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As configurações dos CME e os contextos nacional, regional e local

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Tipologia de Fonte Linha /página Notas d.8) Leitura e apropriação

Tive a particularidade de ter discutido as questões em termos nacionais, de ter dialogado com o governo do país sobre a matéria, aliás fui o representante da ANMP nesta discussão.

Daí que o governo tivesse atendido a esta preocupação e tivesse criado, portanto, os CME com as competências que estão referidas na lei.

Creio que foi preciso lutar bastante para compreender a importância que isto poderia vir a ter, dado que estava em causa o processo de construção da autonomia, prevista no D.L nº 115-A que previa a constituição do CME

Prevendo-se os CME, nós entendíamos que deveria haver regulamentação, daquilo que seriam esses CME, as competências que pudessem, porventura, interferir no projecto de autonomia, poderiam levar a rotas de colisão entre a Câmara e as escolas. Tratava-se de evitar

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[a ANMP teve uma responsabilidade] Acrescida necessariamente. Exactamente, como órgão consultivo, nunca com outras possibilidades, porque isso seria uma interferência, um choque, uma conflitualidade que necessariamente iria aparecer, entre quem dirige a Escola e as competências do CME.

Procedeu à leitura da circular e comentou, o seu conteúdo dizendo que não faria sentido que se prescindisse daquilo que foi uma luta da ANMP no que diz respeito à representação da DREL no

Conselho Municipal de Educação.

p. 309

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d.9) Acto de

constituição dos CME

O Director do Centro de Emprego de Salvaterra de Magos questionou a legitimidade deste Conselho Municipal de Educação ao que o Senhor Vice-Presidente informou que a criação deste foi aprovada, sob proposta da Câmara Municipal, em reunião da Assembleia Municipal realizada no dia 26 de Junho do corrente ano, de acordo com o estipulado na Lei.

ACME23 p. 3 d.10) Metodologias de

constituição dos CME d.11) A herança dos CLE rentabilizada/ não rentabilizada nos CME

A técnica … referiu-se aos conselhos consultivos existentes antes da constituição do CME: o dos transportes escolares e o da acção social escolar. Reuniam o conselho consultivo dos transportes escolares em Abril e em Setembro, para perspectivar, e mais tarde ser aprovado, o plano de transportes escolares. O conselho consultivo da acção social escolar reunia-se uma vez por ano. Explicou-me quais as atribuições de cada órgão e de como o CME passou a integrar as competências destas duas entidades. Achei este aspecto interessante, a congregação numa só entidade das responsabilidades que se encontravam polarizadas em diferentes órgãos.

Notas de campo 13/3/2007 p. 320

Não se rentabilizou o regimento do CLE, ao contrário da Azambuja

d.12) As críticas ao processo político da criação dos CME

Na altura em que se discutia a autonomia das escolas tive oportunidade de manifestar a minha opinião relativamente a este processo, pela importância que teria nós definirmos muito bem qual seria o papel e a intervenção dos CME, até para que não pudessem vir a interferir no processo de autonomia.

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Notas sendo necessário contrariar esta ideia que poderia surgir por parte do poder local. Felizmente que

houve consenso e sentido de responsabilidade para não inviabilizar um processo, sem por em causa aquilo que deve ser o interesse dos municípios no funcionamento das suas escolas e naquilo que é o processo de aprendizagem e educação das nossas crianças.

Havia quem defendesse competências mais alargadas para os CME, como, por exemplo, poderem emitir parecer ou aprovar, nalguns casos, o Projecto Educativo das Escolas, coisa que obrigou a uma reflexão no seio da ANMP e que levou a que procurássemos balizar exactamente o que pretendíamos.

Portanto, a nossa visão de hoje continua a ser igual à que tivemos quando da discussão da lei da autonomia e regulamentação dos CME: a Escola deve ter autonomia, nós devemos participar nos órgãos da Escola, tal como estamos a fazer hoje, nos termos da legislação e que talvez possa haver um reforço até das competências do CME, no sentido de nós podermos aí, naquilo que são as nossas competências, prestar contas e avaliarmos o serviço que prestamos à população. Antes da discussão do primeiro ponto da ordem de trabalhos, o senhor Presidente da Câmara informou os presentes que a Assembleia da Republica aprovou uma primeira alteração do Decreto-Lei 7/2003 de 15 de Janeiro relativamente aos Conselhos Municipais de Educação, aprovou o processo de criação da carta educativa, transferindo competências para as Autarquias, sendo que nesta aprovação, aconteceram lapsos que a Associação Nacional de Municípios vem esclarecer, através de circular, após contactos com o senhor Secretário de Estado.

