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KIDMEDCAT (%) Baixa adesão Adesão

4.10. Atividade Física

Os hábitos de prática de atividade física dos estudantes também foram analisados, para os 272 estudantes que responderam a esta questão, o modo de deslocação mais utilizado na “deslocação casa/escola”, como se verifica no quadro 47, foi o carro, para todos os dias da semana. No entanto, em média, cerca de 32% dos estudantes deslocava-se a pé para a escola. Quanto à variável “outro modo de deslocação” os estudantes referiam maioritariamente a utilização de bicicleta.

Quadro 47 – Modo de deslocação casa/escola

Frequência relativa (%) Dia da semana

2 feira 3 feira 4 feira 5 feira 6 feira Modo deslocação A pé 32,6 30,0 33,3 30,7 33,0 De autocarro 15,2 16,3 15,5 16,3 15,9 De carro 47,4 47,8 47,0 48,3 46,3 De comboio 0,4 0,4 0,4 0,4 0,4 Outro 6,5 7,3 6,5 6,5 7,3

A maioria dos estudantes (40,9%) morava a menos de um quilómetro da escola, 27,5% entre um a três quilómetros e 31,6% morava a mais de três quilómetros da escola.

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estudantes que responderam às questões relacionadas com essa prática, pode observar-se no quadro 48, que 97,4% dos estudantes frequentava as aulas de educação física na escola, e 31,9% participava nas atividades de desporto escolar disponibilizadas pelas escolas.

Quadro 48 - Frequência da prática de desporto

Sim Não Frequência semanal

Duração da prática (minutos) Prática desportiva (n) Frequência relativa (%) Média (ẋ)

Frequenta as aulas de educação física na escola 276 97,4 2,6 2 90 Pratica desporto escolar 270 31,9 68,1 1,71 ± 1,12 87,17 ± 47,91 Pratica atividades desportivas fora da escola 269 52,4 47,6 3,02 ± 1,61 98,38 ± 67,32 Pratica atividades desportivas de lazer 269 84 16 3,39 ± 2,17 74,86 ± 52,662

Quanto à prática de atividades desportivas fora da escola, em clubes ou ginásios (futebol, basquetebol, artes marciais, natação, ténis, padel, dança, entre outras) foi reportada por 52,4% dos estudantes. As atividades desportivas de lazer (andar, correr, andar de bicicleta, jogar à bola, entre outras) foram reportadas por 84% dos estudantes. A frequência semanal destas práticas variava entre duas a três vezes, por semana, com uma duração média de 74,86 ± 52,662 minutos a 98,38 ± 67,32 minutos. Estes resultados vão de encontro aos apresentados no relatório nacional de 2010 do HBSC, que refere que cerca de metade dos adolescentes portugueses pratica atividade física três vezes ou mais por semana (HBSC/OMS, 2010).

As recomendações atuais da OMS para a prática de atividade física, em crianças e adolescentes, como forma de prevenir/reduzir a prevalência de obesidade nestas idades, referem uma prática diária de atividade física aeróbica, moderada a intensa, com uma duração de pelo menos, sessenta minutos; que esta prática deve ser reforçada com atividades de lazer com uma duração de sessenta minutos ou mais; e, que pelo menos três vezes por semana, essa prática deve ser de natureza intensa a vigorosa e incluir

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exercícios de carga (World Health Organization, 2010).

No quadro 49, podemos observar o tempo médio, em minutos, por semana e durante o fim-de-semana, que os inquiridos disponibilizavam para outras atividades mais sedentárias, como ver televisão, estar na internet, jogar consolas ou estudar.

Quadro 49 – Outras atividades realizadas durante a semana e ao fim de semana

Atividades (n) Mínimo Máximo Média (ẋ) Desvio Padrão

Durante a semana, quanto tempo por dia (em média) o

inquirido passa a ver televisão (min) 256 20 300 118,22 80,794

Durante a semana, quanto tempo por dia (em média) o inquirido passa na internet ou a jogar jogos de

computador/consolas/playstation (min)

236 22 300 115,64 76,092

Durante a semana, quanto tempo por dia (em média) o inquirido passa a estudar/fazer trabalhos de casa/ler (min)

249 30 300 95,04 66,374

Durante o fim de semana, quanto tempo por dia (em

média) o inquirido passa a ver televisão (min) 257 25 480 173,59 112,939

Durante o fim de semana, quanto tempo por dia (em média) o inquirido passa na internet ou a jogar jogos de computador/consolas/playstation (min)

240 20 420 173,90 110,600

Durante o fim de semana, quanto tempo por dia (em média) o inquirido passa a estudar/fazer trabalhos de casa/ler (min)

236 24 720 106,80 89,326

Durante a semana as atividades mais sedentárias totalizavam um máximo de cinco horas semanais. Ao fim de semana, essas atividades apresentavam um número de horas máximo, que variava entre as oito e as a doze horas, sendo que este último valor foi atribuído a tempo de estudo.

