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As equipes multidisciplinares na prática projetual e no contexto da TA: uma revisão sistemática

No documento Ebook TA estudos (páginas 85-95)

RESUMO

1 – Programa de Pós-Graduação em Design, UFSC, rosi.pichler@gmail.com 2 – Programa de Pós-Graduação em Design, UFSC e UNIVILLE, gisellemerino@gmail.com * – Campus Reitor João David Ferreira Lima, s/n, Trindade, Florianópolis, SC, Brasil, 88040-900

Projetos de Tecnologia Assistiva (TA) tem o desafio de lidar com usuários hetero- gêneos, grande volume de dados e o envolvimento de equipes multidisciplinares. Este artigo visa analisar como a literatura aborda as equipes multidisciplinares no projeto e no contexto da TA, com atenção para as problemáticas, objetivos, procedimentos e resultados. Por meio da revisão sistemática, foram identificadas 3 categorias: Gestão dos Processos (como fazer); Gestão da Informação (como comunicar); e Gestão de Relacionamentos (como integrar). Nenhum artigo abor- dou o contexto da TA, apresentando como oportunidades a gestão do volume de dados e da diversidade de profissionais no projeto de TA.

Palavras-chave: design, gestão de equipes, gestão de projetos.

ABSTRACT

Assistive Technology (AT) projects have the challenge of dealing with heterogeneous users, amounts of data and multidisciplinary teams. The aim is to analyze how the literature approaches the multidisciplinary teams in projects, with attention to the problems, objectives, procedures and results. Through the systematic review, 3 categories were identified: Process Management (how to do it); Information Management (how to communicate); and Relationship Management (how to integrate). No article addressed the context of TA, presenting opportunities in management of data volume and professionals diversity of in TA projects.

Keywords: design, team management, project management.

Pichler, Rosimeri F.*1; Merino, Giselle S. A. D.2

1. INTRODUÇÃO

O desenvolvimento de projetos de Tecnologia Assistiva (TA) envolve como particularidades: a heterogeneidade do usuário, por apresentar diferentes tipos e

2. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÕES

A revisão sistemática retornou o total de 195 resultados que, após a aplicação dos filtros, obteve-se o portfólio final 16 artigos (Quadro 1). Na matriz de conte- údo, foram analisadas: problemáticas (o que motivou o desenvolvimento da pes- quisa); objetivos; procedimentos (técnicas de coleta de dados utilizadas e número graus de deficiência; o volume de dados que precisam ser coletados, organizados e analisados; e um ambiente de projeto multidisciplinar, incluindo profissionais de diversas áreas do conhecimento como médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeu- tas, engenheiros, designers, entre outros (HOOGERWERF; et al., 2013; FEDERI- CI; SCHERER, 2012). Neste sentido, Benedetto (2011), ao tratar dos métodos de projeto de TA, salienta a participação das equipes multidisciplinares na obtenção de uma completa avaliação quanto às necessidades do usuário com deficiência. Corroboram com esta visão, Pichler et al. (2016) concluindo que a gestão de pro- jetos de TA envolvendo equipes multidisciplinares é um desafio por exigir uma ampla interação entre os membros da equipe, gerando a melhor compreensão en- tre os profissionais e auxiliando na conversão do volume de dados em informação de projeto.

O desenvolvimento de projetos em equipes multidisciplinares possui poten- cialidades, ao promover o intercâmbio de conhecimentos e o aumento do núme- ro de opções e alternativas geradas, como também fragilidades, principalmente no que tange às barreiras comunicacionais que podem dificultar os processos de tomada de decisão em equipe (CARPES JUNIOR, 2014; MARTINS; MERINO, 2011; FORSBERG; et al., 2005). Casakin e Badke-Schaub (2013) salientam que o entendimento de como o conhecimento pode ser melhor coordenado, comuni- cado e compartilhado em equipes multidisciplinares, é uma questão crítica que ainda não recebeu atenção suficiente na literatura.