EPCM 1 p. 307 EPCM 1 pp. 309-310 ACME23 p. 3

e.13) Estratégias das autarquias para a elaboração do Regimento do CME

Informou os membros do Conselho Municipal de Educação, presentes na reunião, que o Regimento, de que foi distribuída uma cópia a cada elemento, é uma Proposta da Associação Nacional de Municípios Portugueses elaborada de acordo com o estipulado no Artigo 8.º do Decreto-Lei 7/2003 de 15 de Janeiro.

ACME23 p.3

e.14) As escolhas das autarquias: tipologias de regimentos

Passou a ler cada um dos artigos que compõem o Regimento do Conselho Municipal de Educação de Benavente, submetendo cada um deles à apreciação dos presentes. Propôs que o Artigo 13.º passe a ter a seguinte redacção: “A palavra será concedida aos membros do

ACME23 p.3

e.15) Noção e

objectivos do CME interferir naquilo que é a sua gestão e num dos pilares em que assenta a autonomia da escola, o seu Projecto Educativo. Daí que o governo tivesse atendido a esta preocupação e tivesse criado, portanto, os CME com as competências que estão referidas na lei.

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e.16) Competências do CME

O Senhor Presidente da Câmara refere que uma das coisas pela qual se lutou na negociação, entre a ANMP e o governo foi que este CME tivesse competências para dar pareceres sobre os projectos educativos das escolas. Considera que dar parecer não significa intromissão com os órgãos de funcionamento, significa sim contributo para reflexão.

ACME24 p. e.17) Composição do

CME

Sobre a composição do Conselho o representante do Centro de Emprego perguntou sobre a inclusão de um elemento da Junta de Freguesia, ao que o senhor Presidente informou que a Assembleia Municipal irá escolher um dos Presidentes da Junta para representar o órgão neste Conselho. ACME24 p.3 checklist e.18) regime de funcionamento

Tudo depende muito mais do modelo de funcionamento que nós conseguirmos concretizar, porque a motivação tem muitas vezes a ver com, com os interesses da discussão e da participação. Permita-se-me a expressão, se é mais uma “seca” que nos vão dar, saímos de lá sem termos resolvido nada, frustrados por não termos conseguido tirar conclusões úteis. Eu creio que é por aí que nós vamos ter que continuar.

[Presidente] … considera importante criarem-se bons hábitos no que concerne informar e prestar contas aos senhores conselheiros em conselho municipal de educação, daquilo que no fundamental, é a actividade da divisão municipal, relativa á área da educação, pelo que futuramente, documentos desta natureza, relatórios informativos deverão ser entregues, antecipadamente aos senhores conselheiros.

Manifestou ainda que seria do seu agrado que os próximos Conselhos Municipais de Educação, que terão a periodicidade entendida por todos (trimestral por exemplo), pudessem ter sempre um assunto especifico para discussão, deixando de ser tão generalistas, e passando a ser discutidos temas como a segurança nas escolas, saúde escolar e outros assuntos.

EPCM 1 pp. 311- 312 ACME31 p. 3 ACME31 p.18 Cruza com g40

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Notas dirige, deve estabelecer com o CME um calendário de reuniões, bem como preparar, as ordens

de trabalhos dos CME. Não o fazendo, sabemos bem o que é que é a agenda de um presidente da câmara, se não agendar, ou se o vereador, que o substitui não agendar, as reuniões, há sempre depois algo que surge, e que tem que ser feito e que é prioritário, ficando para trás, o funcionamento deste órgão. Acho que de facto foi pena que na legislação não tivesse ficado a obrigatoriedade de reunir pelo menos tantas vezes por ano.

Começou por me dizer que pouco participara nas reuniões do CME, pois era o vereador e o presidente que orientavam os trabalhos. No entanto, preparava com o vereador Carlos Coutinho as reuniões e chamava-lhe a atenção para as questões que deveriam ser abordadas, principalmente as referentes à acção social escolar, aos transportes escolares e à intervenção geral no 1.º ciclo.

Estiveram também presentes …, Técnica Superior de Serviço Social da Câmara Municipal de Benavente, responsável pelos Serviços de Acção Social e …, Chefe da Secção Sócio Educativa [responsável pela elaboração do Plano Municipal dos Transportes Escolares], … a assessorar o Vereador do Pelouro da Educação no Projecto ligação Câmara/Escolas.

