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ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DO USO DAS SUPERESTRATÉGIAS NO TÍTULO E NO SLOGAN DO ANÚNCIO

No documento “Cuide-se ... porque você vale muito” (páginas 165-173)

PN 9. Nominaliza. Essa estratégia se caracteriza por um grande número de substantivos utilizados nas peças de propaganda para definir ou descrever um

4.9. ANÁLISE DA FREQUÊNCIA DO USO DAS SUPERESTRATÉGIAS NO TÍTULO E NO SLOGAN DO ANÚNCIO

4.9.1. Na revista Cláudia

a) Análise da frequência das superestratégias nos títulos dos anúncios

GRÁFICO 4.8 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS TÍTULOS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS CLÁUDIA – NÚMEROS ABSOLUTOS

GRÁFICO 4.9 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS TÍTULOS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS CLÁUDIA – PORCENTAGENS

Como se pode perceber pelo gráfico 4.9, existe uma maior ocorrência de superestratégias positivas (66%) nos títulos dos anúncios publicitários de cosméticos da revista Cláudia, seguindo a tendencia das análises previamente apresentadas. As superestratégias encobertas atingiram o segundo lugar dentre as mais utilizadas com 25% de frequência, enquanto a superestratégia negativa seria a menos utilizada, com apenas 9% de frequência.

b) Análise da frequência das superestratégias nos slogans dos anúncios:

GRÁFICO 4.10 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS SLOGANS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS CLÁUDIA – NÚMEROS ABSOLUTOS

GRÁFICO 4.11 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS SLOGANS DOS 30 AMÚNCIOS DAS REVISTAS CLÁUDIA – PORCENTAGENS

No gráfico 4.11, fica claro a maior ocorrência de superestratégias positivas (68%) nos slogans dos anúncios publicitários de cosméticos da revista Cláudia, seguindo a tendencia das análises previamente apresentadas, nas quais as estratégias positivas apresentaram uma alta frequência frente às demais estratégias, seja com relação ao título ou ao slogan. As superestratégias encobertas atingiram o segundo lugar dentre as mais utilizadas com 26% de frequência, sendo essas principalmente voltadas a face positiva, como apresentado no teste estatístico da sessão (4.8.3.4.). A superestratégia negativa segue a tendência de ser a menos utilizada, com apenas 6% de frequência.

4.9.2. Na revista Ohlalá!

a) Análise da frequência das superestratégias nos títulos dos anúncios

GRÁFICO 4.12 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS TÍTULOS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS OHLALÁ! – NÚMEROS ABSOLUTOS

GRÁFICO 4.13 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS TÍTULOS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS OHLALÁ! – PORCENTAGENS

Como se pode perceber pelo gráfico 4.13, os resuldados obtidos para a revista Ohlalá! coincidem com os da revista Cláudia, demonstrando que nesse caso em específico (de anúncios de cosméticos em revistas femininas) ambas as culturas tendem a escolher a superestratégias positivas (72%). As superestratégias encobertas seguem atingindo o segundo lugar dentre as mais utilizadas com 20% de frequência, enquanto a superestratégia negativa seria a menos utilizada, com apenas 8% de frequência.

b) Análise da frequência das superestratégias nos slogans dos anúncios

GRÁFICO 4.14 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS SLOGANS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS OHLALÁ! – NÚMEROS ABSOLUTOS

GRÁFICO 4.15 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS SLOGANS DOS 30 ANÚNCIOS DAS REVISTAS OHLALÁ! – PORCENTAGENS

Como se pode perceber pelo gráfico 4.15, os resuldados obtidos para a revista Ohlalá! novamente coincidem com os da revista Cláudia, sendo a superestratégia positiva a mais utilizada, com 71% de frequência. A superestratégia encoberta segue atingindo o segundo lugar dentre as mais utilizadas com 29% de frequência, enquanto a superestratégia negativa vem em terceiro lugar com apenas 10% de frequência.

