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Anos no Deserto

No documento MANUAL BIBLICO HENRY.H.HALLEY.pdf (páginas 118-122)

Fig 40 Ruínas do Templo de Amom

Seus 40 Anos no Deserto

N a Providência divina isso fez parte do adestramento de Moisés. A solidão e rusticidade do deserto desenvolveram nèle uma austeridade que só dificilmente poderia alcançar na vida fácil do palácio. Familiarizou-o também com a região por onde teria de conduzir Israel durante outros 40 anos.

M ID IÃ (v. 15). O centro do território midianita, onde Moisés permane­ ceu, ficava na costa oriental do Golfo de Acaba, embora perambulassem por longe ao norte e oeste. Nos dias de Moisés, os midianitas dominavam as ricas terras de pasto ao redor do Sinai. Sem dúvida os 40 anos de sua vida pastoril levaram-no a percorrer toda aquela região.

Desposou um a midianita, cham ada Zípora (v. 21), filha de Jetro, tam­ bém chamado Reuel (v. 18; 3:1). Jetro, sendo sacerdote de Midiã, deve ter sido governador. Os midianitas descendiam de Abraão, da parte de Quetura, Gn 25:2, e deviam possuir tradições acerca do Deus de Abraão. Moisés teve

dois filhos, Gérson e Eliézer, 18:3,4. Segundo algumas tradições, Moisés

Caps. 3, 4. A Sarça Ardente

Depois de um a vida de meditação sobre os sofrimentos do seu povo e sobre as velhas promessas de Deus, afinal, já com 80 anos, soou-lhe clara, da parte de Deus, a cham ada definida para livrar Israel. Moisés, porém, não era mais o hom em que confiava em si, como antes, quando mais moço. Relu­ tou em ir, excusando-se de todos os modos. Mas, assegurado por Deus de que o ajudaria, e arm ado com o poder- de operar milagres, p a rtiu .

Cap. 5. O Prim eiro Pedido de Moisés a Faraó

F araó foi insolente, e ordenou aos feitores que impusessem trabalhos mais pesados aos israelitas, exigindo-lhes que fizessem a mesma quantidade de tijolos e ainda apanhassem po r si mesmos a palha necessária (10-19).

N O TA A RQUEOLÓGICA: Tijolos de Pitom

Naville (1883) e Kyle (1908) acharam em Pitom as fiadas inferiores de tijolos cheios de boa palha picada; as fiadas do meio, com menos palha, e essa era restolho arrancada pela raís; e as fiadas de cima eram de tijolos de puro barro, sem palha algum a. Que admirável confirm ação da narrativa do Êxodo!

Cap. 6. A Genealogia de Moisés

Deve estar abreviada, mencionando-se só os ancestrais mais proem i­ nentes. A qui parece que Moisés foi neto de Coate; mas já em seus dias havia 8.600 coatitas, N m 3:28.

Cap. 7. A Prim eira das Dez Pragas

As águas do Nilo transform adas em sangue. Os magos im itaram este mi­ lagre mas em pequena escala. Seus nomes eram Janes e Jambres, 2 Tm 3:8.

Fosse qual fosse a natureza do milagre, os peixes m orreram e o povo não podia beber a ág u a.

O Nilo era um deus. As dez pragas visavam diretam ente aos deuses do Egito e tiveram o objetivo de provar a superioridade do Deus de Israel sobre os do Egito. Foi repetido várias vezes, que por esses milagres, tanto Israel como os egípcios viriam a “saber que o SEN HOR é D eus”, 6:7; 7:5, 17; 8:22; 10:2; 14:4, 18; como mais tarde o m aná e as codornizes tiveram este mesmo desígnio, 16:6,12.

A Religião do Egito

N a pág. 107, foram nomeados alguns dos principais deuses-animais. Nos vários templos os animais sagrados eram alimentados e tratados da m aneira a mais luxuosa, por grandes colégios de sacerdotes. De todos os ani­ mais, o touro era o mais sagrado. Incenso e sacrifício se ofereciam perante o touro sagrado. Quando m orria, era embalsamado e com pompa e cerimo­ nial próprios dos reis era sepultado em magnífico sarcófago. O crocodilo tam bém recebia muitas honras. E ra assistido, em seu templo em Tânis, por 50 ou mais sacerdotes. Tal era a religião do povo, no meio do qual a nação hebraica se criou durante 400 an o s.

Cap. 8. As Pragas das Rãs, Piolhos e Moscas

A rã era um dos deuses do Egito. À ordem de Moisés, as rãs saíram do N ilo em grande quantidade e invadiram as casas, quartos de dormir e

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cozinhas. Os magos tornaram a im itar o milagre, contudo Faraó fèz-se per­ suadir e prometeu deixar ir Israel. Porém, a seguir, m udou de idéia.

Piolhos. A arão feriu o pó da terra, o qual se tornou em piolhos que atacaram o povo e os animais. Os magos tentaram im itar este milagre, mas fracassaram, convencendo-se de que o milagre vinha de Deus. Deixaram de se opor a Moisés e advertiram Faraó que devia ceder.

M oscas. Enxames de mòscas cobriram o povo, e encheram as casas

dos egípcios. Os israelitas não foram atingidos.

Endurecimento do coração de Faraó (15, 32). Aqui se diz que Faraó endureceu o coração; adiante, que Deus endureceu o coração dele (10:20). Foi um a coisa e outra. O propósito de Deus foi levar Faraó ao arrependi­ m ento. Quando, porém, a pessoa resiste a Deus, até as misericórdias divinas resultam em m aior endurecim ento.

