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sensibilizem as esferas estadual e municipal a respeito da importância de

nas bibliotecas das escolas 7.1 A ausência de responsável pela bi-

8.3.3. sensibilizem as esferas estadual e municipal a respeito da importância de

destinarem profissionais da área para as bibliotecas das escolas.

7.4. Conforme relatado no segundo moni- toramento, as medidas em implemen- tação para suprir a recomendação da letra a do item 8.3.2 da decisão do TCU concentraram-se, por parte da SEB, em dois aspectos: a) para o PNBE/2004, promoção de ações arti- culadas entre as três esferas de go- verno, dando relevo à importância da leitura nos programas de formação do professor; e b) recomendar para os cursos de formação de professores o incentivo à prática da leitura pelos alunos.

7.5. Quanto ao item 8.3.3. da decisão, a SEB continuava adotando medidas no sentido de sensibilizar as demais esferas de governo a respeito da im- portância de serem destinados pro- fissionais para as bibliotecas das es- colas. O levantamento das escolas municipais com biblioteca já foi apontado pelo Censo Escolar reali- zado pelo Inep, o que propiciou o le- vantamento da necessidade desses profissionais.

7.6. Em 49,0% das escolas que respon- deram ao questionário por via pos- tal, conforme gráfico 9, o responsá- vel pela guarda e controle dos livros é um bibliotecário ou auxiliar de bi- blioteca, sendo que 41% dessas es- colas informaram que a função é de- sempenhada de modo autônomo por professores ou compartilhada com o profissional que atua junto à biblio- teca. Além disso, a existência de controle de empréstimos de livros foi informada por 85% das escolas pesquisadas.

TCU - Relatório de Monitoramento

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7.7. Constatou-se nas visitas às secreta- rias de educação que a função de bi- bliotecário (formação em Biblioteco- nomia) ou responsável pela bibliote- ca (sem formação específica) existe nas Secretarias do Tocantins e Dis- trito Federal, o que não ocorre no Rio Grande do Norte4.

7.8. Nos municípios não foram verificadas ações específicas para dotar as es- colas de bibliotecários, apenas fa- zendo-se menção ao fato de que nor- malmente essa função é ocupada por professores que não se encontram em sala de aula (“auxiliar de biblio- teca”), caso de Mossoró/RN, por exemplo. O que ocorre com grande freqüência é a alocação de profes- sores readaptados nessa função, prática comum em todos os estados visitados.

7.9. Pode-se citar, como boa prática, a ini- ciativa da Secretaria da Educação e Cultura do Tocantins, que instituiu, por meio da Instrução Normativa n. 2/2002, procedimentos para autoriza- ção de funcionamento de bibliotecas estaduais na rede estadual de ensino. O art. 8º da instrução normativa exi- ge a designação de um profissional com nível superior em bibliotecono-

mia para dirigir os trabalhos das bi- bliotecas. Nos termos do § 1º do art. 8º daquela norma, quando isso for possível, poderá ser designado, pre- ferencialmente, um servidor com for- mação em Pedagogia ou com ensino médio completo, na modalidade nor- mal ou magistério.

7.10. Em contraposição a essa boa prática, verificou-se, por meio de relatos de diretores e funcionários de escolas da rede municipal de Palmas/TO, que a Secretaria de Educação desse muni- cípio dispensou os profissionais con- tratados que atuavam como respon- sáveis pelas bibliotecas das escolas da rede municipal, antes do término do contrato. Essa medida teve impacto direto nas escolas, a exemplo do que ocorre na Escola Municipal Jorge Amado, onde houve restrição do acesso à biblioteca e no volume de livros emprestados mensalmente. Esse montante chegava a mais de 250 li- vros/mês de junho a setembro de 2004, caindo para zero em outubro de 2004, quando os responsáveis pe- las bibliotecas foram dispensados. A partir daquele mês, apenas os pro- fessores passaram a ter acesso aos li- vros, para utilização nas atividades em sala de aula.

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4 Em alguns estados, esse profissional é denominado “professor regente de biblioteca”.

Gráfico 9 – Pessoas responsáveis pela guarda e controle dos livros da escola.

Fonte: pesquisa com escolas da rede pública de ensino fundamental (out./nov.2004)

7.11. Considerando que a alocação de profissional treinado para atuar em bibliotecas nas escolas encontra-se sob responsabilidade de estados e municípios, há pouca ingerência do MEC/FNDE para incentivar o emprego de recursos humanos nessa função (item 8.3.3 da Decisão TCU n. 660/2002–P), o que poderia trazer impacto positivo na efetividade do programa, visto que os resultados do Saeb 2003 mostram que, quando há um responsável pela biblioteca escolar, a média de pontuação aumenta. Esse encargo acaba sendo dos próprios professores, gerando sobrecarga de atribuições, para as quais nem sempre esses foram capacitados a exercer. 7.12. De qualquer modo, pode-se considerar implementada a recomendação 8.3.3. da

Decisão TCU n. 660/2002-P, visto que a inclusão de questões no Censo Escolar voltadas a levantar o perfil dos profissionais responsáveis pelas bibliotecas é instru- mento que possibilita aos gestores ter dados sobre a situação das escolas em relação a essa questão.

7.13. A ausência de profissionais nas bibliotecas existentes, somada ao fato de que boa parte das escolas sequer possui espaço físico para biblioteca, limita o alcance dos objetivos do programa, tanto pela dificuldade de acesso aos acervos como pela con- servação e guarda nem sempre adequadas do material distribuído pelo programa. 7.14. Devem ser objeto de informação constante do MEC/FNDE junto às secretarias

estaduais e municipais de educação e escolas beneficiárias, as medidas que visem a proporcionar às escolas caminhos para superar as deficiências relativas à falta de responsável pelo funcionamento da biblioteca, razão pela qual resta parcialmente implementada a recomendação da letra a do item 8.3.2. da Decisão do TCU.

8. Capacitação de professores