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Aspectos técnicos na análise morfológica da rede Petrogas

4.2 A Rede PETROGAS Sergipe à Luz da Análise de Redes

4.2.5 Aspectos técnicos na análise morfológica da rede Petrogas

A última etapa de análise da rede compreende os aspectos técnicos, que nesse sentido corresponde ao esquema apresentado a seguir:

Fonte: Adaptado pelo autor da Dissertação - esquema Kupfer, Hasenclever et al (2002).

Cooperação Técnico-Produtiva

Com relação à cooperação técnico-produtiva, as conquistas alcançadas mediante o trabalho em rede compreendem os seguintes aspectos:

1 – O trabalho em rede proporciona às empresas ganhos conjuntos, que de acordo com a pesquisa realizada podem ser expressos através da seguinte forma: “A Empresa mant m relação de con iança com as outras empresas do setor decorrente das ações con untas”, onde 5 % das empresas sempre mantém relação de confiança. (survey de pesquisa na rede Petrogás Sergipe, 2012).

2 – Em relação às 14 (quatorze) empresas que responderam o questionário de pesquisa, 13 (treze) indicaram que: os agentes/parceiros das Empresas (Fornecedores, clientes ou a própria empresa), destacam-se na contribuição voltada à geração de conhecimento, sugerindo nesse sentido que também há geração de conhecimento no aspecto técnico-produtivo.

3 – Há lançamento de novo produto nas empresas que fazem parte da rede, correspondente a 64% em grau de importância. Esse aspecto indica que, as empresas se importam em formatar a concepção e o desenvolvimento de novo produto, e desta forma conseguir atualizar seu portfólio, objetivando sua competitividade frente à concorrência.

A diversidade de produtos e serviços desenvolvidos pelas empresas que fazem parte da rede demonstra a flexibilidade produtiva, visto que há produção de equipamentos, serviços de consultoria, capacitação e outros serviços desenvolvidos. Nesse sentido, realizou-se um levantamento informal preliminar em relação à existência de patentes e marcas com entrada no Instituto Nacional da Patente Industrial – INPI, sendo notificadas as seguintes informações:

Tabela 4 - Relação preliminar de marcas e patentes das Empresas da Rede PETROGAS Sergipe.

MARCAS PATENTES

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FONTE: Rede PETROGAS Sergipe (2012). Cooperação Interorganizacional

Trata-se de um dos pontos fortes de atuação da rede Petrogas Sergipe, onde a coordenação (governança) atua de maneira determinada, buscando articulação em diversas frentes, tendo por objetivo as parcerias para alcance do sucesso da rede.

A pesquisa encontrou como resultado 43% no grau de importância médio e também alto, compreendendo a importância do trabalho de coordenação da rede, tendo em vista a criação de ambientes e oportunidades para discussão de importantes temas, que apresentam relevância no trabalho de cooperação da rede.

Destaca-se também que, a pesquisa apresentou em relação à atuação da coordenação, o grau de importância médio em 36%, quanto à contribuição pró-ativa na definição de objetivos comuns das empresas. Ao mesmo tempo, a pesquisa também identificou que a forma de atuação da coordenação proporciona o grau de importância alto em 36%, referente ao estímulo na percepção da visão de futuro para ação estratégica, bem como na Promoção de ações cooperativas em grau de importância médio expresso em 36%, e em grau de importância alto com 29%.

A atuação das empresas na rede destaca-se, pela presença da Associação das empresas de Petróleo, Gás e Energia de Sergipe – PENSE.

Em termos, quando da realização de entrevista com a Coordenação da rede, se formulou questionamento sobre como avalia a atuação da Coordenação na Rede PETROGAS Sergipe, se obtendo a seguinte resposta: “Significativa, pois representa

as empresas dentro da rede” (Empresária, representante das empresas na PENSE e membro da Coordenação da Rede PETROGAS Sergipe, abril 2012).

Quando perguntado, de que forma acredita estar contribuindo para que os objetivos da rede sejam atingidos? Essa questão teve por resposta: “Atrav s da participação ativa das empresas, nas decisões das ações da rede” (Empresária, representante das empresas na PENSE e membro da Coordenação da Rede PETROGAS Sergipe, abril 2012).

Porem, na se pode deixar de notificar que ainda há dificuldades a serem enfrentadas, com relação aos obstáculos que dificultam, ou mesmo impede uma participação mais efetiva na geração de conhecimento organizacional, quanto à participação das instituições na rede, fato explicitado na observação efetuada pela representação, na seguinte resposta: “o maior obstáculo enfrentado é o baixo índice de participação das empresas” (Empresária, representante das empresas e membro da Coordenação da Rede PETROGAS Sergipe, abril 2012).

No entanto, o trabalho desenvolvido pela coordenação, tem conseguido importantes resultados, mediante a participação dos diversos atores na consecução das atividades da rede, sendo possível, conforme depoimento de sua representação, destacar que:

“ odos os atores tiveram participação especial na ormatação da rede, especialmente a atuação dos gestores do SEBRAE e da PETROBRAS, na condução do processo. Importante destacar o papel da academia e o que d vida a rede: a participação das empresas” (Empresária, representante das empresas e membro da Coordenação da rede Petrogas Sergipe, abril 2012).