4.9.3. Análise comparativa entre ambas as revistas

a) Análise da frequência das superestratégias nos títulos dos anúncios:

GRÁFICO 4.16 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS TÍTULOS DAS REVISTAS CLÁUDIA E OHLALÁ! – NÚMEROS ABSOLUTOS

b) Análise da frequência das superestratégias nos slogans dos anúncios

GRÁFICO 4.17 – SUPERESTRATÉGIAS PRESENTES NOS SLOGANS DAS REVISTAS CLÁUDIA E OHLALÁ! – NÚMEROS ABSOLUTOS

A análise dos dados da revista Cláudia e da revista Ohlalá! nos mostra que em ambos os casos, nos títulos e nos slogans, apesar das especificidades de cada uma dessas partes da peça de propaganda e de cada idioma, o uso das superestratégias se deu de maneira semelhante, sendo a positiva a mais usada.

Isso pode ser explicado devido ao fato de, como visto anteriormente, os anúncios publicitários, principalmente os de revistas femininas, se aproximarem muito mais do rogo e do conselho do que da ordem e do mando. O falante, sendo consciente de que ao anunciar um produto está realizando um AAF, tenta minimizá-lo abrindo mão de seu poder de especialista e aproximando-se cada vez mais do universo do precisa, deseja e necessita. Pois, como afirma Buitoni (2009, p. 18)

Vós, tu, você: o texto da imprensa feminina sempre vai procurar dirigir-se à leitora, como se estivesse conversando com ela, servindo-se de uma intimidade de amiga. Esse jeito coloquial, que elimina a distância, que faz as ideias parecerem simples, cotidianas, frutos do bom senso, ajuda a passar conceitos, cristalizar opiniões, tudo de um modo tão natural que praticamente não há defesa.

A segunda superestratégia mais utilizada é a encoberta. Apesar de ter uma menor frequência de estratégias presentes, durante esse estudo pode-se verificar que as estratégias encobertas normalmente se sobrepõem a estratégias positivas e negativas. Foram poucos os enunciados (tanto nos títulos quanto nos slogans) nos quais não fosse constatada a presença de pelo menos uma estratégia encoberta.

Ela é a segunda mais utilizada, já que corrobora com o jogo de aproximação entre o falante e o ouvinte, uma vez que usando elementos sócioculturais (ou falta deles) que auxiliem ou mesmo justifiquem a presença de certos enunciados no anúncio, se reforça a ideia de que ambos compartilham algo que não precisa ser dito pois pode ser subentendido (já que fazem parte do mesmo grupo). O uso das estratégias negativas se restringiu a apenas 6%, já que utilizá-las poderia marcar um distânciamente entre o falante e o ouvinte, ou descatar o poder de um ou de outro, o que dificultaria o processo de persuasão.

4.9.4. Teste de significância estatística

Ao aplicarmos o teste estatístico, verificamos que o valor de p não sofre alteração enqunto ao uso das superestratégias positivas e negativas nas revistas Cláudia e Ohlalá!. Porém, tanto nos slogans quanto nos títulos, há uma considerável variação quanto ao uso da superestratégia encoberta. Pode-se verificar que nos anúncios de cosméticos veiculados na revista Cláudia existe uma frequência muito superior de uso de superestratégias encobertas em comparação ao uso que se tem nos anúncios veiculados na revista Ohlalá!. Conclui-se então que os anúncios publicitários de cosméticos brasileiros tendem a utilizar com mais frequência as estratégias encobertas na composição de seus títulos e slogans que os anúncios publicitários de cosméticos argentinos.

TABELA 4.15 - COMPARATIVO DE USO DAS SUPERESTRATÉGIAS ENTRE AS REVISTAS CLÁUDIA E OHLALÁ!. corpus a ser analisado, assim como o perfil de cada uma das revistas selecionadas, de suas leitoras e temas de interesse. Verificou-se que apesar de que o macro-ato de anunciar possa ser caracterizado como um ato que apresenta uma grande ameaça à face negativa do ouvinte, a maioria das superestratégias utilizadas nesse AAF foi de polidez positiva, sendo a encoberta a segunda mais utilizada. O que se alinha aos os resultados que Saz Rubio (2000) obteve em sua pesquisa sobre a publicidade de língua inglesa. Dentro dessas superestratégias, nota-se que, em

muitos casos, a cultura argentina e brasileira preferiram as mesmas estratégias, sendo comuns a ambas principalmente as positivas. Além disso, vale ressaltar o maior uso da superestratégia encoberta feito pelos anúncios publicitários brasileiros com relação ao uso feito pelos anúncios publicitário argentinos.

No documento “Cuide-se ... porque você vale muito” (páginas 165-173)