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Dias tornaram-se semanas, semanas tornaram-se meses. E então, um dia, eu fui para a minha máquina de escrever, me sentei, e escrevi a nossa história. Uma história sobre uma época, uma história sobre um lugar, uma história sobre as pessoas. Mas, acima de tudo, uma história sobre amor. Um amor que irá viver para sempre (PIMENTA, 2013).

Assim, vou dando sequência a esta história; os dias vão passando, as palavras nem sempre surgem, leituras acalentam a noite, insônias vêm, mas, ao deparar-me com o computador, começo a digitar o que me inquieta, o que me instiga; o que passou e o que aprendi com o vivido.

Faço minhas as palavras de Abramovich (1993), que encanta com o seu apontamento quanto à leitura:

Ler, para mim, sempre significou abrir todas as comportas para entender o mundo através dos olhos dos autores e da vivência dos personagens... Ler foi sempre maravilha, gostosura, necessidade primeira, e básica, prazer insubstituível... E continua, lindamente, sendo exatamente isso! (p. 14). Juntamente com esta paixão pela leitura, três perguntas andaram comigo neste percurso, inquietando-me. Às vezes acredito ter encontrado respostas; em outros momentos acho que elas não existem. Assim, tentei respondê-las.

– O que revelam as páginas de um livro?

– Aventuras, mistérios, sonhos, pensamentos, histórias; lugares como

castelos/reinos nos quais, ao iniciarmos a leitura, na primeira linha nos tornamos habitantes do lugar (castelo, chalé, reino, povoado). No livro existe um mundo esperando para ser conhecido/desvendado; há lágrimas, tristezas, alegrias, esperança, incertezas, vida, fatos/acontecimentos, medo, diversão...

– O que falta para que os alunos tenham o prazer e o gosto pela leitura? Afinal de contas, porque muitos ainda não leem?

– Incentivo por parte daqueles que leem e encontram prazer ao realizar a sua

leitura, independente do assunto abordado. Outro item que percebo é a tecnologia, aliada ao imediatismo, respostas rápidas, busca por sinopses prontas, ao invés de perder/ganhar “tempo” e ler os livros por inteiro, folhear as suas páginas, reler as partes que mais interessaram. Um grande número de pessoas acaba preferindo filmes dublados ao invés de assistir filmes legendados, por não conseguirem acompanhar a legenda e a imagem ao mesmo tempo. A leitura por si só não acontece meramente por meio da leitura de livros. Ao lermos estamos decodificando cartazes, banners, outdoors, placas, e tudo aquilo que representa a escrita.

– Como o livro infantil (contar histórias) pode contribuir para a formação da criança, quanto aos aspectos social, afetivo, cognitivo e cultural?

– Faz com que o ouvinte aguce sua imaginação levando-o a lugares distantes,

que pense, tenha mais ideias e opinião sobre os mais diversos assuntos, além de ampliar o vocabulário. Propicia uma boa gramática e escrita das palavras, ideias mais aprimoradas na hora da produção de textos, aumenta a imaginação, ajuda na resolução de problemas, pois, tendo uma boa interpretação, no momento em que se deparar com problemas vai poder analisá-los, descartando as alternativas, chegando à solução, além de fazer exercício cerebral e estimular o raciocínio.

As cartas dos ex-alunos ajudam a responder a muitas perguntas, as minhas perguntas, pois têm relação com novos sentidos, levam a novas experiências,

aprendizado prático e lúdico, ao despertar da curiosidade e a melhorar a aprendizagem impulsionando ao conhecimento.

Ao ler aprimoramos a leitura e o nosso gosto pela mesma, não aceitando qualquer livro para ler. Haverá uma avaliação mais aguçada e uma melhor escolha do livro, da editora, buscando autores que impulsionam a determinadas histórias, assuntos, lugares que instiguem o saber com sabor.

Com isso, corrobora Abramovich (1993, p. 17):

É através da literatura que se podem descobrir outros lugares, outros tempos, outros jeitos de agir e de ser, outra ética, outra ótica... É ficar sabendo História, Geografia, Filosofia, Política, Sociologia, sem precisar saber o nome disso tudo e muito menos achar que tem cara de aula... Porque, se tiver, deixa de ser literatura, deixa de ser prazer e passa a ser Didática, que é outro departamento (não tão preocupado em abrir as portas da compreensão do mundo).

