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Aspectos específicos da bateria e da técnica de Márcio Bahia

No documento Márcio Bahia e a "Escola do Jabour" (páginas 48-56)

Capítulo 2. Estudo Interpretativo

2.1 Aspectos específicos da bateria e da técnica de Márcio Bahia

O primeiro set up de bateria utilizado por Márcio no grupo era um kit misto: metade dos tambores eram da Gretsch e a outra metade da Ludwig. Uma primeira observação importante é que quando Márcio entrou para o grupo, ele mudou seu modo de afinar a bateria, trazendo os tambores mais para o agudo. Vejamos abaixo um trecho da entrevista no qual Bahia descreve mais detalhadamente seus set ups e suas preferências em relação às medidas e à afinação do instrumento:

Você pode ver nos kits que eu uso nos primeiros discos os toms são de 12 e 13 (polegadas) mas são tão agudos que você não diz que são essas medidas. É um tom Gretsch de 12 e um Ludwig de13. Era uma batera que tinha que era o corpo de uma Gretsch misturado com uma Ludwig Blue Sparcle, então o surdo de 14 era da Gretsch e o de 16 era da Ludwig. Esse foi meu set no primeiro e no segundo discos. Do Brasil Universo em diante era uma Tama que eu tinha trazido da França: 18, 10, 12, 14 e 16. Analisando hoje em dia eu gosto muito mais do tom de 12 afinado agudo do que você pegar um tom de 10 e afinar na região mediana. O tom de 10 tem um timbre que não me agrada, mas se você pega o de 12 e bota “na tora” (bem apertado), ele fica lindo (BAHIA, 2013).

Nos primeiros discos, Márcio usava uma quantidade maior de peças. Ao longo do tempo, ele foi diminuindo seu set up, chegando ao que hoje ele chama de “set standart”. Podemos notar algumas importantes transformações sofridas ao longo de sua trajetória no

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grupo: primeiro em relação à afinação, que foi ficando cada vez mais aguda, segundo, em relação ao tamanho do instrumento, que foi ficando cada vez menor: “O meu set up foi aos poucos reduzindo. No começo do grupo eu tocava com dois toms e dois surdos, porque também as partituras pediam isso. Hoje eu toco só com um tom e um surdo, um set standard” (BAHIA, 2013).

Podemos atribuir essas características de Márcio logo que entrou para o grupo (a afinação mais para o grave e o tamanho do instrumento) à influência dos bateristas de rock que ele tinha como referência na época. Entretanto, com o uso dos tambores fazendo uma função “melódica” dentro do grupo, (principalmente pela peça Magimani Sagei que analisaremos no segundo grupo de análise), Márcio foi mudando a afinação e a configuração ao longo dos anos. Segue abaixo mais um trecho da entrevista no qual Márcio relaciona a afinação do instrumento ao uso de ideias melódicas nos tambores:

Eu usava uma afinação média, média para grave, isso quando entrei no grupo. Aí no grupo comecei a usar a afinação aguda, porque canta mais, eu comecei a querer uma maior diferença melódica bonita entre os tambores, com diferenças maiores entre os intervalos. O Hermeto me dizia: olha, afina o tom mais agudo aqui para você ter range. Hoje em dia é bem para o agudo, como eu uso um tom de 12 e o surdo de 14 é mais agudinho, mas eu procuro ver bem a região, o surdo na verdade é grave, mas não é tão grave, é bem apertado mesmo. No caso de ter uma distância maior entre os tambores mas não deixar o grave muito grave (BAHIA, 2013).

Em relação às peles da bateria, Márcio declara: “por uma questão de vivência mesmo, eu uso porosa10 dos dois lados. Eu não uso clear em baixo, porque mesmo afinando agudo, vem o corpo” (BAHIA, 2013). Bahia usa em todos seus tambores as peles ambassador coated fabricadas pela Remo. Apenas para ilustrar, no site11 do fabricante vem a seguinte definição: “uma pele com brilho, sonoridade médio-aguda e apropriada para todos os estilos musicais, sobretudo o jazz”. Um outro ponto importante sobre a afinação, é que ele usa a mesma altura (ou nota) tanto na pele de cima quanto na pele de baixo do tambor.

