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ATAQUE E CORTE DO SOM

No documento A Arte de Tocar Saxofone (páginas 71-85)

O uso da palavra “ataque” no início de produção de um som envolve uma explosão, por isso não é aceito na terminologia artístico-musical. Um termo mais apropriado seria: entrada ou início do som. O estudo desse movimento deve ter o seguinte objetivo: iniciar o som com a qualidade desejada, intensidade e afinação, exatamente no momento certo. Não deveria haver ajustes, depois que o som foi emitido, visto que um início anti - musical cria uma primeira impressão dominante.

Um dos aspectos ruins de performance (atuação) musical é que, um erro uma vez cometido, não pode ser corrigido. Assim um músico encontra- se na mesma situação de um homem que pulou do avião e lembrou-se que não havia posto o pára-quedas. Preparativos apropriados salvariam o homem do salto, assim como o som, mas depois que se deu o início não há mais retorno.

Ao iniciar o som, certos fatores agirão simultaneamente e devem ser feitos rapidamente na seqüência apropriada. A negligência neste aspecto resulta num início defeituoso, que poderia ser descrito como: um recolhimento escorregadiço ou salpico no som. Os fatores físicos para um bom começo são:

1- inale;

2- tome a posição dos dentes na boquilha; 3- pressione a embocadura;

4- toque a ponta da palheta com a língua e segure-a nessa posição; 5- traga a coluna de ar para a ponta da palheta;

6- liberte a língua.

Os três primeiros passos não precisam explanação, pois já falamos deles anteriormente. No passo (etapa) 4 a direção é a seguinte: toque a ponta da palheta com a língua e segure-a lá. O contato da língua não serve como uma válvula de ar, mas previne a palheta de vibrar.

Posição da língua

O posicionamento da língua na palheta, com o propósito de interromper o som, pode ser um pouco confuso, se o estudante tiver dúvidas de qual parte da língua deve ser usada. Um expert diria-lhe que ele encontrou seu melhor sistema de posicionamento com base em suas necessidades particulares; se vários experts forem consultados haveria diferentes opiniões. Esta questão pode ser dividida em três tipos:

1- ponta da língua na ponta da palheta;

2- pouco atras da ponta da língua na ponta da palheta;

3- apoiando a ponta da língua nos dentes de baixo e curvando a língua na ponta da palheta.

O método usado deveria ser determinado pelo tipo e formato da língua e cavidade bucal do instrumentista. A consideração mais importante no uso da língua é o ponto de contato com a palheta, indiferentemente à parte da língua usada. Pessoas com uma larga cavidade bucal e uma língua pequena, acharão que, no relacionamento de língua - palheta (ponta da língua - ponta da palheta), é vantajoso. Enquanto pessoas com uma cavidade bucal pequena e língua comprida, acharão o 3o método melhor.

A grande maioria das pessoas acham que os melhores resultados serão obtidos no 2o método. A posição será determinada com base em experiências, em quais a língua fica mais relaxada e pode ser manipulada confortavelmente. O efeito de uma posição que não seja natural, tem relação com a abertura da garganta. Se a língua é recolhida para traz fechará a garganta e se é forçada para a frente, ela forçará os músculos da garganta e os tornarão rígidos.

Muito ênfase deve ser dado ao fato de que a remoção da língua da palheta libera o som e a pressão do ar está na ponta da palheta. Quando não usada a língua deve permanecer na base da cavidade bucal, fechando a palheta, de tal modo que o golpe de língua dá-se num pequeno arco de aproximadamente 1/8 de polegada.

Ao liberar a coluna de ar da ponta da palheta, deve-se determinar a intensidade do apoio de ar necessário para produzir o volume desejado. Este é um problema de acertos e erros e deve ser aperfeiçoado para produzir um som claro de início. Embora não se consiga nas primeiras tentativas o desejado, evite um apoio insuficiente de ar. O estudo do ataque inicial pode ser praticado nas seguintes séries de contagem lenta:

1 2 3 4 5 6

inale posicione

os dentes embocadura língua na palheta pressão do ar na ponta da palheta

remova a língua

O corte do som

O corte ou interrupção do som tem alguns problemas, que algumas vezes são negligenciados. Um corte errado resulta numa alteração do tom (desafinação), dilatação (expansão) e uma série de distorções tonais inaceitáveis. O corte é tão importante quanto o ataque e deve ser estudado com grande cautela.