Vimos, no transcorrer do texto, uma breve síntese da constituição da história da literatura, da criança, do livro, e pudemos perceber, ao longo dos anos, o quanto foi aprimorado o livro em si. Hoje o livro traz imagens ampliadas, coloridas, sons, dobraduras, oferecendo conhecimento e diversão. Ainda nos deparamos com o mundo das tecnologias, que acaba proporcionando uma troca maciça pelas telas digitais, levando a termos de ser sempre instigadores da leitura por onde passarmos.

Já em 1993, Pierre Lévy escrevia sobre estas inquietações e as mudanças que a informática trariam e as adaptações que teríamos que aderir...

Novas maneiras de pensar e de conviver estão sendo elaboradas no mundo das telecomunicações e da informática. As relações entre os homens, o trabalho, a própria inteligência dependem, na verdade, da metamorfose incessante de dispositivos informacionais de todos os tipos. Escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagem são capturados por uma informática cada vez mais avançada. Não se pode mais conceber a pesquisa científica sem uma aparelhagem complexa que redistribui as antigas divisões entre experiência e teoria. Emerge, neste final do século XX, um conhecimento por simulação que os epistemologistas ainda não inventaram (LÉVY, 1993, p. 7).

Mesmo com as tecnologias e com o corre-corre diário, no entanto, os livros continuam sendo nossos aliados, ou seja, para leituras informais, de relax, diversão, informação, como também para novos conhecimentos, dúvidas, buscas de respostas. A leitura em si não é mera memorização. Com ela descobrimos, buscamos e compreendemos os sentidos das palavras descritas nas linhas, ou não. Ficamos também em dúvidas, gerando conflitos e partindo em busca de outros livros para encontrarmos a solução às nossas indagações, ou até mesmo deixamos de lado e vamos atrás de outro bem-diferente do qual estávamos lendo, por não encontrarmos o real encantamento, o “click” com o livro, o devido prazer, como muitos expõem.

Esta leitura é ideal que a criança realize também, buscando o seu estilo de livro preferido, aquele que desperte o sabor, o imaginário, que aflore as ideias e ações. Por exemplo, se começar um e perceber que não embarcou no destino desejado, porque não deixá-lo de lado e, em uma próxima vez, recorrer ao mesmo novamente, se achar conveniente, não sendo uma leitura forçada, com início, meio e fim.

Com Coelho (2000, p. 26) reafirmamos o que já dissemos neste trabalho: “A criança através de Literatura Infantil entra no texto e viaja no mundo da fantasia e do questionamento. Nesse sentido, a leitura pode ser vista, vivida, sentida, falada, ouvida e contada”.

Caso contrário, a leitura acaba, não envolvendo, passando despercebida até mesmo a história, tendo que ir e vir em vários momentos no texto, sem ela ter um real sentido. Ela flui quando observamos alguém lendo, e nos dá a nítida impressão de que a pessoa adentrou no livro/história, pois o mundo pode cair ao seu redor e esta não percebe nada, pois está tão concentrada com os fatos, com o enredo, que os vivencia, não percebendo nada além daquilo. É capaz, sim, de se imaginar em algum lugar no cenário em que esteja presente, fazendo parte do mesmo.

Isto acontece também com as crianças ao escolherem suas histórias. Muitas delas não encantam, mas quando realmente gostam de uma acabam lendo, relendo, e, com o passar do tempo, voltam novamente em busca de novas identificações com a mesma.

