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Aspectos da Gramática Decorativa da Olaria de Bisalhães

Pá X Serve para retirar o entulho do forno e para lançar terra sobre as peças no abafamento

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2.10 Aspectos da Gramática Decorativa da Olaria de Bisalhães

Fotografia 16: pormenor de decoração de peça de Bisalhães

Até meados do século XX, a louça negra do termo de Vila Real não apresentava assinaláveis elementos decorativos, excepto as grandes talhas que exibiam cintas paralelas aplicadas sobre o bojo e que lhe conferiam resistência e rugosidades indispensáveis a um correcto manuseamento. Também se apresentavam, ainda que em número reduzido, outras disposições embora sem relevância estatística.

No entanto, são antigas as raízes das decorações nas louças cozidas em atmosfera redutora nesta região, bastando para tal, atentar às descrições que constam do “Relatório Final da Intervenção Arqueológica na Vila Velha em Vila Real” (2004) e que referem exemplos de decoração da arte, numa cronologia alargada, desde o Bronze Final (Pré-História) até à Idade Contemporânea atestando a qualidade artística de cada fase. As primeiras peças começam por ser muito brunidas e acentuadamente gogadas, expressas nos potes, panelas e taças, integrando algumas decorações típicas da Meseta Espanhola, enquanto as seguintes, já da Idade do Ferro, evidenciam acabamento ou alisamento feito com pano e caneluras, igualmente brunidas, bem como formas de punção, mamilos e incisões a par de estampilhados de círculos concêntricos e castelos como se faz ainda hoje em Bisalhães e usando a incorporação de micas (Teixeira; Fonseca, 2004), que faz parte da saudosa tradição das olarias vila-realenses onde esteve presente até ao século XX (Basto, 1939:25).

Aliás, os autores deste “Relatório” afirmam também que, no espólio da Vila Velha,

“Surge ainda cerâmica fina em tonalidades preta e bege onde as decorações presentes podem ser estampilhadas e aplicadas, que têm como principais motivos as palmetas, rosetas e pequenos rostos e brunidos. A utilização de palhetas de mica confere a estas peças um brilho que é por vezes acentuado com o polimento total ou parcial das peças.” (Teixeira; Fonseca, 2004).

A tradicional incorporação de micas moídas, consistia numa forma decorativa muito curiosa que recorria à colagem de mica triturada sobre as peças em miniaturas. Tal manifestação, é referida por Charles Lepierre em 1899 que evidencia esta técnica arcaica da decoração incrustada, obtida através da aplicação de “laminasinhas de mica” nos pucarinhos de peito e que também é atestada, como acima se referiu, por Cláudio Basto (1924:122) salientando o brilho dos pucarinhos dado pela mica.

Por sua vez Russel Cortez (1942:163-178), lamenta “…que se tenha perdido o

costume ainda usado há cerca de 60 anos, e que era o oleiro fazer uma ornamentação rudimentar, adornando as vasilhas com laminasinhas de mica …”, acrescentando ainda

que:

“É ainda conservado de certo modo este uso e costume na decoração dos pucarinhos, que como já vimos, são graciosas reduções da louça de barro comum; que, não ultrapassando um centímetro de altura, chegam a atingir cerca de 50 formatos diferentes. Para dar brilho aos pucarinhos, empregam mica moída, que o oleiro incorpora por meio de uma cana, molhada de vez em quando, para a mica aderir melhor ao barro”.

No estudo que tem vindo a ser desenvolvido Lepierre, (1899), relata que em Lordelo se fabricava “… louça, polida, sem ornamentos, cujas formas são imitadas

pelas de Tondela” e que o polido era “ … feito por um seixo ou gogo, brunindo, assim toda a superfície da louça que cozem de seguida”. Em contrapartida, segundo o mesmo

autor, em Bisalhães, fabricava-se “louça preta, não polida” que servia “para o fogo e

para a água”.

diferença da mente pulidas, brilhantes”, que para obter certos efeitos se usavam

“pauzinhos, cartuchos de bala, meias canas, etc” sendo os ornatos normalmente simples e rudes. As peças menos macias e mais imperfeitas eram ironicamente apelidadas de louça “churra”. Aliás, o “capricho” colocado no acabamento das peças especialmente em Bisalhães foi ao longo dos tempos um factor de afirmação e de distinção face a outros centros produtores.

Presentemente, são as peças de um escultor de figurado (Albano dos Cristos) que expressam uma infinidade criativa (Jorge; Tapada, 2005), produzindo santos, diabos, presépios e pássaros, bruxas, mulheres desnudadas e outras emanações que brotam do seu imaginário.

Nas últimas seis décadas desenvolveu-se uma gramática decorativa “sui generis” produzida maioritariamente pelas mulheres e normalmente feita com pauzinhos e “gogos” das ribeiras, acompanhando a evolução artística de muitas peças que passam de funcionais a decorativas (Campos; Carvalho, 1999).

