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6.1 DIMENSÃO 1: GESTORES

6.1.1 Atribuições das entidades

As informações abaixo foram obtidas em fontes oficiais de informação.

 Categoria 1.1: Fundação de Ação Social (FAS) de Curitiba

Segundo site oficial da FAS (2014), a FAS é o órgão público responsável

pela gestão da assistência social em Curitiba, atua de forma integrada a órgãos

governamentais e instituições não governamentais, que compõem a rede

socioassistencial do município, e tem como missão coordenar e implementar a

política de assistência social no município, visando a proteção social de famílias e

indivíduos em situação de risco e vulnerabilidade social.

Quanto à pessoa idosa, a FAS e a SMS acompanham a rotina dos idosos

moradores das ILPIs, com objetivo de lhes assegurar padrões de qualidade no

atendimento. São fundamentais a garantia da autonomia, independência, convívio

familiar e comunitário, trabalho sociofamiliar e desenvolvimento de oportunidades

para o fortalecimento ou restauração de vínculos familiares e a (re)inserção na

família quando possível. Também de importância fundamental é o acesso dos

idosos aos serviços disponíveis na rede de proteção social, como na área da saúde,

educação, atividades culturais e de lazer, conforme a legislação vigente. Todas

essas atividades eram realizadas em apenas quatro ILPIs que tinham convênio com

a FAS na época da pesquisa, das 75 existentes em Curitiba.

Observa-se com esses dados que a lista de padrões de garantias que a FAS

do município assegura aos idosos institucionalizados é grande, destacando-se a

garantia ao idoso de acesso à saúde. Se forem realmente cumpridas, essas

medidas atestam o bom tratamento dos idosos institucionalizados.

O trabalho desenvolvido pela FAS em conjunto com a SMS gerou o

estabelecimento de padrões qualitativos dos serviços prestados por essas

instituições, que foram normalizados no Protocolo Qualidade em Instituições de

Longa Permanência para Idosos em 2009 (FAS, 2014).

Em resumo, o Protocolo Qualidade mencionado acima faz uma

caracterização das ILPIs estabelecendo categorias (privada sem fins lucrativos,

privada com fins lucrativos e instituições públicas) e modalidades (abrigo, asilo, casa

de repouso, entre outras). Define também as características do envelhecimento e

como ele se manifesta. Tem como objetivo orientar técnicos da FAS e VISA,

gestores, idosos e familiares quanto ao funcionamento adequado das ILPIs em

Curitiba observando “condições físicas, técnicas, operacionais, higiênico-sanitárias,

organizacional, social, de convivência e integração com a comunidade e a

preservação dos vínculos familiares da pessoa idosa” (PROTOCOLO QUALIDADE

EM INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS - PQILPIs, 2009,

p.21). Este documento também traz um roteiro para inspeção das ILPIs pela FAS

conforme Anexo 1 e outro para a inspeção pela VISA conforme Anexo 2, mas essas

entidades devem exercer função conjunta no sentido de padronizar o funcionamento

das Instituições para Idosos em Curitiba. A inspeção da FAS abrange as instalações

físicas e bem-estar dos idosos, a da VISA verifica condições sanitárias e se a ILPI

segue o que é proposto pela RDC nº 283 / 2005 (PROTOCOLO QUALIDADE EM

INSTITUIÇÕES DE LONGA PERMANÊNCIA PARA IDOSOS - PQILPIs, 2009). Mas,

considerando o objetivo desse Protocolo que é orientar sobre o funcionamento

adequado das ILPIs não só a gestores e técnicos, mas também a idosos e seus

familiares, estes últimos devem exercer também fiscalização desses serviços,

denunciando ou reclamando o não cumprimento dessas regras.

 Categoria 1.2: Vigilância Sanitária (VISA) Municipal de Curitiba

O Conceito de Vigilância Sanitária está definido na Lei Federal n°

8.080/1990, artigo n° 6, que estabelece:

Art. 6º - Estão incluídas ainda no campo de atuação do Sistema Único de Saúde (SUS): I - a execução de ações: a) de vigilância sanitária; § 1º Entende-se por vigilância sanitária um conjunto de ações capaz de eliminar, diminuir ou prevenir riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários decorrentes do meio ambiente, da produção e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse da saúde, abrangendo: I - o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a saúde, compreendidas todas as etapas e processos, da produção ao consumo; e II - o controle da prestação de serviços que se relacionam direta ou indiretamente com a saúde (BRASIL, 1990, p.2).

Desde 1992 a Secretaria Municipal de Saúde desenvolve em Curitiba todas

as ações de Vigilância Sanitária com o objetivo de eliminar, diminuir ou prevenir

riscos à saúde e de intervir nos problemas sanitários do meio ambiente, da produção

e circulação de bens e da prestação de serviços de interesse à saúde (SMS, 2014).

Com o objetivo de facilitar o processo de trabalho, a Vigilância Sanitária

(VISA) organiza-se em quatro grupos básicos:

1. Alimentos: indústrias, cozinhas industriais, restaurantes, lanchonetes,

feiras.

2. Produtos de Interesse à Saúde: medicamentos e insumos farmacêuticos,

cosméticos, produtos de higiene e perfumes, saneantes domissanitários e produtos

para a saúde (correlatos).

3. Serviços de assistência à saúde e de apoio diagnóstico e terapêutico:

hospitais, clínicas, laboratórios.

4. Serviços de interesse à saúde: escolas, creches, ILPIs.

Este último grupo deixa de fora outras formas de abrigos para idosos como

as unidades centro-dia, por exemplo.

Nas inspeções sanitárias feitas pela VISA observam-se principalmente a

estrutura e instalações físicas, recursos humanos, fluxos e rotinas técnicos

operacionais que envolvam pessoas, materiais, artigos, utensílios, máquinas,

equipamentos, insumos e resíduos, bem como as condições de higiene e limpeza,

que tragam segurança aos produtos e serviços prestados (SMS, 2014).

 Categoria 1.3: Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CRF-PR)

O CRF-PR, fundado em 11 de novembro de 1960, é o órgão que zela pela

fiel observância dos princípios da ética e da disciplina da classe dos que exercem

atividades farmacêuticas no Paraná. Apresenta como funções: proteger a sociedade

dos maus profissionais farmacêuticos; garantir a presença do farmacêutico na

farmácia, análises clínicas, indústria e outras áreas farmacêuticas, e,

consequentemente, uma assistência farmacêutica efetiva e de qualidade; lutar para

que o conceito da farmácia como um estabelecimento de saúde e do farmacêutico

como um profissional do medicamento se tornem realidade (CRF-PR, 2014).

É importante destacar aqui que a fiscalização da presença do profissional

farmacêutico em farmácias é feito somente naquelas que estiverem registradas junto

ao CRF-PR. A fiscalização é realizada pelo CRF-PR desde sua criação, sendo

considerado o principal procedimento para a execução de mudanças que a profissão

necessita para se adequar à realidade dinâmica do exigente mercado farmacêutico,

que requer, cada vez mais, profissionais melhores qualificados para o exercício

profissional. A identificação de falhas no exercício profissional é criteriosamente

analisada pelo CRF-PR através da instauração de Processo Ético Disciplinar

(CRF-PR, 2014).