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AS ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO: LIMITES E POSSIBILIDADES

A resposta social ao problema das crianças e adolescentes em situação de rua parece, ao longo da história, ter sido a ins- titucionalização, sendo importante destacar que as instituições têm passado por mudanças que correspondem aos anseios so- ciais e às orientações jurídicas vigentes em cada momento his- tórico (ALVIM; VALADARES, 1988). Decorre daí a ideia de que o tratamento ou a intervenção para o uso/abuso de drogas entre crianças e adolescentes também deve passar pela sua institu- cionalização. No entanto, as instituições e os projetos sociais têm argumentado que a intervenção com esta população tem se tornado inviável, em função do uso de drogas, e que não é possível, para a assistência social e o judiciário, atender a esta população sem uma intervenção imediata dos órgãos e técnicos

5 Em 2008, o Projeto Axé fez uma denúncia no Ministério Público do Estado da Bahia, que desencadeou uma série de reuniões promovidas pela então Coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Infância, Dra. Lícia Oliveira. Nessas reuniões, foram reiteradas, inúmeras vezes, as dificuldades de atuação junto às crianças e aos adolescentes em situação de rua, em função do uso do crack.

da área da saúde. De fato, este argumento é justificável e bem fundamentado, mas faz emergir importantes contradições na forma de compreender e intervir sobre o uso/abuso de drogas. Se, por um lado, a assistência, especificamente as casas de acolhimento institucional, considera a abstinência a principal e única meta do tratamento, os órgãos de saúde e seus profis- sionais atuam na lógica da Redução de Danos. Não se trata de uma simples oposição de ideias em que se pode definir quem está correto ou errado, pois, de fato, estas instituições estão regidas por legislações e premissas que são, de fato, contra- ditórias e a prática demonstra isto com clareza. Ao acolher as crianças e adolescentes em seus contextos, as instituições se tornam representantes legais destes sujeitos e desta forma, de- vem preservar a sua integridade física, emocional e social.

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (BRASIL, 1990) esses são sujeitos em condição peculiar de de- senvolvimento e, por isto, no artigo 19, assegura-se o direito à “convivência familiar e comunitária, em ambiente livre da pre- sença de pessoas dependentes de substâncias entorpecentes”. Além disto, os artigos 81 e 243 são claros em apontar a ilegalida- de da venda de bebidas alcoólicas ou produtos cujos componen- tes possam causar dependência física ou psíquica, ainda que por utilização indevida. Isto mostra que, na perspectiva da pro- teção integral, crianças, adolescentes e drogas não fazem (e não podem fazer) parte de um mesmo contexto. Neste sentido, fica evidente que as instituições de proteção não podem, de forma alguma, conceber algumas estratégias de redução de danos, como a substituição de crack por maconha e o uso do tabaco ou pacaia como forma de minimizar a fissura. É importante destacar que, obviamente, as instituições acabam por permitir, por exemplo, o uso de tabaco ou pacaia, “fingindo” que desconhecem este uso

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ou negociando com os adolescentes uma forma controlada do uso (SANTANA, 2008).6

Por outro lado, as equipes de saúde que atuam com a população de rua diretamente no contexto da rua reconhecem a necessidade de uma outra forma de aproximação com estas crianças e adolescentes, visando, sim, minimizar os riscos e re- duzir os danos do uso das substâncias psicoativas. Estes pro- fissionais sabem da necessidade de partir da realidade concre- ta em que vivem estas crianças e adolescentes e da importância de compreender o papel que o uso da droga tem neste contex- to. Para eles, em certa medida, torna-se mais fácil adotar esta perspectiva, apesar de, obviamente, esta não ser vivenciada sem conflitos, justamente pelas imagens de infância abordadas anteriormente. Ou seja, é claro que não é fácil construir, junta- mente com uma criança de oito anos, um uso mais seguro de alguma substância psicoativa, quando a premissa inicial é que tal uso é completamente inadequado, principalmente quando se reconhece os efeitos físicos, psíquicos e sociais deste uso para o desenvolvimento. Mas o profissional na rua se depara com a seguinte situação: a criança vai usar, independentemen- te da sua autorização. Além disto, muitas vezes, ele compreen- de que o uso, neste contexto, talvez seja a única estratégia de sobrevivência e consolo desta criança. Por fim, ele tem a certe- za de que a estratégia de institucionalização compulsória seria provisória e pouco eficaz, já que todos os motivos que levaram ao uso poderiam permanecer inalterados. Trata-se de um con- flito enorme vivenciado rotineiramente por quem atua com esta população. Há momentos em que este profissional que sabe de

6 A ideia não é criticar os técnicos e profissionais que atuam nesses contextos, mas reconhecer as contradições que se impõem na prática com essa popu- lação.

tudo isto, apenas deseja colocar a criança no colo, levar pra casa e garantir que isto jamais aconteça de novo!

