• Nenhum resultado encontrado

PASSO 10 ENCORAJAR A FORMAÇÃO DE GRUPOS DE APOIO

3.5. Análise dos dados

De acordo com os Dez Passos da IHAC

O processo de credenciamento de um hospital como Amigo da Criança ( ver Anexo II) preconiza duas etapas de avaliação:

1. o próprio hospital avalia suas práticas, respondendo ao Questionário de Auto-avaliação, fornecido pelo PNIAM/INAN a todo serviço que o solicitar e

2. se a auto-avaliação mostra o cumprimento dos padrões mínimos exigidos, o hospital solicita a visita de avaliadores externos, os quais irão aplicar o Questionário de Avaliação Global.

Atualmente, preocupados em reduzir os custos implicados com a avaliação global, realiza-se antes uma pré-avaliação, cujo questionário é mais simples e dispende menos tempo do avaliador. Os questionários de auto-avaliação e de pré-avaliação permitem realizar uma avaliação preliminar das rotinas existentes, como também dimensionar até que ponto o serviço de saúde segue as recomendações estabelecidas pela Iniciativa (Dez Passos para o Sucesso da Amamentação, estabelecido na Declaração Conjunta OMS/UNICEF).

No presente estudo, para analisar as rotinas hospitalares, utilizou-se como guia as exigências estabelecidas no Questionário de Auto- avaliação (ver Anexo II). Desta maneira, estabeleceu-se como Passo Cumprido, aquele que atendia aos seguintes critérios mínimos:

Passo 1 - Ter referido a existência de uma norma escrita sobre aleitamento materno acessível a todos os funcionários e disponível em todos os setores: berçário, maternidade, pré-natal e ambulatório. Passo 2 - Ter referido a existência de um programa de treinamento regular com carga horária mínima de 18 horas, de um manual com o conteúdo do treinamento e a inclusão nos treinamentos pelo menos dos profissionais pediatras, obstetras, enfermeiras e auxiliares de enfermagem.

Passo 3 - Para os hospitais que dispõem de um serviço de pré-natal, ter referido a rotina de orientação a gestantes sobre aleitamento materno através de palestras ou discussões em grupo.

Passo 4 - Ter referido como rotina a colocação do bebê para mamar ainda na sala de parto, independentemente do horário em que tenha ocorrido o parto.

Passo 5 - Ter referido que se avalia a amamentação de forma rotineira e que as mães recebem orientação sobre quando e como realizar ordenha das mamas. Para os casos em que há necessidade de separação (bebês doentes e/ou prematuros), ter referido que as mães têm entrada livre no berçário e que, para manter a lactação,

são orientadas a ordenhar o leite de peito pelo menos 5 vezes ao dia.

Passo 6 - Ter referido administrar água glicosada e/ou leites artificiais somente quando houver clara indicação clínica ou nos casos de separação prolongada em que a mãe não possa estar presente em todas as mamadas. Ter referido que as fórmulas infantis utilizadas no serviço são adquiridas pelos canais regulares de compra.

Passo 7 - Ter referido a existência de sistema de alojamento conjunto, onde os bebês podem permanecer dia e noite. Ter referido que os bebês são levados junto com suas mães direto da sala de parto ao alojamento conjunto ou que permanecem no máximo 1 hora no berçário antes de serem liberados para o alojamento.

Passo 8 - Ter referido não colocar qualquer restrição quanto ao intervalo e duração da mamada. Adicionalmente, para os hospitais em que os bebês não ficam em alojamento conjunto, ter referido que os bebês são levados para mamar durante o período noturno e que, durante o dia, são levados para mamar com regularidade de 3 a 4 horas e que permanecem mais de metade do período no quarto com suas mães.

Passo 9 - Ter referido a não utilização de chupetas e mamadeiras e, caso necessário, apenas o uso de outros veículos de alimentação como xícara, seringa ou contagotas.

Passo 10 - Ter referido que, no momento da alta hospitalar, as mães são encaminhadas para ambulatórios em que existam programas de apoio ao aleitamento materno.

De acordo com a classificação dos hospitais

Os dados foram analisados de acordo com o cumprimento de cada um dos “Dez Passos”. Para cada passo, os resultados são apresentados segundo a divisão dos hospitais estudados em públicos e privados.

A amostra incluiu todos os 5 hospitais universitários, dos quais 4 são públicos e 1 privado. Considerando que as rotinas utilizadas nos hospitais universitários determinam não só a prática de seus estudantes e estagiários como também servem de modelo para outros serviços, adicionalmente se fez uma análise das práticas nos hospitais públicos universitários. Os dados do único hospital privado universitário foram analisados no conjunto dos hospitais privados. A seguir, fez-se uma estimativa do cumprimento de cada passo para os hospitais do município como um todo, considerando que as unidades de observação do estudo foram hospitais maternidade. A estimativa quanto ao cumprimento dos passos dos hospitais do Município de São Paulo (MSP) foi calculada levando em conta que foram estudados todos os hospitais públicos do município (fator de ponderação= 1.00) e 1 em cada 3.11 hospitais privados (fator de ponderação= 3.11). Como referido anteriormente, 3 hospitais

privados que faziam parte da amostra não estavam atendendo partos no momento de realização das entrevistas. Portanto, da amostra de 22 hospitais privados foram estudados 19 e o total de hospitais privados passou dos 62 iniciais para 59, resultando daí o fator de ponderação de 3.11.

Rotina para recém-nascidos prematuros e de baixo peso ao nascer A IHAC inclui também as práticas relacionadas aos recém-nascidos prematuros e de baixo peso, nos Passos 5, 6 e 9. Entretanto, não detalha todos os aspectos que seriam importantes analisar durante o processo de avaliação, no que diz respeito a esta categoria de recém-nascidos. Neste estudo, utilizamos como base para elaboração do questionário e interpretação dos resultados as informações e recomendações oferecidas pela revisão de literatura sobre alimentação de recém-nascidos prematuros e de baixo peso.

4. RESULTADOS