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3 Menos: correções de valor por deterioro

3.5 Exposição a outros riscos

3.5.1Exposição ao risco de mercado e contraparte

3.5.1.1 Estratégias e políticas para a gestão do risco de mercado e contraparte a) Risco de mercado

Define-se como a possibilidade de incorrer em perdas pela manutenção de posições nos mercados como consequência de um movimento adverso das variáveis financeiras ou fatores de risco (taxas de juro, taxas de câmbio, preço das ações,…), que determinam o valor das referidas posições.

O Grupo gere o risco de mercado, tratando de obter uma adequada rentabilidade financeira em relacionamento ao nível de risco assumido, tendo em conta uns determinados níveis de exposição global, exposição por tipos de segmentação (carteiras, instrumentos, setores, sujeitos, ratings), estrutura da carteira e objetivos de rentabilidade/risco. Na sua gestão e controlo aplicam-se análise de sensibilidade para a estimativa do seu impacto nos resultados e no património.

O Conselho de Administração estabelece as estratégias, políticas e limites para a gestão do risco de mercado, documentados na “Política e Procedimentos de Investimento e Risco de Mercado”.

Para a gestão do risco de mercado, dispõe-se de políticas de identificação, medição, seguimento, controlo e mitigação bem como de políticas de operações no relativo à sua negociação, reavaliação de posições, classificação e avaliação de carteiras, cancelamento de operações, aprovação de novos produtos, relacionamentos com intermediários e delegação de funções.

b) Risco de contraparte

Define-se como a possibilidade de que se produzam incumprimentos por parte das contrapartidas em operações financeiras (renda fixa, interbancário, derivados, etc.).

O Conselho de Administração estabelece as estratégias, políticas e limites para a gestão deste risco, documentados na “Política e Procedimentos de risco de crédito da atividade nos mercados de capitais”. Nesta Política, estabelecem-se as linhas de risco em função dos ratings atribuídos pelas agências de qualificação creditícia e dos relatórios que emitem as referidas agências e da análise experiente dos seus estados financeiros.

Para a concessão de operações relacionadas com o risco de contraparte (entidades financeiras, corporações locais e as sociedades cotadas e/ou qualificadas por alguma das agências de rating), será o COAP e os Órgãos de Governo, os encarregados de gerir a assunção de risco, atendendo aos limites afixados para as linhas de crédito.

O Grupo utiliza para a gestão, controlo e medição do risco de contraparte ferramentas especializadas com objeto principalmente de adaptar o consumo de riscos dos produtos derivados ao regulamento de Banco de Espanha e de recolher baixo um mesmo aplicativo o cálculo de riscos a nível de Grupo.

3.5.1.2 Procedimentos de medição e controlo a) Risco de Mercado:

O Conselho de Administração aprovou o uso da metodologia do VaR ou (“Value at Risk”, Valor em Risco), em matéria do cálculo dos riscos mencionados anteriormente. Sobre dita metodologia têm-se estabelecidos na atualidade os seguintes limites e normas:

Um limite de 1,5% do “core capital” para a totalidade da atividade da Direção Financeira. Como “core capital” se emprega a definição estabelecida pelo Comité de Basileia.

Um limite de 300.000 euros para a Carteira de Negociação.

Como complemento ao anterior, se estabelecem uns níveis de custos máximos por setor, país, instrumento, etc., com o objetivo de evitar um aumento do risco por concentração. Igualmente, limitam-se as perdas incorridas nas carteiras de Disponível para a Venda e Negociação, distinguindo por instrumentos. Tanto estes limites como o estabelecidos sobre o Valor em Risco se acham recolhidos no documento de “Políticas e procedimentos de atuação em risco de mercado”.

No final de 2013, e dentro do enquadramento de integração no Grupo Ibercaja, estes limites foram adaptados às políticas da matriz Ibercaja Banco.