Dois métodos de corte no som são usados: 1- diminuir ou cortar a coluna de ar;

2- tocar a palheta com a língua.

ESTACATO

O estacato é, na sua forma mais simples, uma repetição do processo de ataque e corte do som. Se existe um conhecimento do funcionamento da língua, a habilidade e destreza do golpe de língua, somente serão alcançados com estudo e prática. O bom estacato deve ter a melhor qualidade sonora todo o tempo. Um estudante que toca muito bem uma frase ligada, esquece todo o aprendido em qualidade sonora quando tocam articulando a mesma frase, apesar do fato das notas do estacato precisarem do máximo em ressonância.

Instrumentistas de sopro confundem destacado (não ligado) com estacato.

A língua, que é composta de músculos de finas textura capazes de uma tremenda flexibilidade e controle, é o órgão mais complexo que alguém possa imaginar. Seu uso na mastigação pode evidenciar isto. Embora na função de produção do estacato a parte concernente é a próxima de sua ponta, a porção anterior deve ser considerada. Quando muito levantada essa parte impedirá o suprimento do ar. A base da língua deve ficar imóvel durante o estacato, qualquer movimento afetará o formato da cavidade bucal e estimulará o movimento do queixo. Mover o queixo em cada ataque do som, muda a pressão na embocadura, alterando a qualidade sonora e afinação. Um correto golpe de língua requer que o porte frontal da língua seja controlado independente de quaisquer fatores que fazem a embocadura. Este controle pode ser praticado pronunciando-se a sílaba: ta-ta-ta com abertura da boca ¾ de polegada, sem mover o queixo ou os músculos da garganta (esta medida é a posição aproximada do queixo, lábios e músculos da garganta quando a boquilha é inserida.).

Se colocarmos a mão atrás da garganta, durante essa prática, qualquer movimento do queixo ou da garganta será notado.

O corte na coluna de ar é preferível quando o som é seguido de uma pausa ou se o som tem um diminuindo. Quando não há tempo suficiente para usar a coluna de ar entre as notas, como um legato - estacato, ou um rápido golpe de língua, ela deve ser usada para interromper o som, visto que o mesmo golpe de língua que interrompe o som, tem que iniciar o próximo. Indiferentemente ao método usado a embocadura deve ser mantida até o final da duração do som.

O corte de ar é controlado pelo diafragma e a garganta, em combinação. Isto cria um efeito de arredondamento na terminação do som e o formato do som é importante nas características da frase musical. O corte pela língua é tão abrupto quanto o ataque. Em passagens lentas isso é descrito (tem a forma) de um “toot”.

Existem vários tipos na interrupção do som, alguns dos quais incluem o uso da língua e do ar. A mudança de um tipo particular depende da situação musical.

Ataque e corte no som devem ser praticados no mesmo exercício. A seguinte exposição serve como modelo de estudo:

1- A embocadura deve ser mantida durante a duração total da nota. Os estudantes novos, corriqueiramente abrem a boca no corte do som. Isto resulta na distorção da afinação e qualidade sonora.

2- O suporte do ar deve ser mantido durante o corte do som. Isto é muito importante quando a língua é usada para interromper o som.

3- A língua deve tocar a palheta levemente, somente o suficiente para interromper a vibração da palheta. Qualquer esforço desnecessário sobre a palheta resultará numa terminação anti-musical no som.

4- Afinação e qualidade sonora devem ser mantidas.

5- Ritmo preciso - sincronia correta nos cortes do som, pois é uma área comum de descuido. A sincronia no ataque recebe mais atenção dos instrumentistas que o corte do som. A desatenção na duração exata do valor das notas é a causa de uma perda na precisão musical, especialmente quando se toca em conjunto.

