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2.13 Despesas de pessoal

2.13.1Retribuições pós-emprego

Determinadas entidades do Grupo têm assumido o compromisso de complementar as prestações dos sistemas públicos de Segurança Social que correspondam a determinados empregados, e às suas sucessores, anteriormente à finalização do período de emprego.

As retribuições pós-emprego são retribuições aos empregados que se liquidam depois da terminação do seu período de emprego. Todas as obrigações pós-emprego, inclusive as cobertas com fundos internos ou externos de pensões, se classificam como planos de contribuição definida ou planos de prestação definida, em função das condições de ditas obrigações.

Os compromissos pós-emprego mantidos pelo Grupo com os seus empregados consideram-se “Planos de contribuição definida”, quando o Grupo realiza contribuições de carácter predeterminado a uma entidade separada, sem ter obrigação legal nem efetiva de realizar contribuições adicionais se a entidade separada não pudesse atender as retribuições aos empregados relacionadas com os serviços prestados no exercício corrente e nos anteriores. Os compromissos pós-emprego que não cumpram as condições anteriores considerar-se-ão como “Planos de prestação definida”.

Em Março de 2013, a Direção de Banco Grupo Cajatres e os representantes dos empregados chegaram a um acordo segundo o qual se suspendem durante 24 meses as contribuições ao plano de pensões.

Planos de contribuição definida

O Grupo realiza contribuições de carácter predeterminado a uma entidade separada, de acordo com os seguintes acordos atingidos com cada um dos coletivos:

Caja Inmaculada:

Em virtude do acordo subscrito com os empregados o 23 de Novembro de 2000, os compromissos por pensões da Caixa se instrumentam num sistema de contribuição definida para a contingência de aposentação, consistente num 5,5% sobre o salário dos seus empregados mais o custo de prima-a de seguro anual para as prestações de risco em atividade. Neste sentido as prestações de viuvez, órfão e invalidez no período de atividade são calculadas tendo em conta os direitos consolidados da contingência de aposentação.

Caja Badajoz:

O 1 de Janeiro de 2009 transformou-se o sistema de previsão de prestação definida vigente em dito momento num sistema de contribuição definida para a contingência de aposentação para o coletivo adscrito, mantendo-se, para as contingências de falecimento e incapacidade em ativo, o regime de prestação definida existente na data de transformação.

No momento da transformação, reconheceram-se ao participante os direitos consolidados em 31 de Dezembro de 2008 e definiu-se uma contribuição anual ao Plano, para a prestação de aposentação, calculada como uma percentagem do salário pensionável, de 5% a 8%, e se estabeleceu uma contribuição mínima, equivalente à contribuição afixada pelo Convénio Coletivo de Caixas de Poupança para o coletivo de participantes ingressados anteriormente a 28 de Maio de 1986.

Caja Círculo:

Desde o 15 de Dezembro de 2000, a Caixa tem o compromisso de realizar contribuições anuais pelos empregados com data de rendimento posterior à entrada em vigor do XIV Contrato Coletivo, em 2012, por um custo determinado e, pelos empregados com data de rendimento posterior ao referido contrato uma contribuição anual que se determina através de um cálculo atuarial, em função do valor da provisão matemática necessária para fazer frente ao pagamento das futuras prestações de aposentação, viuvez, órfão e invalidez dos participantes ingressados anteriormente a 28 de Maio de 1986.

As contribuições efetuadas por este conceito registam-se no epígrafe “Despesas de pessoal – Ónus sociais” da demonstração de resultados consolidada. As contribuições realizadas pelos promotores dos planos de pensões em regime de contribuição definida atingiram 1.312 milhares de euros em 2013 e a 6.182 milhares de euros em 2012.

Planos de prestação definida

O Grupo regista no epígrafe “Provisões - Fundo para pensões e obrigações similares” do passivo do balanço consolidado, relativamente aos planos de prestação definida, o valor atual da obrigação pós-emprego menos o valor razoável dos ativos afetos ao plano. As obrigações por prestação definida são calculadas anualmente por atuários independentes de acordo com o método da unidade de crédito projetada e tendo em conta a idade de aposentação mais precoce possível.