Notas de Campo 13/3/2007 p. 320 ACME24 p.2

Ao longo dos dois mandatos em análise o sector da educação foi sofrendo um processo de

reorganização que transpareceu para o CME. A Chefe de divisão passa a ter um maior protagonismo,

principalmente no momento em que o Presidente assume a educação.

f.20) Modos de presidir e orientar o CME

Aprovação da Acta da Reunião anterior: O Senhor Presente da Câmara submeteu à aprovação dos Conselheiros a acta da reunião anterior, a qual foi aprovada após a introdução da seguinte alteração:

Na última página, onde se lê “...A Profª … relembrou, embora considere não fazer parte deste Conselho...”, deverá ler-se “ A Profª … relembrou, embora considere não fazer parte deste Concelho...”. Relativamente à elaboração das actas, o [Presidente da Assembleia Municipal] sugeriu que as mesmas mencionem o nome de quem as redige.”

Acrescentou que para execução das competências do CME, devem os membros disponibilizar

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trabalhar um conjunto de parâmetros que estão nos dados relativos ao abandono, ao insucesso à

qualidade do sucesso … p.7

f.21) Número e periodicidade das reuniões do CME

É mantendo a periodicidade das reuniões. As questões de calendário parecem-me ser importantes, não devemos fazer reuniões por tudo e por nada, mas deveremos ter um calendário de três em três meses, no mínimo.

Uma Assembleia Municipal funciona exactamente porque tem sessões marcadas obrigatoriamente para Fevereiro, para Junho, para Setembro e para Novembro ou Dezembro e depois pode ter as reuniões extraordinárias que entender. Creio que na ausência, na omissão da lei, o que deve ser estabelecido é uma analogia com o funcionamento dos órgãos que têm as suas reuniões periódicas marcadas.

[Presidente] …salientando a importância deste Conselho Municipal de Educação reunir com mais periodicidade, não só para que possa existir maior proximidade com os projectos educativos das escolas, mas também como preocupação de olhar o próximo futuro com mais cuidado tendo em conta que as responsabilidades do Município são cada vez mais acrescidas. Não compreende nem aceita que o Conselho Municipal de Educação que é um órgão importantíssimo na vida colectiva reúna apenas uma vez por ano pelo que propõe que as reuniões passem a ser trimestrais e sempre que for necessário.

EPCM 1 p. 312 EPCM 1 p. 318 ACME31 p.1 ACME31 p.18 Checklist

O presidente chamou a si o pelouro da educação

f.22) Controlo da

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Notas

de trabalho nos CME Conselho Municipal de Educação. Primeiro documento, primeiro passo englobado nesta

estratégia de aproximação às problemáticas que envolvem a questão da indisciplina, da cidadania da violência.

[Representante do pré-escolar] Reafirmou o significado da experiência [grupo de trabalho sobre a indisciplina], na medida em que confirmou a possibilidade de se produzir um trabalho conjunto, criando uma dinâmica que resultou da partilha, da abertura e do diálogo entre os diversos ciclos de ensino. Permitiu-lhe conhecer de forma muito positiva os outros

representantes neste CME. Referiu que começaram por discutir as várias particularidades de cada ciclo, identificando as diferentes formas de trabalho em conjunto, estabelecendo sinergias.

p.13 ACME33 p.9 Checklist f.24) Cumprimento dos mandatos dos representantes

Consultámos convocatórias, identificamos ordens de trabalhos, lemos algumas actas e apercebemo-nos das agendas que foram sendo trabalhadas, das que tiveram continuidade e das que foram interrompidas. Também lemos o regimento do CME e retivemos a nossa atenção na duração dos mandatos dos conselheiros; como devem acompanhar o mandato autárquico, chegámos à conclusão que se deveria proceder a novas eleições ou nomeações desses conselheiros de cada vez que aquele se renova. Entretanto, e neste seguimento, a (chefe de divisão) redigiu uma proposta de carta a apresentar ao presidente, destinada a todos os agrupamentos escolares e entidades representados no CME, para que elegessem ou nomeassem novos representantes, os quais deveriam ser conhecidos no início de Abril.

