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Analise dos Rácios da Firma Bento, SA

CAPÍTULO IV- CARACTERIZAÇÃO DA FIRMA BENTO S.A

4.14. Analise dos Rácios da Firma Bento, SA

De acordo com Maria Duarte (2007), asituação financeira de uma empresa baseia se na determinação da sua capacidade para satisfazer os seus compromissos monetários. É importante analisar se os meios financeiros utilizados pela empresa são os adequados para manter o seu desenvolvimento de uma forma estável e permitem honrar os seus compromissos a medida que se vão vencendo.

Para o cálculo dos rácios apresentados utilizam as seguintes fórmulas:

Rácios Formulas

Fundo de Maneio Capital permanente - Activo Fixo Prazo Médio de Recebimento (dias) Clientes/Vendas Líquidas*365

Prazo Médio de Pagamento (dias) Fornecedores/Compras*365 Liquidez Geral Activo Circulante/Passivo circulante Autonomia Financeira Capitais Próprios/Activo

Solvabilidade Capitais Próprios/Capitais Alheios Rendibilidade Capitais Próprios ( RCP ) Resultado líquido/ Capital próprio

Rendibilidade das Vendas Resultado Liquido/Vendas

Katisia Isaurinda Fortes Lopes

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Análise Económica e Financeira da Firma Bento, SA.

Indicadores –Económicos

Descrição 2008 2009 2010

Rácios de Equilíbrio

Fundo de Maneio 86.113.857,00 114.541.036,00 -101.099.444,00 Prazo Médio de Recebimento (dias) 16,31 18,89 4,44

Prazo Médio de Pagamento (dias) 379 607,2 421,7 Rácios de Estrutura

Liquidez Geral 1,23 1,34 0,69

Autonomia Financeira 0,43 0,54 0,05

Solvabilidade 0,74 1,19 0,05

Rácios de Rentabilidade

Rendibilidade Capitais Próprios ( RCP ) 2,84% 7,09% 72,67%

Rendibilidade das Vendas 0,46 1,34 1,29

Quadro 2 – : Analise Económica e Financeira da Firma Bento S.A.

Rácios de Equilíbrio

Os rácios de equilíbrio ajudam a explicar os impactos financeiros da gestão ao nível do ciclo de exploração, ou seja serve para analisar a eficiência das decisões na gestão dos recursos aplicados, explicitando a forma como a empresa está a utilizar os recursos de que dispõe. Os rácios de equilíbrio apuram-se em termos de rotação ou em dias de funcionamento. São os rácios dos prazos médios de recebimento e pagamento, da duração média das existências em armazém, fundo de maneio rotação de stock etc.

Katisia Isaurinda Fortes Lopes

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Gráfico 1 – Fundo Maneio

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

No que tange ao ano 2010, FM < 0, é uma situação pouco estável para a empresa, pois a tesouraria líquida negativa10 e fundo maneio negativo implicam dependência de operações financeiras de tesouraria e má estruturação de capitais permanentes. Tanto os recursos permanentes como os recursos gerados pelo ciclo de exploração são manifestamente insuficientes para as necessidades da empresa, ou seja, os capitais não estão a cobrir totalmente o activo. Um fundo de maneio negativo implique, necessariamente, que a empresa encontre em desequilíbrio, e mesmo com tesouraria líquida negativa a empresa pode estar em condições de equilíbrio. Tudo depende das massas patrimoniais a longo do tempo.

10

Ver Anexo – Balanço Funcional 86.113.857,00

114.541.036,00

-101.099.444

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Gráfico 2 – Prazo médio recebimentos

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

Quanto ao prazo médio de recebimento houve um ligeiro aumento de 16,31 dias no ano 2008 para 18,89 dias no ano 2009, o que indica uma manutenção na realização do crédito, mas isso advém da política a Firma Bento, S.A que é de receber a pronto, havendo raras situações de crédito concedidos nos períodos que antecedem imediatamente o encerramento da empresa por motivos de férias colectivas. Neste sentido com o objectivo de reforçar o stock de alguns clientes e evitar que haja rupturas de stock no mercado concedem créditos á alguns clientes. Já no ano 2010 verifica-se que o prazo médio de recebimentos diminuiu fixando-se em 4,44 dias.

2008

2009

2010

16,31 18,89

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Gráfico 3 – Prazo Médio de Pagamentos

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

Houve uma diminuição do prazo médio de pagamento, em relação ao ano 2010, isso porque diminuiu o volume de compras e das dívidas dos fornecedores, mas já em 2008 houve um ligeiro aumento em relação ao ano 2010 motivado essencialmente, pelo aumento das dívidas a fornecedores estrangeiros de mercadorias, devido ao aumento das existências, o que indica que houve um atraso no pagamento das dívidas dos fornecedores. De salientar que isso traduz num financiamento adicional para a empresa.

