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No Capítulo 2 reporto os fundamentos teóricos que embasaram esta pesquisa e encaminharam a uma reflexão quanto à pergunta de estudo – Como o livro infantil, uma experiência com a literatura (contar histórias), pode contribuir para a formação da criança quanto aos aspectos social, afetivo, cognitivo e cultural? Neste capítulo 3 busco relatar meu reencontro com ex-alunos, por meio de redes sociais (facebook, e-mails...), para com eles dialogar sobre a importância (ou não), em suas vidas, dos momentos vivenciados em sala de aula – relação com a literatura infantil, com a contação de histórias, com o faz de conta, com o professor personagem e com o lúdico que se faziam presentes nas aulas.

Há muitos e muitos anos atrás iniciei minha carreira como educadora, assumindo a coordenação de uma creche, hoje Escola de Educação Infantil. Assistia e repetia o que as outras professoras falavam e faziam, e não me cansava de ouvir: “Ela é tão novinha, não vai dar conta do trabalho! ” Ao tentar organizar algo “diferente, lúdico”, logo ouvia: – Só está fazendo isso por ser nova, quero ver se irá continuar fazendo isso com o tempo”. Cada novo comentário impulsionava-me a buscar mais, a querer fazer o diferente, a mostrar que não seria apenas uma “professorinha”, mas alguém que queria e iria fazer a diferença, pensando no melhor para os alunos. Essa experiência me faz lembrar Tardif (2002, p. 86):

O início da carreira é acompanhado também de uma fase crítica, pois é a partir das certezas e dos condicionantes da experiência prática que os professores julgam sua formação universitária anterior. Segundo eles muita coisa de profissão só se aprende com a prática, pela experiência, tateando e descobrindo, em suma, no próprio trabalho.

Mesmo não sendo fácil, busquei ajuda em livros. Alguns professores que me conheciam impulsionavam-me a ir em frente diariamente, pois acreditavam em mim e eu também. No fundo sabia o que queria. Nesta perspectiva, novamente reporto- me ao autor:

O saber dos professores é plural e também temporal, uma vez que, (...) é adquirido no contexto de uma história de vida e de uma carreira profissional. (...) dizer que o saber dos professores é temporal significa dizer, inicialmente, que ensinar supõe aprender a ensinar, ou seja, aprender a dominar progressivamente os saberes necessários à realização do trabalho docente (TARDIF, 2002, p.20).

(...) do ponto de vista profissional e do ponto de vista da carreira, saber como viver numa escola é tão importante quanto saber ensinar na sala de aula (p. 70).

Na constituição desta professora fui construindo estratégias diversas e situações de leitura, nas quais as personagens crianças ouviam histórias e envolviam-se com as mesmas, imaginando cenários, viajando através das narrativas e, de formas diversas, narrando suas próprias histórias. A leitura de histórias é vista pelas personagens infantis como experiência que permanece, concebendo reflexões para além do momento em que foi vivida.

Recorro a Travassos (2013, p. 115), que menciona Benjamin, que lembra:

É na brincadeira que as crianças encontram caminhos para subverter a ordem do mundo estabelecida pelo adulto. Em livros Infantis antigos e esquecidos, as crianças se sentem atraídas irresistivelmente pelos detritos […]. Com tais detritos, não imitam o mundo dos adultos, mas colocam os restos e resíduos em uma relação nova e original (BENJAMIN, 1994, p. 237).

Benjamin (1995) aproxima a criança da figura do colecionador, do caçador. Com seus brinquedos, transgride a ordem e transforma as coisas, diferenciando-se do mundo classificado do adulto, como observamos em Criança Desordeira e

Armários:

Cada pedra que ela encontra, cada flor colhida (…) já é para ela princípio de uma coleção, (…) Mal entra na vida, ela é caçador. Caça os espíritos cujo rastro fareja nas coisas (BENJAMIN, 1995, p. 39). Meu propósito não era conservar o novo e sim renovar o velho. Renovar o velho de modo que eu, neófito, me tornasse seu dono – eis a função das coleções amontoadas em minhas gavetas. […] Uma “arrumação” teria aniquilado uma obra cheia de castanhas espinhentas – as estrelas da manhã –, de folhas de estanho – um tesouro de prata […] Era assim que cresciam e se mascaravam os haveres da infância, em gavetas, arcas e caixas (BENJAMIN, 1995, p.124). Neste sentido, podemos observar, ouvir, narrar, criar, brincar: as histórias fazem parte do imaginário das personagens infantis e se tornam reais no cotidiano de suas brincadeiras, resgatando e renovando as experiências de cada uma. Assumindo papéis e vivendo histórias, se pensarmos como Benjamin (1995), entendemos que a criança, dessa forma, estará se relacionando com a cultura e buscando sentidos para ler o mundo.

