• Nenhum resultado encontrado

O que oferece aos idosos e como eles a percebem?

No documento Ebook TA estudos (páginas 79-84)

Envelhecimento e Tecnologias de Apoio: Um Desafio na Sociedade

2. DESENVOLVIMENTO E DISCUSSÕES 1 Tecnologia de Apoio (TA)

2.3 O que oferece aos idosos e como eles a percebem?

A realidade atual é que à medida que a idade aumenta, aumenta a dependência pelas atividades básicas da vida cotidiana e essas limitações fazem parte do coti- diano. Segundo estudos conhecidos, desde os anos 1980, 86% da população tem limitações em uma ou mais atividades diárias. Isso impede que o estágio completo da vida seja concluído. Portanto, torna-se necessário um bom acompanhamen- to e aconselhamento na aquisição e conhecimento de TAs destinados a auxiliar pessoas idosas, em diferentes tarefas, a fim de que alcancem a independência e autonomia no convívio pessoal, familiar, social, lazer, e outros (PADILLA, 2008).

O problema é fornecer aos possíveis destinatários informações adequadas so- bre os produtos de suporte existentes e quais podem ter mais êxito em cada caso. É fato que o grau de conhecimento que os idosos têm das possíveis ajudas técnicas que poderiam usar e suas características, é ainda muito pobre (INSTITUTO DE BIOMEC NICA DE VALÊNCIA, 1995).

Esta condição gera uma desigualdade no uso e benefício das TAS, o que, de acordo com Blanco (2001) pode ser devido a causas como:

• Utilidade: Muitas pessoas idosas desconhecem a utilidade da maioria dos produtos e instrumentos que podem melhorar sua independência e qualidade de vida.

• Dificuldade no uso: elas têm medo de entrar em um mundo tecnológico, que consideram muito complexo. De fato, não se atrevem a usar essas ferramentas de suporte, pois têm a ideia de que não são capazes de usá-las ou que acabam fazendo mal.

• Questão econômica: o acesso às TAs é mais difícil, devido aos altos custos de aquisição.

• A exclusão dos idosos na sociedade de consumo: atualmente, os produtos tecnológicos são os que têm maior publicidade na mídia. No entanto, essa publi- cidade raramente é relacionada a um produto de apoio e é realizada por pessoas mais velhas, o que gera um sentimento de indiferença ou desconhecimento desses produtos.

Associado à esta condição, há ainda a questão de como os idosos vêem, ou percebem as TAs. Para começar, não existe um perfil único de pessoas idosa, ain- da que se acredite que o idoso é aquele sujeito com 65 anos ou mais (referência europeia) e com 60 anos ou mais (referência Brasileria). Além disso, o idoso têm uma percepção da tecnologia que também pode ser comum a uma grande parte da população geral, para a qual uma série de indicadores compatíveis são atribuí- dos a eles nessa faixa etária (VODAFONE FOUNDATION, 2011):

• Autonomia, o que implica ter um maior espaço de liberdade e independência pessoal: “Permite ser autónomo”.

• Segurança, que é uma questão fundamental para os idosos: “permite ter a certeza”.

• Informação: conexão com a realidade, explorando a realidade: “Permite estar no mundo”.

• Comunicação, um valor fundamental nestes novos tempos impregnados pela tecnologia: “Permite estar conectado”.

Os pontos discutidos anteriormente conduzem à uma reflexão na qual a Pes- quisa e (especialmente) o Desenvolvimento de TA não se limita ao suprimento das incapacidades físico-fisiológicas, mas envolve outros fatores de ordem cogni- tivo, social e intelectual desta população.

2.4 “TELECARE”: Um sistema viável de TA

TELECARE é um serviço preventivo de atendimento domiciliar, cuidados imediatos e permanentes para os idosos e pessoas com deficiência. Com a ajuda de recursos tecnológicos e sociais, propõem resolver qualquer situação de neces- sidade ou emergência com o objetivo de que os idosos possam permanecer em seu ambiente de vida normal em idade avançada, tanto quanto possível (FAE, 2015). Existem três tipos de modalidades de Telecare (FAE, 2015):

1. De acordo com o tipo de unidade:

a. Sistemas Ativos: Consiste no usuário ativar um alarme de ajuda, graças ao terminal instalado em sua residência, que está conectado à linha telefônica; um dispositivo de control e remoto que deve ser carregado com ele (pode ser um brinco e em alguns casos também uma pulseira); ou mesmo por meio de um dis- positivo telefônico móvel;

b. Sistemas Passivos: o alarme é ativado quando uma função diária não é exe- cutada por um determinado período de tempo. Este sistema funciona por meio de sensores e / ou alarmes.

c. Sistemas Semiativos: o centro de serviços contacta os usuários em horá- rios pré-definidos, a fim de verificar seu status; acompanhar após uma situação de emergência; confirmar dados; verificar o correto funcionamento do sistema; lembrar datas importantes.