Silabas no golpe de língua

As três principais sílabas usadas na articulação do sax são: Tu, Du e Le. A silaba tu é a mais usada no estacato e para velocidade. O tu-tu-tu-tu quando ganha velocidade torna-se tutututu, de tal maneira que o corte de uma nota torna-se o ataque da próxima. Esta sílaba deve ser a articulação básica, pois dá uma estabilidade e direcionamento no movimento.

O Du produz um estilo macio e mais ligado. Este tipo de estacato é predominante nas melodias líricas e em situação onde o legato-estacato é usado. A sílaba du requer que a língua seja levemente abaixada e um formato circular na ponta, criando o ataque macio. Deve-se evitar tocar (ataques) na parte achatada da palheta, pois isso produzirá um som indefinido - “th-th-th”

A sílaba le-le-le, embora seja raramente usada, é valiosa em certas passagens de súbito. A língua toca levemente a ponta da palheta e isto resulta numa mínima separação. É um golpe de língua extremamente delicado e requer muita prática para se controlar, mas é usada por músicos avançados que obtêm vantagens artísticas.

Uma interpretação correta requer um conhecimento de todos os golpes de língua e os níveis de graduação entre eles.

A aquisição de um estacato rápido é desejável e necessário, mas seu uso deve ser ditado pelas normas artísticas. Um rápido golpe de língua, unicamente com o propósito de mostrar agilidade, reduz o músico a um ginasta. Antes de se atentar para a velocidade é melhor concentrar-se num ritmo lento, prestando atenção nos aspectos físicos do golpe de língua. Particularidades a serem observadas são: arco formado pelo movimento da língua, a distância do movimento e o ponto no qual a palheta é tocada. Este movimento deve ser praticado até tornar-se uniforme, rítmico e relaxado. A análise deste movimento é mais eficiente num tempo lento, gradualmente prosseguindo até um ritmo moderado. Isto é preferível do que forçar a velocidade do estacato, antes de conseguir-se um controle de golpe de língua.

A uniformidade no ataque e o estacato somente podem ser desenvolvidos se houver um golpe de língua num ciclo rítmico, que se mova com a mesma distância, o mesmo arco em cada golpe de língua, com o mesmo impacto na boquilha. Só deve ser aumentada quando se tem um correto golpe de língua. É impossível avaliar a importância da coluna de ar no estacato, visto que um perfeito golpe de língua de nada servirá se uma velocidade e suporte de ar inadequados impedirem a palheta de responder rapidamente. Um movimento suficiente da coluna de ar também contribui para o relaxamento da língua. Isto resulta num fator psicológico de controle e precisão.

A proporção (duração) do estacato é indicada por uma marca sobre ele (.). Ele usado corriqueiramente valendo metade do tempo, mas pode sofrer alterações para os propósitos de interpretação. Todavia para o estudo de seu funcionamento e aspectos físicos esta é a divisão mais satisfatória. A precisão rítmica deve ser mantida cuidadosamente assim:

O tenuto sobre as notas indica que a nota deve ser mantida no tempo indicado completo. O sucesso de um estacato eficiente depende de produzir um bom som curto, sem características diferentes, tanto no ataque quanto no corte. Isto é melhor adquirido através de uma prática regular e lenta. 10 ou 15 minutos de prática é o suficiente, desde que a língua não se torne pesada e cansada. Recomenda-se a prática diária do estacato. Podemos começar com um simples exercício, como por exemplo:

O exercício anterior pode ser feito no alcance total do instrumento, alternando-se cada intervalo de 2a, 3a, 4a, etc.