Assim, este artigo visa analisar como a literatura aborda as equipes multidis- ciplinares no projeto e no contexto da TA, com atenção para as problemáticas, objetivos, procedimentos e resultados. Para isso, conduziu-se uma pesquisa de natureza básica, com abordagem quali-quantitativa, adotando como procedimen- to uma revisão sistemática na base de dados Science Direct, utilizando a string: (“multidisciplinary team*” OR “interdisciplinary team*” AND “design project*” OR “project development”). Como filtros da pesquisa, aplicou-se a inclusão de: ar- tigos científicos publicados nos últimos 10 anos (C1); artigos escritos nos idiomas inglês, espanhol e português (C2); artigos disponíveis para download no período (C3); e artigos com título, resumo e/ou palavras-chave alinhados ao objetivo da pesquisa (C4). Cabe ressaltar que foram consideradas nas revisões dos achados a existência de termos associados com a TA, dentro do escopo da proposta desta pesquisa.

2. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÕES

A revisão sistemática retornou o total de 195 resultados que, após a aplicação dos filtros, obteve-se o portfólio final 16 artigos (Quadro 1). Na matriz de conte- údo, foram analisadas: problemáticas (o que motivou o desenvolvimento da pes- quisa); objetivos; procedimentos (técnicas de coleta de dados utilizadas e número graus de deficiência; o volume de dados que precisam ser coletados, organizados e analisados; e um ambiente de projeto multidisciplinar, incluindo profissionais de diversas áreas do conhecimento como médicos, enfermeiros, psicólogos, terapeu- tas, engenheiros, designers, entre outros (HOOGERWERF; et al., 2013; FEDERI- CI; SCHERER, 2012). Neste sentido, Benedetto (2011), ao tratar dos métodos de projeto de TA, salienta a participação das equipes multidisciplinares na obtenção de uma completa avaliação quanto às necessidades do usuário com deficiência. Corroboram com esta visão, Pichler et al. (2016) concluindo que a gestão de pro- jetos de TA envolvendo equipes multidisciplinares é um desafio por exigir uma ampla interação entre os membros da equipe, gerando a melhor compreensão en- tre os profissionais e auxiliando na conversão do volume de dados em informação de projeto.

O desenvolvimento de projetos em equipes multidisciplinares possui poten- cialidades, ao promover o intercâmbio de conhecimentos e o aumento do núme- ro de opções e alternativas geradas, como também fragilidades, principalmente no que tange às barreiras comunicacionais que podem dificultar os processos de tomada de decisão em equipe (CARPES JUNIOR, 2014; MARTINS; MERINO, 2011; FORSBERG; et al., 2005). Casakin e Badke-Schaub (2013) salientam que o entendimento de como o conhecimento pode ser melhor coordenado, comuni- cado e compartilhado em equipes multidisciplinares, é uma questão crítica que ainda não recebeu atenção suficiente na literatura.

Assim, este artigo visa analisar como a literatura aborda as equipes multidis- ciplinares no projeto e no contexto da TA, com atenção para as problemáticas, objetivos, procedimentos e resultados. Para isso, conduziu-se uma pesquisa de natureza básica, com abordagem quali-quantitativa, adotando como procedimen- to uma revisão sistemática na base de dados Science Direct, utilizando a string: (“multidisciplinary team*” OR “interdisciplinary team*” AND “design project*” OR “project development”). Como filtros da pesquisa, aplicou-se a inclusão de: ar- tigos científicos publicados nos últimos 10 anos (C1); artigos escritos nos idiomas inglês, espanhol e português (C2); artigos disponíveis para download no período (C3); e artigos com título, resumo e/ou palavras-chave alinhados ao objetivo da pesquisa (C4). Cabe ressaltar que foram consideradas nas revisões dos achados a existência de termos associados com a TA, dentro do escopo da proposta desta pesquisa.