Nada mais arcaico e primitivo que um “gogo” que afaga as peças, que sulca a “arte” meia seca e sobretudo que se exprime de forma diversa e plural (Campos; Carvalho, 1999; et al). Como os antepassados paleolíticos do “magdalenense”, as mulheres de Bisalhães adequam e sistematizam sabiamente as formas, em função das áreas disponíveis, das silhuetas e das volumetrias das peças, acrescentando-lhes graça e identidade.

As técnicas de decoração utilizadas são o polimento, a incisão, a modelação e os motivos utilizados, desprovidos de “escola”, são normalmente linhas verticais e oblíquas, o enxadrezado, motivos abstractos, geométricos (esferas, triângulos), folhiformes ou florais, serpentiformes, grafismos diversos, sulcos horizontais, verticais e/ou oblíquos e os encordoados verticais e horizontais (usualmente digitalizados).

Nesta gramática decorativa estão presentes elementos florais, cobras, aracnídeos, símbolos, enxadrezados, triângulos e outras geometrias. Também o sol ou a lua, em forma de malmequer como reflexo dos seus contextos de vida e da ancestralidade dos seus valores simbólicos.

Existem ainda moldes e selos metálicos que por vezes são gravados nas produções, bem como cordões, apoios e cintas, ou ainda outras “divagações” que parte dos oleiros vai introduzindo (Campos; Carvalho, 1999). Contudo o que agora se inventariou e sistematizou, foi obra da criação feminina e até hoje pouco valorizada.

Este contributo artístico inseriu-se no grande esforço do centro oleiro para reformular parte da sua produção (Fernandes, 2008) e em simultâneo, alindar as peças para a emergente procura turística e fazendo face às mudanças sociais e económicas a partir pós II Guerra Mundial (Smith, 1992).

Os motivos que se apresentam, não esgotando a totalidade das propostas criativas, representam a sua esmagadora maioria e cobrem esta tradição num período de 80 anos expressando os contributos de 3 mulheres (Glória Martins, Adorinda Sigre e Adélia Fontes), correspondendo a 3 gerações (50, 70 e 90 anos), exprimindo um outro rosto da multiplicidade dos barros negros.

A apresentação destes elementos decorativos, é feita de acordo com ficha tipo que inclui: “número de forma”, “nome do desenho”, “características das peças”, “peças

onde se insere” algumas fotos de peças e finalmente, “o desenho”.

Forma 1 -Nome: ramo

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando na zona central tronco, ramificações com folhas e com remate circular em forma de flor ou fruto. Aparece geralmente em peças com áreas generosas. Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), jarra, bilha de melão, caneca de bico postiço.

Forma 2 - Nome: Pena

Características: Motivo de origem ornitológica, em forma de pena, com linha central, com ramificações simétricas e com remate circular. Peças em que aparece: pucarinhos, potes, jarras e outras peças de grandes dimensões.

Figura 15: forma decorativa de Bisalhães

Forma 3 - Nome: pena

Características: Motivo de origem ornitológica, em forma de pena, com linha central, com ramificações simétricas. Peças em que aparece: pucarinhos, potes, jarras e outras peças de grandes dimensões.

Forma 4 - Nome: ramo

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando na zona central tronco acentuadamente decorado em xadrez, com remate no topo e acompanhado de folhas ao longo de todo o tronco central, ramificações com penas e com remate circular em forma de flor ou fruto.

Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), jarra, bilha de melão, caneca de bico postiço

Figura 17: forma decorativa de Bisalhães

Forma 5 - Nome: Torres

Características: formas triangulares de aspecto dentado, aplicadas de forma contínua sobre superfícies direitas ou redondas, base larga e fechadas no topo.

Peças em que aparece: incide com mais relevância em alguidares, canecas do segredo, bilhas de rosca, bilhas de melão e pichorras. Contudo é comum em todas as peças de loiça preta pois adapta-se bem a espaços reduzidos.

Forma 6 - Nome: Torres

Características: formas triangulares de aspecto dentado, aplicadas de forma contínua sobre superfícies direitas ou redondas, base fechada e abertas no topo. Peças em que aparece: incide com mais relevância em alguidares, canecas do segredo, bilhas de rosca, bilhas de melão e pichorras. Contudo é comum em todas as peças de loiça preta pois adapta-se bem a espaços reduzidos.

Figura 19: forma decorativa de Bisalhães Fotografia18: forma decorativa aplicada

Forma 7 - Nome: xadrez miúdo

Características: xadrez de malha apertada, formando pequenos losangos

Peças em que aparece: alguidares (no interior e exterior da peça), em pingadeiras e em pichorros.