10 Pele porosa é uma pele branca, de filme simples, e tem como característica principal ter uma textura áspera,

o que favorece o uso das vassourinhas, por isso é muito utilizada pelos bateristas de jazz.

11 Consulta ao Site da Remo:

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Podemos notar, ao longo da entrevista, que Márcio tem uma ligação, um cuidado, ou uma preocupação muito grande com a sonoridade do instrumento, observando sempre as peles, os aros, a madeira, e sobretudo com a afinação dos tambores. Uma curiosidade que pudemos observar durante a entrevista é que, na maioria das vezes em que Márcio comenta a performance de algum baterista, ele coloca um foco muito grande no equipamento que esse baterista usa, assim como na afinação, nas peles, nas medidas e na marca da bateria. Vejamos abaixo, um breve comentário de Márcio a respeito do baterista Bill Stewart:

O Bill Stewart tem um som de bateria muito bonito. Ele afina muito bem a bateria eu acho. Você pode ver nos vídeos dele que qualquer instrumento que ele pega, mesmo que não seja o dele, ele bota sempre as mesmas notas. Ele usa uma Gretsch com uma caixa Ludwig Suprasonic 14 por 6 polegadas, mas eu já vi ele tocando em Sonor, em Yamaha, e você pode ver que são sempre as mesmas notas. Eu já não faço assim, eu vou de acordo com o instrumento que eu tenho na mão e vou tentando torna-lo o mais harmonioso possível de acordo com o som que ele me dá (BAHIA, 2013).

Para confirmar as informações de Márcio Bahia, encontramos informações mais detalhadas sobre na afinação da bateria de Bill Stewart na dissertação de mestrado de Raphael Gonçalves:

Diretamente ligada à sua performance na bateria, a afinação do instrumento pode ser considerada o primeiro elemento definidor da sonoridade de Stewart(...). Devido à bateria ser um instrumento sem notas definidas, as afinações dos tambores de Stewart estão próximas às seguintes notas: caixa – A4, tom – F#3, surdo – G#2, e bumbo – F#2. (GONÇALVES, 2013)

Dentro do grupo, Márcio Bahia teve que se adequar às orientações de Hermeto Pascoal, principalmente em relação à afinação do bumbo e dos graves da bateria, tendo que abafar um pouco seu instrumento para uma melhor definição das notas, principalmente para que não “embolassem” com as notas do baixo. Mas vemos que fora do grupo Márcio deixa a bateria com um som mais “aberto”, ou seja, ressoando mais:

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Em termos de timbre, quando eu toco fora do grupo eu uso uma afinação mais “gordinha”, eu gosto do bumbo ressonando, pele dupla, só com uma flanelinha por dentro para secar os harmônicos, mas eu gosto do bumbo cantando. Eu gosto, mas no grupo não dá para fazer isso, porque a gente elimina os graves, porque tem muita nota “picada” entre o baixo e o bumbo, então se você usar um bumbo grave embola tudo. É muita informação que tem, tanto é que o Itiberê toca num registro em que ele praticamente tira os graves todos (BAHIA, 2013).

Márcio Bahia tem feito muitos trabalhos fora do grupo de Hermeto. Nessa dissertação não abordaremos essas performances, mas vale a pena ressaltar sua grande versatilidade atuando ao lado de artistas como: Hamilton de Holanda, Marco Pereira, Leny Andrade, Jhonny Alf, João Donato, Carlos Lyra, Roberto Menescal, Joyce, João Bosco, Maria Bethânia, Baden Powell, Fagner, Eliane Elias, Zélia Duncan, entre outros12. Em relação ao

modo de tocar dentro e fora do grupo, Márcio revela:

Eu tenho o jeito que eu toco no grupo, daquele jeito “universal” e livre, mas quando toco para fora, eu toco em prol do que a música me pede para tocar, dentro de cada estilo. Se é “brazuca”, se é jazz ou que for, eu tento tocar no estilo que é para ser tocado. Se é jazz, você tem que tocar jazz, e tocar bem, não pode ser caricato (BAHIA, 2013).

