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2 EMBASAMENTO TEÓRICO

2.1 GESTÃO DE FACILIDADES

2.1.6 Associações de facilities

Ramos (2012) define as associações como grupo de indivíduos ou entidades, que possuem interesses comuns numa determinada área, cooperando entre si com intuito de partilhar informações relevantes (experiências, dados, “know-how”, entre outros) para a atividade de FM, obtendo-se benefícios significativos.

Quadro 1 – Associações Internacionais de FM

Fonte: elaboração da autora a partir das informações contidas em Websites das associações (2016).

Nos Quadros 2 e 3, estão descritas e classificadas as associações por área de atuação, ano de fundação e quantidade de membros associados. As entidades trabalham em conjunto com organizações que partilham o interesse comum na área de FM: desenvolver melhorias nos padrões de qualidade, incremento e intercâmbio do conhecimento, promovendo a evolução constante da atividade a nível nacional.

Quadro 2 – Associações de Facility Management

Fonte: elaboração da autora a partir das informações contidas em Websites das associações (2016).

Quadro 3 – Associações de Facility Management no Continente Europeu

Fonte: elaboração da autora a partir das informações contidas em Websites das associações (2016).

Cabe às associações internacionais a tarefa de conciliar e gerir as informações provenientes das entidades nacionais.

Nesse contexto, a Figura 3 ilustra a área de atuação da Associação Internacional Global FM.

Figura 3 – Mapa de distribuição das Associações da Global FM

Fonte: Disponível em: <http://globalfm.org/>. Acesso em: 26 maio 2016.

Segundo a EuroFM (2015), esta é uma organização formada por educadores, pesquisadores e profissionais da área de Facility Management, aliando a investigação, a educação e a prática nas corporações. Seus membros estão espalhados por 23 diferentes países da Europa, em institutos de pesquisa em universidades, prestadores de serviços e associações relacionadas ao tema. Tem como objetivo compartilhar aprendizagem e conhecimento para obter avanços na capacitação de profissionais da área.

2.1.7 Normalização

A EuroFM (2015) possui um acordo de parceria com o Comité Europeu de Normalização (CEN), para o desenvolvimento e implementação da Norma EN 15221: 2006 com a participação das associações nacionais de Facility Management.

No ano de 2003, o CEN se propôs a normalizar o mercado de FM para: • melhorar a competitividade do mercado europeu de FM;

• aumentar a eficiência e eficácia nos processos primários dos fornecedores de serviços;

• estabelecer um quadro para recrutamento de FM que promova a transparência nos processos de recrutamento e desenvolvimento dos serviços;

• garantir a qualidade dos serviços contratados; e

No Quadro 4 estão compiladas as etapas da norma europeia EN 15221: 2006.

Quadro 2 – Norma EN 15221: 2006

Norma Título Status Disponibilidade

EN 15221-1:2006 Facility Management – Parte 1: Termos e definições Publicada 25/10/2006

EN 15221-2:2006 Facility Management – Parte 2: Orientação sobre

como preparar acordos Publicada 25/10/2006

EN 15221-3:2011 Facility Management – Parte 3: Orientação sobre a

qualidade Publicada 19/10/2011

EN 15221-4:2011 Facility Management – Parte 4: Taxonomia,

classificação e Estruturas Publicada 19/10/2011

EN 15221-5:2011 Facility Management - Parte 5: Orientações sobre

processos Publicada 19/10/2011

EN 15221-6:2011 Facility Management - Parte 6: Área e Medição do

espaço Publicada 19/10/2011

EN 15221-7:2012 Facility Management - Parte 7: Diretrizes para

Avaliação de desempenho Publicada 17/10/2012 Fonte: adaptado da European Committee for Standardization (2016).

Com base no modelo FM dentro de uma organização segundo a EN15221-1: 2006, CEN (2016), a Figura 4 representa uma orientação sobre como preparar acordos na área de FM entre o prestador de serviços e a organização.

Segundo Ramos (2012), o protocolo de FM se desenvolve entre três patamares dentro da organização (Figura 4): nível estratégico, nível tático e nível operacional. Nos serviços prestados, os resultados são aferidos de acordo com indicadores de desempenho, Key Performance Indicators (KPI), onde os valores devem ir ao encontro dos acordados contratualmente para um determinado nível de serviço, Service Level Agreement (SLA). O ciclo contínuo de prestação de serviço de suporte (facility) às atividades principais da organização é chamado de Modelo Europeu de Gestão de Facilidades.

Figura 4 – Modelo Europeu de FM

Fonte: adaptado da EuroFM (2015).

Ramos (2012) exemplifica os níveis hierárquicos dentro da organização através de atividades:

• nível estratégico: tomadas de decisão estratégica, financeira, “visão panorâmica” da organização;

• nível tático: gestão tática a nível operacional, a rotina empresarial; e

• nível operacional: operações desde o pessoal de limpeza ao pessoal de segurança, as tarefas mais operacionais dentro da Gestão de Facilidades.

Segundo Antonioli (2003), dentro da visão de gestão de facilidades, as instituições de ensino se enquadram no perfil de usuários desta tecnologia, pois a operação e a manutenção influenciam de maneira significativa as atividades desenvolvidas, seja pela confiabilidade necessária ou por sua influência nos custos de bens e serviços produzidos.

2.2 TECNOLOGIA FM

Segundo Sapp (2013), a gestão de facilidades engloba os serviços necessários para assegurar que um ambiente construído desempenhe as funções

para as quais fora projetado e construído. O ideal é que a operação e a manutenção estejam sempre associadas, porque a instalação não pode operar com a máxima eficiência sem ser mantida. Isto inclui atividades diárias necessárias para que seus sistemas e equipamentos desempenhem a função pretendida.

Os avanços tecnológicos proporcionam uma revolução no FM, o desenvolvimento contínuo de tecnologias altera a forma como os serviços de gestão de instalações são desenvolvidos. O uso de soluções integradas de softwares personalizados permite que enormes bancos de dados corporativos sejam gerenciados em vários níveis. Relatórios personalizados, agendamento de ações, controle sem ser necessária a presença física na empresa, proporcionado pelo transporte de dados com sinal de alta velocidade e capacidade (BOMI INTERNACIONAL, 2013).

Ainda conforme Sapp (2013), o FM inclui aspectos de campos interdisciplinares integrados dedicados à coordenação da operação, manutenção, espaço, infraestrutura, pessoal e atividades que otimizem a eficiência da instalação e a sua utilização, apoiados em algumas tecnologias.