• Nenhum resultado encontrado

As Ressignificações da Festa: o “Adeus” do “Comércio” e a Permanência da “Conceição”

TABELA 4: POPULAÇÃO URBANA DE CARUARU

2 PRIMEIRAS TRADIÇÕES FESTIVAS CARUARUENSES: A FESTA DO COMÉRCIO E O CARNAVAL

2.1 A Festa do Comércio

2.1.1 Dos Tempos de Zé Rodrigues à Festa “despejada” (1800 – 1995)

2.1.1.4 As Ressignificações da Festa: o “Adeus” do “Comércio” e a Permanência da “Conceição”

Prenunciavam-se os anos 60. Os tempos narrados como áureos da festa de fim de ano estavam passando. Os anos finais da década de 1950 traziam consigo a inflação “juscelinista” e a crise de algumas atividades econômicas da cidade99, em contrapartida ao crescimento da economia industrial e a urbanização da nação brasileira. Nos ventos das “Festas do Centenário”, as festas de 1957 e 1958 ainda conseguiram ser empolgantes. Em 1960, após a escolha do comendador José Victor de Albuquerque como presidente da festa, fez-se, na cidade, uma grande solicitação para que ele pudesse trazer de volta as glórias dos tempos anteriores100. Afirmou-se, inclusive, que a festa do ano anterior não teria tido o “brilhantismo” esperado. À esta altura, quase não se usava a expressão “Festa da Conceição”.

Em 1961, o fantasma da inflação continuava rondando o Brasil. Em manchete de jornal, a seguinte notícia: “Piru a conto de réis neste natal inflacionado – 61” (VANGUARDA, 10 de dezembro de 1961). O texto fala do “monstro” que o presidente Vargas, já em 1945, tentava resolver, mas, nem ele, nem ninguém conseguia. Faltava dinheiro no bolso da população. Sobrava carestia.

Como em todos os anos, logo em outubro se escolheu o presidente e demais membros das comissões organizadoras da festa. A Associação Comercial de Caruaru, ainda demonstrando interesse no evento, indicou para a presidência Pedro de Oliveira Melo e, para outros cargos, figuras já conhecidas como Arlindo Porto, Geraldo Xavier, José Victor de Albuquerque, Lourinaldo Fontes, José Almeida, Pe. Zacarias Tavares, Bertino Silva, etc. Era um “time” experiente, acostumado com as festas de outros anos. Mas, a falta de dinheiro falou mais alto. As festas foram pouco noticiadas na imprensa, o que se constitui de um indício de seu insucesso, dadas as grandes narrativas encontradas em outros tempos. Apesar disto, a festa continuava como uma marca da cidade, o que a tornava o alvo de observações e preocupações sociais.

Em 1963, pensou-se numa grande festa, uma festa para sua “redenção”. Grandes preparativos foram feitos desde o mês de novembro, para fazer jus à “tradição da Festa do

99

Conferir em Santos (2006) 100

Na época, foi realizado o concurso “A Voz do Nordeste”. Nestes tempos, era comum haver concursos de “rei” ou “rainha” do rádio, como aponta Napolitano (2002).

Comércio”!:já havia se passado trinta anos desde que o “Vanguarda” a denominou desta maneira. De tanto que se programou e se proclamou, a cidade se encheu de expectativas, demonstradas nos jornais, nas emissoras de rádio, nas conversas de rua, nas saídas das missas, nos botequins. Na chefia da organização, Manoel Dias. As comissões prepararam uma grande novidade: um presépio gigante a céu aberto! A feira livre, a famosa “Feira de Caruaru”, que funcionava no mesmo lugar da festa, seria transferida durante os dias da comemoração. A Comissão de Propaganda pensava em divulgação da festa com “jingles” no rádio, “slides” na TV e cartazes por várias cidades, inclusive na capital do estado, o Recife! O jornalista Antônio Miranda escrevia, nas páginas dos jornais: “Festa é Turismo para Caruaru!”. Vários caruaruenses residentes em outras cidades passariam as festas, em Caruaru, com os familiares. Viriam atrações de peso como Jairo Aguiar, Cauby Peixoto e Paulo Molin! Aida Maria, artista do rádio cearense, seria presença marcante! Do rádio e televisão pernambucanos viriam Penha Maria, Neide Maria, Nelson Silva, Nair Silva, Zé do Gato, Célio Roberto, Creuza de Barros, Déa Soares, Voleide Dantas, Luiz Carlos, Aguinaldo Batista, Emanuel Rodrigues, Lurdinha Aimoré, Linda Maria e Jailton Rangel.