Forma 8 - Nome: xadrez grande

Características: xadrez de malha larga, formando losangos de considerável dimensão. Forma barras ou cintas decorativas, compatíveis com a inclusão de outros desenhos. Peças em que aparece: alguidares (no interior e exterior da peça), em pingadeiras e em pichorros.

Figura 21: forma decorativa de Bisalhães Fotografia20: forma decorativa aplicada

Forma 9 - Nome: cobra

Características: de aspecto serpentiforme e linha fina, casa habitualmente com outros elementos votivos, aparecendo quer numa orientação vertical e horizontal:

Forma 10 - Nome: Zig-zag

Características: de aspecto serpentiforme, caracteriza-se pela sobreposição das suas linhas, apresentando um traçado fino e circular, aparece numa orientação vertical e horizontal e pode aparecer como única forma ou a acompanhar outras formas.

Peças onde aparece: (no interior e exterior das peças) alguidares, canecos.

Figura 23: forma decorativa de Bisalhães Fotografia22: forma decorativa aplicada

Forma 11 - Nome: Ramo

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando tronco direito com folhas e remata com duas folhas na parte superior. Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), caneca de bicos postiços, pichorras, jarras grandes e bilha de melão.

Forma 12 - Nome: ramo curvo

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando tronco curvo e fino com folhas, rematando com uma folha na parte superior. Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), caneca de bicos postiços, pichorras, jarras grandes, bilha do segredo e bilha de melão.

Figura 25: forma decorativa de Bisalhães Fotografia23: forma decorativa aplicada

Forma 13 - Nome: Ramo misto

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando tronco curvo e fino com folhas, rematando com três folhas na parte superior. Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), caneca de bicos postiços, pichorras, jarras grandes, bilha do segredo e bilha de melão.

Forma 14 - Nome: Folhas deitadas

Características: folhas ligadas pelas extremidades em forma de cinta, com disposição diagonal, acompanhadas nos seus intervalos de pequenas formas circulares alternadas. Peças em que aparecem: Pucarinhos, chávenas, açucareiros, bules, mealheiros, canecas de água e outros.

Figura 27: forma decorativa de Bisalhães Fotografia24: forma decorativa aplicada

Forma 15 - Nome: folhas

Características: folha de caule único, ligeiramente inclinada de forma trifólica, com corte de separação com um terço do tamanho da folha.

Peças em que aparece: Pingadeiras, assadeiras, canecas, bilhas, pichorras e alguidares

Forma 16 - Nome: Folha

Características: folha de caule único inclinado, de forma trifólica, com corte de separação com metade do tamanho da folha.

Peças em que aparece: Pingadeiras, assadeiras, canecas, bilhas, pichorras e alguidares

Figura 29: forma decorativa de Bisalhães

Forma 17 - Nome: Folha

Características: folha única, com nervura acentuada. Aparece associada ao desenho de cobra. Peças em que aparece: Pingadeiras, assadeiras, canecas, bilhas, pichorras e alguidares.

Forma 18 - Nome: Folha

Características: trifólio de caule único, com nervura acentuada

Peças em que aparece: Pingadeiras, assadeiras, canecas, bilhas, pichorras e alguidares.

Figura 31: forma decorativa de Bisalhães Fotografia27: forma decorativa aplicada

Forma 19 - Nome: Zig-zag com cheio

Características: de aspecto serpentiforme, intercalado com barras verticais de largura uniforme. Peças em que aparece: Bilha de melão.

Forma20 - Nome: cheio com xadrez

Características: Barras verticais de largura uniforme intercaladas por malha em xadrez miúdo. Peças em que aparece: Bilha de melão.

Figura 33: forma decorativa de Bisalhães

Forma 21 - Nome: Aranhão

Características: forma suástica curva de linha fina sem decoração, com remate circular e zona central alternada com folhas.

Peças onde aparece: fundo de tachos e alguidares.

Forma 22 - Nome: Aranhão

Características: forma suástica curva de linha fina com decoração em forma de pena, com remate circular.

Peças onde aparece: fundo de tachos e alguidares.

Figura 35: forma decorativa de Bisalhães

Forma 23 - Nome: cruz com pintas

Características: cruz de braços iguais envolta de quatro formas circulares. Peças onde parece: pucarinhos, fundo de tachos e alguidares.

Forma 24 - Nome: Malmequer

Características: Motivo floral, de tronco largo curvo, com folhas, remata com flor aberta.

Peças onde aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água.

Figura 37: forma decorativa de Bisalhães Fotografia 30: forma decorativa aplicada

Forma 25 - Nome: Malmequer

Características: Motivo floral, de tronco curvo, com folhas, remata com flor aberta, tendo um segundo tronco adjacente a rematar com flor aberta.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água.