Podemos ressaltar aqui sua postura como músico em “estar a serviço da música” e sua procura pela versatilidade, buscando tocar cada estilo dentro de sua própria linguagem. Isso nos dá uma pista de que Márcio não se restringe a um determinado tipo de interpretação na bateria, mas busca conhecer as peculiaridades dentro dos mais variados estilos e padrões estéticos, e sobre eles fazer as inovações e as rupturas que também são características marcantes em suas performances.

12 Informações retiradas do site oficial de Hermeto Pascoal em:

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Eu toquei com a Bethânia por exemplo, então eu pensava, eu tenho uma função a cumprir ali. Eu não posso tocar com a Bethânia ou com a Zélia [Duncan] como eu toco no grupo, não vai rolar. Você tem que saber se postar dentro da estética que você está tocando. Então, você tem que achar a batida legal, a sonoridade bacana, uma série de outras coisas. Então, você tem que se adaptar ao que você está tocando, isso te dá maturidade e versatilidade (BAHIA, 2013).

Nos últimos anos, Márcio vem se dedicando também ao seu trabalho próprio, de composição e arranjo, no qual podemos ver outras facetas que não aparecem dentro do trabalho do grupo de Hermeto. Um dos principais elementos em sua performance fora do grupo que vale a pena ressaltar é o domínio do uso das “vassourinhas” (brushes). Não abordaremos esse tema ao longo dessa dissertação, mas cabe dizer que Márcio Bahia é um grande pesquisador e um expert no assunto, o que foi observado ao longo da entrevista, e também em suas performances com Hamilton de Holanda e com seu próprio grupo. Um outro aspecto interessante é o processo de criação de suas composições. Isso reforça o aspecto de que Márcio possui uma relação muito próxima com as melodias e harmonias das músicas com as quais se relaciona. Abaixo, o músico descreve esse processo, que ocorre de forma intuitiva:

É tudo na cabeça. Eu tenho as ideias das melodias e a harmonia já vem junto. Só que eu não sei tocar os acordes, então chamo algum amigo violonista ou pianista, um harmonizador e dou a melodia. Então vamos experimentando até chegar no acorde, porque estou ouvindo o acorde na minha, eu só tenho o “abismo” de não saber tocar esse acorde. Inclusive conheço muita gente, que toca muito e não sabe dar “nome aos bois”. Mas eu acho que precisaria ter umas aulas de piano e harmonia para eu poder “dar nome aos bois”, para tornar a comunicação mais fácil (BAHIA, 2013).

Em relação a sua formação musical, Márcio procurou focar seus estudos mais “formais” na bateria e na percussão, deixando a parte melódica e harmônica baseadas na percepção e na intuição. Em compensação, podemos ressaltar a profundidade com que Márcio procurou se especializar, citando, por exemplo, sua pesquisa no campo dos ritmos brasileiros, em que buscou técnicas específicas e suas “origens” na percussão popular. Além

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dos estudos com o próprio Hermeto, Márcio tornou-se um verdadeiro pesquisador, não só dos ritmos e dos instrumentos, como também da sonoridade, da técnica e das manulações utilizadas pelos percussionistas dentro de cada estilo:

Eu comecei a aprender os ritmos na profundidade com ele [Hermeto] e ia ver os caras tocando também sabe, o jeito, o baqueteamento, é outra onda, é outra escola. Na hora não adianta pensar em técnica, esquece a técnica rudimentar. A escola deles é a intuição. Eu com toda a técnica que eu tinha não conseguia tirar o mesmo som, você tem que então pegar o sotaque da rua. Falar que um cara desses não tem técnica é um sacrilégio. O cara toca tão bonito, como é que não tem técnica. Então tudo é importante: a técnica “finesse”, a técnica bem aprendida, o uso correto da musculatura, mas você também tem que ir para a rua, ver os caras que tem essa outra escola, eu chamo isso de outra escola (BAHIA, 2013).