Com relação a análise das problemáticas, os aspectos mais abordados (11 men- ções) são a crescente demanda por projetos de inovação, exigindo a ação cola- borativa das equipes para melhor aproveitamento do seu potencial criativo, e a alta complexidade dos projetos, fator que está diretamente relacionado ao envol- vimento e a comunicação entre profissionais de diversas áreas e ao volume de dados a serem correlacionados no processo. As demais problemáticas mencio- naram: a gestão das informações, para que estas tenham um fluxo eficiente entre

Quadro 01: Portfólio de artigos apresentados do maior ao menor número de citações.

*baseado no Google Scholar.

C K P H N J A E I B F L M D O G 2013 2009 2014 2014 2015 2015 2016 2016 2014 2015 2015 2010 2013 2015 2018 2015 CHANDRASEGARAN, et al. RATCHEVA, V. ZOU, et al. KLEINSMANN, et al. VICK, et al. MAS, et al. CARDOSO, et al. HEINIS, et al. LEON, et al. CAVALLUCCI, et al. JUNIOR, et al. ROMERO, et al. SOTO, et al HAINES-GADD, et al. ZEILER, W. KANG, et al. Computer-Aided Design Int. J. of Proj. Management Int. J. of Proj. Management J. of Eng. and Tech. Management

Int. J. of Inf. Management

Procedia Engineering Design Studies Procedia CIRP Procedia Environmental Sciences

Procedia Engineering Revista de Administração e

Inovação

Procedia - Social and Behavioral Sciences

Procedia - Social and Behavioral Sciences

Design Studies Tech. Forecasting and Social

Change

Procedia - Social and Behavioral Sciences

Autor Ano Periódico

ID Citações* 379 126 108 102 27 8 5 5 5 2 2 2 2 1 1 9 de participantes da pesquisa); e resultados (desafios e estratégias encontradas na pesquisa). No Quadro 2 são apresentadas as informações com relação as proble- máticas e aos objetivos, e no Quadro 3, os procedimentos e resultados.

os membros das equipes, produzido conhecimento relevante ao desenvolvimento do projeto (5 menções); a colaboração entre os membros das equipes, principal- mente quando estão geograficamente distantes, sendo necessário a integração e o compartilhamento eficiente das informações (5 menções); a capacidade de re- lacionamento interpessoal dos envolvidos como influência no desempenho do trabalho em equipe (3 menções); e o suporte a tomada de decisão em equipes multidisciplinares (2 menções).

De modo geral, percebe-se a preocupação com o eficiente fluxo de comunica- ção, colaboração e integração da equipe para a melhor eficiência no desenvolvi- mento do projeto. Neste sentido, McShane e Von Glinow (2014) ressaltam a im- portância da comunicação no processo de transmissão de informações que sejam de fato compreendidas e absorvidas pelo receptor. Sendo necessário, de acordo com Kock et al (1996) que os dados de projeto, sejam devidamente analisados e contextualizados para que os envolvidos possam ter o conhecimento necessário a tomada de decisão.

Na análise dos objetivos, observou-se maior ocorrência de pesquisas com cunho descritivo (10 ocorrências), que visam identificar comportamentos, perfis, configurações e processos utilizados pelas equipes (4 ocorrências), implementar novas ferramentas para auxiliar as equipes durante o desenvolvimento de proje- tos (4 ocorrências) e descrever experiências reais de projeto (2 ocorrências). Os demais objetivos são de cunho exploratório pois visam revisar, investigar, discutir e entender as dinâmicas de funcionamento das equipes, principalmente no que tange as formas de interação e compartilhamento dos conhecimentos (7 ocor- rências). De acordo com Sapieri, et al. (2013) as pesquisas exploratórias costu- mam ser desenvolvidas quando se trata de problemas pouco estudados ou quando abordados de uma perspectiva inovadora. As pesquisas de cunho descritivo, por sua vez, visam descrever fenômenos, situações, contextos e eventos a fim de deta- lhar como são e como se manifestam (SAMPIERI; et al, 2013). Portanto, observa- -se que as pesquisas envolvendo equipes multidisciplinares no desenvolvimento de projetos ainda é um tema em fase de exploração, na intenção de compreender sua dinâmica, funcionamento e variáveis envolvidas.