Somente depois do golpe de língua estar sob controle, podemos aumentar gradualmente a velocidade. Pratique com um metrônomo para checar o ritmo e os tempos. Um avanço nesses exercícios só pode ser feito quando passos anteriores forem conseguidos (maciez e relaxamento). Estudos de escala são um passo normal nesses exercícios, alternando-se o estacato com o legato. A produção do som deve ser a mesma em ambas articulações e, o ritmo da frase do legato deve ser precisa, antes da língua e dedos se sincronizarem (golpe de língua). Freqüentemente a língua é a causa de uma técnica instável. Sincronismo de língua e dedos também é um exercício mental e, é necessário criar o hábito de ouvir a si mesmo, para corrigir os elementos que precisam de correção. Uma escala simples, a qual exemplifique esta situação, pode ser inventada e memorizada:

Um exercício desse tipo é valioso quando praticado em todas as escalas maiores e menores. Qualquer livro de exercícios terá exercícios que poderão ser usados no desenvolvimento do golpe de língua. “Klosé - 25 Exercícios Diários (New York - Carl Fisher) é excelente para a prática do estacato, para obter-se resistência e habilidade. A única alteração que se requer é a eliminação dos sinais (marcas) na articulação.

Deve-se ter sempre em mente uma revisão dos pontos relacionados com o golpe de língua quando estiver praticando estes exercícios. Estes pontos são:

1- A remoção da língua da palheta inicia o som. A língua é usada para evitar a vibração, não para emiti-la.

2- Suporte de coluna de ar deve permanecer constante na palheta, durante o golpe de língua.

3- Um leve toque na ponta da palheta interromperá toda sua vibração. Já se tocada com força resultará num ataque anti-musical, visto que a palheta não poderá manter seu ritmo normal de vibração.

4- O golpe de língua deve ser curto, mas enérgico. A ação da parte mais volumosa da língua muda o formato da cavidade bucal, a qual distorce a sonoridade e torna mais lento o golpe de língua.

5- O ritmo do golpe de língua é a base da velocidade e um metrônomo é um acessório valioso na prática do estacato.

6- Só se deve aumentar a velocidade do estacato depois de ter-se um golpe de língua perfeitamente ritmado. Quando a técnica está insegura, é aconselhável tocar-se lento e macio.

7- Compare a língua com uma embreagem de carro. A língua bate na palheta num vai e vem, mas o motor (suporte de ar) deve ser mantido. 8- A embocadura e os músculos da garganta devem permanecer relaxados

e na mesma posição quando uma frase lírica é tocada.

A prática diária do estacato é necessária para aquisição de resistência e velocidade, visto que a língua é um músculo complexo e deve ser mantido em condições. Uma boa rotina diária inclui:

1- aquecimento com as notas simples como indicado anteriormente neste capítulo;

2- escalas em todos os modos e ritmos variados; 3- estudo de músicas que envolvem o uso do estacato.

O duplo golpe de língua

O uso do duplo golpe de língua no sax requer o uso alternativo de dois diferentes modos de ataque e relaxamento. O método comum de interromper a vibração da palheta com a língua, é alternado com um fechamento da coluna de ar com a garganta. Estes dois tipos diferentes de ataque devem ser tais que a característica de ambos seja similar e a diferença entre eles, imperceptível ao ouvido humano. O desenvolvimento deste tipo de estacato requer um estudo de intervalo e prática por um longo período, antes de alcançar o grau de perfeição.

O problema físico é complicado devido à boquilha do sax ocupar uma parte considerável do espaço bucal, isto restringe a liberdade de movimento da ponta da língua, dos músculos da garganta e a base da garganta. O ritmo também é um fator, visto que quando a coluna de ar é controlada pela garganta, ela deve se dirigir até a ponta da palheta, antes de qualquer resposta. Assim estamos nos atentando para dois tipos diferentes de estacato. O desenvolvimento dos músculos da garganta é talvez o primeiro passo no duplo golpe de língua

Uma prática preliminar deve começar lentamente, com ataques sucessivos usando-se somente a sílaba KU como se fosse uma delicadíssima tosse (fechando a garganta). Os músculos da garganta tem que ser treinados para expandir e contrair sem alterar a pressão da embocadura. O queixo deve permanecer na mesma posição, embora ele tenha uma tendência a mover-se para baixo quando o KU é pronunciado, especialmente no registro agudo.