Os contos de fadas são ímpares, não só como uma forma de literatura, mas como obras de arte integralmente compreensíveis para a criança, como nenhuma outra forma de arte o é. Como sucede com toda grande arte, o significado mais profundo do conto de fadas será diferente para cada pessoa, e diferente para mesma pessoa em vários momentos de sua vida. A criança extrairá significados diferentes do mesmo conto de fadas, dependendo de seus interesses e necessidades do momento. Tendo oportunidade, voltará ao mesmo conto quando estiver pronta a ampliar os velhos significados ou substituí-los por novos (BETTELHEIM, 2002, p. 12). Bettelheim (2002) nos impulsiona ao “era uma vez”, ou nos faz refletir sobre a maior parte das histórias que terminam com finais felizes: “e viveram felizes para

sempre”. Isto nos remete a acreditar que há um mundo sem brigas, discórdias,

ganância, com casais que realmente se amam, com uma família unida em busca dos mesmos ideais, sem medos que assombram; assim, muitas vezes, acabam se refugiando em busca dos mesmos contos, por encontrarem os finais tão esperados que passam despercebidos, esquecidos na vida real. Desta forma, a literatura ajuda a criança a perceber as contradições do seu mundo e do mundo que a cerca – não só as maravilhas!

Deste modo, vou tentando responder às questões que me inquietam, lendo, relendo, buscando, acreditando, também largando o livro ao lado da cabeceira da cama e achando que não é assim, mas logo me reporto novamente ao “Era uma

Vez”, e acredito que com os sonhos iremos longe.

Segundo Benjamin (2002, p. 70),

Ao elaborar histórias, crianças são cenógrafos que não se deixam censurar pelo sentido (...) Fantasiadas com todas as cores que capta lendo e contemplando, a criança vê em meio a uma mascarada e participa dela. Lendo – pois se encontraram as palavras apropriadas a esse baile de máscaras, palavras que revolteiam confusamente no meio da brincadeira como sonoros flocos de neve.

E assim retomo a pergunta central que norteou esta pesquisa:

Como o livro infantil (contar histórias) pode contribuir para a formação da criança quanto aos aspectos social, afetivo, cognitivo e cultural?

O nosso trabalho de educadores não tem fim e sim apenas começo. Sabemos, porém, em que direção iremos seguir. Temos em mente o que desejamos/queremos, mas encontramos diversos percalços/tribulações pelo caminho que, por vezes, nos fazem mudar a rota, mas, com o objetivo traçado, conseguimos retomar ao planejamento inicial; talvez não da forma desejada, mas tentando sempre encontrar o melhor resultado. Também encontramos a diversidade dos sujeitos, das culturas... Ao repensar e relembrar a minha trajetória/prática recorro às palavras de Freire (2001, p. 11):

... reler momentos fundamentais de minha prática, guardados na memória, desde as experiências mais remotas de minha infância, de minha adolescência, de minha mocidade, em que a compreensão crítica da importância do ato de ler se veio em mim se constituindo.

As lembranças fazem com que viaje no tempo, com idas e vindas da infância aos dias atuais, retomando livros, histórias, fisionomias de alunos com as mais diferentes expressões faciais, com caras de espanto, sorrisos, apavorados, admirados, querendo saber o que iria acontecer ao virar a página e dar sequência à história que estava sendo contada. Também pude rever alunos que não tinham a mínima intenção de ler; achavam difícil, sem graça, cansativo, que dava sono; outros que, no sentido figurado da palavra, “engoliam histórias e livros” sempre em busca de novidades.

Ao ler Rossini (2008, p. 8), encontro as palavras que dão sequência e afirmam o que descrevo e afirmo:

Para educarmos um ser humano, convém saber o que queremos que ele se torne. É necessário indagar para que vivem os homens, ou seja, qual é a finalidade da vida e como ela deve ser. Nós, pais e educadores, devemos estar atentos às mudanças sociais questionando sobre a natureza do mundo e os limites fixados “para o que” e “para que” saber e fazer.

Na qualidade de pais e educadores, desejamos o melhor para nossos filhos e alunos, mesmo que, muitas vezes, não tenhamos a certeza se o melhor é o que realmente estamos buscando. Devemos estar atentos às mudanças que acontecem no ambiente em que estamos vivendo e acompanhá-las para não ficarmos à mercê das mesmas. Andamos lado a lado com a evolução/tecnologia e temos de trazê-la para nós como aliados. Ouvi certa vez que a tecnologia tem dois lados, ou seja, aproxima os que estão distantes e distancia os que estão perto. Percebemos isso nos lares hoje em dia, onde as pessoas acabam conversando por meio das mídias, e não tiram tempo para uma roda de conversa, uma história, como acontecia em volta das rodas de fogueira nos primórdios, com trocas de informações, valores. Com estas mudanças as crianças encontraram espaço para se manifestarem e mostrar o que estão sentindo, o que realmente desejam. Essas mídias, contudo, podem ser muito úteis e interessantes. Além disso, são uma realidade para a qual não adianta virarmos as costas. Assim, Coelho (1991, p. 261) complementa: “Em lugar de lutarmos contra esse novo instrumento da civilização e do progresso, unge que nos preparemos para dominá-lo”.