De novo, haveria pastoril. Iluminação feérica, barracas, carrosséis, jogos, tudo para revestir a festa do mesmo “brilhantismo” dos tempos áureos. “Haveria até duas „rodas- gigantes‟”!

Mas, então, a frustração: eis que surge, sem aviso, sem convite, uma visitante inesperada: a CHUVA! A chuva acabou com os planos! Caíram grandes chuvas sobre a cidade. Nem festa, nem desfile de roupa nova, nem barracas de clubes sociais, nem roda- gigante, nem artistas, nem teatrinho, nem turismo, nem nada. A chuva. A chuva acabou com a festa!

As chuvas, que caíram sobre a cidade desde o dia 24 de dezembro, data do início, impediram que a mesma acontecesse normalmente. Só nos últimos dias, na passagem do ano, é que houve espaço para o seu funcionamento. O próprio “Vanguarda” ironizava a realidade: “a festa deu com os burros n‟água!”. Prejuízos enormes: comidas, bebidas e especiarias encomendadas pelos donos das barracas precisavam ser pagas. Os artistas contratados, no Sul e no Recife, deveriam ser pagos, mesmo sem se apresentarem. Francisco Freire, um dos organizadores, lamentava os prejuízos, mas, reconhecia o benefício da chuva para a agricultura... Todo o dinheiro, que já não era muito, angariadopelos comerciantes, em doações, tinha “se diluído” com a água.

Além destes tantos problemas, a festa estava perdendo seu “brilho”, o seu significado para a cidade. Cidade crescendo, bairros crescendo, bairros surgindo, ruas surgindo, aumento de população: eram os novos atores sociais, os “anônimos”, os não-frequentadores dos clubes sociais e suas barracas. Surgiam eventos concorrentes nos bairros populares (Festas no Riachão, São Francisco, Salgado). Alternativas de diversão. Os “populares” buscavam criar seus espaços de convivência e sociabilidade. Em 1964, Henrique de Figueiredo101 questionava as “festas de rua”102

de dois bairros periféricos da cidade e reclamava de um de seus organizadores, porque havia pago muito pouco às “pastorinhas”. Nos “Guararapes” (bairro também conhecido por “Riachão”), havia a “Festa do Julião”. No Salgado, a “Festa da Flores”, na Rua Tupy, e, depois, na Rua Barão de Caruaru. “Não eram dedicadas a nenhum santo, nem mártir, nem qualquer coisa que o valesse”. O autor perguntava, em tom de ironia, se não seria de algum santo ioruba (os bairros possuem grande população afro-descendente). Guardadas as devidas proporções financeiras e de espaço, era o “mesmo esquema” da “Festa do Comércio”: palco, pastoril, roda-gigante, artistas, barracas de comidas e bebidas, jogos, “laça-laça”, sinuca e “totó”.

