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2 EMBASAMENTO TEÓRICO

3.1 CENTRO UNIVERSITÁRIO FEEVALE (RS – BR)

O Quadro 9 apresenta o Centro Universitário Feevale, uma universidade brasileira mantida pela Associação Pró-Ensino Superior (Aspeur), sem fins lucrativos e reconhecida como de utilidade pública pelas instâncias federal, estadual e municipal. Localizada no município de Novo Hamburgo, na região metropolitana de Porto Alegre (RS).

Quadro 9 - Universidade Feevale

Tipo de instituição: Privada sem fins lucrativos / Comunitária Fundação: 1969

Funcionários: 1.700 Alunos: 19.000

Campi: Campus I (bairro Hamburgo Velho), Campus II (bairro Vila Nova) e demais unidades complementares.

As instalações do Centro Universitário Feevale (Figura 28), são compostas pelo Campus I, Campus II e as estruturas externas ao campus (Techpark, Polo de inovação tecnológica do Vale do Sinos e Núcleo de Extensão Universitária).

Figura 28 – Centro Universitário Feevale

Fonte: Disponível em: <http://mapio.net/o/2026362/>. Acesso em: 21 jun. 2016.

De acordo com a revista MundoGEO (2009), o Centro Universitário Feevale, através do Laboratório de Geoprocessamento do curso de Arquitetura e Urbanismo, desenvolveu o projeto: “O uso de Facilities Management para o Gerenciamento dos Campi I e II do Centro Universitário Feevale”. Este projeto teve como objetivo reduzir custos operacionais a partir da agilidade na tomada de decisões entre as diversas áreas da instituição, facilitar o desenvolvimento de projetos, obras e manutenção, além de melhorar a locação de turmas nos espaços de salas de aula e laboratórios e também permitir o controle patrimonial dos equipamentos nos espaços físicos.

Outro benefício foi para o setor de Segurança Patrimonial, que utiliza o sistema a partir da intranet para visualizar os espaços da instituição e os equipamentos que os compõem. Todos os setores acessam uma única base de dados, atualizada pela equipe do laboratório de geoprocessamento. Estes dados são acessados a partir da internet (Mundo Geo, 2009).

Neste centro foi adotado o facility management utilizando a ferramenta Archibus, e teve como objetivo manter atualizada a estrutura física da instituição e seus ativos, procurando estabelecer uma interface entre o banco de dados georeferenciado e o banco de dados alfanumérico. O sistema necessita de infraestrutura de informática e de recursos humanos nas áreas de: Tecnologia da Informação (TI), Arquitetura, Engenharia Civil e Administração (FURTADO, 2005).

Segundo Furtado (2005), para o desenvolvimento do trabalho foi utilizada a

infraestrutura de informática da Instituição, tais como o servidor onde foram

do banco de dados alfanuméricos, dos relatórios e realização de pesquisa em

Structured Query Language (SQL) e três máquinas, chamadas clients, onde foi

instalado o Archibus.

Setores como recursos humanos, patrimônio e almoxarifado tiveram a autonomia de inserir seus próprios dados, já o gerenciamento e a integração foram realizados por meio do gerenciador de sistemas. Após a definição da infraestrutura de informática foi estabelecido o fluxograma de desenvolvimento do trabalho (Figura 29).

Figura 29 – Fluxograma de implantação do Centro Universitário Feevale

Fonte: Furtado, 2005.

Também foram coletados dados a partir de entrevistas e fotografias para compor a ilustração dos espaços representados no sistema. A depuração e a “customização” dos dados teve o suporte da empresa fornecedora do software

Archibus. Programadores do Centro de Sistemas de Informação (CSI) realizaram a

ligação entre as fontes de dados e cada setor participante do programa, que passou a interagir a partir da implantação do sistema de facilities.

Conforme Furtado (2005), o setor que primeiro se beneficiou foi a Prefeitura da Feevale, que desenvolve os serviços de obras, reforma, segurança e outros.

O setor de apoio passou por algumas mudanças com a implantação do sistema de gerenciamento de facilidades, a começar pela manutenção preventiva que controla as datas para a realização da manutenção dos equipamentos localizados a partir de plantas arquitetônicas.

Foi elaborada uma página onde são registradas as solicitações de serviços pelos colaboradores da instituição, composta por um quadro contendo a sala, o andar e o prédio da instituição. As solicitações são gerenciadas pelo Archibus e distribuídas aos respectivos setores: elétrica, higienização, pintura, segurança, projetos e obras. Após a realização do serviço, o solicitante recebe a confirmação da conclusão e deve avaliar o desempenho da atividade, o que alimentará o sistema com índices de satisfação para posterior emissão de relatórios.

Ainda, de acordo com o relato do desenvolvimento do trabalho da Feevale por Furtado (2005), foi realizado um estudo de alteração da identificação dos espaços, sendo integrados, sem repetição criando uma sequência lógica da numeração das salas em um mesmo andar.

Como resultados obtidos, pode-se citar a identificação única para cada ambiente, a localização de bens, de equipamentos com manutenção preventiva vencida ou a vencer, relatórios com o histórico da manutenção, redução dos índices de reclamação com relação ao funcionamento dos equipamentos, controle de qualidade dos serviços, distribuição automática das solicitações para os setores específicos e também a redução de turmas alocadas no mesmo espaço.

Este trabalho chegou à conclusão que o projeto atende às expectativas da Feevale com inúmeras informações a partir de relatórios em tempo reduzido, por exemplo da quantidade de funcionários por edificação, assim como a sua localização; identificação das salas que estão ocupadas ou não para alocação de alunos; capacidade de alunos por sala. A partir do histórico de solicitações de serviços percebeu-se que alguns funcionários estavam sobrecarregados e outros ociosos, facilitando a decisão de remanejamento das atividades desempenhadas para diminuir o tempo de conclusão do serviço solicitado. Com relação a equipamentos, foi possível identificar que alguns aparelhos de ar condicionado passavam por manutenção frequente, o que levou a conclusão de que estavam subdimensionados.