Tal evidencia, confirma a forte presença da Coordenação da rede e dos seus representantes, no envolvimento das organizações, dando significado às atividades que se desenvolvem no contexto dessa rede, bem como dos ganhos conquistados pelas empresas que dela fazem parte.

Cooperação Tecnológica

Trata-se também de um importante tema, que compreende forte repercussão na rede PETROGAS Sergipe, mediante atuação das empresas e as instituições que desenvolvem trabalhos nessa área.

Nesse sentido, destaca-se a formação de comitê temático responsável pela articulação de trabalhos, promoção e articulação com outras instituições voltadas ao estudo, e atividades no contexto tecnológico.

Na rede Petrogás, foi constituída a formação de um Grupo de Trabalho denominado por Tecnologia e Inovação. Esse grupo de trabalho tem sua estratégia formalizada na condição expressa em seu objetivo: “Mobilizar e despertar as empresas e os centros de pesquisas para a inovação, bem como desenvolver mecanismos de acesso à tecnologia, aproximando o saber do azer” (site da rede PETROGAS Sergipe, 2012).

Esse grupo de trabalho tem por focos estratégicos:

“ )Identificar oportunidades de inovação; 2)Promover a mobilização e capacitação das empresas para a busca e aproveitamento dessas oportunidades; 3)Estimular parcerias entre universidades e empresas, por meio da disponibilização das estruturas de laboratórios para as empresas; 4)Cooperação para a inovação; 5)Criar uma rede de suporte tecnológico (metrologia, laboratórios); 6)Ampliar o número de projetos de inovação através da participação em editais” (site da rede PETROGAS Sergipe, 2012).

A Coordenação desse grupo de trabalho está a cargo do Sergipe Parque Tecnológico – SergipeTec, tendo como instituições participantes: a Fapitec – Fundação de Amparo à Pesquisa e a Inovação Tecnológica do Estado de Sergipe, o SergipeTec - Sergipe Parque Tecnológico, o SEBRAE/SE – Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Sergipe, o IEL – Instituto Euvaldo Lodi, o SENAI – Serviço Nacional da Indústria, a UFS – Universidade Federal de Sergipe, o ITP/UNIT - Instituto de Tecnologia e Pesquisa da Universidade Tiradentes, a PETROBRÁS – Petróleo Brasileiro S. A, e o INPI – Instituto Nacional da Propriedade Industrial.

Ao mesmo tempo, tem como Empresas participantes: a Tecnogás, a Engepet, a Petrolab, a Wellcon e a Pyxis. Sendo essas empresas componentes da rede PETROGÁS Sergipe.

De acordo com a pesquisa realizada na rede, torna-se possível destacar alguns aspectos que foram detectados nas empresas participantes.

Desta forma, a pesquisa revelou algumas situações, das quais compreende ser possível as seguintes considerações: 1 – quanto aos parceiros que contribuem na geração de conhecimento, os Centros de pesquisa (Universidades, Institutos de pesquisa, Centro de capacitação profissional, de assistência técnica e de

manutenção), se obteve resposta em 13 (treze) empresas das 14 (quatorze) empresas pesquisadas, o que corresponde a 92,86%, muito embora a questão permitisse mais de uma opção de resposta; 2 – quanto aos fornecedores, clientes ou mesmo a própria empresa, que contribuem na geração de conhecimento, se obteve também o mesmo resultado, muito embora a questão apresentasse mais de uma opção de resposta.

Em relação ao grau de importância, quanto à contribuição na geração de conhecimento, a pesquisa obteve as seguintes respostas: 1 – nas 14 (quatorze) empresas pesquisadas, as Universidades aparecem em grau de importância alto, correspondendo a 47%; já os Institutos de pesquisa, Centros de capacitação profissional, de assistência técnica e de manutenção, correspondem a 33% em grau de importância alto; e as Instituições de testes, ensaios e certificações, correspondem a 25% em grau de importância alto; 2 – com relação às empresas, a pesquisa obteve por resposta que os clientes representam 69% em grau de importância alto, e a própria empresa corresponde a 100% no grau de importância alto quanto à contribuição na geração de conhecimento.

Esses aspectos abordados sugerem que, a condição tecnológica das empresas apresenta importante significado, visto que envolve as universidades, centros de pesquisa, e as instituições de certificação, na busca de conhecimento cientifico voltado à capacitação tecnológica, sendo possível entender que as empresas componentes da rede consideram sua importância como relevante.

Vale também ressaltar o aspecto inovativo, que foi destacado na pesquisa pelas empresas, como importante no desenvolvimento das suas atividades, sendo possível destacar as seguintes considerações: 1 – na adequação de produto à exigência do cliente, se obteve por resposta 86% em grau de importância alto, e quanto ao lançamento de novo produto 64% em grau de importância alto; 2 - quanto a inovação no processo foram obtidos 79% em grau de importância alto, bem como na adequação do respectivo processo; ainda apresentou 64% em grau de importância alto na introdução de novo processo.

Ao mesmo tempo, destacou-se também a inovação em design, quanto à adequação à exigência do cliente, apresentando 77% em grau de importância alto; enfatizaram-se ao mesmo tempo os métodos de gestão, baseados em excelência na qualidade total correspondendo a 50% em grau de importância alto.