Consideram-se “ativos afetos ao plano” aqueles vinculados com um determinado compromisso de prestação definida com os quais liquidar-se-ão diretamente estas obrigações, que cumprem com as seguintes condições:

Não são propriedade do Grupo, senão de um terceiro separado legalmente e sem o carácter de parte vinculada.

Só estão disponíveis para pagar ou financiar retribuições dos empregados, não estando disponíveis para os credores do Grupo, nem sequer em caso de situação de insolvência.

Não podem retornar ao Grupo salvo que os ativos que ficam no plano sejam suficientes para cumprir todas as obrigações, do plano ou da entidade, relacionadas com as prestações dos empregados; ou bem quando

os ativos retornam ao Grupo para o reembolsar de prestações dos empregados já pagos por ela. Não podem ser instrumentos financeiros intransmissíveis pelo Grupo.

O Grupo regista o seu direito ao reembolso no ativo do balanço, no capítulo “Contratos de seguros vinculados a pensões” que, nas demais aspetos, se trata como um ativo do plano. Neste sentido, os ativos que cobrem compromissos com o pessoal contratadas com CAI Vida y Pensiones, Seguros y Reaseguros, S.A., não são ativos do plano por se tratar de parte vinculada do Banco e se registam como “Contratos de seguros vinculados a pensões”.

A modificação da NIC19 no exercício 2013 supõe as seguintes modificações no tratamento contabilístico das retribuições pós-emprego:

As perdas e ganhos atuariais que surgem no exercício por mudanças na hipótese financeiro-atuariais ou por diferenças entre as hipóteses e a realizem, se reconhecem de forma imediata no período que ocorrem diretamente em “Outros rendimentos e despesas reconhecidas”.

O reconhecimento dos custos por serviços passados, os quais se deverão registar imediatamente na demonstração de resultados atuariais consolidada no epígrafe “Despesas de pessoal”.

O custo por juros correspondente à obrigação e a rentabilidade esperada dos ativos afetos aos planos de prestação definida serão determinados como uma quantidade líquida por juros que se calcula aplicando a taxa de juro técnica ao início do exercício sobre o passivo (ativo) do plano de prestação definida.

Consideram-se “ganhos e/ou perdas atuariais” as que procedem das diferenças entre hipóteses atuariais prévias e a realidade e de mudanças nas hipóteses atuariais utilizadas.

O valor atual das obrigações com o pessoal de prestação definida determina-se descontando os fluxos de efetivo futuros estimados a taxas de desconto de obrigações corporativos de alta qualidade creditícia que se correspondem com a moeda e os prazos estimados em que pagar-se-ão as obrigações por prestações pós- emprego.

A rentabilidade esperada dos ativos afetos aos planos de prestação definida e dos direitos de reembolso determina-se aplicando a mesma taxa de juro técnica que para calcular o valor atual das obrigações.

Complementos de aposentação vitalícios com pessoal ativo e passivo

Os compromissos pós-emprego adquiridos pelo Banco com o seu pessoal ativo e passivo derivam-se dos diferentes contratos coletivos e correspondem-se com complementos de cobranças à Segurança Social nos casos de aposentação de ativos, aposentação causada, viuvez, órfão, incapacidade permanente ou grande invalidez. Estes compromissos encontram-se financiados em função da Caixa de origem:

Compromissos pós-emprego de empregados procedente de Caja Inmaculada.

-Plano de pensões de emprego “CAI Empleo, Fondo de Pensiones”, gerido por CAI Vida y Pensiones Seguros y Reaseguros, S.A.

-Apólice de seguros para os excessos sobre o limite de contribuições ao Plano de Pensões subscrita com CAI Vida y Pensiones Seguros y Reaseguros, S.A., sociedade pertencente ao Grupo.

