VII. Fichas de pesquisa
6. Aumento do capital social
Natureza do Caso: Aumento do Capital Social Tribunal: Tribunal de Justiça de São Paulo
Tipo e Número do Recurso: Apelação Cível nº 192.630-1/6 Relator: Desembargador Rebouças de Carvalho
Data do Julgamento: 11.11.1993 Data de Publicação do Acórdão: Localização do Acórdão:
Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: Ementa:
Sumário dos Fatos: Trata-se de ação ordinária que visa a declaração de
nulidade de deliberação de assembléia geral extraordinária relativa a aumento do capital social. O juiz singular julgou imporcedente a ação relatando que o objeto da demanda já havia sido tratado em outra demanda, naquela mesma vara. Menciona o acórdão a existência de perícia, a qual nad apontou de irregular no aumento de capital questionado.
Fundamento Principal: Não se verificando qualquer irregularidade na
deliberação assemblear que aprovou o aumento do capital social, deve prevalecer a vontade da maioria.
Questões Relevantes:
Entendimento do Tribunal: A aprovação de aumento do capital social em
assembléia geral extraordinária deve prevalecer, salvo se houver prova de irregularidades. No caso, a perícia comprovou a legalidade dos atos questionados.
Voto Divergente: Não
Fundamento do Voto Divergente: Doutrina Referida:
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Natureza do Caso: Aumento do Capital Social Tribunal: Tribunal de Justiça de São Paulo
Tipo e Número do Recurso: Apelação Cível nº 119.219-1 Relator: DesembargadorGodofredo Mauro
Data do Julgamento: 17.04.1991 Data de Publicação do Acórdão: Localização do Acórdão:
Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: Ementa:
Sumário dos Fatos: .Trata-se de ação declaratória que vida obter a declação
de nulidade de assembléias gerais extraordinárias que deliberaram sobre aumentos do capital social. O juiz singular julgou improcedente a ação e o Tribunal de Justiça de São Paulo manteve a referida decisão. Entendeu o Tribunal que, no caso, apesar de o estatuto social determinar a competência do Conselho Diretor para deliberar sobre o aumento do capital social por meio da emissão de ações, até o limite de 30% do capital social integralizado na data da decisão, tal competência não exclui a da AGE, “como órgão soberano da sociedade, de deliberar sobre o mesmo assunto.”
Fundamento Principal: A AGE é o órgão máximo de deliberação da
sociedade por ações e tem competência para deliberar sobre o aumento do capital social. A determinação do estatuto atribuindo ao Conselho Diretor a competência para aprovar tal matéria configura, na realidade faculdade de atuar, “ que não pode conflitar com a competência do órgão máximo de deliberação da sociedade.”
Questões Relevantes: Qual a extensão do poder da assembléia geral na
sociedade por ações em face das previsões estatutárias que atribuem competências a determinados órgãos?
Entendimento do Tribunal:A AGE tem competência concorrente para
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tal competência a algum órgão da sociedade, pois esta se configura como mera faculdade.
Voto Divergente: Não
Fundamento do Voto Divergente: Doutrina Referida:
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Natureza do Caso: Aumento do Capital Social
Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Tipo e Número do Recurso: Apelação nº 138.534-1. Relator: Desembargador Jorge Tannus.
Data do Julgamento: 19.09.1991. Data de Publicação do Acórdão: Localização do acórdão: RT 677:100-3. Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: 115, § 1º e 134, § 6º.
Ementa: SOCIEDADE ANÔNIMA - Capital fechado - Direito das minorias -
Tutela mais intensa por parte da lei e do Judiciário.
SOCIEDADE ANÔNIMA - Assembléia geral - Aumento do capital - Aproveitamento de créditos de acionistas - subscrição imediata de ações resultantes do aumento pela maioria presente à assembléia - Impossibilidade.
Sumário dos Fatos: Frigus Ribas S/A realizou assembléias gerais ordinária e
extraordinária aos 03.07.1985, deliberando sobre aumento de capital da companhia.
