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Conclusão

A era da globalização, em que o crescimento económico, a concorrência e a

competitividade se baseiam fundamentalmente na capacidade organizativa e no poder inovação

e de antecipação face as mudanças económicas e gerências, o sistema de controlo interno é

fundamental para que as empresas tenham uma performance desejada.

De forma a atingir os nossos objectivos e afirmar a nossas hipóteses tivemos que

efectivar um cruzamento de dados entre a fundamentação teórica, análise documental e a

entrevista realizada. No que concerne a fundamentação teórica constatamos que o controlo

interno representa uma fonte relevante para informar e suportar as decisões dos gestores a nível

mundial. Ele permite verificar as bases da informação como elementos imprescindíveis ao

processo decisório e a continuidade para o desenvolvimento e crescimento das

organizações/empresa baseando-se na definição apresentada pelo CRC-SP11 «De facto, o controlo interno é viga mestra em que a administração se baseia para medir o alcance dos objectivos e metas, e ter a certeza de que as directrizes fornecidas pela empresa estão sendo regularmente seguidas». No entanto qualquer gestor que utiliza o controlo interno possui

maior probabilidade de acertar continuamente o processo decisório e atingir a eficácia desejada

na empresa seja sob lucro ou sobrevivência empresarial com agregação de valor ao negócio.

Por outro lado, constatamos que nenhuma organização/empresa pode exercer a sua actividade

sem um sistema de controlo interno. Este no entanto, pode variar de acordo com a dimensão e

a complexidade da empresa, passando de um simples controlo de meios monetários, em

empresas pequenas até abranger todas as áreas da organização, nas grandes empresas. Um

eficiente sistema de controlo interno compreende um plano de organização que proporcione

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Página 94 indicadores e uma adequada segregação sistemática de funções e correcta atribuição de

autoridade/responsabilidade, um sistema de autorização e procedimentos de escrituração de

modo a permitir um controlo eficiente sobre o activo e passivo, custos e proveitos, receitas e

despesas; observação de praticas salutares no/não cumprimento dos deveres e funções de cada

um dos departamentos da organização, permitindo os decisores uma planificação e tomadas de

medidas correctivas.

Como análise final deste trabalho, é importante ressaltar que de nada vale possuir um controlo interno de procedimentos e processos, sem manter os colaboradores comprometidos e integrados com as finalidades da empresa. A parte essencial para controlos efectivamente correctos, está na implementação dos mesmos com excelência, evitando surpresas no instante que as informações são transmitidas, principalmente para a contabilidade.

Por tudo o que foi pesquisado na bibliografia que serviu de fonte de consulta principal, para a realização do presente trabalho, observa-se que os órgãos reguladores da auditoria externa como também os diversos conhecedores das áreas de contabilidade e auditoria reverenciam o controlo interno como elemento fundamental para a execução do trabalho de auditoria, por entenderem que a responsabilidade pelo sucesso de uma organização é devido em grande parte à excelência dos seus controlos internos.

Posto isso, consideramos que a metodologia utilizada, adequou-se aos objectivos delineados, uma vez que conseguimos atingir os objectivos propostos no plano de estágio profissional, proporcionando uma grande competência e elevados conhecimentos.

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Página 95 Realizar este trabalho foi um grande desafio, sobretudo por ser uma área ainda pouca estudada em Cabo Verde, e com pouca bibliografia, mas mesmo assim, este trabalho foi enfrentado desde o inicio com enorme dedicação e satisfação.

Recomendações

Tendo em conta a importância de controlo interno para tomadas de decisões face ao crescimento e a vida de qualquer organização/ empresa, e as conclusões efectivadas, achamos pertinente apresentar as seguintes proposta de melhoria.

Para além dos departamentos existentes que é de extrema importância achamos conveniente que a firma adapta outros departamentos, ou seja um gabinete de estudos e auditoria interna que tem como missão averiguar o cumprimento de instruções, planos e procedimentos emanados superiormente, zelar pela qualidade dos serviços e elaborar as recomendações consideradas necessárias. É o gabinete ao qual é delegada competência para realizar as inspecções no quadro da programação anual, podendo ainda proceder a investigação e inquéritos não programados, sempre que a administração o determine.

Um gabinete de planeamento e controlo com missão de desenvolver as actividades

necessárias ao processo de planeamento da empresa, dinamizar a recolha a tratamento de dados

estatísticos, investigar e desenvolver estudos visando desenvolvimento estratégico da empresa,

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Bibliografia

1. ALMEIDA, Marcelo Cavalcanti (1996). Um moderno curso e completo.5º edição, São Paulo: Atlas.

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4. DUARTE, Lara, (2010), Auditoria Financeira. Universidade de Coimbra.

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6. TENORIO, Juliene (2007). Controlo Interno. Dissertação de Mestrado, Universidade Federal.

