• Nenhum resultado encontrado

TRAJETÓRIA METODOLÓGICA: delineando a pesquisa empírica

3.7 Aspectos legais e procedimentos

Considerando os aspectos legais e procedimentos metodológicos esperados para um trabalho científico, inicia-se esse subitem registrando que a construção do instrumento de pesquisa utilizado baseou-se em vários trabalhos já publicados10

Trabalhar com pesquisas que envolva sujeitos é inserir-se no contexto de outros seres humanos, por isso a questão da ética é fundamental. Na maioria das vezes, os sujeitos pesquisados participam voluntariamente da pesquisa, por isso, é importante que eles conheçam bem a natureza dela e os riscos e obrigações que os envolvem.

. Igualmente que a aprovação dele pelo Comitê de Ética e Pesquisa – CEP/UFU se deu sob o número do parecer 153.324. No entanto, novamente vale registrar que se trata do desdobramento de uma pesquisa maior vinculada ao Grupo de estudos e pesquisas sobre desenvolvimento profissional e docência universitária – saberes e práticas educativas, aprovado pela UFU e certificado no Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, sob o número 1877760681965074.

Após o levantamento dos 49 cursos de universidades federais e estaduais, entrou-se em contato, por e-mail, com os sujeitos para que participassem, via online, pelo site desenvolvido para esta pesquisa.

10

a) BERNARDINO JUNIOR, Roberto. Docência universitária: o cirurgião dentista no curso de Odontologia. Tese-

Doutorado em Educação. Orientação, Profa. Dra. Silvana Malusá, Universidade Federal de Uberlândia – UFU,

Uberlândia/MG, 2011; b) SILVA, Naísa Afonso. Docência universitária: o professor de Direito formado em Direito.

Dissertação – Mestrado em Educação. Orientação, Profa. Dra. Silvana Malusá, Universidade Federal de Uberlândia – UFU,

Uberlândia/MG, 2011; c) ARANTES, Cristóvão J. Formação humanística do estudante de direito: diretrizes curriculares e realidade. Dissertação – Mestrado em Educação. Orientação, Prof. Dr. José Augusto Dela Coleta, Centro Universitário do Triângulo – Unitri, Uberlândia/MG, 2008; d) BELCHIOR, Patrícia de O. L. Docência universitária: o professor de educação física no curso de educação física. Dissertação – Mestrado em Educação. Orientação, Profa. Dra. Silvana Malusá. Faculdade de Educação, Universidade Federal de Uberlândia, UFU/MG Uberlândia/MG, 2007; e) ALENCAR, Eunice M. L. Soriano e FLEITH, Denise de Sousa. Inventário de práticas docentes que favorecem a criatividade no ensino superior. Psicologia:

reflexão e crítica, vol. 17, n. 1. Porto Alegre, 2004 / ISBN 0102-7972; f) MELO, Maria do Céu; SILVA, José Luis; GOMES,

Álvaro e VIEIRA, Flávia. Concepções de pedagogia universitária – uma análise do questionário de avaliação do ensino ministrado na universidade do Minho. Revista portuguesa de Educação, 2000, 12(2), pp.125-156 – Universidade do Minho em Portugal/ ISBN 0871-9187; g) SILVA, Marlucilena Pinheiro da. Docência Universitária no curso de Enfermagem: formação profissional, processo de ensino-aprendizagem, saberes docentes e relações interpessoais, associados ao princípio da integralidade. Tese – Doutorado em Educação. Orientação, Profa. Dra. Silvana Malusá. Universidade Federal de Uberlândia – UFU, Uberlândia/MG, 2013.

Sabemos que hoje, o procedimento de trabalho via “net, internet, web”, além de ser eficiente, por ser reconhecido como uma das TICs, já está comprovado, cientificamente, sua seriedade e ética (uma vez que bem fundamentado seus objetivos).

Por isso, foi importante situá-los de que os riscos que corriam são muito menores do que os benefícios que podiam advir da sua participação na pesquisa. Dessa forma, listam-se aqui algumas diretrizes básicas adotadas durante a pesquisa, sendo elas: resguardo da identidade dos informantes atentando-se para não se revelar informações que possam constranger, expô-los a riscos ou identifica-los; interromper a sua participação a qualquer momento; relatar somente resultados que os dados revelem, mesmo que eles desagradem ao pesquisador.

Há que se ressaltar, ainda que especificamente nesta pesquisa, não houve riscos pessoais envolvidos. Em nenhum momento o participante foi identificado. Os resultados da pesquisa serão publicados e ainda assim as identidades serão preservadas. Foram tomadas todas as providências para assegurar o sigilo de dados. O Comitê de Ética da UFU alerta que “Não existe uma pesquisa sem riscos. No mínimo, pode haver a identificação do sujeito de pesquisa, o que contraria a Resolução 196/96”. Porém, a equipe executora deste trabalho se comprometeu com o sigilo absoluto sobre a identidade do sujeito de pesquisa.

Aventa-se esta possibilidade de identificação a uma conjuntura de fatores como a identificação por parte de familiares, por exemplo, que devido à convivência próxima e acesso a uma variedade de informações do participante que quando cruzadas com alguns elementos que necessariamente deverão constar das publicações dos resultados permitam a este sujeito, em especial, fazer a identificação.