Freire (2001) intensifica em sua fala, nos seus diversos livros, que “a leitura do mundo precede a leitura da palavra”, ou seja, ao escrever acabo reportando-me a momentos fundamentais que perpassamos durante a nossa trajetória; as práticas vivenciadas; tudo guardado na memória, no mais íntimo dos sentimentos, momentos da infância, adolescência, da nossa formação pessoal e profissional, da forma como vem se constituindo o nosso ato de ler as páginas escritas, como também o mundo que nos cerca.

Essa leitura de mundo, que busca letras, sílabas e palavras nos encanta, nos deixa maravilhados pela forma que precede o mundo dos livros. Alves (2008, p. 41) explica:

Tudo começa quando a criança fica fascinada com as coisas maravilhosas que moram dentro do livro. Não são as letras, as sílabas e as palavras que fascinam. É a estória. A aprendizagem da leitura começa antes da aprendizagem das letras: quando alguém lê e a criança escuta com prazer. “Erotizada” – sim, erotizada! – Pelas delícias da leitura ouvida, a criança se volta para aqueles sinais misteriosos chamados letras. Deseja decifrá-los, compreendê-los – porque eles são a chave que abre o mundo das delícias que moram no livro!

Foi neste ir e vir, nas buscas, devaneios, tropeços, construções, que se constituiu a professora, leitora e maluquinha. Nesta história cabe retomar algumas perguntas: Apresentando tantos aspectos em seu trabalho e modo de ser, por que a professora constituiu-se como maluquinha? Afinal, todavia, o que é ser maluquinha?

Bolfer (2003, p. 110) acrescenta a sua professora maluca o sufixo inha, infantilizando-a e transformando-a em uma pseudomaluca. Fazendo-a maluquinha, a autora afasta a ideia de doida, e faz dela algo desejável, ou pelo menos aceitável, além do que inha conota um tom carinhoso, afetivo. É exatamente essa leitura positiva de maluquinha que permite afirmar que a professora constrói a imagem de uma nova pedagogia, o que muitas professoras desejam e querem ser na sua beleza, romance, autoestima, competência. Elas agem pelo impulso, pelos desejos e sentimentos, contra os valores e comportamentos impostos pela sociedade.

Uso as palavras de Freire (1996), que vêm ao encontro do que pretendo expressar – ao ensinar temos de ter consciência do inacabado:

Como professor crítico, sou um “aventureiro” responsável, predisposto à mudança, à aceitação do diferente. Nada do que experimentei em minha atividade docente deve-se necessariamente repetir-se. Repito, porém, como inevitável, a franquia de mim mesmo, radical, diante dos outros e do mundo.

Minha franquia ante os outros e o mundo mesmo e a maneira radical como me experimento enquanto ser cultural, histórico, inacabado e consciente do inacabamento (p. 50).

Ao escrever sobre esta trajetória, muitas memórias perdem-se no tempo e no espaço. Este perder da memória, Corso e Corso descrevem muito bem:

Quando crescemos, junto com a maior parte das memórias da infância, perdemos a familiaridade com sua lógica, esquecemos que quando pequenos, ao nosso modo, também filosofávamos, tentávamos, de maneira rudimentar, compreender o mundo (2011, p. 246).

Em minha vida de professora essas histórias são muitas, todas envoltas de alegria, tristeza, graça, algumas corajosas, preocupantes...; histórias que perpassaram a cada ano as turmas que chegam, com um novo recomeçar, novas preocupações, alegrias, excitações. Diante destas questões, ao me reportar em meus devaneios, entrei na cápsula do tempo e fiz uma viagem de volta. Fechei os olhos e fui em busca das minhas turmas, dos momentos significativos (bons e também não tão bons) enquanto educadora, que ficaram registrados em minha memória. Peguei em minhas mãos o “potinho mágico” com o pó de pirlimpimpim, com muito brilho, glitter, cheirei e, após, joguei-o sobre mim e, como fazem as fadinhas, parti em busca de respostas nesta grande aventura.

