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Articulação entre as metodologias utilizadas em sala com as propostas nos

4. CAPÍTULO 3 – ANÁLISE DO CORPUS

4.3 Observações de aulas

4.3.2 Observações de aulas – Professora B

4.3.2.3 Articulação entre as metodologias utilizadas em sala com as propostas nos

A partir da análise aqui empreendida, podemos perceber que a professora B estabelece alguns elos com a proposta para o ensino de língua portuguesa prescritos pelo MST, mesmo, assim como a professora A, não tendo conhecimento de tais documentos. O principal ponto de articulação entre a prática da professora e o dossiê analisado nessa pesquisa está no tratamento da leitura oral como fluência e entonação guiada pela pontuação. Na atividade do texto O amor é rosa, a professora solicita que os alunos leiam o texto em voz alta, e, enquanto, fazem-no a docente vai pontuando os desvios de pronúncia cometidos pelos estudantes. Toda a atividade de leitura desse texto parece obter única e exclusivamente esse objetivo.

Além disso, percebemos ainda o enfoque em conteúdos próprios da gramática normativa, o que nos revela o espaço privilegiado que esta ocupa no tocante ao ensino de língua.

O interessante, ao final, é compreender que mesmo um currículo pensado para uma educação e uma escola de bases alternativas e populares, pensado para a afirmação de uma cultura não hegemônica apresenta vestígios deixados por séculos de uma escola vinculada à elite, ao conservadorismo e ao tradicionalismo.

O desejo do acesso à escola é acompanhado pelo desejo de viver e ser uma escola dentro dos moldes convencionais. O cotidiano (e o currículo) escolar, vem, por séculos, ocupando um espaço, no imaginário dos sujeitos, repleto de regras de convivência absolutas, legítimas e aparentemente cristalizadas. O ambiente de sala de aula segue uma etiqueta de convencionalismos inquebráveis, e essa postura diante do fazer escola proporciona a rejeição do novo e a contradição entre discurso e prática. As aulas de língua portuguesa, portanto, mesmo num contexto escolar vinculado a um movimento social, ainda refletem esse engessamento e esse apego às tradições. Especialmente, porque, independente da ideologia social de ação e de luta, um determinado discurso escolar, com seus pormenores e suas singularidades, tem mais força do que se imagina.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Em nossa pesquisa, propusemo-nos analisar o ensino (proposto e vivenciado) de língua portuguesa de uma escola de nível fundamental II do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra. A partir desse objetivo, acreditamos ser fundamental verificar as concepções de língua, ensino e currículo e os procedimentos didático- metodológicos propostos nos documentos curriculares do MST e subjacentes às práticas e aos discursos docentes.

Durante a investigação, utilizamos três instrumentos para a coleta de dados: análise documental, entrevistas semiestruturadas e observação de aulas. O documentado analisado foi o Caderno de Educação do MST n.13 Edição Especial - Dossiê MST Escola. As entrevistas e as observações de aulas foram realizadas com duas professoras de língua portuguesa do ensino fundamental II da Escola Municipal Catalunha, situada no Assentamento Catalunha, região rural do município de Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco.

Nossa hipótese era que o ensino de língua portuguesa presente no currículo e nas aulas de uma escola vinculada a um movimento social se fundamentaria, talvez não por completo, na construção de um sujeito-leitor crítico e transformador; seria desenvolvido, assim, no ambiente escolar, um ensino de português voltado para uma ideologia crítica. Supúnhamos também que a proposta curricular da escola básica do MST questionasse as relações sociais hegemônicas, principalmente no tocante ao ensino de língua.

Em relação ao “Dossiê MST – Escola”, constatamos que os princípios filosóficos e pedagógicos que fundamentam a educação do Movimento em linhas gerais dialogam com as concepções postas pela Educação do Campo e pela educação dos movimentos sociais em geral. Tais princípios objetivam uma formação humana ampla, através da qual a vivência das práticas e ações educativas do movimento propiciaram a construção de um sujeito histórico, social, cultural e político, envolvido com as lutas pela terra, pela reforma agrária, pela conquista da escola e por uma sociedade mais justa e igualitária. Sobre a escola do MST, os documentos afirmam que ela é um espaço de formação do militante e o fazer escolar se configura através do vínculo com as realidades e as vivências práticas dos povos do campo.

Sobre as questões referentes ao ensino de língua portuguesa, constatamos que o dossiê apresenta a expressão oral e escrita, a leitura e a literatura como bases para o ensino

de língua. Nesse aspecto, compreender, interpretar e produzir textos e ter uma fluência oral na leitura são objetivos da disciplina de língua portuguesa.

No tocante às práticas e aos discursos das professoras, constatamos que elas não apresentam vínculo com o movimento e, por isso, desconhecem as propostas educativas de uma escola do MST, principalmente no que se refere ao ensino de língua portuguesa. Todavia, a partir da análise dos dados de observação e de entrevistas, verificamos que há algumas articulações e diálogos entre o proposto oficialmente e o discurso e a prática das docentes. A conclusão a que chegamos é a que, mesmo as docentes desconhecendo os documentos do movimento, há algo no fazer escola que possibilita a elas se aproximarem, na prática, do discurso prescrito. As duas professoras e o documento do MST assumem posições semelhantes em relação ao ensino de língua; e isso no faz refletir sobre a institucionalidade que esses sujeitos e esses discursos carregam em si e que a faz ser mais legítima do que as próprias posturas ideológicas do movimento.

Acreditamos que a presente pesquisa traz reflexões interessantes no que diz respeito ao ensino de língua enquanto processo de ressignificação humana. Destacamos, contudo, que certos discursos e certas práticas referentes ao fazer escola e ao ensinar português estão profundamente enraizados na cultura e na sociedade. E mesmo uma escola cuja proposta se firma na contramão das ações hegemônicas não está livre de sofrer e viver nas reminiscências e nas verdades fundadas e fundadoras do sistema escolar tradicional.

Nossa intenção neste trabalho não produzir generalizações sobre o ensino de língua em um contexto específico, pois reconhecemos o limite da amostra desta pesquisa. O que propomos são reflexões, dentro de um universo restrito de dados, sobre o fazer educação. Um dos apontamentos que fazemos é sobre o fato de que não pode o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra deixar de repensar suas práticas (e propostas) de ensino de língua para as séries finais do ensino fundamental II.

Há, com esta pesquisa, a certeza de que os desafios em relação a uma proposta de ensino não padrão ainda são muitos; e pensar, por exemplo, sobre a formação de professores (sejam estes vinculados ou não a uma escola de movimento social) é de suma importância para se continuar resistindo contra a escola que não queremos.

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Apêndice

Roteiro de entrevista semiestruturada

1) Qual a importância, para você, do estudo da língua portuguesa? 2) Como você organiza suas aulas? Com que intenções?

3) Quais atividades para o ensino de língua portuguesa você julga importantes? 4) Você trabalha com textos em suas aulas? Se sim, como se dá a escolha

desses textos? E como ocorre o trabalho com eles?

5) Você conhece a proposta de educação do MST? E a proposta do Movimento para o ensino de língua?

6) Você já participou de alguma formação, encontro ou reunião organizado pelo MST?

7) Você conhece a proposta curricular da escola em que trabalha? Ela propõe algum trabalho específico para o ensino de língua?

8) Você consegue perceber alguma relação entre o ensino de língua e a formação de um sujeito crítico?

9) Pensando sobre essa formação de um sujeito crítico, como você procura estabelecer essa relação em suas aulas de português?