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2.3. Construção e Desenvolvimento do Projeto de Estágio

2.3.2. Componente área de atuação atividades Intergeracionais

2.3.2.2. Atividades

Para a realização destas atividades houve reuniões previamente agendadas com a diretora da C.M para se obter informações importantes acerca dos residentes.

(…) Conversa com a diretora técnica Maria dos idosos sobre os objetivos do Estágio

da estagiária, os conteúdos e o planeamento das atividades. (…) Debate sobre a reação das crianças ao verem idosos mais debilitados, ou como os seus familiares encaram estes assuntos (…)

[Nota de Campo, 02-11-2016]

Nesse momento foi transmitido à estagiária a informação que 29 dos 31 residentes têm Alzheimer ou outro tipo de demência e que ao se realizarem estas atividades havia aspetos a ter em conta devido às suas limitações.

(…) A estagiária visitou os idosos e como estava lá o professor José de arte falou-lhe

da sua ideia do Projeto Intergeracional e o conselho que lhe foi dado foi apenas para verificar melhor as limitações dos utentes e adequar com as crianças que irão participar. (…)

[Nota de Campo, 29-09-2016]

Visto que não era a área de estudo da Técnica de Educação, houve a necessidade de procurar uma associação com Técnicos especializados nestas problemáticas, pois houve incertezas para a concretização de atividades por parte do local de estágio.

(…) Visita aos idosos para conversar com alguns utentes e saber como estava a correr o seu

dia, conhecer outros e criar ligações, ouvindo as suas histórias de vida. Posteriormente, a estagiária teve uma conversa informal com a diretora técnica Maria da C.M, onde se falou das atividades Intergeracionais a serem desenvolvidas e do que poderia não correr bem, como a falta de motivação dos idosos ou as crianças não se sentirem à vontade. A estagiária pensou que estas incertezas se deviam ao pouco contacto destes dois grupos etários.

[Nota de Campo, 06-10-2016]

Assim a estagiária dirigiu-se no dia 27 de outubro de 2016 pelas 9:45h à Avenida de Ceuta à Associação Portuguesa de Familiares e Amigos de doentes de Alzheimer. Foi explicada a intervenção que era pretendida no Estágio e houve importantes recomendações e estratégias para que as atividades Intergeracionais obtivessem sucesso.

Da conversa informal na associação várias indicações foram sendo referidas. Nomeadamente,

 A socialização e o elogio são bastante benéficos, bem como as rotinas;

 Não se deve apontar o erro, pois a pessoa tem tendência a enervar-se e pode ficar agressiva, assim como demasiado barulho à sua volta também a confunde;

 Foram sugeridas algumas atividades Intergeracionais como música, jogos de cartas (agrupar por números, cores ou símbolos), imagens de animais ou estações do ano (não infantilizar), sessões de ginástica e alguns ateliês;

 Foi ainda recomendado levar um grupo pequeno de crianças ao lar para os utentes se habituarem. Antes seria necessário ter uma conversa com as crianças e explicar que se vão encontrar com pessoas que têm uma doença que as faz esquecer das coisas isto para não estranharem se o discurso não fizer muito sentido ou for repetido.

[Conversa Informal Associação de Alzheimer, 27-10-2016]

Depois das sugestões foi altura de intervir. No início foram apenas visitas aos idosos, apenas para conversar com eles.

(…) Visita aos idosos (14h-15h) para falar com alguns utentes sobre o Projeto das crianças e perceber se a ideia lhes agrada e recolher algumas sugestões de possíveis atividades. (…)

É relevante que se conheça os participantes e que o Técnico se dê a conhecer, mostrar interesse pelas suas rotinas, demonstrar que se está presente.

(…) Conversa com os idosos de forma individual para os conhecer, saber o que acham de se

fazer atividades com as crianças. A estagiária verificou que na grande maioria gostaram da ideia e mostraram-se participativos para o que virá acontecer através de perguntas do que se ia fazer. (…)

[Nota de Campo, 06-10-2016]

Uma estratégia positiva neste processo é ter-se conversas com todos os residentes individualmente, mas em diferentes alturas e dar a entender que estão a ser ouvidos

(…) A estagiária foi conversar com a D. Sónia que lhe contou um pouco da sua história de

vida e partilharam opiniões. Estas interações são importantes para conhecerem a estagiária e aceitarem o que juntos vão fazer. (…)

[Nota de Campo, 03-11-2016]

Outra preocupação que um Técnico de Educação e Formação deve ter nestas iniciativas, é que os participantes conheçam os espaços uns dos outros, para atribuírem significado, associarem às pessoas e às suas rotinas.