O Espólio de Herculano Ribas, então, demandou judicialmente Frigus ribas S/A e outros, pedindo a declaração de nulidade de deliberações em assembléias gerais ordinária e extraordinária. O juízo de primeiro grau deu provimento à ação, anulando as deliberações assembleares. Inconformados, apelam os réus, principalmente pela improcedência, e o autor, por questão referente a honorários advocatícios.
Fundamento Principal: A proteção dada às minorias no âmbito da Lei
6.404/76 deve ser considerada na interpretação de suas disposições e na caracterização de fraude.
Questões Relevantes: Pode ser declarado nulo aumento de capital deliberado
por assembléia quando as formalidades estão em perfeita ordem?
Entendimento do Tribunal: Afirma o relator que “[n]o que tange à
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censurável. Entretanto é de se admitir (…) que a deliberação de aumento de capital e de admissão de imediata subscrição das ações correspondentes pelos acionistas presentes ao ato, com utilização de seus próprios créditos, reconhecidos também no próprio ato, raia, inegavelmente, pelo domínio do dolo, igualando providências aparentemente lícitas a qualquer manobra procedida à sorrelfa, para prejudicar deliberadamente outros acionistas. (…) Não se ignora, outrossim, que a Companhia tem seus acionistas no seio de uma família, administrada por um grupo fechado, valendo a invocação das exceções que a lei contempla em relação às medidas draconianas para atos irregulares na espécie. Mas, talvez por isso mesmo, por se tratar de sociedade com pequeno grupo de acionistas, sem grande repercussão pública dos atos praticados pela administração é que o direito dos preteridos mereça tutela mais intensa da lei e do Poder Judiciário.”
Voto divergente:
Fundamento do Voto Divergente: Doutrina Referida:
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Natureza do Caso: Aumento do Capital Social Tribunal: Superior Tribunal de Justiça.
Tipo e Número do Recurso: Recurso Especial nº 4.964-PR. Relator: Ministro Nilton Naves.
Data do Julgamento: 19.02.1991
Data de Publicação do Acórdão: 11.03.1991. Localização do acórdão:
Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: 170 e 194.
Ementa: Sociedade anônima. Deliberação social sobre elevação do capital
social. Suspensão, com o deferimento de liminar de medida cautelar. Hipótese de inocorrência de ofensa ao art. 170 e §§ da Lei nº 6.404/76. Recurso especial não conhecido.
Sumário dos Fatos: Darvil José Caron e outros compõem grupo familiar que
detém 25% das ações da S/A Curtume Curitiba, cujo restante do capital pertence a outros três grupos, dividido igualitariamente.Vendo seus direitos sociais coletivos ameaçados por um eventual aumento de capital, que reduziria sua participação a menos de 5%, Darvil José Caron e outros pediram a suspensão da deliberação sobre a matéria em assembléia geral em ação cautelar inominada.Deferido o pedido, a sociedade agravou a decisão, mantida pelo Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. A companhia, então, interpôs recurso especial.
Fundamento Principal: A maioria não pode abusar de seu poder, atendendo
a interesses alheios aos da sociedade e lesando os minoritários.
Questões Relevantes: Pode, nas circunstâncias do caso, ser liminarmente
concedida suspensão do aumento de capital societário em assembléia geral?
Entendimento do Tribunal: O Superior Tribunal de Justiça denegou o
pedido, pois não encontrou ofensa ao artigo 170 da Lei 6.404/76, uma vez que o aumento de capital poderia implicar abuso de poder da maioria. Ademais, a suspensão não resulta prejuízo para a embargante, posto que pode constituir
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reserva estatutária para futuro aumento de capital.
Voto divergente:
Fundamento do Voto Divergente:
Doutrina Referida: BULGARELL, Waldirio. Questões de Direito
Societário. São Paulo, RT, 1983.
COMPARATO, Fábio Konder. “Parecer”, in Revista dos Tribunais 507:46.
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Natureza do Caso: Aumento de Capital Social – Anulação de Assembléia Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo.
Tipo e Número do Recurso: Apelação nº 139.583-1/2 e respectivos
Embargos Infringentes.
Relator: Desembargador Euclides de Oliveira (Apelação) e Luiz de Macedo
(Embargos).