7. MORENO, Carlos, (2001). Gestão e Controlo dos dinheiros públicos, 2º edição, Lisboa.

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12. MADEIRA, Marques (2003), Auditoria e Gestão.1º edição VISILIS – Lisboa Portugal.

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Página 97 13. DA COSTA, Carlos Baptista e ALVES, Gabriel Correia, (1988). Auditoria

Financeira casos práticos, editora VISLIS. Lisboa – Portugal.

14. DA COSTA, Carlos Baptista, (2007). Auditoria Financeira - teoria e prática. Reis dos livros. 8° Editora VISILIS. Lisboa Portugal.

15. DA COSTA, Baptista Carlos (2001) – Casos Práticos de Auditoria Financeira. 3ª Edição. Editora Os Auditores e Vislis Editores, lda.

16. ALMEIDA, Rui M.P. (2009). O Sistema de Normalização Contabilística e de Relato Financeiro (SNCRF) de Cabo Verde. Editor ATF- Edições Técnicas.

17. GUIMARÃES e Cabral, Rui Campos e José A. Sarsfield. Estatística, Março 2007, 2ª edição, Editora McGraw-Hill Interamericana de Espanha, S.A.U.

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19. IESIG (2006) – Normas para elaboração e apresentação de trabalhos académicos e científicos. Mindelo: IESIG

20. Firma Bento S.A - Regulamento de Carreira

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Página i Quadro 2 – Balanço do ano 2010 da Firma Bento, SA

IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

Designação da entidade BENTO, S.A.

Outros Elementos de identificação 257057846

BALANÇO (Individual ou Consolidado) em ____ de __________ de ______

UN ID A D E M O N E T Á R IA ( 1)

Data de referência

RUBRICAS (dia)/(Mês)/ N (dia)/(Mês)/ N-1

Notas Valores Valores

ACTIVO Activo não corrente

Activos fixos tangíveis

Terrenos e recursos naturais 80.081.370,00 0,00

Edifícios e outras construções 18.890.640,00 0,00

Equipamento básico 6.501.666,00 0,00

Equipamento de transporte 6.674.809,00 0,00

Equipamento administrativo 4.457.772,00 0,00

Outros activos fixos tangíveis 1.804.052,00 0,00

Activos intangíveis

Programas de computador 981.181,00 0,00

Total do activo não corrente 119.391.490,00 0,00

Activo corrente

Inventários

Mercadorias 177.335.471,00 0,00

Clientes 16.676.120,00 0,00

Adiantamentos a fornecedores 1.650.443,00 0,00

Estado e outros entes públicos 962.915,00 0,00

Accionistas/sócios 0,00 0,00

Outras contas a receber 13.410.658,00 0,00

Pessoal 5.989.462,00

Diferimentos 300.974,00 0,00

Caixa e depósitos bancários 16.124.214,00 0,00

Total do activo corrente 232.450.257,00 0,00

Total do activo 351.841.747,00 0,00

CAPITAL PRÓPRIO E PASSIVO Capital próprio

Capital realizado

Capital social 5.000.000,00 0,00

Resultado líquido do período 13.292.046,00 0,00

Total do capital próprio (antes de interesses minoritários)18.292.046,00 0,00

Interesses minoritários

Total do capital próprio 18.292.046,00 0,00

PASSIVO Passivo corrente

Fornecedores 204.909.149,00 0,00

Adiantamentos de clientes 500.886,00 0,00

Estado e outros entes públicos 5.245.704,00 0,00

Accionistas/sócios 118.058.442,00 0,00

Financiamentos obtidos 0,00 0,00

Outras contas a pagar 4.830.988,00 0,00

Pessoal 4.532,00

Total do passivo 333.549.701,00 0,00

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Página ii Quadro 3 – Demonstração dos Resultados por Naturezas do ano 2010 da Bento, SA.

IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE

Designação da entidade BENTO, S.A.

Outros Elementos 257057846

DEMONSTRAÇÃO (individual/consolidada) DOS RESULTADOS POR NATUREZAS

PERÍODO COMPREENDIDO ENTRE ____ de __________ de ______ e ____ de __________ de ______

UN ID A D E M ON ET Á R IA ( 1) PERIODO

RUBRICAS N N-1

Notas Valores Valores

Vendas e Prestações de serviços 1.370.142.708,00 0,00

Gasto com mercadorias vendidas e matérias consumidas -1.251.860.132,00 0,00

Resultado operacional bruto 118.282.576,00 0,00

Fornecimentos e serviços externos -29.070.760,00 0,00

Valor acrescentado bruto 89.211.816,00 0,00

Gastos com o pessoal -56.044.994,00 0,00

Outros rendimentos e ganhos 506.700,00 0,00

Outros gastos e perdas -9.310.086,00 0,00

R esult ado ant es de depreciaçõ es, amo rt izaçõ es, gast o s de f inanciament o e impo st o s 24.363.436,00 0,00

Gastos/Reversões de depreciação e de amortização -5.949.193,00 0,00

Perdas/reversões por Imparidade de activos depreciáveis/amortizáveis 0,00 0,00

Resultado operacional (antes de perdas/ganhos de financiamento e impostos) 18.414.243,00 0,00

Juros e ganhos similares Obtidos 67.062,00 0,00

Juros e perdas similares suportados -758.577,00 0,00

Resultado antes de impostos 17.722.728,00 0,00

Imposto sobre o rendimento do período 0,00 0,00

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Página iii Quadro 4 – Balanço dos anos 2008 e 2009 – Bento Antónia Lima & Filhos, Lda

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Página v Quadro 5 – Demonstração de Resultados dos anos 2008 e 2009 da BAL, Lda

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Página vi Quadro 6 – Balanço Funcional da Firma Bento, SA.