Forma 26 - Nome: Dália

Características: Motivo floral, representando a flor da dália.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água e fundo de alguidar.

Figura 39: forma decorativa de Bisalhães Fotografia31: forma decorativa aplicada

Forma 27 - Nome: Flor em laço

Características: Motivo floral, com doze pétalas, em grupos de 3 alternando de tamanhos entre conjuntos grandes e pequenos.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água e fundo de alguidar.

Forma 28 - Nome: Pena

Características: Motivo de origem ornitológica, em forma de pena, com linha central curva, com ramificações simétricas e com 2 ramificações na parte interior com remates circulares. Peças em que aparece: pucarinhos, potes, jarras e outras peças de grandes dimensões.

Figura 41: forma decorativa de Bisalhães

Forma 29 - Nome: Pena

Características: forma naturalista, de forma simétrica, com votivos botânicos, apresentando na zona central tronco, ramificações com folhas e com 3 remates circulares em forma de flor ou fruto. Aparece geralmente em peças com áreas generosas. Peças em que aparece: Pingadeiras (fundo), jarra, bilha de melão, caneca de bico postiço.

Forma 30 - Nome: riscos

Características: Riscos paralelos que ocupam superfícies de peças grandes (no interior e exterior).

Peças em que aparece: Alguidares e pingadeiras.

Figura 43: forma decorativa de Bisalhães Fotografia33: forma decorativa aplicada

Forma 31 - Nome: talhadas de melão

Características: forma que apresenta três troncos intercalados, separados por sementes de melão, umas com o interior preenchido, outras só com o desenho.

Peças em que aparece: Bilha de Melão

Forma 32 - Nome: Malmequer

Características: Motivo floral, representando a flor de malmequer.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água e fundo de alguidar.

Figura 45: forma decorativa de Bisalhães Fotografia34: forma decorativa aplicada

Forma 33 - Nome: Flor

Características: Motivo floral, de tronco fino curvo em “S”, com folhas largas intercaladas com riscos em forma de pena, remata com flor aberta, com pétalas alternadas entre preenchimento completo e pequenos círculos.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água.

Forma 34 - Nome: Torres com traço

Características: formas triangulares de aspecto dentado, aplicadas de forma contínua sobre superfícies direitas ou redondas, base larga acompanhada por traço horizontal e fechadas no topo.

Peças em que aparece: incide com mais relevância em alguidares, canecas do segredo, bilhas de rosca, bilhas de melão e pichorras. Contudo é comum em todas as peças de loiça preta pois adapta-se bem a espaços reduzidos.

Figura 47: forma decorativa de Bisalhães Fotografia36: forma decorativa aplicada

Forma 35 - Nome: Flor

Características: Motivo floral, de tronco fino curvo em “S”, com folhas largas, remata com flor aberta, com pétalas com preenchimento total.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água.

Forma 36 - Nome: Ramo de flores

Características: Motivo floral em forma de ramo, apresenta tronco central com duas ramificações. O tronco central de forma larga é adornado com traço semelhante a pena, rematando com flor de bolbo grande e pétalas pequenas. As duas ramificações, unidas pelo pé, formam o seu conjunto uma forma em “V”, sendo adornadas na zona inferior da linha e no remate por folhas. No interior da forma em “V” são desenhadas 3 flores em cada metade com bolbo de dimensão média e pétalas maiores do que a flor central. Peças em que aparece: Pingadeiras.

Figura 49: forma decorativa de Bisalhães

Forma 37 - Nome: Flor

Características: Flor de grandes dimensões, com 4 pétalas e 4 penas alternadas. As pétalas são preenchidas por xadrez fino. Peças em que aparece: fundo de alguidares e pingadeiras.

Forma 38 - Nome: Zig-zag com traço

Características: de aspecto serpentiforme, caracteriza-se pela sobreposição das suas linhas, apresentando um traçado fino e circular, aparece numa orientação vertical e horizontal sempre acompanhado por um traço na sua base. Pode aparecer como única forma ou a acompanhar outras formas.

Peças onde aparece: (no interior e exterior das peças) alguidares, canecos.

Figura 51: forma decorativa de Bisalhães

Forma 39 - Nome: Flor fechada

Características: Motivo floral, de tronco fino, com folhas largas preenchidas em xadrez, intercaladas com riscos em forma de pena, remata com flor fechada.

Peças em que aparece: Pingadeira, bilha do segredo, bilha de melão, pichorras, canecas de bico postiço, canecas de água.

Forma 40 - Nome: “Desenho compósito”

Características: faixas paralelas separadas por formas diversas. Nomeadamente: círculos pequenos, torres, xadrez pequeno e grande e pétalas preenchidas.

Peças em que aparece: Bilha de melão e pichorros.

3.

Descrição das peças artesanais de Bisalhães e respectivos períodos de

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