Necessitamos nos calçar de ferramentas para interagir, encantar e fazer com que o nosso fazer pedagógico seja um momento de trocas de conhecimentos, aprendizagens, quando educador e educando despertem o saber e o sabor com ousadia, busca e eficiência em seus papéis.

Ao descrever esta pesquisa, fui comparando-a ao fazer uma receita, ou seja, devemos elaborar a aula como preparamos um bolo de festa. Preparamos o bolo (aula) com os ingredientes (conteúdos) que não podem faltar, são obrigatórios (seguindo a grade curricular). Podemos deixar a cobertura e o recheio (as partes mais gostosas e divertidas) para serem preparados junto as crianças, na sala, com os ingredientes (sugestões) que elas trazem, para que o bolo (aula) fique muito mais gostoso(a).

E atrelado a esta cobertura, recorro à literatura infantil com a história de TECELINA (SOUZA, 2007, p. 7). Para começar: lembro-me de Tecelina, uma velhinha que tece do avesso e parece criança, que se perde, assim como eu, para contar sua história, pois esta se entrelaça com a história de seus pais, seus avós, bisavós, com as crianças que a cercam, com os novelos que usa para tecer, “(...) porque história é que nem fio: a gente tece e o fio cresce, a gente inventa e tudo o que a gente tenta se transforma em coisa nova” (p. 4). E, diante da impossibilidade de achar um início, ela conclui: “toda história começa do princípio, mesmo que o princípio seja o fim”.

O ato da leitura não é somente decodificar, mas compreender, para, assim, explorarmos a criticidade infantil, para as crianças conhecerem suas produções, formando-se bons leitores. A escola necessita ser formadora de leitores. Nós, adultos, somos responsáveis por mostrar o mundo da fantasia, do faz de conta, da magia. Isso não precisa acontecer apenas nos primeiros anos de vida da criança, mas em qualquer fase da vida. Assim, como afirma Benjamin (2002, p. 102), “o hábito entra na vida como brincadeira, e nele, mesmo em suas formas mais enrijecidas, sobrevive até o final um restinho da brincadeira”.

Parafraseando Lygia Bojunga Nunes (2010), em seu poema “Livro – A troca”, a contação de histórias é vida, é casa, comida. Por meio do livro encontramos suportes para ir além. Com a literatura vamos levantando tijolos em busca do novo. Esse é o papel da escola, do educador, da família, ao apresentar um livro para a criança.

LIVRO: a troca

Lygia Bojunga Nunes Pra mim, livro é vida; desde que eu era muito pequena os livros me deram casa e comida.

Foi assim: eu brincava de construtora, livro era tijolo; em pé, fazia parede; deitado, fazia degrau de escada; inclinado, encostava num outro e fazia telhado. E quando a casinha ficava pronta eu me espremia lá dentro pra brincar de morar em livro.

De casa em casa eu fui descobrindo o mundo (de tanto olhar pras paredes). Primeiro, olhando desenhos; depois, decifrando palavras.

Fui crescendo; e derrubei telhados com a cabeça. Mas fui pegando intimidade com as palavras. E quanto mais íntima a gente ficava, menos eu ia me lembrando de consertar o telhado ou de construir novas casas. Só por causa de uma razão: o livro agora alimentava a minha imaginação.

Todo o dia a minha imaginação comia, comia e comia; e de barriga assim toda cheia, me levava pra morar no mundo inteiro: iglu, cabana, palácio, arranha-céu, era só escolher e pronto, o livro me dava.

Foi assim que, devagarinho, me habituei com essa troca tão gostosa que – no meu jeito de ver as coisas – é a troca da própria vida; quanto mais eu buscava no livro, mais ele me dava.