Balanço funcional da empresa – Bento, SA. 2008 2009 2010

1 Capital Próprio 237.236.050,00 260.508.182,00 18.292.046,00

2 Capital Alheio Estável 14.320.982,00 39.999.999,00 0,00

3 CAPITAIS PERMANENTES (1 + 2) 251.557.032,00 300.508.181,00 18.292.046,00 4 ACTIVO FIXO 165.443.175,00 185.967.145,00 119.391.490,00 5 FUNDO DE MANEIO (3 - 4) 86.113.857,00 114.541.036,00 - 101.099.444,00 6 Clientes 65.569.907,00 71.501.041,00 16.679.120,00 7 Existências 158.228.621,00 73.492.238,00 177.335.471,00 8 Adiantamentos a Fornecedores 61.668,00 34.188,00 1.650.443,00

9 Estado e Outros Entes Públicos (a receber) 6.782.288,00 290.637,00 962.915,00

10 Outros Devedores de Exploração 60.688.993,00 13.587.298,00 13.410.658,00

11 NECESSIDADES CÍCLICAS (6 + 7 + 8 + 9 + 10) 291.331.477,00 158.905.402,00 210.038.607,00

12 Fornecedores 164.347.609,00 122.259.244,00 204.909.149,00

13 Adiantamentos de Clientes 5.520.281,00 906.762,00 500.886,00

14 Estado e Outros Entes Públicos ( a pagar) 6.479.911,00 6.360.000,00 5.245.704,00

15 Outros Credores de Exploração 12.717.970,00 0,00 4.830.988,00

16 RECURSOS CÍCLICOS (12 + 13 + 14 + 15) 189.065.771,00 129.526.006,00 215.486.727,00 17 NECESSIDADES EM FUNDO DE MANEIO (11 - 16) 102.265.706,00 29.379.396,00 -5.448.120,00

18 TESOURARIA LÍQUIDA (5 - 17) -16.151.849,00 85.161.640,00 -95.651.324,00

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Curso de Organização e Gestão de Empresas – Departamento Ciências

Empresariais

Entrevista

No âmbito de trabalho monográfico a ser desenvolvida, eu, Katisia Isaurinda Fortes Lopes, cujo tema é o Controlo Interno na área dos Inventários: estudo de caso na Firma Bento S.A, pela presente, queira responder o seguinte questionário de modo a que se possa recolher subsídios para o devido efeito.

Tendo em conta a sua habitual colaboração e compreensão, agradeço desde já a sua atenção.

Entrevista ao Responsável do Departamento Financeiro e Existências

1. A empresa usa organograma?

2. Define bem as responsabilidades e segregação de funções?

3. Existe um manual das organizações?

4. Os mapas de ordenados e salários são conferidos e aprovados pela directoria / administrador?

5. Existem normas escritas sobre pagamento de subsídios?

6. Todos os funcionários tiram férias regularmente? Se for não, porque?

7. Existe na empresa instrumentos de avaliação de desempenho dos trabalhadores? 8. São elaborados mensalmente informações contabilísticas?

9. Essas informações são analisadas pela directoria? A quem são dirigidos? 10. Os arquivos, documentos e registos estão sempre actualizados?

11. Quais são os procedimentos para assinatura de cheques? 12. Como é feito o recrutamento do pessoal?

Katisia Isaurinda Fortes Lopes

Página viii 13. A Firma usa sistema de motivação e incentivos? Quais?

14. Como é feito o lançamento e as conferências de entrada de mercadorias? 15. Qual é o procedimento dos inventários e balanços parciais?

16. Quantos postos de venda tem à Firma? 17. Como é feito a divisão das famílias/produtos?

18. Qual é o método de custeio que a empresa utiliza para a valorização das stocks? 19. Qual é o tipo de inventário que a empresa utiliza? (permanente ou intermitente)

porque?

20. Os Inventários estão apropriadamente ordenadas, de forma a facilitar o manuseamento, contagem, e localização dos diversos artigos?

21. Normalmente quem faz a inspecção física de artigos?

22. O funcionário responsável pela área de comercial tem acesso ao ficheiro de armazém?

23. Qual a politica de gestão utilizada pela Firma? E a sua actuação no mercado ao longo destes anos (50 anos)?

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