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2.16 Ativos intangíveis

Consideram-se ativos intangíveis aqueles ativos não monetários identificáveis, embora sem aparência física, que surgem como consequência de um negócio jurídico ou foram desenvolvidos internamente pelas entidades consolidadas. Só são reconhecidos contabilisticamente aqueles ativos intangíveis cujo custo pode avaliar-se de maneira razoavelmente objetiva e dos quais as entidades consolidadas julgam provável obter no futuro benefícios económicos.

2.16.1Fundo de maneio

A diferença positiva entre o preço pago numa combinação de negócios e a percentagem adquirida do valor razoável líquido dos ativos, passivos e passivos contingentes das entidades adquiridas regista-se como fundo de maneio no ativo do balanço. Assim, o fundo de maneio representa o pagamento antecipado realizado pelo grupo dos benefícios económicos futuros derivados de ativos de uma entidade adquirida que não sejam individual e separadamente identificáveis e reconhecíveis e só se reconhece quando se tenha adquirido a título oneroso numa combinação de negócios. O referido fundo de maneio em nenhum caso é amortizado, senão que por motivo da cada fecho contabilístico se procede a estimar se se produziu algum deterioro que reduza o seu valor recuperável a um custo inferior ao custo líquido registado e, em caso afirmativo, se procede ao seu oportuno saneamento contra a demonstração de resultados consolidada.

Para efeitos de detetar os possíveis indícios de deterioro do fundo de maneio realizam-se valorações utilizando principalmente o método do desconto de benefícios distribuíveis, nas quais se têm em conta os seguintes parâmetros:

Hipóteses chave do negócio. Sobre estas hipóteses baseiam-se as projeções de fluxos de efetivo contempladas na avaliação. Para aqueles negócios com atividade financeira, projetam-se variáveis como são: a evolução do crédito, da morosidade, dos depósitos de clientes e das taxas de juro, bem como os requerimentos de capital.

Prazo das projeções. O tempo/prazo de projeção situa-se habitualmente em 5 anos, período a partir do qual se atinge um nível recorrente tanto em termos de benefício como de rentabilidade. Para estes efeitos tem-se em conta o cenário económico existente no momento da avaliação.

Tipo de desconto. O valor presente dos dividendos futuros, utilizado para a obtenção do valor em uso, calcula- se utilizando coma taxa de desconto o custo de capital da entidade desde a perspetiva de um participante de mercado. Para a sua determinação utiliza-se o método Capital Asset Pricing Model (CAPM).

Taxa de crescimento empregada para extrapolar as projeções de fluxos de efetivo para além do período coberto pelas previsões mais recentes. Baseando nas estimativas em longo prazo das principais magnitudes macroeconómicas e das variáveis chaves do negócio, e tendo em conta a situação, em todo momento, dos mercados financeiros, estima-se uma taxa de crescimento a perpetuidade.

As perdas por deterioro do fundo de maneio não são objeto de reversão posterior. 2.16.2 Outros ativos intangíveis

Os ativos intangíveis diferentes do fundo de maneio, registam-se no balanço consolidado pelo seu custo de aquisição ou produção, líquido da sua amortização acumulada e das possíveis perdas por deterioro que sofresse.

Os ativos intangíveis podem ser de “vida útil indefinida“ quando, sobre a base das análises realizadas, se conclui que não existe um limite previsível do período durante o qual se espera que gerarão fluxos de efetivo líquidos e não se amortizam, conquanto, por motivo da cada fecho contabilístico, o Grupo revisa as suas vidas úteis remanescentes com objeto de se assegurar de que estas seguem sendo indefinidas. O Grupo não identificou ativos destas características.

Os ativos intangíveis com vida definida são amortizadas em função da mesma, aplicando-se critérios similares aos adotados para a amortização dos ativos materiais. A amortização anual dos elementos do imobilizado intangível de vida útil definida regista-se no epígrafe “Amortização - Ativo intangível” da demonstração de resultados, e a sua dotação anual calcula-se em função dos anos de vida útil inicialmente estimada, com carácter geral de 3 a 6 anos.

O Grupo reconhece contabilisticamente qualquer perda que possa produzir no valor registado destes ativos com origem no seu deterioro, utilizando-se como contrapartida o epígrafe “Perdas por deterioro do resto de ativos (líquido) - Fundo de maneio e outro ativo intangível” da demonstração de resultados consolidada. Os critérios para o reconhecimento das perdas por deterioro destes ativos e, se for o caso, das recuperações das perdas por deterioro registadas em exercícios anteriores são similares aos aplicados para os ativos materiais de uso próprio (Nota 2.15.1).

2.17Existências

Este epígrafe do balanço consolidado recolhe os ativos não financeiros que as entidades consolidadas: mantêm para a sua venda no curso ordinário do seu negócio,

têm em processo de produção, construção ou desenvolvimento com a referida finalidade, ou prevêem consumir no processo de produção ou na prestação de serviços.

As existências valorizam-se pelo custo menor entre o seu custo, que incorpora todas as realizações originadas pela sua aquisição e transformação e os custos diretos e indiretos nos quais se tivesse incorrido

para lhes dar a sua condição e localização atuais, e o seu “valor líquido de realização”. Por valor líquido de realização das existências entende-se o preço estimado da sua alienação no curso ordinário do negócio, menos os custos estimados para terminar a sua produção e os necessários para realizar a sua venda. O custo das existências que não sejam intercambiáveis de forma ordinária se determina de maneira individualizada e o custo das demais existências se determina por aplicação do método do custo média ponderada. Tanto as diminuições como, se for o caso, as posteriores recuperações do valor líquido de realização das existências por debaixo do valor líquido contabilístico são reconhecidas na demonstração de resultados consolidada do exercício no que têm local, no epígrafe “Perdas por deterioro do resto de ativos (líquido) – Outros ativos”.

O valor em livros das existências descadastra-se do balanço consolidado e regista-se como uma despesa, nos epígrafes da demonstração de resultados consolidada "Outros ónus de exploração” no período no qual é reconhecido o rendimento procedente da venda.

Os ativos adjudicados que, de acordo à sua natureza e ao fim ao qual se destinam (em processo de produção, construção ou desenvolvimento), sejam classificados como existências por parte do Grupo, são contabilizadas inicialmente pelo menor entre o seu valor razoável líquido de custos de venda e o seu custo de aquisição, entendendo por tal o valor líquido contabilístico das dívidas nas que tenham a sua origem, calculado este valor líquido de acordo ao disposto no regulamento aplicável à Sociedade. Posteriormente, os ativos adjudicados estão sujeitos à estimativa das correspondentes perdas por deterioro que, se for o caso, se produzam sobre os mesmos, e no mínimo, as estabelecidas no Anexo IX da Circular 4/2004 de Banco de Espanha.

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