Mas como a gente tem mania de sempre querer mais, eu cismei um dia de alargar a troca: comecei a fabricar tijolo pra – em algum lugar – uma criança juntar com outros, e levantar a casa onde ela vai morar (2010,p.8-9.). Assim como Lygia defende, a contação de história deve ser aquela receita que foi mencionada anteriormente, na qual vamos colocando os ingredientes um a um, e dando o devido sabor/gosto de quero mais, incluindo os sabores mais especiais e encantadores que encontramos, que encantem, façam despertar o gosto/o prazer de sempre querer ler, ouvir mais uma história e viajar pelos mais distantes reinos do mundo do faz de conta, não deixando de acreditar em fadas, reis, rainhas, pós mágicos que transformam os dias mais difíceis em contos de fadas, com magia e encantamento. Desta forma, o adulto que foi criança um dia não adormece jamais.

Como vimos com Kohan (2004), precisamos observar a infância como um tempo próprio dela, quando a criança busca conhecimentos, alegrias, aprendizagens, com gosto, resgatando valores que vêm atrelados aos mesmos, sonhos, magia, encantamento, o “devir-infantil” impulsionado com brinquedos, brincadeiras, conhecimentos e muita felicidade, pois este é o momento de expandir felicidade, ou seja, um “ser criança” que impulsiona o agir, o buscar, o aprender, sem deixar o seu lado infantil viajando por vários mundos por meio da literatura, usando como recursos o livro, os meios tecnológicos, a contação de histórias, os dedoches, fantoches e tantas outras formas que impulsionam ao mundo da imaginação com alegria e prazer, fazendo deste momento algo mágico com saber atrelado ao sabor.

Ao ler a criança se empolga, viaja, cria uma intensidade grande, visualiza o seu mundo e o seu eu com grande magnitude, despertando no processo educativo um desabrochar para a leitura, para o mundo letrado, direcionando o buscar sempre mais.

Para finalizar, destaco o que Ana Ramalhete (2015) explicita: “podemos escolher um livro por questões emocionais: sensibilidade, atração, identificação, conhecimento, afeição; por questões gráficas: ilustração, textura, composição, padrão, forma, coerência; por questões literárias: texto, língua, conteúdo, estilo,

originalidade; por questões práticas: preço, disponibilidade, oportunidade, acessibilidade; ou por questões inadiáveis, como a urgência do amor ou o apelo irresistível da paixão”.

Quando as capas chamam por nós Quando as guardas nos contam histórias Quando o título nos acerta no coração Quando sustemos a respiração ao olhá-lo Quando queremos deslizar a mão pela capa Quando não sabemos o porquê de tanta exaltação Isso é paixão

Paixão pelo livro! (RAMALHETE, 2015).

Acreditamos, pois, que esta pesquisa poderá proporcionar reflexões importantes acerca das questões que permeiam a leitura e a contação de histórias em sala de aula no Ensino Fundamental, mais especificamente nos anos iniciais. Desse modo, percebemos que se fazem necessárias discussões e estudos, nas escolas, que enfatizem o momento da literatura e leitura em sala de aula, proporcionando momentos específicos e diferenciados quanto ao uso do livro e da literatura infantil. Nessa direção observamos que ler não é apenas virar as páginas de um livro, mas existe algo muito além das imagens e das letras que estão impressas.

Assim, ressaltamos também a importância do lúdico, de o professor personagem unir o conhecimento teórico com o pedagógico e a didática, criar momentos de saber com sabor, que possibilitem refletir sobre suas práticas e também problematizar a forma da contação de histórias, encontrando alternativas para o trabalho com as crianças no processo de ensino aprendizagem.

REFERÊNCIAS

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______. Por uma educação romântica. Campinas, SP: Papirus, 2002.

______. Por uma educação romântica. 7. ed. Campinas, SP: Papirus, 2008.

_____. Ostra não faz pérola. São Paulo: Planeta do Brasil, 2008.

ANDRADE, C. D. de. Alguma poesia. Rio de Janeiro: Editora Record, 2002.

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ASSMANN, Hugo. Reencantar a educação: rumo à sociedade aprendente. 12. ed. Petrópolis, RJ: Vozes, 2012.

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