Figura 5: Festa do Riachão e Guararapes, final da década de 1950: apresentações no palco principal. (Acervo pessoal José Torres Bezerra)

Em 1964, a mídia reclamava que a “Festa do Comércio” não teve o mesmo “brilhantismo”: palavra tão usada pelas “folhas da cidade” na década anterior, “brilhantismo” parece sumir dos adjetivos da festa de fim de ano, em meados dos anos sessenta. A atração

101

Vanguarda, 29 de novembro de 1964, p. 3. 102

máxima de 64 ficou por conta das pastorinhas. Cantores vieram do Recife, mas não tão famosos quanto os que deveriam ter vindo em 1963. As luzes da “iluminação feérica” deste ano não piscavam. Mais uma vez, a crise econômica foi apontada como a causadora das dificuldades. Em 1965, nada de artistas de fora, somente o pastoril. Nada de iluminação feérica na rua, só na Capela. Novamente, faltava dinheiro. O presidente da festa, Nivaldo Freitas, afirmou: “Embora não se neguem a contribuir, muitos comerciantes participam de maneira modesta” (VANGUARDA, 12 de dezembro de 1965, p. 1). Esta parcimônia nas contribuições, na realidade, refletia um aspecto já indicado: mudança na lógica do patrocínio e desinteresse dos antigos patrocinadores individuais. Em tempos de mídia televisiva, radiofônica e impressa, as empresas queriam mostrar suas marcas de forma profissional. Agências de publicidade começavam a produzir campanhas a partir do gosto e das posses do cliente.

A festa não acabaria por ai, por estes anos, mas, iriadiminuindo a importância, o seu significado das décadas anteriores. A partir de então, a sua feição se modificava: continuava sendo uma atração para a cidade, mas, seus espaços iam sendo ocupados por novas gerações, novas músicas, novas relações sociais. Os carrosséis ainda fariam a alegria das crianças e dos casais de namorados durante mais algumas décadas. Porém, pouco a pouco, a quantidade da população circulando na festa ia impedindo as cadeiras das famílias “granfinas” de serem colocadas na rua principal, para o “footing” de rapazes e moças. As áreas dos “pobres” iam subindo a rua, misturando-se ao restante da festa. Outras vias do Centro passaram a ser utilizadas para assimilar tamanha multidão. A festa era tomada por uma multidão que buscava lazer e diversão e não tinha relação com a “tradição” tão proclamada pelos jornais e pelos empresários.

Os antigos patrocinadores, enquanto indivíduos, já não tinham dinheiro disponível para tamanho evento. Talvez, até, nem mais fosse interessante para eles patrociná-lo. Alguns deles, membros das “classes conservadôras”, mais ligados à tradição da organização da festa, estavam morrendo. Seus herdeiros não investiam o mesmo que eles na festa. Outros a viam com novos olhos: os comerciantes, preocupados com a crise e com os lucros, começavam a se organizar em conjunto, através do Clube de Diretores Lojistas e da Associação Comercial de Caruaru, fazendo promoções de prêmios para os compradores do comércio da cidade: vales, brindes, cupons eram dados aos consumidores, incentivando a movimentação comercial. Os novos patrocinadores que apareciam, agora, eram empresas e queriam algo em troca:fazer a festa, para eles, bancá-la, significava ter retorno de capital. Emissoras de rádio AM, TV,

jornais. Empresas debebidas alcoólicas erefrigerantes. A Coca-cola acabou com a gengibirra!103

Mas, não era a falta de dinheiro, apenas. A cidade crescia, recebia novos indivíduos, com novas relações. Suas festas também mudariam. Outras festas surgiam, outras possibilidades: turismo no litoral, visita a amigos em outras cidades, circulando pelas rodovias federais. “Quem mudou foi a cidade”104...

Durante o restante da década de 1960, percebe-se a mesma dificuldade para realização da festa: o “comércio” da cidade (entenda-se esta expressão como a classe dos comerciantes) começava a “fugir” de suas responsabilidades (a festa era denominada “do Comércio”!), transferindo-as para empresas de maior porte105: a festa, controlada pelos comerciantes desde os anos 30, apresentava-se uma missão difícil para os empresários enquanto indivíduos. Em 1968, a principal atração da festa se deu com patrocínio da Cia Antárctica Paulista e de Brasileiro Bebidas Ltda, numa parceria que envolvia as rádios Cultura de Caruaru e Olinda: concurso “A mais Bela Voz do Nordeste do Brasil”, realizado entre 24 e 24 de dezembro.