Para os profissionais que atuam dentro dos serviços de saúde, como nos CAPS Ad, o dilema é maior do que para aque- les que atuam na rua. Em vários momentos, observa-se, por exemplo, uma resistência dos profissionais destes serviços em atender crianças, pois consideram não possuir competência técnica para trabalhar com esta faixa etária. Além disto, apon- tam o receio de que o contato com os adultos que frequentam a instituição possa prejudicar a criança e/ou adolescente, já que estes podem ser usados pelos adultos como “aviõezinhos”, por exemplo. Por outro lado, o CAPS IA, não considera ade- quado atender crianças cuja patologia seja o uso de subs- tâncias psicoativas, pois estas colocariam em risco o público indefeso do CAPS infantil. Mais uma vez, se reproduz uma exclusão das crianças em situação de rua. Elas são “peque- nas” demais para receberem tratamento junto aos adultos, mas são experientes demais para conviver com as crian- ças.7 Quando as crianças e adolescentes são, finalmente,

atendidos, os dilemas só aumentam: quem vai acompanhar o usuário? Como liberar alguém que não tem um responsá- vel por perto? Quem se responsabilizará pelo medicamento? Quem responderá ao Ministério Público caso aconteça algo de ruim com o adolescente? Estas e outras questões são frequentemente colocadas pelos técnicos e profissionais que atuam nestes serviços.

Outro grande desafio colocado para a intervenção com crianças e adolescentes em situação de rua está, justamente, em algumas das principais características deste grupo, nome-

7 Em Salvador, foi implantado o CAPS Ad Gey Espinheira, que visava a justa- mente sanar este impasse, sendo um serviço voltado, prioritariamente, para crianças e adolescentes usuárias de substâncias psicoativas.

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adamente, a mobilidade e rotatividade da população, com bai- xa adesão ao tratamento e a ausência de uma rede de apoio familiar e comunitário. No entanto, não se pode utilizar como justificativa para o fracasso da intervenção, características do próprio público-alvo e estes elementos devem ser considerados no planejamento da intervenção, ou seja, se a rotatividade e mobilidade são intensas, as atividades e estratégias devem ser focais e breves. Se não há rede familiar evidente, nem comuni- tária, é necessário construir e identificar novas possibilidades de vínculos e de suporte, daí a importância de um mapeamento constante das instituições e serviços que compõem a chamada rede de proteção à infância. Se este é um público que “evade” mais do que permanece, é fundamental passar a considerar que cada permanência é uma vitória e não que cada saída é uma derrota.8

Outro aspecto interessante a ser referido é a dificulda- de das equipes de não assumirem as características da po- pulação que atende. Assim, é muito comum que as equipes passem a agir na mesma lógica da urgência que os usuários, que não planejem suas atividades, pois acabam tendo as suas práticas marcadas pela imprevisibilidade da rua. Não pensam a longo prazo, pois, assim como as crianças e os adolescentes em situação de rua, priorizam, acima de tudo, o presente, por não saberem se há futuro. Na verdade, as crianças e adoles- centes precisam, justamente, perceber a existência de outra possibilidade de atuação, de vivência. Isto não significa rigidez no planejamento nem desconsiderar as urgências e emergên- cias dos casos atendidos, mas ter a clareza de que mais vale

8 É interessante observar que as instituições, especificamente as de caráter fechado, costumam ser cobradas pela pequena quantidade de crianças que permanecem em seus espaços e esta é, justamente, a lógica de considerar a evasão uma derrota e não como parte de uma característica desta popula- ção, que deve ser enfrentada com a oferta cada vez mais atraente e diversi- ficada que garanta uma frequência e adesão cada vez mais altas.

parar, refletir, discutir, do que agir no impulso, apagando um incêndio atrás do outro.

Um aspecto fundamental da intervenção com crianças e adolescentes em situação de rua se refere aos técnicos e pro- fissionais que atuam com esta população. Trata-se de um tra- balho com elevado grau de frustração (SANTANA et al., 2005), o que exige um cuidado muito grande com estes profissionais, que são figuras de proteção fundamentais para o desenvolvi- mento destas crianças e adolescentes. É preciso, de fato, cui- dar dos cuidadores para garantir a qualidade e a eficácia da estratégia. Oliveira (2009) ressalta a equipe como o instrumen- to primordial da intervenção com a população atendida pelo Consultório de Rua, na intervenção com crianças e adolescen- tes em situação de rua.