Notas de campo 13/3/2007 p.321 Checklist f.25) Sistema de representativi- dade Checklist f.26) Agendas das reuniões do CME propostas pelas autarquias Ordem de trabalhos

1º Insucesso, abandono e qualidade de sucesso educativo 2º Outros assuntos

Ordem de trabalhos:

1º – Aprovação da Acta da reunião do Conselho Municipal de educação de 11 de Janeiro de 2008;

2 º– Informações;

ACME25 p.2

f.27) Agendas das reuniões do CME propostas pelos representantes

A [representante do Ensino Básico] propõe que se acrescente mais um ponto que tem ligação com os anteriores que é a qualidade do sucesso, uma vez que, alguns alunos atingem o nono ano reprovando a muitas disciplinas acabando por fazer a escolaridade obrigatória num verdadeiro analfabetismo. Espera que dessa reflexão possam sair algumas orientações e essa é uma das competências do CME.

ACME24 p.5

f.28) Intervenção dos representantes da DREL

[Através dessas conclusões também se podem fazer recomendações ao Ministério da Educação] É por isso que lá está um representante da DREL, que deveria, em cada uma das reuniões prestar uma informação que infelizmente nunca está preparado para prestar. Isto diz-nos bem de um modelo de funcionamento do ME que não compreendeu ainda a importância que estes órgãos podem ter. O Director Regional de Educação não pode ir a todas as reuniões, seguramente, mas terá que ter um conjunto de pessoas preparadas para, conhecendo a rede escolar, poderem participar nestes órgãos e prestar esta informação. O que é que está previsto, o que é que está a funcionar bem, que é que está a funcionar mal, quais são as preocupações, creio que não custa nada fazer um relatoriozinho destes e prestar esta informação ao CME.

Essa obrigação [da DREL] está regulamentada: em cada uma das reuniões prestar uma informação sobre o funcionamento da rede escolar que está sob a sua tutela e que tem que ter um conhecimento daquilo que se vai passando em cada uma das escolas/ agrupamentos de escolas. Hoje essa informação não é difícil. Tanta informação pedem às escolas, que não lhes custaria compilar uma informação. Mas não o têm feito, infelizmente. Apesar da nossa insistência não o têm feito.

Relativamente a este assunto [relatório do representante da DREL] a representante do secundário considerou-o muito mais urgente uma vez que se deixou de ter o CAE em relação às escolas do 2.º, do 3.º ciclo e do ensino secundário e o conhecimento da DREL está muito longe do que é a realidade local das escolas e do concelho.

EPCM 1 p. 310 EPCM 1 p. 311 ACME23 p. 6

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Tipologia de Fonte Linha /página Notas ACME33 p.12 Checklist f.29) Entidades externas convidadas para participar no CME

Estiveram também presentes, …, Adjunto de Direcção da Empresa de Transportes Ribatejana Nesta reunião esteve presente … os representantes da CEDRU – empresa responsável pela

elaboração da Carta Educativa.

ACME24 p.2 ACME26 p.2 f.30) Temas mais importantes debatidos no CME

Nós agora estamos a procurar discutir o problema da disciplina versus indisciplina, como poderemos discutir as questões do abandono escolar, do insucesso, da qualidade do sucesso, são tudo questões que ajudarão a consciencializar as pessoas na importância que tem um CME.

Depois temos que escolher muito bem os temas que vamos abordar. Portanto, eu creio que deve haver sempre um tema central, para além daquilo que são as questões que surgem no funcionamento das escolas do próprio exercício das competências da Câmara Municipal Eu direi, em época de crise, não faria sentido que o CME não estivesse atento também aos efeitos que esta crise pode ter nas famílias e logicamente nos alunos, que são os mais vulneráveis, que são das camadas da nossa população mais vulneráveis em tempo de dificuldades.

Tenho para mim que é preciso, sem dúvida, aprofundar estas discussões, integrando temas que diria que são transversais à sociedade portuguesa, que têm implicações nas escolas e que podem contribuir para, eu não direi para solucionar, porque não há panaceia para alguns dos males que nos afectam, mas seguramente podem contribuir para a consciencialização e para a melhoria do funcionamento das nossas escolas.

EPCM 1 p. 311 EPCM 1 p. 312 EPCM 1 p. 312 EPCM 1 p. 313 Relaciona-se com a f26 Relacionar-se com g.3

f.31) Saberes que Olhe, eu julgo que a representação prevista na lei tem toda ela conteúdo e tem toda ela saberes. Agora, penso que não se esgotam os saberes e a importância deles na discussão, EPCM 1 p. 310

O facto de ser interlocutor em quase todos os processos negociais que

cooperativo, da área social e mesmo do ensino particular.

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