No que tange aos procedimentos de pesquisa adotados (Quadro 3), foram encontradas 14 ocorrências de técnicas qualitativas como: observações das equi- pes em projetos (6 ocorrências), estudos de caso (3 ocorrências), entrevistas com membros das equipes (3 ocorrências) e revisões da literatura (2 ocorrências). Como técnicas quantitativas, 4 ocorrências analisaram questionários, sendo que em 1 ocorrência ele foi aplicado em conjunto com entrevistas e revisão da litera- tura.

De modo geral, a coleta de dados foi realizada a partir do desenvolvimento de um projeto real, em alguns casos organizada por meio de encontros ou sessões em momentos específicos do projeto (2 ocorrências) ou por meio de workshops destinados a projetos rápidos (3 ocorrências). Com relação ao número de partici-

os membros das equipes, produzido conhecimento relevante ao desenvolvimento do projeto (5 menções); a colaboração entre os membros das equipes, principal- mente quando estão geograficamente distantes, sendo necessário a integração e o compartilhamento eficiente das informações (5 menções); a capacidade de re- lacionamento interpessoal dos envolvidos como influência no desempenho do trabalho em equipe (3 menções); e o suporte a tomada de decisão em equipes multidisciplinares (2 menções).

De modo geral, percebe-se a preocupação com o eficiente fluxo de comunica- ção, colaboração e integração da equipe para a melhor eficiência no desenvolvi- mento do projeto. Neste sentido, McShane e Von Glinow (2014) ressaltam a im- portância da comunicação no processo de transmissão de informações que sejam de fato compreendidas e absorvidas pelo receptor. Sendo necessário, de acordo com Kock et al (1996) que os dados de projeto, sejam devidamente analisados e contextualizados para que os envolvidos possam ter o conhecimento necessário a tomada de decisão.

Na análise dos objetivos, observou-se maior ocorrência de pesquisas com cunho descritivo (10 ocorrências), que visam identificar comportamentos, perfis, configurações e processos utilizados pelas equipes (4 ocorrências), implementar novas ferramentas para auxiliar as equipes durante o desenvolvimento de proje- tos (4 ocorrências) e descrever experiências reais de projeto (2 ocorrências). Os demais objetivos são de cunho exploratório pois visam revisar, investigar, discutir e entender as dinâmicas de funcionamento das equipes, principalmente no que tange as formas de interação e compartilhamento dos conhecimentos (7 ocor- rências). De acordo com Sapieri, et al. (2013) as pesquisas exploratórias costu- mam ser desenvolvidas quando se trata de problemas pouco estudados ou quando abordados de uma perspectiva inovadora. As pesquisas de cunho descritivo, por sua vez, visam descrever fenômenos, situações, contextos e eventos a fim de deta- lhar como são e como se manifestam (SAMPIERI; et al, 2013). Portanto, observa- -se que as pesquisas envolvendo equipes multidisciplinares no desenvolvimento de projetos ainda é um tema em fase de exploração, na intenção de compreender sua dinâmica, funcionamento e variáveis envolvidas.

No que tange aos procedimentos de pesquisa adotados (Quadro 3), foram encontradas 14 ocorrências de técnicas qualitativas como: observações das equi- pes em projetos (6 ocorrências), estudos de caso (3 ocorrências), entrevistas com membros das equipes (3 ocorrências) e revisões da literatura (2 ocorrências). Como técnicas quantitativas, 4 ocorrências analisaram questionários, sendo que em 1 ocorrência ele foi aplicado em conjunto com entrevistas e revisão da litera- tura.

De modo geral, a coleta de dados foi realizada a partir do desenvolvimento de um projeto real, em alguns casos organizada por meio de encontros ou sessões em momentos específicos do projeto (2 ocorrências) ou por meio de workshops destinados a projetos rápidos (3 ocorrências). Com relação ao número de partici-

Quadro 02: Síntese das problemáticas e dos objetivos abordados no portfólio de artigos

Volume de dados e variedade de fontes de conhecimento na tomada de decisão em equipe.