Rácios de Estrutura

Segundo Maria Duarte (2007), os índices de rácio de estrutura e capital mostram as grandes linhas de decisões financeiras, em termos de obtenção e aplicação de recursos. O

índice de participação de capitais de terceiros relaciona-se portanto as duas grandes fontes derecursos da empresa, ou seja os capitais próprios e capitais de terceiros.

2008 2009 2010

379

607,2

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Gráfico 4 – Grau de Liquidez Geral

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

Liquidez geral - O referido índice é utilizado para verificar a saúde financeira a curto e a longo prazo da empresa, através da comparação do Activo circulante (caixa e depósitos bancários, dividas de clientes, existências, e outras dividas de terceiros) com o Passivo Circulante (Fornecedores, Estado, outros credores de exploração, adiantamentos a clientes, diferimento).

Quanto ao grau de liquidez geral houve um aumento de 2008 para 2009, o aumento deste indicador pode resultar de um grande peso das existências (uma das componentes do activo circulante). Já no ano 2010 houve uma perda de liquidez, isto é, sistematicamente um grande investimento em stocks pode ter constituindo um factor de diminuição de recursos financeiros e, por conseguinte, de menor liquidez.

1,23 1,34

0,69

Katisia Isaurinda Fortes Lopes

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Gráfico 5-Autonomia Financeira

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

O Rácio de autonomia financeira é um rácio financeiro que mede a solvabilidade da empresa através da determinação da proporção dos activos que são financiados com capital próprio. Quanto mais elevado este rácio, maior a estabilidade financeira da empresa. Este rácio permitiu-nos apreciar em que percentagem é que o activo da firma se encontra a ser financiado por capitais próprios.

Relativamente a autonomia financeira em 2008 apresentava um valor igual a 0,43, já em 2009 houve um aumento deste indicador o que corresponde a um maior impacto do factor financeiro na rentabilidade do capital próprio. Em 2010 houve uma ligeira diminuição devido ao menor impacto da rentabilidade de capital próprio.

2008 2009 2010

0,43 0,54

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Gráfico 6- Solvabilidade

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

Este indica a garantia oferecida pela empresa ao capital alheio ou passivo. Traduz a posição de independência da empresa face aos credores. Quanto maior for, maior será a segurança dos credores em recuperar os seus créditos, em caso de liquidação ou dissolução da empresa, ou seja a solvabilidade de uma empresa será tanto maior quanto maior for o valor deste rácio. Um valor muito baixo pode indiciar uma fraca viabilidade da empresa no futuro, pois significa uma elevada fragilidade económico-financeira.

A solvabilidade a empresa em 2008 foi de 0,74 aumentando em 2009 para 1,19, isso mostra mais uma vez que a empresa tem capacidade de solver as suas obrigações com terceiros, porque o activo circulante consegue cobrir os débitos de curto prazo em qualquer dos períodos em estudo, isto evidencia o grau de independência financeira da empresa em relação aos credores, já no ano 2010 a solvabilidade diminuiu para 0,05 menor capacidade da empresa de fazer face aos seus compromissos.

2008 2009 2010

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Página 79 Rácios de Rentabilidade

Os rácios de rendibilidade, medem a rendibilidade da Firma na sua operação, indicando o grau de eficiência com que utilizou os recursos à sua disposição.

Gráfico 7- Rendibilidade dos Capitais Próprios (RCP)

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

A rendibilidade dos capitais próprios analisa a remuneração que eles geram. Este rácio pode considerar-se o mais importante em finanças empresariais. Mede a rentabilidade absoluta entregue aos accionistas.

Houve um aumento desde 2008 até 2010, este rácio mostra que a empresa tem um bom o desempenho, e que tem grande capacidade da empresa em gerar lucros e remunerar os seus accionistas/sócios. E, de forma geral, o reflexo das decisões de investimento e financiamento na rendibilidade dos capitais próprios. De uma forma geral pode-se dizer que os investimentos estão a ser rentáveis.

2008 2009 2010

2,84% 7,09%

Katisia Isaurinda Fortes Lopes

Página 80

Gráfico 8- Rendibilidade das Vendas

Fonte: Dados fornecidos pela empresa em estudo

Em relação a rentabilidade das vendas, manteve-se praticamente estáveis os 3 anos, embora com uma pequena diminuição em relação ao ano de 2010, revelando a eficiência do negócio da, Firma Bento S.A.

De uma forma geral os indicadores de rentabilidade demonstraram uma melhoria devido aos aumentos dos capitais próprios e do volume de vendas.

2008 2009 2010

0,46

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Página 81

CAPÍTULO V – APRESENTAÇÃO E ANÁLISE DOS RESULTADOS

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