Nos anos 70 e 80, as mesmas reclamações de falta de patrocínio, aliadas aos problemas econômicos brasileiros, levaram ao desinteresse paulatino pela “Festa do Comércio” por parte de seus antigos organizadores. Entretanto, se os comerciantes não demonstravam motivação para organizar a festa, não aceitavam a sua não realização: seria perda de circulação econômica para a cidade. Vale salientar que a mesma não recebia nenhum incentivo da EMPETUR, mesmo sendo considerada, pelos caruaruenses, como uma fonte de turismo. Em 1971, o jornal Vanguarda, que foi o criador da denominação do evento de “Festa do Comércio” e era um de seus maiores incentivadores, deu como notícia, no dia do seu início, uma curtíssima e decepcionada nota:

FESTA DO COMÉRCIO

Tem início, hoje, a tradicional Festa do Comércio, quando a comissão encarregada de promover os festejos, tudo fez para que tivéssemos uma grande festa de fim de ano. Assim, convencionamos com a comissão, fazer festa de fim de ano em Caruaru, é preciso sacrifício, amor e dedicação pelas coisas boas da terra. (VANGUARDA, 25 de dezembro de 1971, p. 1).

103

Gengibirra ou jinjibirra era uma espécie de refresco caseiro feito com frutas e com leves porções de gengibre. 104

“São João antigo” (Luiz Gonzaga e Zé Dantas, 78 RPM, 1957). Esta frase é influenciada pela ideia constante no “Soneto de Natal”, de Machado de Assis: “Mudaria o Natal ou mudei eu?”.

105

Mais uma vez indico a mudança de lógica do patrocínio: de um financiador individual, passou-se para um patrocinador-empresa.

Já em 1978, no discurso de abertura da festa, o prefeito de Caruaru, DraytonNejaim, reclamava:

“[...] O comerciante de Caruaru, esgotado de tantas e tantas pessoas pedirem colaboração para outras festas [as de bairros] e também terem colaborado em um ano político, estavam e estão, talvez, esgotados, nas suas finanças para ajudarem, como gostariam de ajudar, esta referida festa. Saio de minha modesta [sic] para dizer que apesar da festa não ser da Prefeitura [é a Festa do Comércio!] foi a Prefeitura que mais ajudou direta e indiretamente com a festa [...]”. (VANGUARDA, 31 de dezembro de 1978, p. 5)

Agnaldo Fagundes Bezerra106, num dos seus livros de memórias, tinha esta opinião da festa:

A Festa do Comércio cambaleia. Caminha a trancos e barrancos. Está morre não morre. Não há doutor que salve, nem meizinha que a cure [...]. Não se pode, honestamente, culpar seus dirigentes pelo fracasso que vem experimentando [...]. Se há culpados, culpe-se o próprio tempo, que não vem dando mais condições para ninguém se divertir [...]. A inflação vai acabando com a festa do pessoal [...]. (BEZERRA, 1980, p. 63).

Em 1980, a Festa do Comércio foi “abandonada” pelos comerciantes da Associação Comercial de Caruaru, presidida por Manoel Torres Galindo, gerando clima de suspense e apreensão:

“Naquele ano, [a Associação] resolveu não mais se envolver com a festa. Por isso, em lugar de um presidente, foi formada uma comissão composta de quatro grandes comerciantes [...].

O grupo pretendia transferir a localização da Festa, da Praça Coronel João Guilherme, para a Rua da Matriz, Avenida Manoel de Freitas e Agamenon Magalhães. Só que DraytonNejaim o prefeito da cidade não comprou a ideia da mudança de local.

Criou-se o impasse. E, faltando três meses para o Natal, a comissão renunciou, deixando os comerciantes apavorados pela possível não realização de tão importante efeméride e causa do aumento das vendas do comércio e do fluxo de turistas [...] A Câmara de Dirigentes Lojistas-CDL, presidida por Gilberto Bezerra e sempre preocupada com os maiores interesses do comércio lojista resolveu procurar uma alternativa.