2. De acordo com o tipo de resposta:

a. Sem unidade móvel: O serviço é fornecido exclusivamente a partir do cen- tro de atendimento, no qual operadores recebem e respondem chamadas e, de- pendendo das necessidades do usuário, mobilizam os recursos apropriados para fornecer uma resposta efetiva à demanda.

b. Com unidade móvel: a qual completa os serviços prestados à partir do centro de atendimento com a unidade na residência da pessoa. A empresa que desenvolve o serviço possui as chaves dos usuários (com sua correspondente au- torização). Desta forma, em caso de emergência, os profissionais de o sistema po- dem se deslocar até a residência do usuário: levantá-los em caso de quedas, abrir

• Segurança, que é uma questão fundamental para os idosos: “permite ter a certeza”.

• Informação: conexão com a realidade, explorando a realidade: “Permite estar no mundo”.

• Comunicação, um valor fundamental nestes novos tempos impregnados pela tecnologia: “Permite estar conectado”.

Os pontos discutidos anteriormente conduzem à uma reflexão na qual a Pes- quisa e (especialmente) o Desenvolvimento de TA não se limita ao suprimento das incapacidades físico-fisiológicas, mas envolve outros fatores de ordem cogni- tivo, social e intelectual desta população.

2.4 “TELECARE”: Um sistema viável de TA

TELECARE é um serviço preventivo de atendimento domiciliar, cuidados imediatos e permanentes para os idosos e pessoas com deficiência. Com a ajuda de recursos tecnológicos e sociais, propõem resolver qualquer situação de neces- sidade ou emergência com o objetivo de que os idosos possam permanecer em seu ambiente de vida normal em idade avançada, tanto quanto possível (FAE, 2015). Existem três tipos de modalidades de Telecare (FAE, 2015):

1. De acordo com o tipo de unidade:

a. Sistemas Ativos: Consiste no usuário ativar um alarme de ajuda, graças ao terminal instalado em sua residência, que está conectado à linha telefônica; um dispositivo de control e remoto que deve ser carregado com ele (pode ser um brinco e em alguns casos também uma pulseira); ou mesmo por meio de um dis- positivo telefônico móvel;

b. Sistemas Passivos: o alarme é ativado quando uma função diária não é exe- cutada por um determinado período de tempo. Este sistema funciona por meio de sensores e / ou alarmes.

c. Sistemas Semiativos: o centro de serviços contacta os usuários em horá- rios pré-definidos, a fim de verificar seu status; acompanhar após uma situação de emergência; confirmar dados; verificar o correto funcionamento do sistema; lembrar datas importantes.

2. De acordo com o tipo de resposta:

a. Sem unidade móvel: O serviço é fornecido exclusivamente a partir do cen- tro de atendimento, no qual operadores recebem e respondem chamadas e, de- pendendo das necessidades do usuário, mobilizam os recursos apropriados para fornecer uma resposta efetiva à demanda.

b. Com unidade móvel: a qual completa os serviços prestados à partir do centro de atendimento com a unidade na residência da pessoa. A empresa que desenvolve o serviço possui as chaves dos usuários (com sua correspondente au- torização). Desta forma, em caso de emergência, os profissionais de o sistema po- dem se deslocar até a residência do usuário: levantá-los em caso de quedas, abrir

a porta para o médico, caso o usuário não consiga se levantar, entre outras coisas. 3. De acordo com o tipo de serviço.

a. Comunicações multimídia:

i. Videoconferência, entre o centro de telecuidados, o usuário e a famí- lia, por meio de diferentes dispositivos, como televisão, computador ou telefone celular.

ii. Televigilância, para ter um contato audiovisual com a residência do usuário, através de câmeras gerenciadas remotamente, cobrindo a segurança do idoso.

Uma vez avaliadas as diferentes opções de Telecare, o serviço que melhor aten- der às necessidades da pessoa idosa é contratado. Existem várias maneiras de so- licitar um serviço de Telecare, em nível estadual e/ou regional. Também existem órgãos que fornecem este serviço gratuitamente. Embora possa se optar por con- tratar este serviço através de uma empresa privada, que também pode oferecer serviços complementares de atendimento (FAE, 2015).