Data do Julgamento: 20.08.1991 (Apelação) e 11.08.1992 (Embargos). Data de Publicação do Acórdão:
Localização do acórdão:
Legislação Mencionada: CC, artigos 150, 152, 1.579 e 1581, § 2º; CPC,
artigos 12, V, 986, 985 e 991.
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: 4º, 115, 121, 134, 135, 285 e 294. Ementa:
Sumário dos Fatos: Maria Elisabeth Ferreira Fontoura, acionista minoritária,
moveu ação ordinária visando anulação de assembléias gerais relativas a aumento de capital contra Instituto Medicamenta Fontoura S/A, alegando que não havia necessidade de tal aumento e que houvera irregularidades nas assembléias. A assembléia geral extraordinária de 19.09.1985 foi, conforme a autora, realizada sem quorum, pois estavam presentes apenas o procurador de Dirceu de Castro Fontoura, outro acionista sem direito a voto e um terceiro, cujo nome consta da lista, mas sem a respectiva assinatura. A de 21.10.1985, presidida por Auro Aluísio de Moura Andrade, que dizia ser representante do espólio de Dirceu de Castro Fontoura, sem o ser, tampouco teve quorum, não devendo ser aceita a homologação do aumento de capital decidido na anterior. A de 31.10.1985, irregularmente presidida por Auro, que subscreveu o remanescente do aumento de capital e elegeu-se presidente. A de 18.02.1986, instalada sem o devido quorum, presidida por Auro, que determinou novo aumento de capital e aprovou contas e honorários dos próprios interessados. A sentença do juiz singular deu provimento ao pedido. A ré, então, interpôs a presente apelação.
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Fundamento Principal: Sendo limitados os poderes do inventariante aos atos
de conservação e mera administração da herança, igualmente ou mais restritos serão os do administrador provisório. Pode haver aplicação extensiva ou analógica do artigo 285, parágrafo único, da Lei 6.404/76, para revalidar atos viciados relacionados com a atividade e o funcionamento da empresa, não se restringindo ao ato constitutivo (voto vencido).
Questões Relevantes: Há assembléia geral sem quorum? Pode o
administrador provisório de espólio do acionista atuar em assembléia geral? Pode ser revalidada posteriormente assembléia geral à qual faltou quorum? (voto vencido)
Entendimento do Tribunal: O relator afirma, quanto à primeira assembléia,
que “as deliberações foram tomadas, então, unicamente pelo voto do procurador de Dirceu, (…) sen alcance do mínimo de 2/3 essencial para a formação de quorum. Nesse sentido o artigo 135 da Lei societária, cuja infringência importa em nulidade da reunião.”Assevera o Desembargador Euclides de Oliveira que “[s]e ao inventariante a lei assim restringe, com maior razão deve o administrador provisório pautar sua conduta dentro dos mesmos limites, em vista do caráter provisório e passageiro de suas funções. Aplicados estes conceitos ao caso dos autos, forçoso concluir que o marido da herdeira Vera, Sr. Auro Aluísio de Moura Andrade, ainda que de posse da herança, não possuia poderes para atos de venda ou de aquisição de bens em nome do espólio. Não lhe era dado, pois, comparecer a Assembléia extraordinária da empresa, como representante do espólio, para o fim de homologar aumento de capital.” Decisão em embargos infringentes consoante à do relator.
Voto divergente: voto vencido do Desembargador Barbosa Pereira.
Fundamento do Voto Divergente: A primeira assembléia deve ser validada
pois, sendo a sociedade familiar, muitas vezes acertos são feitos mesmo sem a necessidade das reuniões formais. Como o acionista ausente da primeira assembléia compareceu à segunda e concordou com a homologação do aumento do capital e com o deliberado na anterior. “Não se pode considerar
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como nulidade absoluta a omissão constante da assembléia anterior, face a manifesta concordância do acionista faltante e a ausência total de formalismo na sociedade em questão.” Assim, “cabe, no caso, aplicação analógica, ou por extensão, do art. 285, parágrafo único, da Lei de Sociedades Anônimas, porque se esta lei admite que ainda depois de proposta para anular a constituição da companhia, por vício ou defeito, possa a assembléia geral saná-los, revalidando, assim, o próprio ato constitutivo da sociedade, não há razão para deixar-se de aplicar o mesmo princípio, quando se trata de ratificar ou revalidar atos posteriores relacionados com as atividades ou o funcionamento da empresa.” Quanto à possibilidade de participação do administrador provisório representar acionista em assembléia geral, aponta o revisor que “[n]ão se pode negar ao inventariante, como administrador legal, a atividade de representar o espólio nas assembléias das sociedades anônimas, e, de fato, jamais se negou essa faculdade.”