O VaR proporciona uma estimativa da perda potencial máxima esperada que poderia experimentar uma carteira de títulos e derivados ante um movimento adverso, mas estatisticamente normal, dos preços. Expressa-se em termos monetários e refere-se a uma data concreta, com um determinado nível de confiança e para um horizonte temporário dado. A Entidade emprega como parâmetros de cálculo o horizonte

temporário de um dia e um nível de confiança de 99%, e o aplica tanto à carteira de Disponível para a Venda como à de Negociação.

Dentro da metodologia empregada, realizam-se provas de back-testing que garantem a fiabilidade do modelo, bem como o estudo das sensibilidades a variações ocorridas nos diferentes fatores de risco (stress-testing), com o objetivo de adiantar possíveis cenários adversos.

Mensalmente o Comité de Ativos e Passivos supervisiona o cumprimento destes limites mediante os relatórios preparados por Controlo de Riscos de Tesouraria e Mercados. Este departamento, independente da Direção Financeira, está integrado organicamente na Direção de Controlo Global do Risco, com dependência direta do Administrador Delegado.

b) Risco de contraparte

Os limites autorizados pelo Conselho de Administração estabelecem-se por volume de investimento e incluem limites à exposição global e limites individuais ao investimento por emissor.

Ademais, observam-se os limites legais à concentração e grandes riscos em aplicação da norma centésima primeira da Circular 3/2008, de Banco de Espanha.

Os sistemas de seguimento asseguram que os riscos assumidos se enquadram em todo momento dentro dos limites estabelecidos. Incorporam a revisão das notícias sobre entidades que têm atribuída uma linha de risco específica, análise dos estados financeiros, controlos sobre as variações produzidas nos ratings, bem como o seguimento do risco consumido pelas empresas espanholas e riscos assumidos com entidades financeiras. Entre as técnicas de mitigação do Risco de contraparte figuram os contratos quadro de compensação ou «netting», os contratos de garantias, a redução de carteiras em casos de eventos creditícios adversos, a redução das linhas de risco em caso de baixadas de rating ou notícias negativas de alguma companhia e o seguimento pontual da informação financeira das companhias.

Com aquelas entidades com as que se acorde uma compensação de riscos e um acordo de contribuição de garantias, de conformidade com os requisitos exigidos pelo Banco de Espanha, o risco poder-se-á calcular pela posição líquida decorrente.

3.5.2Gestão do risco de taxa de câmbio

Define-se como a possibilidade de incorrer em perdas derivadas das flutuações adversas nas taxas de câmbio das moedas nas que estão denominados os ativos, passivos e operações fora de balanço do Grupo. O Grupo não mantém posições em moeda estrangeira de carácter especulativo. Também não mantém posições abertas em moeda estrangeira de carácter não especulativo de custo significativo.

A política do Grupo é limitar este tipo de risco, mitigando-o no momento em que se apresente mediante a contratação de operações simétricas ativas ou passivas ou através de derivados financeiros que permitam a sua cobertura.

3.5.3Gestão do Risco reputacional

Define-se como o risco de sanções legais ou normativas, perda financeira significativa ou de reputação que uma Entidade pode sofrer como resultado de incumprir as leis, regulações, normas, standards de auto- regulação da organização e códigos de conduta aplicáveis às suas atividades financeiras; este risco é consubstancial às referidas atividades, pelo facto de estar altamente reguladas e sujeitas a superintendência contínua pelas autoridades.

A Entidade conta com uma Unidade de Cumprimento Normativo, dependente da Direção de auditoria, com o objetivo de assegurar e supervisionar o cumprimento das principais normas que lhe são aplicáveis nas suas atividades reguladas, tais como as relativas a: prevenção do branqueamento de capitais e do financiamento do terrorismo, a proteção do investidor na comercialização de instrumentos financeiros e prestação de serviços de investimento (MIFID), o Regulamento Interno de Conduta (RIC) no âmbito dos Mercados de Valores, o regulamento sobre comunicação de operações suspeitas de abuso de mercado, etc.

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