O Telecare doméstico é uma realidade crescente na Espanha, o qual beneficia várias pessoas por um longo tempo, mas ainda não atingiu, como seria desejável, toda a população. Tanto as pessoas idosas como outras em situação de dependên- cia querem manter a maior autonomia possível em sua própria residência e, em certos casos, soluções de telecuidados, sociais ou médicas podem ser muito úteis. (EUROSTAT, 2005).

3. CONCLUSÕES

As TAs estão se tornando cada vez mais a chave fundamental para a indepen- dência e integração dos idosos ou das pessoas com algum tipo de deficiência, sendo este um pilar fundamental nos recursos dessas pessoas.

No século XXI, ainda há dificuldades para os idosos se beneficiarem das TAs. Não é fácil fazer uma previsão das tendências de curto e longo prazo sobre o uso de TAs em pessoas idosas. Algumas das formas de evolução deste tipo de tecnolo- gia foram consideradas neste texto.

Do ponto de vista aplicado, as TAs têm que apresentar uma abordagem mais focada para a pessoa idosa e suas famílias, oferecendo-lhes produtos de apoio e ferramentas de autocuidado cada vez mais atraentes e focados em suas necessida- des. Neste sentido, a personalização do produto será um fator chave na percepção dos idosos. Já do ponto de vista tecnológico, o crescente grau dos dispositivos de suporte deve ser apresentado com uma operação simples, para que os idosos não o considerem um produto complexo para eles e acabem por não usá-los.

Telecare pode ser apresentado como uma solução tecnológica para situações de solidão e abandono para os idosos, para a sobrecarga de cuidadores e para a

deterioração da qualidade de vida das famílias. Isso parece apoiar o Telecare como uma solução tecnológica viável e confiável para os problemas atribuídos pelo cres- cimento progressivo do envelhecimento da população em países e regiões com maior demanda sócio-econômica.

AGRADECIMENTOS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agradecimentos à Associação Universitária Iberoamêricana de Pós- Gradua- ção (AUIP).

BLANCO, E. Nuevas tecnologías para todos. p. 18-30. Madrid. 2001.

CRTIC. Guia de funcionamento dos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial. Brasil. 2015. Disponível em: <https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/guia_ funcionamento_crtic_final_24s et2015.pdf.>. Acesso em: 10 mai. 2018.

EUROSTAT. Población y condiciones sociales. Bruselas. 2005. Disponível em: <http:// ec.europa.eu/eurostat/statistics- explained/index.php/Main_Page/es>. Acesso em: 10 mai. 2018.

FUNDACIÓN DE ALZHEIMER DE ESPAÑA. Ayudas técnicas. Madrid. 2015. Disponível em: <http://www.alzfae.org/fundacion/content/139/ayudas- tecnicas>. Acesso em: 10 mai. 2018.

FUNDACIÓN VODAFONE. Innovación TIC para las personas mayores. Madrid. 2011. Disponível em: <http://www.fundacionvodafone.es/sites/default/files/innovacion_ tic_para_las_personas_mayores.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018.

IDEA. Individuals with Disabilities Education Act. P. 101-476. United States, 1990. INSTITUTO DE BIOMECÁNICA DE VALENCIA. Análisis del mercado de la tecnología

de la rehabilitación. Madrid. 1995. Disponível em: < http://autonomia.ibv.org/es/ proyectos-i-d/inteligencia- actividades-de-inteligencia-competitiva-en-el-ibv.>. Aceso em: 10 mai. 2018.

MENDOZA. J. Tecnología para las personas, no para los minusválidos. p. 20-30. España: Minusval, 1991

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Los mayores y el cuarto de baño. Madrid. 2000a. Disponível em:<http://www.ceapat.es/InterPresent1/groups/imserso/ documents/binario/losmayo resysuhogar.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018.

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Los mayores y la tecnología en la vivienda. Madrid. 2000. Disponível em: <http://www.ceapat.es/interpresent3/groups/ imserso/documents/binario/reto_8.pdf> Acesso em: 10 mai. 2018.

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Proyecto Include: Un paso adelante, diseño para todos. Madrid . 2001. Disponível em: <http://www.ceapat.es/ InterPresent2/groups/imserso/documents/binario/boletn05 82008.pdf>. Acceso em: 10 mai. 2018.

deterioração da qualidade de vida das famílias. Isso parece apoiar o Telecare como uma solução tecnológica viável e confiável para os problemas atribuídos pelo cres- cimento progressivo do envelhecimento da população em países e regiões com maior demanda sócio-econômica.