Compromissos pós-emprego de empregados procedente de Caja Círculo.

-Plano de pensões de emprego “Empleados Caja Círculo, Fondo de Pensiones”, gerido por Caser Pensiones, Entidad Gestora de Fondo de Pensiones, S.A.

-Apólice de seguros para os excessos sobre o limite de contribuições ao Plano de Pensões subscrita com Caser, Compañía de Seguros y Reaseguros, S.A.

Compromissos pós-emprego de empregados procedente de Caja Badajoz.

-Plano de pensões de emprego “Fondo de Pensiones de Emplegados del Monte de Piedad y Caja General de Ahorros de Badajoz-Febadajoz, F.P.”, gerido por Caser Pensiones, Entidad Gestora de Fondo de Pensiones, S.A.

-Apólice de seguros para os excessos sobre o limite de contribuições ao Plano de Pensões subscrita com Caser, Compañía de Seguros y Reaseguros, S.A. e Eurovida, S.A. Compañía de Seguros y Reaseguros. 2.13.2Outras retribuições em longo prazo ao pessoal

Os compromissos assumidos com o pessoal pré-reformado, os compromissos por viuvez e invalidez anteriores à aposentação que dependam da antiguidade do empregado, e outros conceitos similares são tratados contabilisticamente, no aplicável, segundo o estabelecido para os planos pós-emprego de prestação definida, com exceção de que as perdas e ganhos atuariais se reconhecem na demonstração de resultados de forma imediata.

Os compromissos mais relevantes adquiridos pelo Grupo com determinado pessoal são os seguintes: Acordo laboral de integração e criação do SIP

Como consequência do processo de integração e a criação do SIP, e como consequência das medidas de reorganização laboral necessárias, as Caixas participantes no mesmo e os representantes das secções sindicais dos seus respetivos sindicatos assinaram, com data 28 de Dezembro de 2010, um acordo de aceitação do “Expediente de Regulación de Empleo (doravante ERE) a aplicar nas mencionadas três Caixas participantes. O referido ERE foi autorizado pela Direção-geral de Trabalho mediante a sua Resolução de data 21 de Janeiro de 2011.

O acordo definitivo de aceitação do ERE contemplava, entre outras medidas, o estabelecimento de um plano de pré-reformas cujas principais características eram as seguintes:

Podiam participar nele os trabalhadores que em 31 de Dezembro de 2010 tivessem cumpridos 57 anos de idade, estabelecendo-se um prazo de 60 dias, a contar desde a entrada em vigor do acordo, para participar no referido plano.

A data efetiva de acesso à pré-reforma seria fixada pela cada Caixa num prazo máximo que não excedesse de 31 de Dezembro de 2012; não obstante, sob certas circunstâncias, as Caixas podiam fixar uma data de acesso posterior que não excedesse de 30 de Junho de 2013.

Durante a situação de pré-reforma e até atingir a idade de 64 anos, o trabalhador receberá uma indemnização pela extinção do seu contrato de trabalho que, somada à prestação por desemprego, atinja as seguintes coberturas:

-Um 80% da retribuição bruta fixa recebida pelo trabalhador, excluída a quota à Segurança Social ao seu cargo, recebida em 12 meses imediatamente anteriores à sua pré-reforma.

-O trabalhador não poderá receber em conceito de indemnização uma quantidade líquida que, somada à prestação por desemprego, seja inferior a 90% nem superior a 95% do salário líquido fixo dos 12 meses imediatamente anteriores à sua pré-reforma.

-As Caixas continuarão realizando as contribuições ao plano de pensões do emprego para a cobertura da contingência de aposentação. No caso de trabalhadores participantes de um subplano de contribuição definida, a referida contribuição será igual à realizada durante o ano anterior à pré-reforma, com o limite de

8.000 euros/ano; no caso de participantes de um subplano de prestação definida, lhes serão consolidados os seus direitos à data efetiva da pré-reforma e a contribuição a realizar será igual à realizada durante o ano anterior à pré-reforma, com o limite de 8.000 euros/ano.

