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2.5 Competência de Liderança

2.5.5 As gerações nas organizações

As gerações são definidas por algumas divergências de datas por diferentes autores, mas os mesmo tempo representam as características do período igualmente.

Para Ferreira (1986, p. 847) as gerações são definidas como “conjunto de indivíduos nascidos pela mesma época: a geração do pós-guerra; o espaço de tempo (aproximadamente 25 anos) que vai de uma geração a outra”.

Houaiss (2012) define que cada geração é um conjunto de pessoas nascidas em um período, que é um espaço de tempo que corresponde ao intervalo que separa os graus de filiação, para ele avaliado em um espaço de 25 anos.

Existem atualmente cinco gerações para os autores que escrevem sobre o tema, são elas: geração Baby Boomer, geração X, geração Y, geração Z e geração Alpha. O autor utilizado para referenciar este assunto considera o arredondamento de alguns períodos para apenas orientar a abordagem de cada uma destas gerações, Lima (2012), então propõem no quadro 1 os períodos de cada uma.

Para poder compreender melhor as gerações foco deste estudo, Baby Boomers, Geração X e Y, é possível observar as características das pessoas em determinados períodos,fazer um levantamento de cada geração e de suas particularidades de cada época.

Quadro 1- Gerações e seus períodos Geração Baby

Boomer

Pessoas a partir de 46 anos de idade, até 70 anos, nascidas a partir de 1940, ate 1964 aproximadamente.

Geraçao x Pessoas com mais de 30 anos até 45 anos de idade, nascidas entre 1965 e 1980 aproximadamente.

Geração Y Pessoas com mais de 15 anos até 29 anos de idade, e são nascidas entre 1981 e 1995 aproximadamente.

Geração Z Possuem entre 1 a 14 anos, são nascidos entre 1996 e 2010. Geração Alpha Pessoas nascidas em meados de 2010, ou início de 2011.

Fonte: Adaptado de Lima (2012).

Baby Boomer, segundo Amui (2011), é o termo que se refere à explosão demográfica acarretada após o final da Segunda Guerra Mundial.

Para Khoury (2009, p. 123), “essa geração compartilha o otimismo do final da década de 1960 e início dos anos 1970. Muitos membros desse grupo se preocupam com o auto desenvolvimento e valorizam a família, além do trabalho”. Para este autor, essa geração é acostumada com um estilo de liderança “comando e controle”, viveu o período em que os chefes davam as ordens e os subordinados trabalhavam arduamente e não tem o costume de reivindicar, porém apresentam uma relação de receio com a liderança. Além de ter a expectativa de manter-se por muito tempo no mesmo emprego.

Andrade et al (2012, p. 7) entende a geração X como :

Geração muito disciplinada tem muito respeito por toda a família e, principalmente, pelos pais (não questionando suas ordens ou opiniões), e ficava na mesma empresa por muito tempo – alguns ainda estão no local em que iniciaram sua carreira profissional.

A geração X viveu a transição da tecnologia da globalização, segundo Gonçalves (2007, p. 5), “a sua vida foi moldada pela globalização, pela queda do comunismo, pela MTV, pela AIDS, pelos computadores e pela internet. Esses indivíduos valorizam a flexibilidade, um estilo de vida equilibrado e a obtenção de satisfação com o trabalho”. Para esta autora, esta geração valoriza a remuneração e a sugere como importante indicador para qualidade do desempenho do indivíduo como profissional, porém esta geração está disposta a trocar um aumento salarial por uma vida com mais tempo livre.

Para Khoury (2009), durante o crescimento nos nascidos nesta geração, o mundo passou pela ameaça de uma guerra, ter segurança no emprego era raro e isso teve influência para que este grupo fosse buscar recursos próprios para crescer profissionalmente em um ambiente de instabilidade. Khoury (2009, p. 125) fala que, “essa geração tende a ter o foco em resultados, tem uma visão empreendedora e desenvolveu a habilidade para aprender novas tecnologias para se manter no trabalho”. Apesar desta geração se preocupar mais com o equilíbrio de vida pessoal e profissional, ela procura trabalhar sozinha em vez de trabalhar em grupo. Por este motivo é conhecida como mais individualista, e é reconhecida pelos esforços individuais no trabalho do que nos trabalhos em grupos.