Assim que cheiraram o pó de pirlimpimpim, que é o pó mais mágico que as fadas inventaram, sentiram-se leves como plumas, e tontos, com uma zoeira nos ouvidos. As árvores começaram a girar-lhes em torno como dançarinas de saiote de folhas e depois foram se apagando. Parecia um sonho. Eles boiavam no espaço como bolhas de sabão levadas por um vento de extraordinária rapidez. Ninguém falava, nem podia falar, a não ser a boneca, que em certo ponto gritou:

– Preciso mais pó, Peninha! Sinto que estou caindo! – É que estamos chegando – respondeu a voz.

De fato. A tonteira começou a passar e as árvores foram se tornando visíveis outra vez. Segundos depois sentiram terra firme sob os pés. Tinham chegado (LOBATO, 2007, p. 33).

Começo a escutar vozes... “Senhores passageiros apertem os cintos que logo mais iremos partir... Nesta máquina do tempo deparo-me diante dos anos anteriores em que a professora personagem adentrava na sala contando histórias, trazendo conhecimentos e levando na bagagem muitas aprendizagens, sonhos, alegrias, porque não eram somente os educandos que aprendiam e se encantavam, mas era uma troca constante, com momentos significativos. Na época sabia que isso tinha um significado valioso para eles. E hoje? Será que realmente valeu a pena? Acrescentou algo para as suas vidas? Aprendizagem? Será que ainda lembram daqueles momentos? Às vezes paro e fico a pensar: Onde estarão? Já se

formaram? Que curso estão fazendo? Já trabalham? Estão solteiros ou constituíram famílias? Dentre tantas perguntas, a que mais me inquieta e me faz refletir ainda hoje é: – O que eles levaram em suas bagagens da relação com o livro, com a história? Será que serviu para alguma coisa?

Neste momento de reflexão, com os olhos ainda fechados, vou ao encontro de meus alunos e busco respostas para as dúvidas: Será que aprenderam a ler além dos livros? Continuam a usar a imaginação?

Mandei-os por um beija-flor que todos os dias vem beijar as rosas do pé de rosa da Emília. Cheguei-me a ele e disse:

– “Sabe ler?”

– “Sei, sim!” – respondeu a galanteza.

– “Então pegue estas cartinhas no bico e vá entregá-las aos donos.” – E ele pegou as cartinhas e – prrr! ... – lá se foi... (LOBATO, 2007, p.10). E as cartinhas foram entregues... como em um toque de mágica, as cartinhas começaram a surgir, uma a uma, como respostas que vão como um fio tecendo uma grande teia; respostas do significado que tiveram aqueles momentos em sala de aula. Algumas cartinhas se perderam no espaço, sem retorno algum. Se chegaram ao destino desejado não sei. Talvez lembranças esquecidas, momentos nem tão expressivos assim, sem grandes significados, que acabaram não tendo tamanha importância. Talvez o “beija-flor” não tenha encontrado o destinatário... As que encontrou, porém, em seu bico veio trazendo.

Foi usado como metáfora o emprego das cartinhas. Estas cartinhas não foram enviadas no formato de cartas (envelope, selos e correio). Busquei, como aliadas, as mídias que estão tão interligadas e nos fazem estar conectados 24 horas do nosso dia. Encaminhei o roteiro de entrevistas por e-mail, obtendo as respostas também por e-mail. Como já foi mencionado anteriormente, de 20 e-mails encaminhados 10 retornaram; os outros 10 não retornaram. O período que estabeleci para contato com os alunos que entrevistei “trocando cartinhas”, foi de 2000 a 2008. Todos eles foram meus alunos na rede particular de ensino.

Li as cartinhas que retornaram e procurei selecionar, o que correspondia ao contexto da pesquisa, o que fez parte da infância de cada um. Fui comentando e apontando elementos teóricos que vieram ao encontro do significado revelado para cada educando sobre aquele momento em sua caminhada escolar. Cada um abordou o que ficou gravado em suas memórias. Li significados específicos quanto à

relação com novos sentidos, levar a novas experiências, aprendizado prático e lúdico, o despertar da curiosidade e melhorar a aprendizagem impulsionando o conhecimento.