Por isso, a estagiária com (…) a ajuda de duas outras estagiárias de Serviço Social,

convidaram três senhoras, uma delas de cadeira de rodas a passear pelo lado das crianças pelos corredores e observarem os trabalhos manuais que elas fazem. Ficaram muito felizes e conheceram a sala da Heterogénea. A, onde as crianças vão participar no Projeto e as crianças fizeram-lhes adeus e foram simpáticas querendo ir ao seu encontro, dar beijinhos e oferecer uns desenhos. (…)

As atividades foram planeadas apenas para o grupo de finalistas do Jardim de Infância, por serem mais velhos e já terem competências de escuta e de atenção que não criassem grande confusão nas rotinas dos idosos. O grupo foi informado dos utentes e levado ao local, onde se alertou para os cenários possíveis a acontecer, de forma a ambientar-se com este contexto.

(…) A estagiária falou com as crianças sobre o que poderiam encontrar e para não gritarem

ou fazerem movimentos bruscos junto aos idosos. (…)

[Observação, 30-11-2016]

A primeira atividade a ser desenvolvida foi a construção de anjos de Natal com material reciclado. Quatro crianças foram à C.M e com alguns residentes que estavam na sala de convívio, criaram uns anjos para serem colocados nas árvores de Natal.

(…) A estagiária convidou os idosos a participarem na atividade da construção dos anjos de natal. (…) Quando a estagiária e as crianças chegaram à sala dos idosos às 14:15h estiveram

um pouco a falar uns com os outros para se conhecerem e depois em grupo na mesa da sala fizeram anjos de Natal com cápsulas de café recicladas, pompons, arames coloridos e resultou muito bem com todos os participantes. Como a estagiária se encontrava sozinha com o grupo, por vezes era complicado ajudar em todos os lados. A Cecília foi a única que teve mais dificuldade em adaptar-se ao ambiente, pois não respondia quando lhe faziam perguntas e mostrava um ar contrariado. (…)

[Nota de Campo, 05-12-2016]

Os idosos tiveram que ser ajudados com a cola devido à sua motricidade fina e houve crianças a fornecerem-lhes materiais para a decoração. Como os anjos ficaram bonitos e o grupo gostou, a estagiária decidiu repetir a atividade, mas com outras crianças.

(…) No segundo momento houve a participação de mais utentes. Uma estagiária de Serviço

Social e uma visita de um dos utentes que se encontrava no seu quarto mas que ficou curioso por ouvir crianças a falar e juntou-se ao grupo que estava na sala onde decorria a atividade. Neste segundo momento, os anjos realizaram-se com materiais diferentes, mais coloridos. As crianças e os idosos expressaram contentamento com o produto final. Esta atividade teve sucesso e terá continuidade. (…)

[Observação, 07-12-2016]

A estagiária reuniu-se com a diretora técnica dos idosos para se fazer um ponto da situação da primeira fase das atividades Intergeracionais (…) ficou decidido que se iria começar na próxima semana com a leitura e reinterpretação de histórias, onde haverá uma preparação só com os idosos e depois com as crianças e no final junta-se tudo. (…)

[Nota de Campo, 16-01-2017]

A segunda atividade foi um teatro com a interpretação de contos infantis tradicionais. A estagiária treinou com as crianças a história durante dois dias e disse com que crianças iria trabalhar.

(…) A estagiária leu a história às crianças para se lembrarem e convidou quatro crianças (a

Flávia, o João, a Susana e a Micaela por serem os mais velhos da sua sala) para participarem no teatro. Mais tarde, fez-se um pequeno ensaio para os outros colegas assistirem. (…)

[Observação, 16-01-2017]

A estagiária levou os quatro meninos para o ginásio para ensaiarem as falas e os sons dos animais. De seguida visitou os idosos, falou com os voluntários e os estagiários que estava a ajudar os residentes para prepará-los para a sala verde. A estagiária estava com receio da Micaela e do João não seguirem as suas falas na peça de teatro por ser um ambiente diferente ao que estão habituados e com pessoas que ainda não tinham confiança. (…)

[Nota de Campo, 25-01-2017]

As crianças escolheram a história da “Carochinha” e com fantoches apresentaram-na aos idosos.