Ao encerramento do exercício de 2013 o número de empregados das Caixas acolhidos ao acordo descrito era 152 pessoas e todas elas causaram baixa (211 empregados durante o exercício 2012).

Finalmente, neste Acordo estabelecem-se as condições retributivas que, a partir de 1 de Janeiro de 2011, são aplicáveis para os empregados das três Caixas participantes, bem como àqueles trabalhadores que sejam incorporados ao Banco. Igualmente, estabelece a obrigação para o Banco de promover um plano de pensões de sistema de emprego de contribuição definida para aposentação para os empregados que passem a desempenhar os seus serviços no Banco. À data de formulação destas contas anuais ainda não foi promovido o plano de pensões do Banco, pelo que segundo o estabelecido no citado acordo laboral, transitoriamente e enquanto não se formalize o novo plano de pensões, os empregados transferidos desde as Caixas ao Banco se mantêm como participantes do plano de pensões da sua Caixa de origem, com os mesmos direitos e condições que se permanecessem em ativo na mesma.

Plano de pré-reformas com empregados procedentes de Caja Círculo

O Conselho de Administração de Caja Círculo celebrado em 10 de Outubro de 2006 aprovou um plano de pré-reformas para o exercício 2007 com as seguintes características:

Dirigido a empregados com idade igual ou superior a 57 anos cumpridos antes de 31 de Dezembro de 2007 e um mínimo de antiguidade de 20 anos na Entidade. A adesão ao plano de pré-reformas devia realizar-se antes de 30 de Novembro de 2006.

Durante a situação de pré-reforma o empregado receberá 80% do salário real adquirido em doze meses imediatos à data de início da pré-reforma e 70% da retribuição variável estipulada para o ano 2006.

A 31 de Dezembro de 2013 o número de empregados participantes no mencionado plano de pré-reformas chega a 17 (26 empregados durante o exercício 2012).

Os compromissos com o pessoal pré-reformado cobrem-se mediante um fundo interno. 2.13.3Indemnizações por cessação

As indemnizações por cessação reconhecem-se como uma provisão por fundos de pensões e obrigações similares e como uma despesa de pessoal unicamente quando a Entidade está comprometida de forma demonstrável a rescindir o vínculo que lhe une com um empregado ou grupo de empregados antes da data normal de aposentação, ou bem a pagar retribuições por cessação como resultado de uma oferta realizada para incentivar a rescisão voluntária por parte dos empregados.

Igualmente, ao encerramento dos exercícios 2013 e 2012 o Grupo registou uma provisão pela estimativa dos custos laborais derivados do Plano de reestruturação descrito na Nota 1.2 (Nota 21).

2.13.4Outros benefícios sociais

A Sociedade tem o compromisso de entregar aos empregados certos bens e serviços, total ou parcialmente subvencionados, conforme ao estabelecido no convénio coletivo e os Acordos Sociais ou de Empresa. Os benefícios sociais mais relevantes são facilidades creditícios.

Em geral, os empregados com contrato sem termo em ativo e uma vez superado o período experimental, têm direito a solicitar empréstimos ou créditos, cujo limite se calcula sobre o salário anual.

Empréstimo de habitação habitual: o custo máximo a financiar será o valor da habitação mais as despesas inerentes à aquisição com os limites marcados pelo convénio coletivo e os Acordos Sociais ou de Empresa. A duração máxima é de 35 anos e a taxa de juro aplicável é 70% do Euribor a um ano.

Empréstimo de atenções várias: o custo máximo a financiar e a duração máxima será o marcado pelo contrato coletivo e os Acordos Sociais ou de Empresa. A taxa de juro a aplicar é Euribor a um ano.

Antecipo de vencimento: para atender necessidades imperativas plenamente justificadas poder-se-á solicitar até seis mensalidades sem interesse que se amortizarán mediante a entrega mensal de 10% dos ativos brutos.

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