Os depoimentos a seguir descrevem a “relação com novos sentidos”:

CARTINHA 1: É quando somos crianças, que precisamos de alguém que seja um exemplo, que nos ensine valores, que nos incentive a ler, escrever, desenhar, que nos ensine como de fato o mundo é. Em parte, cabe aos nossos pais esta tarefa, em conjunto com a escola e com o professor, e na minha infância tive a oportunidade de conviver com muitas surpresas e novidades, e uma delas foi a Professora Maluquinha. Quando chegava à aula e via que era dia da visita da Professora Maluquinha, ficava muito animada. Com uma panela na cabeça e roupas coloridas, além de nos encantar, contava histórias que faziam com que nossa imaginação voasse alto. Gostava muito destas aulas, e lembro que me despertou a vontade de ler livros do Menino Maluquinho e que, certa vez, nós tivemos a oportunidade de ir à aula de “alunos maluquinhos” com panelas na cabeça e que foi muito divertido. A aula se tornava prazerosa e, assim, aprender era fácil. Toda a dedicação da Professora em levar personagens diferentes para dentro da sala de aula com certeza marca seus alunos até hoje, assim como eu, que lembro muito bem das suas aulas com muito carinho e comento: “– Tive uma professora que se vestia de Maluquinha, de Dona Benta, que nos contava histórias e que sempre nos deixava recadinhos no caderno, com canetas coloridas e adesivos.” São esses momentos que marcam a nossa vida escolar e que, no futuro, descobrimos que muito além de ir com roupas diferentes na aula e contar histórias, estávamos aprendendo de uma forma prazerosa e descobrindo que a leitura poderia nos fazer viajar e imaginar. A Professora Maluquinha me ensinou exatamente isso, que leitura, sonhos e imaginação são essenciais não só para crianças, mas para todos os adultos (C. D. I., 22 anos, estudante de Medicina).

CARTINHA 2: Se me perguntarem quais recordações eu tenho do meu Ensino Fundamental, lembro das visitas que recebíamos da Professora Maluquinha e da galera do Sítio do Pica-Pau Amarelo. Praticamente todos os dias eles nos mandavam recadinhos criativos e recebíamos eles com toda alegria. Os momentos se tornavam mais marcantes e nos deixavam ansiosos pelas aulas. Eram momentos surpreendentes e divertidos. Acredito que atividades assim chamam mais a atenção dos alunos, fazem com que as crianças se interessem mais e sejam capazes de "colocar a imaginação funcionar". Em relação à correção dos cadernos, acho que a atenção que a Professora Maluquinha tinha com os cadernos dos seus alunos era indispensável, pois todos os alunos recebiam uma atenção especial, e abrir o caderno e encontrar recados bonitos e especiais se tornava um estímulo para "caprichar" e se dedicar. Toda essa imaginação em sala de aula, acho que teve uma grande importância na minha vida; começou como criança e o que eu faço hoje depende muito da imaginação. Não tenho memórias ruins, apenas de momentos alegres e divertidos, com cadernos e sala de aula coloridos, cheio de desenhos, artes, amor e imaginação (P. T. P., 21 anos, estudante de Engenharia Civil).

Essas descrições do estímulo à imaginação mostram o seu crescimento, que se dá por intermédio da “professora maluquinha” e seus personagens, “quando

chegava na sala e via que era dia de visita da Professora Maluquinha [...]. Além de nos encantar, contava histórias que faziam com que nossa imaginação voasse alto

(C. D. I). “Os momentos tornavam-se mais marcantes e nos deixavam ansiosos

pelas aulas [...] Toda essa imaginação em sala teve uma grande importância para minha vida. Começou como criança e o que eu faço depende muito da imaginação”

(P. T. P.). Foi nas aulas do dia a dia que se construiu, por meio da prática e do despertar da imaginação, o gosto pela leitura.

Conjuntamente com a imaginação vem alicerçada a fantasia que tanto instiga e leva o leitor a buscar novas palavras e histórias em meio aos livros. Assim, recebo as cartinhas de número 3 e número 4, que descrevem o interesse pela leitura e pelos livros.