Dificuldades na colaboração e compar- tilhamento entre equipes remotas. Projetos de longa duração exigem uma eficiente gestão de relacionamentos e de confiança.

Complexidade de projeto de produto que exige conhecimentos e habilidades de diferentes bases de conhecimento. A influência das inter-relações pessoais e do contexto no fluxo de informações organizacional.

Projetos mais colaborativos e com en- volvimento de diferentes atores no pro- cesso.

Lacunas na gestão da informação e na comunicação em projetos de alta com- plexidade.

Como ocorre a comunicação e transi- tam as informações em projetos cola- borativos.

Competências sociais e o bom clima em equipe e sua influência nas habilidades técnicas.

Importância dos estágios iniciais de projeto que exige colaboração e gestão da informação.

Processos de tomada de decisão em contextos de projetos inventivos e mul- tidisciplinares.

Gestão de projetos complexos e de ino- vação (prazos e custos).

Complexidade dos projetos e integração de diferentes equipes remotas de traba- lho.

Desenvolvimento de pesquisas em con- textos interdisciplinares.

Projetos inovadores e ágeis; estratégias para capturar os conhecimentos. Complexidades dos projetos; interação e colaboração entre os profissionais da equipe.

Fazer uma revisão dos processos de design de produto sob a perspectiva da captura e representação do conhecimento. Explorar como as equipes remotas interagem e se comuni- cam, aproveitando as vantagens da diversidade.

Investigar as percepções, experiências e fatores críticos na Gestão de Relacionamentos em projetos.

Investigar os fatores que influenciam a criação de um en- tendimento compartilhado no desenvolvimento colabora- tivo de novos produtos.

Identificar comportamentos e valores que descrevam a cul- tura da informação durante projetos em equipe.

Permitir que estudantes de design gráfico e design de inte- riores conduzissem um projeto colaborativo.

Implementar um modelo digital industrial no desenvolvi- mento de projeto.

Investigar como as questões influenciam o enquadramento e a modelagem de ideias durante as etapas de ideação. Entender a curva de habilidades da equipe ao longo do tempo e identificar altos, baixos e os processos em projetos. Aprimorar as atividades de projetos conceitual, guiando a equipe multidisciplinar no estágio conceitual.

Propor o uso e melhorias no IDM-TRIZ a fim de melhorar a forma como as decisões são tomadas nas fases iniciais de inovação.

Identificar como as empresas inovadoras configuram de gestão de projetos.

Descrever uma experiência de projeto em colaboração para desenvolvimento de uma nova metodologia baseada na in- teração.

Identificar os perfis de equipes formadas para gerar conhe- cimento e colaboração.

Desenvolver uma solução de baixo custo envolvendo equi- pes multidisciplinares.

Discutir o uso de gráficos morfológicos no contexto de uma equipe de projeto.

Problemática Objetivos C K P H N J A E I B F L M D O G ID

pantes, as pesquisas apresentaram quantidades variadas, com relatos desde 5 até 270 participantes.

Quanto o número de equipes, também não foi observado um padrão de quan- tidades, apresentando número mínimo de 2 equipes e máximo de 18 equipes nas coletas, fator também observado no número de integrantes por equipe, sendo a menor composta por 4 integrantes (projetos desenvolvidos em ambiente aca- dêmico) e a maior composta por 90 integrantes (projetos de alta complexidade como aeronaves e helicópteros).

Por fim, os resultados dos artigos transitam, principalmente, por três catego- rias identificadas como: 1. Gestão dos processos da equipe (9 ocorrências); 2. Ges- tão da informação (6 ocorrências); 3. Gestão de Relacionamentos (6 ocorrências). Os artigos relacionados a primeira categoria “Gestão dos processos da equipe” re- latam principalmente a necessidade de evoluir os protocolos, ferramentas e méto- dos de trabalho em equipe, adotando sistemáticas que auxiliem na integração, nas trocas de conhecimentos, nas discussões sobre os pontos de vista e, por fim, na tomada de decisão de forma consensual (ZEILER, 2018; CARDOSO et al, 2016; HEINIS et al, 2016; MAS et al, 2015; HAINES-GADD et al, 2015, JUNIOR et al, 2015; LEON et al, 2014; CHANDRASEGARAN et al, 2013;KLEINSMANN et al, 2010).