Entre os aspectos técnicos que podemos ressaltar de Márcio Bahia, um fator muito importante é o fato do músico ser canhoto. Nada seria deestranhar, a não ser pelo fato de que, quando entrou para o grupo em 1981, Márcio montava a bateria e tocava como destro. Com o passar dos anos, o baterista passou por um processo em que, aos poucos, foi invertendo a bateria. Vejamos abaixo o trecho em que o músico descreve como se deu esse processo e os motivos que o levaram a tais mudanças:

Eu comecei com destro e fui até 1988. As dificuldades que eu tinha por ser canhoto começaram a vir por causa das próprias partituras do Hermeto. Eu não conseguia vencer, pois é uma coisa natural, o cérebro manda mais para um lado do que para o outro, então comecei a esbarrar nas limitações do meu lado direito (BAHIA, 2013).

Márcio primeiramente inverteu apenas o prato da condução (ride), trazendo-o para a mão esquerda, passando a tocar também o chimbal com a mão esquerda de forma “aberta” (sem cruzar), mantendo ainda os pés como estavam. Manteve essa forma de tocar por dois anos: canhoto na mão e destro nos pés. Finalmente, inverteu a bateria toda, tocando como canhoto tanto nos pés como nas mãos:

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Fiquei anos tocando como canhoto de mão e destro de pé, foi legal porque não precisei tocar cruzado era tudo aberto. Anos depois me veio uma intuição: -E se eu invertesse tudo? Então criei coragem, eu já tinha gravado o disco Só não toca quem não quer, que eu gravei como destro conduzindo na esquerda. E foram nas mixagens dessa gravação, que eu ia para o estúdio B, invertia tudo e começava a estudar. Aí veio o gostinho, porque eu botei os hemisférios do cérebro tudo para o mesmo lado, mão forte com pé forte e o outro lado também, então a bateria começou a fazer um sentido maior vindo de cima para baixo (BAHIA, 2013).

Para finalizar essa introdução ao segundo capítulo, vale ressaltar novamente a busca de Márcio Bahia pela sonoridade13 do instrumento e por uma técnica apurada. É interessante

também notar, que os bateristas que Bahia cita como suas principais referências também trazem esse refinamento, tanto em relação ao som de bateria, quanto à técnica mais apurada:

Eu sempre busquei isso: um som puro, bonito, audível, equilibrado. Isso é uma característica minha, eu acho. Mas esses caras que eu ouvi me influenciaram muito. Esse solo do Morello em 5/4 me abriu muito a mente, vendo o que se pode fazer com o pé esquerdo, isso por exemplo me abriu muitas possibilidades e eu tive contato com isso lá atrás, antes do grupo (BAHIA, 2013).

Para reforçar esse aspecto de fundamental importância para esse trabalho, já que a sonoridade e o timbre da bateria de Márcio são uma das características que mais chamam atenção em suas performances, segue mais um trecho da entrevista de agosto de 2013, em que o músico deixa explícito o cuidado e a preocupação com seu som:

Muitos bateristas sentam e querem sair tocando, fazendo as batidas, as levadas e não se preocupam com a sonoridade. A sonoridade é de suma importância! Ela é o seu cartão de visitas. Não importa qual a região que você afina, nem que tipo de pele você usa, o importante é ter carinho com o instrumento. É como um violonista, um flautista, um saxofonista na hora de afinar seus instrumentos. Imagina: o cara põe a boquilha e sai tocando. A bateria é um instrumento de se fazer música, ela também “canta” (...). Você não afinar bem seu instrumento é você estar sendo relaxado num dos pontos mais importantes(BAHIA, 2013)

13 Segundo Trotta, a sonoridade é o resultado acústico dos timbres de uma performance” (TROTTA, 2008, p.

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Iniciaremos agora as transcrições e análises dos trechos retirados dos cinco álbuns gravados pelo grupo no período de 1981 à 1993. São eles: Hermeto Pascoal & Grupo, 1982;

Lagoa da Canoa - Município de Arapiraca, 1984; Brasil Universo, 1985; Só não toca quem não quer, 1987; Festa dos Deuses, 1992.