De acordo com Andrade et al (2012, p.7) a geração X representa:

Geração com maior preparo acadêmico e experiência internacional. Entrou no mercado rompendo com atitudes rígidas e exigindo maior flexibilidade e menor hierarquia. Geração rica em empreendedores.

Para a geração Y, Khoury (2009) define-a como “geração do milênio”. A geração Y, já cresceu em meio a doenças como a AIDS, pode ver o terrorismo se desenvolver em nível mundial, brincou com vídeo games violentos e também assistiu a propagandas com grande apelo sexual. Para o autor, “é uma geração otimista, proativa, ambiciosa, que valoriza o trabalho em equipe e o relacionamento com a liderança e os colaboradores e ‘quer fazer a diferença’. Esta geração que engloba os filhos da ‘revolução da informação’” (KHOURY, 2009, p. 125). Para Amui (2011), os jovens profissionais desta geração almejam em 74% ter salários altos, 61% horários flexíveis, 56% promoção com menos de um ano de empresa e com 50% querem mais tempo livre e férias.

Segundo Andrade et al (2012, p.7), a geração Y, “tem dificuldade em imaginar o mundo sem computador e internet. É mais individualista, quer autonomia e não aceita facilmente uma rígida estrutura hierárquica”.

De acordo com Khoury (2009), a geração Y, é jovem, em sua maioria tende a ter muitas habilidades com a tecnologia em todos os sentidos, o que pode vir até apresentar maior competência que os seus gestores nesta área. A expectativa da mulher desta geração, é ser tratada de forma igualitária aos homens.

Para Andrade et al (2012), as três gerações atuam no mercado de trabalho, agem de formas diferentes, pensam e vivem conforme os conceitos recebidos de cada geração. O convívio destas gerações no ambiente de trabalho pode trazer problemas de relacionamento,

conflitos, mas também, por outro lado, infinitas oportunidades de complementaridade de idéias e opiniões.

Portanto em tantas constantes, as mulheres apesar de terem sido reprimidas por um bom tempo, agora já se inserem no mercado com mais facilidade, estudam mais do que alguns anos atrás e muitas já conseguem conciliar todos os papeis da mulher: profissional, mãe, esposa e dona de casa. Para Maluf (2012, p. 25):

O que tem caracterizado essa linha de pesquisa sobre o trabalho feminino é a busca de informações que permitam identificar e interpretar as múltiplas atividades realizadas pelas mulheres.

Ser mulher na contemporaneidade significa para muitas, ter sua independência financeira, seus próprios ideiais, não depender do parceiro para realizar seus objetivos de vida e por mais que ainda se encontram em sua maioria com rendimentos abaixo do homem, a mulher vem estudando cada vez mais, dedica-se mais horas do seu dia aos estudos, hoje insere-se no mercado de trabalho com mais facilidade e luta para manter-se nele, conseguindo conciliar sua vida profissional e pessoal, e ainda dispondo tempo para fazer algumas coisas que lhe são importantes, como cuidar-se de si.

Finalmente, aos poucos a mulher chega ao topo das organizações comandando grandes grupos, relacionando-se em sua maioria com muita facilidade com sua equipe, resolvendo conflitos e sendo flexível em situações adversas, conseguindo administrar a função de ser gestora com segurança e confiança.

3 METODOLOGIA

Este capítulo tem como objetivo estabelecer os métodos de pesquisa que foram utilizados para a realização do estudo. Segundo Gil (2002), uma pesquisa deve ser desenvolvida com recursos dos conhecimentos disponíveis e com a utilização cuidadosa dos métodos e das técnicas de investigação científica.