CARTINHA 3: Fui aluno da Professora Marcia na terceira série do Ensino Fundamental. Lembro das aulas e dinâmicas que a Prof.ª fazia em aula, não só as que envolviam leitura. Acredito ter sido nessa época que desenvolvi gosto pelos livros, mesmo tendo começado com gibis, que até hoje ainda leio quando vejo um na minha frente. Depois passei a ler livros mais longos, que eu costumava ler em dois ou três dias, sem parar, porque queria chegar logo no final. Admito que não consigo recordar todas as atividades lúdicas dessa série. Entretanto, me lembro muito de quando simulamos eleições para Presidente da República; lembro que a minha chapa perdeu, mas que eu fiz papel de jornalista e entrevistei os candidatos do segundo turno. Aliás, nós ganhamos um título de eleitor de brincadeira, que eu tenho até hoje! A outra lembrança mais forte é de quando a Prof.ª Marcia vestia-se de algum personagem e vinha dar aula daquele jeito. A Professora Maluquinha, que era só uma das personagens que nos fazia “visitas”, foi talvez a mais relevante, porque era também a personagem do livro “Uma Professora Muito Maluquinha”, do Ziraldo. Escrevendo este texto, me lembrei de um trecho do livro do qual eu gostava muito e que fui buscar para colocar aqui:

Seu olhar, sempre que olhava a gente, parecia veludo na pele ou um pêssego na mão. Havia dias, porém, em que ela chegava na sala com um bico maior do que o de um tucano. Então, seus olhos ficavam perdidos no ar e, muitas vezes, seu olhar, como uma flecha, atravessava, o peito de um de nós e seguia em frente, dirigido a lugar nenhum.

Hoje, em minha Graduação, tenho contato com livros e artigos acadêmicos muito mais densos do que quando criança. Por isso, nem sempre são uma leitura agradável e acabam exigindo mais atenção para absorver o conteúdo. Mesmo assim, acredito que não ter uma barreira prévia com a leitura de modo geral ajuda a estudar mesmo os assuntos menos prazerosos. Além disso, quando posso ler um livro ou texto de minha escolha, a velocidade e a vontade em ler me lembram do quanto eu gostava disso na infância (L. A. W., 22 anos, estudante de Relações Internacionais). CARTINHA 4:Quando criança nunca fui muito adepto à leitura, mas graças a diversos incentivos da professora, através de variados exercícios envolvendo livros e leitura para fomentar a vontade pela leitura, graças a isso, naquela época nasceu um novo ávido leitor, leitor este que agora se encontra mais velho, mas com a mesma vontade de ler plantada em sala de aula a 10-12 anos atrás por conta das diversas atividades práticas desenvolvidas utilizando livros. Assim como a vontade por ler nasceu naquela época e com o tempo aumentou, a coleção de livros também cresceu exponencialmente. Se naquela época não bastava os livros da

escola, hoje uni o útil ao agradável, sempre que possível adquirindo um livro e tirando tempo durante a semana para me dedicar a lê-los e sempre manter o hábito adquirido há muitos anos atrás. As aulas foram uma das maiores motivações ao meu gostar de ler, hábito que ainda tenho. Acho que uma aula mais dinâmica sempre colabora pros alunos pegarem gosto pela leitura. Graças a ti, teus métodos de incentivo à leitura, ainda hoje compro muitos livros e, principalmente, adoro pegar parte do meu dia para ler. Me distancio um pouco da internet, desligo de tudo e fico só no livro. Continuo “comendo os livros” como a senhora dizia. Bah professora, vou ficar devendo detalhes, foi mal, não lembro muito. Lembrei que a biblioteca da escola era “pouca” para mim, pois havia lido tudo da minha idade, daí a senhora montou uma biblioteca na sala de aula. Lembro da coleção do Harry Potter e a Salve-se Quem Puder que li inteira, inclusive recomprei ela estes tempos de novo por uma edição e colecionador. Porque realmente o Harry Potter foi o que me fez tomar gosto pela leitura. E professora, foi uma missão difícil fazer o texto. Quebrei a cabeça ontem e hoje para conseguir começar. Fui conseguir no meio da aula de Inglês (A. C., 21 anos, estudante de Engenharia Mecânica).

As cartinhas que chegaram mostram a importância que tiveram os momentos destinados à leitura e à contação de história em sala de aula. Segundo (L. A. W),

“acredito ter sido nessa época que desenvolvi gosto pelos livros, [...] passei a ler

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