Porém, em nenhum momento, foi identificado sujeito A ou B, tanto que nos instrumentos de pesquisa não houve espaço para identificação do professor/colaborador. Como se tratou de uma pesquisa com muitos sujeitos e cruzamento de dados para a análise geral, a identificação dos indivíduos ficou ainda mais difícil de ser visualizada.

Assim como também não houve nenhum gasto ou ganho financeiro por participar na pesquisa. Contudo, houve vários benefícios envolvidos já que a pesquisa possibilita ao entrevistado uma reflexão sobre sua profissão, seu “eu” enquanto professor universitário e lhe deu a oportunidade, muitas até pela primeira vez, de refletir sobre sua própria prática docente.

Tal pesquisa ofereceu subsídios para que os pesquisados, após as respostas, interfiram em sua prática docente, pensando e refletindo sobre questões que vieram à tona durante os instrumentos de pesquisa que lhes fora apresentado. Isso contribuiu para a Docência Universitária de forma geral, levando mais e mais pesquisadores a repensar sua prática

pedagógica cotidianamente. O participante foi livre para deixar de participar da pesquisa a qualquer momento sem nenhum prejuízo ou coação.

Para a coleta dos e-mails dos professores jornalistas atuantes no curso de Jornalismo das universidades federais e estaduais, das 49 pesquisadas, apenas 22 apresentavam estas informações disponibilizadas no site oficial de suas respectivas instituições, conforme TAB. 3 e 4:

Tabela 3: Universidades federais que disponibilizada e-mail dos docentes no site institucional.

UNIVERSIDADES FEDERAIS ESTADO

1 Universidade Federal de Uberlândia MG

2 Universidade Federal de Minas Gerais MG

3 Universidade Federal de Viçosa MG

4 Universidade Federal de São João Del Rei MG

5 Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro RJ

6 Universidade Federal de Santa Catarina SC

7 Universidade Federal de Santa Maria RS

8 Universidade Federal do Pampa RS

9 Universidade Federal do Rio Grande do Sul RS

10 Universidade Federal do Pará PA

11 Universidade Federal de Goiás GO

12 Universidade de Brasília DF

13 Universidade Federal da Bahia BA

14 Universidade Federal do Ceará CE

15 Universidade Federal do Rio de Janeiro RJ

16 Universidade Federal do Rio Grande do Norte RN

Fonte: Instrumento de pesquisa.

Tabela 4. Universidades estaduais que disponibilizada e-mail dos docentes no site institucional.

UNIVERSIDADES ESTADUAIS ESTADO

1 Universidade do Estado de Minas Gerais MG

2 Universidade de São Paulo SP

3 Universidade Estadual de Londrina PR

4 Universidade Estadual de Ponta Grossa PR

5 Universidade do Estado do Rio Grande do Norte RN

6 Universidade do Estado da Bahia BA

Fonte: Instrumento de pesquisa.

Após a primeira coleta, a segunda etapa foi pesquisar nos sites oficiais o contato telefônico das coordenações de curso ou diretorias das instituições de ensino. Por meio desse contato, conseguiu-se um e-mail para que fosse oficializado o pedido. Em várias universidades, foi necessário reenviar o e-mail de solicitação e em algumas até repetir por mais de duas vezes as ligações telefônicas.

Das 27 IES das quais não se havia conseguido a lista de contatos, foram obtidos os seguintes resultados:

a) UFMT (campus Cuiabá) e UFOP: a coordenação do curso pediu para que a carta-convite fosse enviada ao e-mail da coordenação e essa seria encaminhada aos professores jornalistas do curso.

b) UFES, UFJF, UFF, UFPR, Unir, Ufam, UFT, UFRR, UFMT (campus Barra do Garça), UFMS, UFPB, Ufal, UFPE, UFS, UFMA, UFPI, UFRB, Unesp, Unicentro, Unemat, Uesb, Uespi (campus Poeta Torquato Neto) e Uespi (campus Picos): disponibilizaram a lista de docentes em resposta ao e-mail com o pedido enviado previamente.

c) UERJ e UEPB: no período de coleta dos dados estavam em greve e não havia possibilidade de retorno das atividades acadêmicas naquele momento.

Essa busca pelos endereços se deu início em setembro de 2012 e perdurou até março de 2013. Após a obtenção total das listas de e-mails de todos os sujeitos em potencial para a pesquisa proposta, entrou-se em contato com cada professor/colaborador explicando a razão e os devidos procedimentos para a realização da pesquisa.

A carta convite contendo informações explicativas de como seria a participação de cada docente na pesquisa foi enviada para todos os sujeitos que faziam corpus do trabalho, sendo professores jornalistas de universidades públicas (estaduais e federais) que lecionavam no curso de Jornalismo.

O período de envio dos e-mails para os professores participantes foi de 29 de abril de 2013 a 15 de maio de 2013 contendo a informação de que o link para participar da enquete estaria disponível até o dia 30 de maio de 2013. No entanto, uma vez concordando em participar do estudo, primeiramente, cada sujeito leu e assinou o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido – TCLE. Somente após todos esses procedimentos legais e éticos, é que foi aplicado o instrumento de pesquisa cujas análises, resultados e discussões serão objetos do próximo capítulo deste trabalho.