Doutrina Referida: CARVALHOSA, Modesto. Comentários, Vol. 1. São
Paulo, Saraiva, 1977. MARTINS, Franº
MORAES E BARROS, Hamilton de. Comentários ao Código de Processo
Civil, Vol IX.
RODRIGUES PENTEADO, Mauro. Aumento de Capital das Sociedades
Anônimas. São Paulo, Saraiva.
PONTES DE MIRANDA. Comentários ao Código de Processo Civil. Rio de Janeiro, Forense, 1977.
Antecedentes Jurisprudenciais Referidos: JTACSP 91:346; RF, 1938:75-
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7. AVALIAÇÃO DE ESTOQUES
Natureza do Caso: Avaliação de Estoques
Tribunal: Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo. Tipo e Número do Recurso: Apelação Cível nº 238.281-1. Relator: Desembargador J. Roberto Bedranº
Data do Julgamento: 12.03.1996 Data de Publicação do Acórdão:
Localização do acórdão: RJTJESP 184:176-81. Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: art. 183, II, §§ 1º e 4º.
Ementa: SOCIEDADE ANÔNIMA – Balanço - Empresa atacadista de
produtos farmacêuticos – Avaliação do estoque - Regra excepcional do § 4º do artigo 183 da Lei Federal 6.404, de 1976 - Inadequação do critério - Adoção, ademais, de forma imperfeita, implicando resultados irreais - Conceito de valor de mercado - Assembléia geral de aprovação anulada - Recurso não provido.
Ementa oficial: Sociedade Anônima – Anulação de assembléia geral de aprovação de contas e balanço, contendo viciado critério de avaliação do estoque - Valor de revenda, dado como igual ao de mercado - Artigo 183, § 4º da Lei nº 6.404, de 1976 – Regra excepcional, inaplicável à natureza das mercadorias vendidas pela empresa - Desconsideração, ademais, da margem de lucro (15% dos distribuidores), impositiva, no caso, (sic) de mercadorias destinadas à venda, tendo em conta o conceito legal de valor de mercado (artigo 183, § 1º, b) – Confirmação de fictícia apuração de lucros - Providência mantida - Recurso improvido.
Sumário dos Fatos: A apelante – Cobesca Manchester Atacadista de
Produtos Farmacêuticos S.A. - aprovou em assembléia geral ordinária relatórios, contas e demonstrações financeiras irregulares, pois o estoque foi avaliado conforme o preço de reposição de mercadorias tomado como valor de
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mercado. Assim, auferiu a empresa lucros fictícios.
Alexandre Beldi Netto, acionista, pede judicialmente a anulação da assembléia, o que é concedido pelo juízo a quo.
Fundamento Principal: As mercadorias em estoque devem ser avaliadas pelo
seu custo de aquisição ou produção, ajustado ao preço de mercado quando este for inferior (Lei 6.404/76, art. 183, II).
As mercadorias da disposição da Lei 6.404/76, art. 183, § 4º não são todas as fungíveis, mas aquelas denominadas commodities em inglês.
Questões Relevantes: A exceção da Lei 6.404/76, art. 183, § 4º pode ser
aplicada a produtos farmacêuticos? A avaliação dos estoques pelo custo de reposição imposta pela Lei das Sociedades por Ações aplica-se a todos os produtos ou, ao contrário, os produtos farmacêuticos constituem uma exceção?
Entendimento do Tribunal: Os produtos farmacêuticos não se encontram
dentre aqueles que são avaliados pelo preço de mercado conforme a técnica contábil costumeira. Destarte, a exceção da Lei 6.404/76, art. 183, § 4º não pode ser aplicada a tais mercadorias.