A solução encontrada foi convidar Zezinho [José Severino do Carmo] para assumir tamanha responsabilidade [...]

Em meio às conversas [Zezinho] ouviu do Prefeito do Município: “Renuncie, meu amigo. Aquilo é um „balaio de gatos‟. Eu coloco as três

106

Três anos depois, o mesmo autor também reclama da descaracterização das festas juninas caruaruenses, defendendo as festas na roça em vez das festas de rua, que eram a tônica dos anos 70 e 80.

rádios (Cultura, Difusora e Liberdade) à sua disposição e lhe dou todo apoio.” (CARMO, 2007, p. 146)

A festa de 81 realizou-se com enormes dificuldades, chegando-se a cogitar, no começo de dezembro, que a mesma não ocorreria. Nessa edição, o evento não tinha atrações de fora107 e, dentre as reclamações, encontra-se: “[...] O que existe na festa é muito jogo, barracas de prendas, parque de diversões e outras coisas mais, já conhecidas.” (VANGUARDA, 25 de dezembro de 1981, p. 1). Em 1982, para que a festa fosse realizada, precisou-se de recursos advindos de um show pago pelo público, realizado no estádio de futebol da cidade, com atrações do “Cassino do Chacrinha”. Em 1983, a mídia escrita reclamava de uma festa que “não foi animada como se esperava” (VANGUARDA, 01 de janeiro de 1984). Nesta decadência, caminhou a Festa do Comércio durante os anos 1980 e 1990.

A última edição da “Festa do Comércio”, com este nome, se deu em 1995. Em 1992, com a transferência da “Feira Livre”, no mesmo espaço onde se realizava a Festa do Comércio, no Centro, para o “Parque 18 de Maio”, a “Rua da Frente” da Conceição108 ganhou uma praça, o que ocupava o lugar do evento. A festa, “despejada”, ainda foi localizada no “Campo de Monta”109

, sem sucesso, e, depois, no Pátio de Eventos. Não resistiu. A esta altura, a festa era, somente, um conjunto de carrosséis que, em qualquer parte do ano, também “freqüentavam” a cidade. Não havia mais o “sacramento da festa”, a tradição. No ano seguinte, 1996, não ocorreu110.

Da antiga Festa do Comércio, hoje, só memórias, registros escritos e fotografias, geralmente de pessoas de 30 anos de idade ou mais. A festa religiosa de “Nossa Senhora da Conceição”, por sua vez, ainda acontece anualmente, com o novenário terminando no dia 08 de dezembro. A festa que havia sido criada para celebrar a santa voltou para a santa! A parte “profana”, no entanto, foi ressignificada: as pessoas celebram o Natal através de confraternizações de empresas, de escolas, trocas de presentes, ceias familiares, etc. a confraternização anterior, ocorrida na “Festa do Comércio”, foi levada para ambientes fechados, onde as pessoas se conhecem e se reconhecem melhor.

107

Quem começou a animar as festas de fim de ano foram as caravanas dos forrozeiros de Ivan Bulhões, bem como outros forrozeiros da região: Savinho do Acordeon, Fabiana, Josere, etc. Caruaru, por estas épocas, era a “Capital do Forró” e a população vivenciava o forró mesmo num período não junino.

108

Praça Coronel João Guilherme 109

Espaço campal localizado próximo à feira de Artesanato, no Centro. 110

Coincidentemente, as festas de bairro que seguiam o mesmo formato e a mesma forma de arrecadação que a Festa do Comércio também foram desaparecendo ao longo dos anos 1990, não havendo nenhuma delas na atualidade. Durante vários momentos do ano, os espaços do Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga e da antiga estação ferroviária são locais onde se colocam diversos brinquedos (carrosséis).

2.2 O Carnaval