(…) A estagiária chegou mais cedo às 13:40h para preparar o cenário, levar as coisas aos

idosos e ficou a saber pela educadora que a Micaela tinha ido embora. Então foi trabalhar com a Érica. Dirigiu-se aos idosos para os reunir na sala verde, só que muitos estavam nos quartos a descansar e outros na sala lá em baixo. Então falou com as auxiliares para irem levantar alguns idosos e trazer outros para cima, mas não seguiram o combinado. As crianças fizeram o teatro com os utentes que se encontravam na sala. (…)

[Nota de Campo, 26-01-2017]

A terceira atividade Intergeracional, foi descontraída para ajudar o grupo a comunicar mais através de canções da infância dos idosos e das crianças e da declamação de poesia.

(…) A estagiária e seis das crianças mais velhas foram visitar os idosos. A sala estava repleta

à espera deles. Idosos e crianças cantaram todos juntos a música da “ A Laurindinha”, “ Papagaio Louro”,“ As Pombinhas da Catrina”, “ Atirei o pau ao gato”, “ Bom dia”, “ Adeus”, “ Todos os patinhos”, e a da “ Barata”. (…)

[Observação, 16-02-2017]

(…) Depois ouviram a D. Sónia declamar quatro poemas de autores portugueses. Os meninos

comunicaram mais com os idosos, foram todos queridos e deu para perceber que as raparigas foram mais afetivas que os rapazes, possivelmente por estarem mais descontraídos e terem uma maior recetividade a receber atenção de outras pessoas para além dos seus familiares.

A quarta atividade foi a construção de máscaras de carnaval, onde decoraram de forma livre uma ou duas máscaras e depois fizeram umas brincadeiras com elas.

(…) A estagiária trabalhou com três meninas e um menino e foram fazer máscaras de

Carnaval. Disponibilizou-se alguns modelos de máscaras para escolherem, bem como pompons, adereços, botões para cada um escolher e colar à sua maneira para ficar uma máscara personalizada. Ao início os idosos não estavam com muita disposição, pois só queriam ficar a ver os meninos porque tinham dores. Mas com alguma persistência e ajuda das crianças, como era apenas para colar, conseguiram. Estiveram todos animados e correu tudo bem, as crianças já se encontram mais à vontade no espaço e com os idosos. (…)

[Nota de Campo, 23-02-2017]

A quinta atividade, foi outro teatro, desta vez da história do “Capuchinho Vermelho”. Estas atividades eram espaçadas umas das outras, no início foi mais ou menos uma por mês e depois começaram a introduzir-se mais frequentemente.

(…) A estagiária chegou às 13:45h e foi à sala convidar cinco meninos - um por personagem

- para virem ensaiar a história do Capuchinho Vermelho. Pelas 14:30h chegaram à sala não se encontrando nenhum idoso.

[Observação, 09-03-2017]

(…) Na ausência de idosos na sala, a diretora técnica Maria informou que era necessário ir

convidar alguns residentes à sala de baixo para assistirem ao teatro do Capuchinho Vermelho. O teatro decorreu muito bem, todos apreciaram a história e a sala ficou repleta de utentes a assistir. No final, as crianças foram dar beijinhos e abraços a todos os que assistiam. (…)

[Nota de Campo, 09-03-2017]

Como as atividades Intergeracionais estavam a agradar as crianças e os idosos, a estagiária pensou em introduzir novos jogos com mais interação entre os participantes.

(…) A estagiária foi com a Susana, a Cecília e o Ricardo dar as máscaras de presente aos

idosos. Quando lá chegaram estava o prof. José a fazer um jogo com as bolas e as crianças juntaram-se. Resultou muito bem e deu a ideia à estagiária de criar uma atividade com bolas e tecidos do género de seda ou para-quedas com várias cores e texturas que ajuda na motricidade. (…)

[Nota de Campo, 15-03-2017]

Na sexta atividade já foram introduzidos jogos com bolas e um paraquedas colorido, pois os participantes já se sentiam mais confiantes e mais à vontade, tornando esta convivência como natural.