Na segunda categoria “Gestão da informação”, os artigos relatam o processa- mento das informações pelas equipes, incluindo a forma como são adquiridas, organizadas, transmitidas e reutilizadas no processo (CAVALLUCCI et al, 2015; MAS et al, 2015; CHANDRASEGARAN et al, 2013; KLEINSMANN et al, 2010; ROMERO et al, 2010; RATCHEVA, 2009). Como discutem chandrasegaran, et al. (2013), o desafio está em gerenciar a comunicação efetiva do conhecimento sobre o produto, e como representa-lo adequadamente entre os membros da equipe.

Na terceira categoria “Gestão de Relacionamentos” os artigos relatam a co- nexão e colaboração, destacando os desafios quanto a falta de padronização da linguagem, o choque de realidades e pontos de vista no processo de tomada de decisão e os diferentes estilos de trabalho e níveis de compreensão dos envolvidos (HEINIS et al, 2016; VICK et al, 2015; MAS et al, 2015; KANG et al, 2015; ZOU et al, 2014; SOTO et al, 2013; KLEINSMANN et al, 2010).

Apesar dos artigos analisados não abordarem especificamente a atuação das equipes em projetos de TA, as categorias identificadas podem apresentar opor- tunidades de pesquisa nesse contexto. Principalmente no que tange a Gestão dos Processos, auxiliando na comunicação e integração dos diversos atores e profissio- nais envolvidos na prática projetual de TA (médicos, terapeutas, fisioterapeutas, psicólogos, cuidadores, familiares etc), como também a Gestão da Informação, principalmente nas etapas iniciais do projeto de TA, as quais envolvem grande volume de dados sobre o usuário PCD, a TA e o seu contexto de uso.

pantes, as pesquisas apresentaram quantidades variadas, com relatos desde 5 até 270 participantes.

Quanto o número de equipes, também não foi observado um padrão de quan- tidades, apresentando número mínimo de 2 equipes e máximo de 18 equipes nas coletas, fator também observado no número de integrantes por equipe, sendo a menor composta por 4 integrantes (projetos desenvolvidos em ambiente aca- dêmico) e a maior composta por 90 integrantes (projetos de alta complexidade como aeronaves e helicópteros).

Por fim, os resultados dos artigos transitam, principalmente, por três catego- rias identificadas como: 1. Gestão dos processos da equipe (9 ocorrências); 2. Ges- tão da informação (6 ocorrências); 3. Gestão de Relacionamentos (6 ocorrências). Os artigos relacionados a primeira categoria “Gestão dos processos da equipe” re- latam principalmente a necessidade de evoluir os protocolos, ferramentas e méto- dos de trabalho em equipe, adotando sistemáticas que auxiliem na integração, nas trocas de conhecimentos, nas discussões sobre os pontos de vista e, por fim, na tomada de decisão de forma consensual (ZEILER, 2018; CARDOSO et al, 2016; HEINIS et al, 2016; MAS et al, 2015; HAINES-GADD et al, 2015, JUNIOR et al, 2015; LEON et al, 2014; CHANDRASEGARAN et al, 2013;KLEINSMANN et al, 2010).

Na segunda categoria “Gestão da informação”, os artigos relatam o processa- mento das informações pelas equipes, incluindo a forma como são adquiridas, organizadas, transmitidas e reutilizadas no processo (CAVALLUCCI et al, 2015; MAS et al, 2015; CHANDRASEGARAN et al, 2013; KLEINSMANN et al, 2010; ROMERO et al, 2010; RATCHEVA, 2009). Como discutem chandrasegaran, et al. (2013), o desafio está em gerenciar a comunicação efetiva do conhecimento sobre

No documento Ebook TA estudos (páginas 85-95)