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A associação de Corretores de Imóveis do Rio Grande do Norte-ACIRN, e o início das práticas político institucionais

Em 27 de agosto de 1962, tem início as práticas políticas institucionalizadas, com a promulgação da Lei 4.116/62 Nesse momento, são

4 A CORRETAGEM DE IMÓVEIS NO RN: ELEMENTOS SEMELHANTES PROCESSOS DIFERENTES

4.3 DAS PRÁTICAS POLÍTICO INSTITUCIONALIZADAS AOS “EFEITOS PERTINENTES” DOS AGENTES DO SEGMENTO DA CORRETAGEM DE

4.3.1 A associação de Corretores de Imóveis do Rio Grande do Norte-ACIRN, e o início das práticas político institucionais

O fim da década de 1970 é o ponto inicial do processo concorrencial entre os agentes pessoas jurídicas das práticas mercantis. Apesar de possuir oficialmente 6 agentes pessoas jurídicos (imobiliárias) devidamente institucionalizados entre 1976 e 1978, havia um maior número de agentes pessoas físicas(corretores de imóveis) que atuavam sem constituir empresas, mas já se utilizando de um nome de fantasia. Como forma de ilustrar esse cenário, escolhemos o caso da Procuradoria de Imóveis, Creci 998.

No fim da década de 1960, o advogado José Wilson Arnaldo da Câmara Gomes Neto, Creci 424, passou a administrar aluguéis de seus clientes. Essa atividade paralela passou a se configurar como uma atividade específica. Daí, surgiu a Procuradoria de Imóveis, iniciando suas atividades, mais como um setor de seu

escritório de advocacia21, do que como uma empresa constituída, pois essa seria

registrada no conselho regional somente em 1989.

Buscando informações em de outro periódico local, o jornal Poty, nas edições de domingo, dias 01, 08 e 15 de agosto de 1979, são identificados os seguintes agentes: Critério, J. G Macedo, M. Macedo, Sigma, Vila Velha, Logos Imobiliária, Pio Morais, Estrela D´alva, Imobiliária Nobrega, Olemane. Entre os agentes que aparecem com nomes de pessoas físicas estão Abínio Arruda, Ferreira, Almeida, Loudinha, Magno Wanderley.

Do que precede, o mercado imobiliário de Natal, do ponto de vista dos agentes, encontravam-se na seguinte situação: o grupo dos agentes históricos tendo a sua frente agentes como Francisco Ribeiro Alves, Manuel Macedo de Brito, Militão Chaves, Max Eufrásio de Lima, Humberto Pignato; o grupo dos novos, agentes como Arno Sávio e Waldemir Bezerra, os quais a pesquisa, passam a atuar explorando intensamente o espaço publicitário dos periódicos locais, e ainda um terceiro grupo remanescente dos agentes não identificados, os quais, por diversos motivos acabaram se perdendo no processo de desenvolvimento das práticas históricas concretas.

O capital acumulado, por algumas empresas e pessoas físicas, já passava a consumir o trabalho de indivíduos que passam a atuar como corretores, sem vínculo empregatício e sendo remunerados por comissão.

Além dessas variáveis, o Conselho Federal de Corretores de Imóveis, com a recente promulgação da lei 6.530/78, deu andamento à expansão da rede de conselhos regionais como forma de cumprir seu papel institucional de aplicação da lei em todos os Estados, e, de certa forma, passando a interferir nas práticas mercantis locais.

Em 18 de outubro de 1978, é fundada a Associação de Corretores de Imóveis do Rio Grande do Norte - ACIRN, com 27 associados, dos 89 agentes da corretagem que já estavam inscritos no Conselho de Pernambuco. Dentre eles, são encontrados agentes históricos das práticas mercantis, como Manuel Macedo de Brito, fundador presidente; Francisco Ribeiro Alves, Max Eufrásio de Santana, Militão Chaves, Otacilio Pio Ribeiro, Roberto Hugo Barreto de Paiva. Assim como,

21 Conforme informações cedidas por Renato Alexandre Maciel Gomes Neto, Creci 1107, advogado, filho de José Wilson da C.G. Neto, diretor da Procuradoria de Imóveis e um dos presidentes da Apemi.

integrantes da segunda geração das práticas mercantis, que passam a atuar a partir da década de 1970, como Jansen Leiros Ferreira; José Renato Ribeiro Alves e Francisco Marcos Ribeiro Alves, filhos de Francisco Ribeiro Alves22; Arnon Sávio da Silva, que já despontava nos anúncios como um dos agentes pessoas físicas usando nome de fantasia, que marcaram a corretagem de imóveis no fim dá década de 1970; Luiz Carlos Scala Loureiro, dentre outros agentes.

A ACIRN/RN, em seu artigo primeiro, propunha-se a ser uma entidade com o fim de congregar a classe de corretores de imóveis. Como sua instituição jurídico- econômica era de uma associação, sua função seria congregar seus associados, e não toda a categoria.

Podemos considerar que a associação foi o primeiro instrumento do grupo histórico das práticas mercantis na defesa de seus interesses frente ao crescimento no número de agentes concorrentes e, de certa forma, frente ao mercado. Apesar de ter sido fundada em outubro de 1978 seu estatuto seria publicado no Diário Oficial do Estado de 13 de julho de 1979.

O estatuto definia os fins da instituição, os sócios, que só poderiam ser corretores de imóveis, os direitos e deveres dos associados, penalidades disciplinares com base nas normas do Conselho Regional, a estrutura administrativa e as assembléias gerais.

Ao que parece, a Associação também foi uma forma de constituir um grupo de agentes, que coordenasse a transição das práticas mercantis às práticas político-institucionalizadas, frente a algo que se tornava cada vez mais eminente por força de lei, a fundação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis.

A ACIRN, como associação, vai dar origem, entre 1979 e 1982, a outras duas instituições, o Conselho Regional em 1979 e o Sindicato dos Corretores de Imóveis em 1982.

Essas duas entidades serão dirigidas por um grupo muito restrito de integrantes da categoria, formando um “grupo dominante”, composto por agentes históricos das práticas mercantis da primeira geração em seu núcleo duro, associado a um grupo de agentes da segunda geração, que condicionariam o desenvolvimento da atividade da corretagem de imóveis de forma modernizante, do

22 A família de Francisco Ribeiro passou a fazer parte da associação tanto quanto das primeiras diretorias do Conselho Regional além dos filhos Maria Helena Fialho ribeiro Alves, sua esposa fez parte da diretoria do Conselho Regional.

ponto de vista dos agentes do capital, e conservadora, do ponto de vista do trabalho, a partir dos anos de 1990.

4.3.2 A Fundação do Conselho Regional de Corretores de Imóveis e a lenta e

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