos.

12.12. Em relação a essa questão, o FNDE informou que articulará as providên- cias necessárias à implantação do boletim junto a sua Assessoria de Comunicação Social. Quanto à di- vulgação das informações já disponí- veis, o FNDE informou que nos en-

contros técnicos nacionais procura disseminar as informações sobre o programa, as fontes de consulta disponíveis e as formas de acesso a estas.

12.13. A iniciativa dos gestores em propor ações que aperfeiçoem a comunicação com técnicos estaduais e municipais envolvidos com o PNBE atesta a preocupação do órgão em atender à recomendação proposta. Há que se destacar que essa reco- mendação visa à execução de ações de caráter continuado pelos gestores federais, ainda em curso, e cuja implementação poderá ser verificada nas contas da SEB/ MEC referentes ao exercício de 2005. Dessa forma, entende-se necessário manter a recomendação.

12.14. Por fim, considera-se que os comentários enviados pelos gestores possibilitaram aperfeiçoar o relatório e revisar recomendações inicialmente propostas.

13.1. A auditoria realizada pelo TCU em 2001 no PNBE verificou se o programa poderia ter seus propósitos atendidos de forma mais efetiva, caso houvesse uma melhor utilização dos livros. Isso porque o programa se mostrou eficiente nas etapas de seleção e entrega de livros, mas passível de melhorias na etapa de utilização dos livros pelas escolas. O PNBE estava funcionando melhor como programa de entre- ga de livros do que de incentivo ao uso da literatura na escola.

13.2. Visando contribuir com a melhoria da efetividade do programa, recomendou pro- vidências que visam contribuir para melhorar a divulgação do programa, melhorar a infra-estrutura das escolas para utilização dos acervos e aperfeiçoar a capacitação de professores e bibliotecários. Recomendou-se também a implementação de monitoramento e avaliação sistemática das ações e resultados obtidos pelo progra- ma, além da incorporação ao PNBE de ações que visem a favorecer o princípio da eqüidade.

13.3. O quadro a seguir apresenta a situação de implementação das recomendações da Decisão TCU n. 660/2002 – Plenário à época dos dois primeiros monitoramentos (fevereiro e dezembro de 2003) e em 2004.

13.4. De forma mais detalhada, a situação de implementação das recomendações da Decisão TCU n. 660/2002-P é a registrada na tabela 11.

13. Conclusão