(…) Hoje foi dia de ir aos idosos e a estagiária decidiu fazer uma coisa diferente. A estagiária

levou cinco crianças consigo, mais umas bolas de cores diferentes e texturas e um para- quedas de várias cores (…) quando chegaram à sala dos idosos ficaram todos sentados à volta

da mesa e a estagiária começou a dar indicações de várias formas de tocarem na bola e passarem-na às outras pessoas ( e.g. tocar com 1 dedo, mão aberta, fechada). Depois introduziu o tecido e simularam um mar com golfinhos e barcos. O jogo correu muito bem, todos perceberam as regras e cooperaram. Alguns idosos só quiseram ficar a ver sentados no sofá. (…)

[Nota de Campo, 30-03-2017]

Como ainda houve tempo, inventaram o jogo das cores. Cada um perguntava a cor e um objeto/ planta/ animal para os outros adivinharem. Aqui já participaram mais idosos e a estagiária notou uma vez mais que em atividades que não necessitem de movimento há mais adesão por parte dos idosos e ficam mais satisfeitos.

A sétima atividade jogaram ao dominó três vezes e a um jogo com dados para se fazer contas e adivinhar os números.

(…) Os idosos estavam com expetativa de ver as crianças e quando chegaram foram

sentando-se à volta da mesa. Começaram com o dominó, onde a estagiária fez uma pequena explicação e uma das crianças exemplificou. Perceberam todo o objetivo do jogo e depois de duas rodadas, trocou-se pelo tabuleiro dos dados e dos números. Aqui o objetivo era consoante os números dos dados que iam saindo, conseguirem fazer as somas. Os idosos souberam e na vez das crianças houve ajudas. Ficaram todos tranquilos e satisfeitos pelo convívio, que se irá repetir (…)

[Nota de Campo, 06-04-2017]

A oitava atividade foi o famoso e antigo jogo da Glória, em que os idosos explicaram as regras que se lembraram às crianças que nem conheciam este jogo.

(…) A estagiária e as crianças fizeram o jogo dos números e o jogo da Glória com uma das

residentes que lá se encontrava. Como era um jogo do tempo dos idosos, algumas regras foram explicadas pela residente às crianças. (…)

[Nota de Campo, 20-04-2017]

Houve reunião com a diretora técnica dos idosos para conversar sobre as atividades Intergeracionais que foram desenvolvidas e foi pedido à estagiária para realizar uma última atividade com os meninos da sala da Heterogéna A e os residentes.

A última atividade Intergeracional, na última semana do estágio, em modo de despedida, foi levar a turma inteira das crianças finalistas, cerca de dezasseis em conjunto com a educadora.

Foram cantadas canções do tempo dos idosos e outras mais atuais que as crianças conheciam. A ideia foi colocar as crianças aos pares com os idosos para juntos cantarem as canções. Houve um grande número de utentes a participar, muitos deles que nem era habitual e a direção também marcou presença.

(…) Levou-se todos os finalistas e a educadora de sala Matilde para a sala dos idosos para

fazerem equipas de crianças e idosos para jogarem à roleta de canções. As músicas foram: a “Laurindinha”, “Olha a bola Manel”, “Todos os patinhos”, “Papagaio louro” e o “Coelhinho branco” (…)

[Observação, 11-05-2017]

(…) Mesmo sendo a última atividade que a estagiária iria realizar, desenvolveu materiais e

dinâmicas apelativas para crianças e idosos para no futuro o seu projeto ter continuidade pelo benefício da Intergeracionalidade.

[Nota de Campo, 11-05-2017]

Figura 12. Teatro Carochinha

Figura 16. Jogo da Glória

2.3.2.3. Materiais desenvolvidos

Para a realização das atividades Intergeracionais, houve um conjunto de materiais que tiverem de ser, numa primeira fase pesquisados e analisados em parceria com a diretora técnica da C.A e a diretora da C.M para se ver a sua concretização, bem como uma base teórica.

(…) Fornecimento à estagiária de dois relatórios de estágio pela diretora técnica dos idosos

sobre o envelhecimento para consulta da parte de enquadramento teórico e das atividades (…)

[Nota de Campo, 02-11-2016]

Optou-se por comemorar algumas épocas festivas, como o Natal e o Carnaval, para se criar um clima de envolvimento de todos os participantes. Para isso, foram utilizados materiais recicláveis (cápsulas de café), objetos de decoração que a instituição possuía, livros infantis, material de desenho, cola, cartolinas, brilhantes, limpa cachimbos de cores, adereços e pompons. Para os teatros da “Carochinha” e do “Capuchinho Vermelho”, a estagiária e as crianças construíram adereços para os fantoches que se encontravam em sala (e.g. coroa, espada, véu, moeda, vassoura, espingarda, cama, cesto) e nos jogos utilizou-se os que a educadora disponibilizou, pois existe um armário com jogos lúdico pedagógicos em cada sala

disponível para as educadoras e as auxiliares utilizarem com as crianças. As bolas e o paraquedas existiam no ginásio da instituição.