Ademais, “[o] preço de reposição, o de compra no mercado, apenas se aplicaria às matérias-primas e aos bens em almoxarifado, destinados à transformação e ao uso (art. 183, § 1º, a), de que não se cuidava no caso.”
Voto divergente:
Fundamento do Voto Divergente:
Doutrina Referida: CAMPIGLIA, A. O. Comentários à Lei das Sociedades
Anônimas, v. 5º/142. São Paulo, Saraiva, 1978; CARVALHOSA, M. e
LATORRACA, N. Comentários à Lei das Sociedades Anônimas, v. 6º/47- 9,70. São Paulo, Saraiva, 1978; MARTINS, F. Comentários à Lei das
Sociedades Anônimas, t. II/615-6, v. 2. Rio de Janeiro, Forense, 1978;
SOUZA CAMPOS BATALHA, W. de. Comentários à Lei das Sociedades
An6onimas, v. II/926. Rio de Janeiro, Forense, 1977.
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8. AVALIAÇÃO DE PARTICIPAÇÃO EM S.A.
Natureza do Caso: Avaliação de Participação em S.A. (dissolução) Tribunal: Superior Tribunal de Justiça
Tipo e Número do Recurso: Recurso Especial nº 60.513-0 Relator: Ministro Costa Leite
Data do Julgamento: 06.06.1995
Data de Publicação do Acórdão:04.09.1995 Localização do Acórdão:
Legislação Mencionada:
Artigos da Lei nº 6.404/76 Mencionados: § 1º do art. 45
Ementa: “ Comercial. Dissolução de sociedade. Tratando-se de dissolução parcial
de sociedade por quotas, não se aplica o critério estabelecido no § 1º do art. 45 da Lei nº 6.404, de 1976, que é para a determinação do valor de reembolso das ações ao acionista dissidente. Impõe-se, em tal hipótese, determinar o valor real das ações de sociedade anônima que integram o patrimônio da sociedade por quotas parcialmente dissolvida, na medida em que a apuração de haveres deve ser procedida como se de dissolução total se tratasse. Recurso não conhecido.”
Sumário dos Fatos: Sócios de sociedade por quotas de responsabilidade limitada
em fase de dissolução parcial recorreram ao STJ afirmando que a elaboração de balanço especial para determinação do valor real das ações da Mecânica Bonfanti S.A., integrantes do ativo da sociedade parcialmente dissolvida, contraria o disposto pelo § 1º do art. 45 da Lei nº 6404/76 que estabelece outro critério.
Fundamento Principal: O critério de avaliação de ações contemplado pelo § 1º do
art. 45 da Lei nº 6404/76 foi criado para a hipótese de retirada de acionista dissidente de sociedade por ações. Equiparar o sócio que se retira de sociedade por quotas ao acionista dissidente em sociedade por ações implica em dar tratamento igual a situações absolutamente distintas. Segundo remansosa jurisprudência a apuração de haveres deve ser procedida como se de dissolução total se tratasse, ao passo que no caso do exercício do direito de recesso a lei determina que o reembolso será pelo valor de patrimônio líquido das ações, de acordo com o último balanço
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aprovado pela assembléia geral.
Questões Relevantes: De fato, sob o aspecto patrimonial, isto é, visando-se apurar o
valor econômico da participação em sociedades, é diferente a situação do sócio que se retira da sociedade por ações em razão do exercício do direito de recesso da do sócio que se retira da sociedade por quotas na dissolução parcial ? Por que seria diferente a situação do sócio que exerce o direito de recesso visando deixar a companhia daquela em que o sócio retira-se da sociedade por quotas por meio de dissolução parcial ?
Entedimento do Tribunal: Não se aplica o o critério de avaliação de ações
contemplado pelo § 1º do art.45 da Lei nº 6404/76 para situações diversas da de recesso do acionista dissidente. A dissolução parcial de sociedade por quotas não se equipara ao direito de recesso em sociedade por ações.
Voto Divergente: Não
Fundamento do Voto Divergente: Doutrina Referida:
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