Quando se pensa na intervenção ao uso/abuso de drogas entre crianças e adolescentes em situação de rua, deve-se, em algum momento, considerar a quem se destina, de fato, a inter- venção ou, em outras palavras, por que a intervenção com este público se torna tão urgente e socialmente exigida? Se, por um lado, trata-se de uma preocupação legítima com uma parcela da população que tem, constantemente, os seus direitos viola- dos e se encontra em uma situação de grande vulnerabilidade e risco social, por outro, há um incômodo propiciado por estas crianças e adolescentes, afinal, eles não usam drogas nas peri- ferias, não emagrecem e adoecem nos subúrbios das cidades. Na verdade, eles usam drogas nos cartões portais das cidades. No caso de Salvador, eles insistem em cheirar e fumar na Pituba, no Pelourinho, no Mercado Modelo, na Barra; eles ba- tem nos vidros dos carros e insistem em romper com a distância geográfica que, artificialmente, se mantém entre a pobreza e suas feiuras e a parte nobre e bela dos centros urbanos. Isto significa que, quando se planeja ações e políticas de interven-

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ção, muitas vezes se pensa em medidas higienizadoras para as cidades. A prioridade deixa de ser a atenção e a saúde dos usu- ários, mas a sua necessária saída do cenário urbano. Em nome do direito à vida destas crianças e adolescentes, insiste-se em medidas que as retirem compulsoriamente das ruas da cidade. Todos aqueles que propõem uma intervenção no contexto, com a participação ativa destas crianças, acabam por ser acusados de negligentes, “protetores de delinquentes”, “professores de marginais”. Neste sentido, é preciso ter clareza que a atuação com crianças e adolescentes em situação de rua enfrenta uma dupla cobrança social, muitas vezes incompatíveis entre si. Ou seja, exige-se a proteção destas crianças e o seu reconhe- cimento enquanto sujeito de direitos, mas não se admite que tal proteção e reconhecimento, muitas vezes, significa utilizar estratégias de redução de danos e desenvolver atividades edu- cativas e terapêuticas no próprio contexto da rua.

Os desafios são tantos que se pode ter a sensação de que não há possibilidades. No entanto, o trabalho das equipes nas ruas e mesmo nas instituições de atendimento, tem demonstra- do que é possível fazer muita coisa. Os técnicos e profissionais se constituem como fator de proteção para o desenvolvimento destas crianças e adolescentes e, para isto, devem se caracteri- zar como espaços asseguradores de segurança, ou seja, espa- ços que a criança e o adolescente consigam ter minimamente controle, rotina, segurança física e emocional. É preciso defen- der e buscar uma atuação em rede e não uma sobreposição de serviços que atendam ao mesmo público, sem nenhum di- álogo entre si. É preciso acreditar e se dispor a investir nestas crianças e adolescentes para estar disponível para, junto com eles, construir uma possibilidade de intervenção. Cabe, aqui, enfatizar a perspectiva do fazer junto com e não pelas crianças e adolescentes. É preciso que os direitos de proteção e parti-

cipação caminhem lado a lado na garantia dos direitos destes meninos e meninas. Apenas desta forma, será possível pensar em mudanças.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Ao propor uma intervenção com crianças e adolescentes em situação de rua usuárias de substâncias psicoativas, na perspectiva da proteção integral proposta pela ECA (1990), de- ve-se considerar a complexidade e o desafio da tarefa. Como re- ferido ao longo do texto, esta complexidade se dá, em primeiro lugar, por, de fato, muitas vezes, estas crianças e adolescentes não serem concebidas ou efetivamente tratadas como sujeito de direitos. Em segundo lugar, porque esta visão de não sujeito leva a intervenções excludentes pautadas na institucionaliza- ção compulsória, buscando não a proteção e a promoção do desenvolvimento, mas segregar, normatizar e conter este seg- mento da população considerado como de risco potencial para a marginalidade. Além disto, o uso de drogas ocupa, muitas vezes, um lugar central na constituição destes meninos e me- ninas, fazendo com que a intervenção em si seja extremamen- te delicada, o que significa que, ao intervir com esta popula- ção, precisa-se, simultaneamente, atuar no macrossistema, na constante defesa e luta pela garantia dos direitos e na trajetória de vida destas crianças e adolescentes, o que não se restringe ao uso/abuso de drogas. A proposta de expor estes desafios e as dificuldades da intervenção não é desanimar aquele que intervém: muito pelo contrário, trata-se de um reconhecimento do papel fundamental daquele que cuida e que atua junto a esta população e que precisa de todo o cuidado de quem inves- tiga ou planeja as políticas de intervenção.

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O desafio é grande, mas o comprometimento e a vontade daqueles que intervêm costumam ser ainda maiores e é isto que motiva a continuidade e o aprimoramento do trabalho.

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