AGRADECIMENTOS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

Agradecimentos à Associação Universitária Iberoamêricana de Pós- Gradua- ção (AUIP).

BLANCO, E. Nuevas tecnologías para todos. p. 18-30. Madrid. 2001.

CRTIC. Guia de funcionamento dos Centros de Recursos TIC para a Educação Especial. Brasil. 2015. Disponível em: <https://www.dge.mec.pt/sites/default/files/guia_ funcionamento_crtic_final_24s et2015.pdf.>. Acesso em: 10 mai. 2018.

EUROSTAT. Población y condiciones sociales. Bruselas. 2005. Disponível em: <http:// ec.europa.eu/eurostat/statistics- explained/index.php/Main_Page/es>. Acesso em: 10 mai. 2018.

FUNDACIÓN DE ALZHEIMER DE ESPAÑA. Ayudas técnicas. Madrid. 2015. Disponível em: <http://www.alzfae.org/fundacion/content/139/ayudas- tecnicas>. Acesso em: 10 mai. 2018.

FUNDACIÓN VODAFONE. Innovación TIC para las personas mayores. Madrid. 2011. Disponível em: <http://www.fundacionvodafone.es/sites/default/files/innovacion_ tic_para_las_personas_mayores.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018.

IDEA. Individuals with Disabilities Education Act. P. 101-476. United States, 1990. INSTITUTO DE BIOMECÁNICA DE VALENCIA. Análisis del mercado de la tecnología

de la rehabilitación. Madrid. 1995. Disponível em: < http://autonomia.ibv.org/es/ proyectos-i-d/inteligencia- actividades-de-inteligencia-competitiva-en-el-ibv.>. Aceso em: 10 mai. 2018.

MENDOZA. J. Tecnología para las personas, no para los minusválidos. p. 20-30. España: Minusval, 1991

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Los mayores y el cuarto de baño. Madrid. 2000a. Disponível em:<http://www.ceapat.es/InterPresent1/groups/imserso/ documents/binario/losmayo resysuhogar.pdf>. Acesso em: 10 mai. 2018.

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Los mayores y la tecnología en la vivienda. Madrid. 2000. Disponível em: <http://www.ceapat.es/interpresent3/groups/ imserso/documents/binario/reto_8.pdf> Acesso em: 10 mai. 2018.

MINISTERIO DE TRABAJO Y ASUNTOS SOCIALES. Proyecto Include: Un paso adelante, diseño para todos. Madrid . 2001. Disponível em: <http://www.ceapat.es/ InterPresent2/groups/imserso/documents/binario/boletn05 82008.pdf>. Acceso em: 10 mai. 2018.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Informe Mundial sobre el envejecimiento

y la salud. Ginebra, Suiza: Ginebra, 2015. Disponível em: <http://www.afro.who.int/ sites/default/files/2017-06/9789240694873_spa.pdf.>. Acesso em: 10 mai. 2018.

ORGANIZACIÓN MUNDIAL DE LA SALUD. Informe sobre la Salud en el mundo. Ginebra, Suiza, 2001. Disponível em: http://apps.who.int/iris/ bitstream/handle/10665/66983/WHO_NMH_MSD_MDP_01.1_spa. pdf;jsessionid=8B5F4C025147600D0430E91E621E0132?sequence=1

PADILLA, D. SÁNCHEZ-LÓPEZ. Las ayudas técnicas. In: Necesidades educativas específicas: fundamentos psicológicos. p. 47-60. Granada: GEU, 2007

PADILLA, D. Tecnología para mayores. Almería. 2008. Disponível em: http://sparta. javeriana.edu.co/psicologia/publicaciones/actualizarrevista/archivos/V07N03A19. pdf

PADILLA, D. Validación del Proyecto Marta como ayuda técnica a la deficiencia auditiva. P 23-30. Almería: Universidad de Almería, 1999.

RODRÍGUEZ-PORRERO, C. Diseño para todos: características, origen y retos. p. 27-30. Madrid. Minusval. . 2002.

SÁNCHEZ-MONTOYA, R. Ordenador y discapacidad. In: Guía práctica de apoyo a las personas con necesidades educativas especiales. 2a ed. p. 12-15. Madrid. 2002.

UNE-EN ISO: 9999:2012.V2. Productos de apoyo para personas con discapacidad. Clasificación y terminología. AENOR, 2012.

3. TECNOLOGIA ASSISTIVA E

No documento Ebook TA estudos (páginas 79-84)