São 5 discos, 67 músicas, sendo que vinte e cinco delas não têm a presença da bateria - portanto foram deixadas de fora dessa dissertação - restando quarenta e duas músicas. A partir da escuta e análise dessas músicas contidas nesses cinco álbuns, chegamos a cinco tipos básicos de interpretações, que nos serviram de base para a organização das quarenta e duas músicas.

Logo no primeiro álbum gravado após a entrada de Márcio Bahia, notamos um alto nível técnico em suas performances, assim como diferentes approachs em relação à bateria, como as interpretações das peças escritas para a bateria como Magimani Sagei e Série de

Arco, nas quais a escrita e a leitura musical são essenciais para sua performance. Em outras

músicas desse primeiro álbum, Márcio cria também interpretações bem livres, como em A

Taça e Moreneide. Encontramos ainda os ritmos brasileiros, como o samba em Sorrindo e o

baião em Lá na Casa da Madame eu vi, assim como as interpretações das músicas em compassos ímpares, como em De bandeja e tudo. Como descreve Luís Costa-Lima Neto a respeito desse primeiro álbum e da performance dos músicos do grupo nessa gravação:

Menos de um ano após a entrada de Carlos Malta e Márcio Bahia no grupo, o repertório apresentado neste primeiro disco já revela um alto grau de coesão e nível técnico-interpretativo. Verdadeiras tours de force são as músicas "Série de Arco" e "Briguinha de músicos malucos no coreto". Na primeira, o músico mais exigido sem dúvida, é o pianista Jovino Santos, seguido do baterista Márcio Bahia, mas em "Briguinha", Hermeto não poupa nenhum membro do grupo (NETO, 1997)

Segue abaixo os cinco grupos de análise e as músicas relacionadas a cada tipo de interpretação:

 Grupo 1: As interpretações do samba e do choro na bateria

Músicas relacionadas: Sorrindo, Ginga carioca, Rebuliço, Surpresa, Intocável, Salve

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 Grupo 2: A leitura musical como diferencial na performance de Bahia e as peças escritas para a bateria

Músicas relacionadas: Magimani Sagei, Série de Arco e Mestre Radamés

 Grupo 3: As interpretações dos ritmos do Nordeste brasileiro na bateria (baião, xote, xaxado, maracatu e frevo)

Músicas relacionadas: Lá na casa da madame eu vi, Novena, Papagaio alegre, Spock na

Escada, Candango (xote), O tocador quer beber, De sábado para Dominguinhos, Viajando pelo Brasil, Sempre feliz, Quiabo (maracatu), Rancho das Sogras, Ilza na Feijoada e Frevo em Maceió.

 Grupo 4: As performances de Bahia nos compassos ímpares

Músicas relacionadas: De bandeja e tudo, Galo do Airam, Zurich, Fazenda Nova e Ilha

das Gaivotas

 Grupo 5: A “Música Universal” de Hermeto Pascoal e as peculiares interpretações de Márcio Bahia

Músicas relacionadas: A Taça, Moreneide, Briguinha de músicos malucos no coreto,

Viagem, Peneirando Água, Suite mundo grande, Peixinho, A Rainha da Pedra Azul, Viajando pelo Brasil, Era pra ser e não foi, Arapuá e Irmão Latinos.

No documento Márcio Bahia e a "Escola do Jabour" (páginas 48-56)