Cap. 9. Morrinha no Gado, Úlceras, Granizo

M orrinha, peste do gado. Foi um golpe terrível nos deuses do Egito. O touro era seu deus principal. O utra vez houve distinção entre os egípcios e os israelitas: o gado daqueles m orreu em enorme quantidade, mas nem um animal dos israelitas foi atingido. “Todo”, no v. 6, não deve ser tomado em sentido literal. Ficou algum gado, 19-21.

Úlceras. Esta praga caiu sobre o povo e os animais e até sobre os magos, em conseqüência das cinzas que Moisés espalhou no ar.

Granizo (chuva de pedras). Antes de cair esta praga foi feito um aviso misericordioso aos egípcios tementes a Deus, para que recolhessem seu gado. O utra vez houve distinção entre os egípcios e os israelitas: nada de granizo em G ósen.

Já nesta altura o povo do Egito havia-se persuadido, 10:7. O apareci­ mento e o desaparecimento súbitos das pragas, em tão vasta escala, pela palavra de Moisés, foram aceitos como evidentes milagres de Deus. Faraó, contudo, hesitava em vista da imensa perda em trabalho escravo que a saída dos hebreus representaria. O labor dos israelitas contribuíra grandemente para o poderio do Egito; e, com a sua saída, começou o declínio do país.

N ão se sabe quanto tempo duraram as dez pragas. Pensam uns que foi quase um ano. Faraó, sem dúvida, teria matado Moisés, se a tanto se atre­ vera. Mas, à medida que as pragas se sucediam, o prestígio de Moisés cada

vez mais aumentava, 11:3. Podia ser perigoso para Faraó tentar fazer-lhe

m a l.

Cap. 10. As Pragas dos Gafanhotos e das Trevas

Os gafanhotos foram um a das piores pragas. Viriam em nuvens enor­ mes e comeriam tudo quanto de verde cresceu depois do granizo. À noite pousariam no chão em camadas de 10 a 12 cm. Esmagando-se, o odor seria insuportável. Só com esta simples ameaça os servos de Faraó pediram- lhe que se submetesse a Moisés (v. 7).

Trevas. Foi um golpe direto em Ra, o deus-sol do Egito. Por 3 dias

houve trevas de meia-noite no país; mas houve luz onde os israelitas habi­ tavam. O utra vez Faraó cedeu; e outra vez veio a m udar de idéia.

Caps. 11, 12. A Morte dos Primogênitos do Egito

Passara-se quase um ano. P or fim chegou o momento crítico. O golpe foi tão esmagador que Faraó cedeu e Israel partiu.

N ão fossem as dez pragas, Israel nunca teria sido liberto, e não teria havido um a nação hebraica.

Jóias “tomadas de empréstimo”, 12:35. O hebraico diz que foram “pedi­ das” . N ão foram emprestadas, mas francam ente presenteadas: pagamento de um a dívida acumulada, durante gerações, de trabalho escravo, que con­ tribuíra para a grandeza do Egito. Deus mesmo ordenou que pedissem êsses presentes, 3:21,22; 11:2,3. Alegremente os egípcios anuíram em dar, por­ que temeram o Deus de Moisés, 12:33. G rande porção da riqueza do Egito foi assim transferida para Israel. Alguma parte foi utilizada na construção do Tabernáculo.

NOTA ARQUEOLÓGICA: A Morte do Primogênito de Faraó, 12:29

Acharam-se inscrições indicativas de que Totmés IV, sucessor de Ame- notepe II, não foi primogênito deste, nem herdeiro necessário.

Tam bém que o primogênito de M erneptá m orreu em circunstâncias es­ peciais, e que o seu sucessor não era seu primogênito, nem herdeiro neces­ sário .

Assim, qualquer que fòsse o Faraó, confirma-se a declaração bíblica.

O Começo da Páscoa

O cordeiro, o sangue nas umbreiras das portas, a morte dos primogênitos, o livramento do domínio de um país hostil e a continuação dessa festa através de toda a história de Israel, tudo parece que foi destinado por Deus para ser um a grandiosa figura histórica de Cristo, o Cordeiro Pascal, que, por Seu sangue, nos livra do m undo hostil.

Cap. 13. Pães Asmos. Consagração dos Primogênitos

Pães sem ferm ento deviam ser usados na festa pascal, como lembrança perene da pressa daquela noite de livramento, 12:34.

Os primogênitos dos israelitas deveriam ser consagrados a Deus per­ petuam ente, como lembrança de sua redenção pela morte dos primogênitos do E gito.

O caminho para C anaã (v. 17). A rota direta, pela costa marítima, através do país dos filisteus, estava toda guarnecida de tropas egípcias. E naquele tempo havia grande m uralha do M ar Vermelho ao M editerrâneo. O meio mais prático era fazer voltas pelo deserto. Foi isto providencial, porque Israel fora um a raça de escravos e necessitava adestrar-se no de­ serto para a tarefa da conquista de C a n a ã .

A coluna de nuvem de dia, e a de fogo de noite (21, 22). Saídos do Egito e tendo agora de viajar através de terras hostis, DEUS tomou-os sob Seu cuidado, dando-lhes este sinal visível de Sua direção e proteção. N un­ ca essa coluna os abandonou, até entrarem na terra prometida, 40 anos mais tarde; 14:19,24; 33:9,10; 40:34-38; N m 9:15,23; 10:11 .

Cap. 14. A Travessia do Mar Vermelho

Pensa-se que o local da travessia ficava perto do moderno Suez. Deus usou um “ forte vento oriental” para secar o mar (v. 21). As águas fizeram- se um “m ontão”, perpendicularmente, “como muro à direita e à esquerda”, 15:8; 14:22. Isto e mais a regulação do tempo para o retorno das águas, de

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sorte a poderem salvar os israelitas e destruir os egípcios, só podia ser algo direto e miraculoso de Deus. Nações vizinhas alarmaram-se com o fato,

15:14-16.

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