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Angola Country Focus Briefing – Emirados Árabes Unidos

No documento Síntese do Relatório Anual de Actividades (páginas 103-107)

Promoção de Investimento e Marketing

III. Actividades em Carteira

6. Angola Country Focus Briefing – Emirados Árabes Unidos

Realizou-se dia 09 de Setembro de 2013 o Angola Country Focus Briefing, no Dubai, Emirados Árabes Unidos, com o objectivo de dar a conhecer Angola os investidores dos Emirados Árabes Unidos.

O discurso de boas vindas foi proferido por Sua Excelência Abdul Rahman

Saif Al Ghurar, Presidente da Câmara de Comércio do Dubai. Para além de mencionar

dados sobre as relações entre Angola e EAU disse que o número crescente de vôos entre os dois países reflecte o bom rumo dessas relações.

O Embaixador de Angola nos EAU, Sua Excelência Flávio Fonseca, frisou que este fórum seria oportuno para mostrar o futuro promissor do país, o seu clima agradável, infindáveis recursos naturais e minerais, estabilidade política, económica e social.

Apesar de haver vários sectores em que os empresários possam apostar, o Sr. Embaixador frisou o de construção, infraestruturas, transportes, bancário e manufatura como os de maior interesse ao investidor dos EAU. Realçou também o facto de em Angola o retorno do investimento naqueles sectores ser relativamente rápido por serem significativos para que o país deixe de depender das importações.

104 Sua Excelência Abdul Rahman Saif Al Ghurar

De seguida houve a apresentação da ANIP, pela Dra. Maria Luísa Abrantes.

Dra Maria Luísa Abrantes

O Ministro do Urbanismo e Habitação, José da Conceição Silva, fez uma breve abordagem das mudanças da distribuição da população devido à guerra. Ciaram-se zonas superpovoadas e outras quase despovoadas por completo. Isto causou um grande impacto sobre as infraestruturas e o solo.

Luanda, projectada para 300.000 pessoas é hoje a casa para mais de 5 milhões, mas desde 2003 tem vindo a ser implementado um programa de infraestruturas integradas, entre o sector público e o privado, para estancar a invasão progressiva das zonas urbanas. Esta consiste na construção e reabilitação de infraestruturas

rodoviárias, ferroviárias, de telecomunicações, energia e fornecimento de água, para assegurar a sustentabilidade o meio urbano.

Segundo o Ministro, Angola tem uma população de apenas 15 (quinze) milhões de habitantes, havendo um défice habitacional de 1.7 (um vírgula sete) milhões de habitações.

Até ao momento foram construídas 170.000 (cento e setenta mil) habitações e prevê-se a construção de 14 novas centralidade que irão beneficiar aproximadamente 1 milhão de cidadãos.

105 Sua Excelência José da Conceição Silva

Da apresentação do Presidente da AIA, José Severino, vale realçar o facto de ter frisado a posição de Angola em relação à África nos seguintes quesitos: Reservas de água doce: 2º maior, Terras aráveis: 2º, Potencial hidroelectrico: 3º, Recursos naturais: 3º, Crescimento de PIB: 3º, Produtor de petróleo: 2º, Capacidade de produção de gás: 3º e Produção de Cassava (bombó): 7º

O Banco Angolano de investimento (BAI) anteriormente chamado Banco Africano de investimento, foi representar o sector financeiro angolano.

De momento tem cerca de 1747 funcionários que trabalham nas 10 empresas do grupo.

De seguida, o Sr. Mahendra Pathel, Director do GEAP International, contou a sua experiência, de 18 meses, como investidor em Angola. Frisou que há obras um pouco por toda Angola, pelo facto de o país ter agora uma necessidade de tudo principalmente no que se refere aos produtos consumíveis e industriais.

O Sr Pathel disse que o nosso povo é amistoso e o governo presta apoio ao tecido empresarial, no entanto, identificou alguns pontos negativos como o facto de enviar um contentor do Dubai para Luanda levar muito tempo e ter custos elevados, a demora de resposta em algumas instituições e o preço dos bens e serviços.

A primeira parte terminou com uma apresentação da Câmara de Comércio e

Indústria do Dubai sobre as relações entre Angola e o Dubai. O resumo dos dados

foram os seguintes:

 Angola importou dos EAU cerca de 371 milhões de dólares em veículos e peças e 22 milhões de dólares em equipamentos eléctricos (2001)

 Angola exportou para os EAU cerca de 296 milhões de dólares em diamantes (2001)

 Os produtos em que existe uma grande probabilidade de haver exportação dos EAU para Angola, porque tiveram importações crescentes em Angola entre 2007 e 2011 são ferro e aço (30%), papel e cartão (24%), cimento (27%), alumínio e derivados (18%), frutos (23%), tapetes e material têxtil para o chão (18%).

 Em angola, demoram cerca de 48 dias para exportar, custando cerca de 1850 dólares. E são cerca de 45 dias para importar, o que custa por volta de 2690 dólares. A diferença é gritante com relação aos EAU, onde a média tanto

106 para importar como para exportar é de 7 dias e com custos que variam dos 630 dólares (exportar) e 590 dólares (importar).

 São necessários 68 dias para iniciar um negócio, 184 para registar a propriedade e 55 para obter energia elécrica

Concluiu dizendo que os sectores mais promissores em Angola são no sector de petróleo e gás, industrial, turismo e finanças. Tem havido cooperação no sentido de melhorar as telecomunicações e tecnologias de informação para facilitar e permitir maior celeridade ao fazer negócios em Angola.

Durante a segunda parte, houve uma “mesa redonda”, com perguntas das audiência.

Sessão de perguntas e respostas

Nos dias anteriores ao fórum, houve visita à uma empresa que pretende investir em Angola.

Almoço oferecido pela Falcom Chemicals LLC: Embaixador de Angola nos EAU, Ministro da construção e Urbanismo, PCa da ANIP e empresários (atrás)

A Falcom Chemicals LLC foi fundada em 1976, quando não havia nem água

nem energia no Dubai e é hoje uma das líderes mundiais, tendo empresas no Médio Oriente, África e Austrália.

107 Exporta para 24 países e já recebeu muitos prêmios de mérito e excelência por ser uma companhia “verde”- amiga do ambiente.

Tem várias subdivisões, nomeadamente, ácidos, equipamentos à prova de água, equipamentos de construção civil (telha, concreto, tintas, etc), adesivos e latex, detergentes e desinfetantes, produtos para limpeza e óleos de carro e por fim, uma divisão de pesquisa e desenvolvimento. Todas contribuem para a sua vasta gama de mais de 400 produtos.

A fábrica angolana de tintas, ia à Itália pesquisar tecnologia para desenvolver as suas próprias tintas, visto que a actual ainda é dos anos 50, mas foi muito dispendioso, então recentemente visitaram a Falcom Chemicals para beber do know-how e tecnologia deles.

No documento Síntese do Relatório Anual de Actividades (páginas 103-107)

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