Este é um exercício tedioso e, pelo que me consta, nenhum outro corte deste tipo foi descoberto. Concentre-se para conseguir um som sólido e um ataque claro. Tome cuidado em dar um ataque com uma afinação baixa, corrigindo depois. A articulação KU deve ser desenvolvida a ponto de diferenciar-se do ataque comum antes de prosseguir com o seguinte exercício:

O equilíbrio e igualdade entre os dois sons é de prima importância. Pratica-se esses exercícios até conseguir uma perfeita ressonância entre os dois sons. No começo pratique este exercício no registro de F a C, pois estas notas adaptam-se melhor a este golpe de língua.

Importante: São necessários vários meses de prática para conseguir-se a necessária facilidade, antes de prosseguir com a técnicas mais complicadas.

A importância da pausa de meio tempo no estacato é que uma pausa longa dá tempo para os músculos da garganta se prepararem. Depois que se tem habilidade o próximo passo é diminuir a pausa, não o valor da nota.

Neste ponto a duração da pausa pode ser gradualmente diminuída até a proporção do estacato ser atingida. Somente quando estes sons estiverem ritmados e controlados em volume e, as duas sílabas (TU e KU) articuladas, de tal modo que não haja diferença de sonoridade, podemos aumentar gradualmente a velocidade. Abaixo segue-se um exercício modelo que inicia nas 2as maiores e alterna-se entre legato e duplo estacato:

Quando deseja-se um ataque macio a sílaba “DA-GA” pode ser usada. Isto não cria nenhum problema se o movimento da língua e garganta são corretos.

Ku Ku Ku Ku

Tu Ku Tu Ku Tu Ku

Ku Tu Ku

A técnica do duplo estacato deve ser desenvolvida em várias velocidades, incluindo o uso simultâneo do simples com o duplo estacato. Em outras palavras , se o simples estacato alcança = 132 ,alguém deve ser capaz de fazer o duplo estacato em = 116. Este tipo de estacato não apresenta nenhuma dificuldade em especial. Na velocidade na qual é usado a liberação de um som torna-se o inicio de outro.

A arte do duplo estacato não é um caminho fácil. É uma tarefa que requer vários anos de estudo. Deve-se adquirir um bom simples estacato, antes de atentar-se para o duplo estacato. É um tipo controvertido de articulação e deve ser considerado como uma ferramenta a mais para o músico. Alguns o descobrem quase naturalmente, enquanto outros experimentam muitas frustrações. Depende do critério do indivíduo para que ele descubra se seu estacato é válido ou não.

O triplo estacato segue o estudo do duplo. O método é o mesmo, com exceção na alternância das sílabas. Três modelos são usados, cada um com suas vantagens, dependendo da situação musical. São:

1- tu tu ku tu tu ku tu tu ku tu tu ku 2- tu ku tu tu ku tu tu ku tu tu ku tu 3- tu ku tu ku tu ku tu ku tu ku tu ku

ARTICULAÇÃO

A articulação poderia ser definida como a arte do agrupamento de notas, pelo uso do legato ou estacato. O desenvolvimento desta habilidade é vital para a expressão artística, visto que é uma característica do fraseado.

Na velocidade a articulação é caracterizada por notas claras e distintas. O orador, em público, deve aprender a articular claramente para sua mensagem ser entendida. Uma vez li um artigo escrito por um senador dos E.U.A. que nunca tinha ouvido o presidente Roosevelt falar. Ele disse: “Se eu o tivesse ouvido ele teria me convencido. Eu lia o jornal do próximo dia para saber o que ele havia dito”. Correta articulação na música é igualmente importante para uma execução convincente, desde que ela proporciona um sentido de clareza e coerência para o ouvinte.

Ritmo na articulação

A primeira função da articulação é delinear a estrutura do ritmo. Se nós observarmos o efeito de diferentes articulações na mesma frase se

tornará claro que certos grupos de notas caracterizam a mensagem musical. Por exemplo:

A estrutura rítmica torna-se:

Torna-se:

A impressão musical criada pela síncopa na fig. 3 é diferente do ritmo da fig. 1. As articulações são importantes devido a existência de uma

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