4.10.1. Atividade física e KIDMED

O índice médio de adesão ao KIDMED para os estudantes que praticavam atividade física regular fora da escola foi de 8 ± 2, e para os estudantes que não praticavam atividade física regular fora da escola foi de 7 ± 3.

Quadro 50 – Prática de atividade física fora da escola e valor médio do KIDMED

KIDMED

Valor de p (Mann-Whitney) Média (ẋ) Mediana Desvio

Padrão Prática de desporto fora da escola Não 7 7 3 0,020 Sim 8 8 2

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Os estudantes praticantes de atividade física apresentaram um índice médio de adesão ao KIDMED superior relativamente aos não praticantes com diferenças estatisticamente significativas com um nível de significância de 0,020 (Quadro 50).

Quadro 51 – Prática de atividade física fora da escola e relação com a variável KIDMEDCAT

Prática de desporto

fora da escola Total Não Sim KIDMEDCAT Baixa adesão n 9 5 14 Prática de desporto fora da escola 7,0% 3,5% 5,2% Adesão intermédia n 62 51 113 Prática de desporto fora da escola 48,4% 36,2% 42,0% Alta adesão n 57 85 142 Prática de desporto fora da escola 44,5% 60,3% 52,8% Total n 128 141 269

De acordo com o quadro 51, verificou-se que a relação entre os níveis de adesão ao KIDMED e a prática de atividade regular física é estatisticamente significativa,

χ

2(2) = 7,123; p=0,028. Lazarou, L. e colaboradores (2010), também encontrou uma relação positiva e estatisticamente significativa entre a adesão ao PAM através da aplicação do KIDMED e a prática regular de atividade física, concluindo ainda que esta prática apresentava uma correlação negativa com a prevalência da obesidade mais forte que a adesão ao PAM (Lazarou, C., Panagiotakos, D. B. & Matalas, A. L., 2010 b).

4.10.2. Atividade física e IMC

Comparando unicamente os estudantes com excesso de peso que praticavam ou não atividade física regular fora da escola, verificou-se que vinte e seis dos estudantes com excesso de peso (38,8%) não praticavam atividade física, e que quarenta e um (61,2%) praticavam. Contudo, não se registaram diferenças estatisticamente significativas,

χ

2(1) =3;358; p=0,067 entre os estudantes com excesso de peso praticantes e não praticantes de exercício físico.

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No quadro 52, apresenta-se a relação entre todas as categorias de IMC (IMC_Cole) e a prática regular de atividade física fora da escola.

Quadro 52 – Prática de atividade física fora da escola e relação com a variável IMC_Cole

Prática de desporto

fora da escola Total Não Sim IMC_Cole Pré-obesidade n 26 41 67 Prática de desporto fora da escola 20,3% 29,1% 24,9% Obesidade n 7 7 14 Prática de desporto fora da escola 5,5% 5,0% 5,2% Normoponderal n 89 89 178 Prática de desporto fora da escola 69,5% 63,1% 66,2% Baixo peso n 6 4 10 Prática de desporto fora da escola 4,7% 2,8% 3,7% Total n 128 141 269

Considerando todas as categorias de IMC, os resultados observados foram semelhantes aos obtidos para os estudantes com excesso de peso, não se verificando diferenças estatisticamente significativas entre as categorias de IMC e a prática regular de exercício físico (

χ

2(3) =3;137; p=0,371).

A atividade física sempre fez parte do PAM, pelo que a promoção de um estilo de vida saudável, que integre a prática regular de atividade física de intensidade moderada, com pelo menos trinta minutos de duração, todos os dias, a par de uma alimentação nutricionalmente adequada, devem ser promovidos de modo a contribuir para a prevenção da obesidade e complicações associadas, sobretudo na adolescência (Bach-Faig, A. et al., 2011; Bathrellou, E. Lazarou, C., Panagiotakos, D. B. & Sidossis, L. S., 2007; Lazarou, C. et al., 2010 b; Neira, M. & de Onis, M., 2006).

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4.11. Hábitos de consumo alimentar dos agregados familiares dos jovens