(…) A estagiária escolheu trabalhar com quatro crianças que não tinham ido na semana

passada e junto da educadora selecionou um dominó com animais e um jogo de números para todos juntos participarem. (…)

[Nota de Campo, 06-04-2017]

Portanto, para a concretização destas atividades foram reaproveitados materiais, sem ter custo extra para a instituição e mantendo os participantes satisfeitos com o resultado final.

(…) Reunião com a diretora técnica dos idosos para saber como os residentes estão a encarar

as atividades Intergeracionais. Foi dito à estagiária que, os idosos perguntam porque as crianças não vão mais vezes visitá-los e que está haver uma aceitação bastante positiva a este projeto (…)

[Nota de Campo, 21-03-2017]

Figura 17. Jogo dos números

2.3.2.4. Calendarização de Atividades

Quadro 4. Planificação de Atividades Intergeracionais.

Atividades Objetivos Métodos

1) Leitura e

reinterpretação de contos clássicos infantis entre os idosos e as crianças 14h-15h

Datas previstas: 26 janeiro

Envolvimento dos dois

grupos etários, sem

nenhum se sentir excluído do grupo e de forma a desconstruir as ideias pré- concebidas do que é ser

velho (limitações) e

criança (muita energia); desenvolver o gosto pela leitura e estimular a criatividade.

Colocar os idosos que conseguirem a ler os contos às crianças, mas realizar alterações nas histórias originais e

colocarem-se a eles

próprios como

personagens e com as suas próprias fisionomias. Realizar teatros. 2) Oficinas de Histórias de Vida Datas previstas: Mês de abril Valorização das

experiências de vida dos idosos e desenvolvimento da capacidade oral, saber prestar atenção e a noção

da temporalidade nas

crianças.

Realizar algumas sessões onde os idosos se sintam à vontade para contarem

as suas vivências e

proporcionar às crianças ao mesmo tempo a noção de que estão a dar-lhes atenção e onde podem participar de forma ativa. 3) Troca de desenhos

entre as duas gerações Datas previstas: Mês de março e abril

Dar liberdade de

pensamento e imaginação e conseguirem sentir que estão a preparar algo com carinho.

Criar pequenos espaços onde os idosos e as crianças possam desenhar livremente e realizar a troca destes pequenos presentes entre ambos.

4) Jogos com música e danças das duas gerações

tendo em conta as

limitações de ambas Datas previstas: Mês de abril e maio

Proporcionar um convívio entre idosos e crianças de forma a gostarem da presença uns dos outros e assim ambos se sentirem úteis e ocupados.

Colocar uma música e criar danças tendo em conta as condições físicas dos participantes para que ambos se divirtam.

(e.g. Jogo do lençol colorido)

Atividade adaptada-

músicas do tempo dos idosos e das crianças para

serem cantadas em

conjunto e declamar

De acordo com o Quadro 4 da planificação elaborada no início do Estágio e fazendo a comparação com as atividades que foram implementadas com os idosos e as crianças, as leituras e reinterpretações de contos infantis foram transformadas em pequenas peças de teatro que agradou e divertiu os idosos, não foi possível serem os idosos a ler para as crianças, pois muitos deles já tinham uma visão reduzida.

(…) Quando a estagiária chegou foi falar com os utentes das 14h-15h para os ouvir e

perceber se gostavam de participar em atividades com as crianças da C.A. Concretamente se gostariam de ler para as crianças. Um dos exemplos dado foi a leitura de histórias às crianças, por estas ainda não conseguirem ler. A D.Sónia disse que já não consegui ver bem e que os restantes residentes deveriam estar iguais. (…)

[Nota de Campo, 14-11-2016]

As oficinas de histórias de vida resultaram, mas a estagiária percebeu que se houver continuidade das atividades com os mesmos grupos será cada vez mais fácil a partilha destas histórias e acontecimentos; a atividade de troca de desenhos das crianças e dos idosos, teve mais adesão por parte das crianças, pois é algo que realizam no seu dia-a-dia, para além disso também houve troca de trabalhos manuais que ambos construíam (os anjos de Natal e as máscaras de Carnaval). Já os jogos com músicas, materiais como tecidos e bolas,

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