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Avaliação (i) das aprendizagens dos alunos e (ii) da implementação da sequência didáctica

DESCRIÇÃO DO ESTUDO 4.1 Introdução

PLANIFICAÇÃO TEMA : VIVER MELHOR NA TERRA

4.2.5. Avaliação (i) das aprendizagens dos alunos e (ii) da implementação da sequência didáctica

condicionalismos que daí advêm, e o tempo útil de cada aula ser francamente escasso para a realização de actividades.

O factor “final de ano lectivo” foi também constrangedor no que diz respeito ao trabalho produzido pelos alunos. No 3º período, as situações de stress, motivadas pela indefinição da situação escolar e pela realização de exames nacionais a Língua Portuguesa e Matemática (realizados pela primeira vez) provocou em todos os alunos uma diminuição de eficácia e produtividade. O empenho colocado na realização de tarefas propostas, nomeadamente na construção do portfólio e no trabalho de pesquisa em grupo, foi claramente inferior ao esperado para estes alunos, após três anos de trabalho na disciplina de Ciências Físico-Químicas, sempre com a mesma professora.

4.2.5. Avaliação (i) das aprendizagens dos alunos e (ii) da implementação da sequência didáctica

i) Avaliação das aprendizagens dos alunos

A avaliação foi uma das preocupações centrais no processo, procurando-se organizar e propor actividades que permitissem avaliar, ainda que em algumas dimensões, o desenvolvimento das competências previamente definidas. Na implementação de uma sequência didáctica em sala de aula devem ser consideradas para avaliação todas as situações de interacção professor – aluno que demonstrem os avanços ou recuos no processo de aprendizagem, que possibilitem registos, de forma a constituir-se um conjunto de informações, orientadoras de um juízo globalizante, relativamente a cada aluno.

No documento orientador da implementação, identificaram-se, já, as formas e os momentos de avaliação. A avaliação de competências foi sendo feita no decorrer da implementação, quer recorrendo aos registos diários, no caso da participação oral, por exemplo, quer apoiada nas fichas de trabalho realizadas pelos alunos. Exemplificando, poder-se-á referir o documento Doc.11 (ver anexo I.5), relativo a velocidade média, o qual

constituiu uma tarefa específica de avaliação de competências. Nesse documento era solicitado aos alunos a resolução de uma questão, cujos dados estavam contidos no enunciado, mas de forma implícita. Se ao final de três tentativas de resolução, os alunos não conseguissem responder à questão, era-lhes dado o enunciado no formato tradicional, explicitando todos os dados. Os resultados obtidos pelos alunos estão registados no anexo I.10.

Para além do trabalho de pesquisa em grupo, considerado trabalho final, foi também solicitado aos alunos, para efeitos de avaliação, a construção de um portfólio individual. O trabalho de pesquisa em grupo, para além da avaliação a que foi sujeito pela professora/investigadora, foi hetero-avaliado pelos alunos após a apresentação oral. Os domínios avaliados no trabalho de pesquisa em grupo constam da ficha de hetero-avaliação (anexos I.6) e grelha de avaliação (anexo I.10). Para além de todas as actividades de avaliação previstas, foram efectuadas duas actividades de auto-avaliação, nas quais os alunos deviam referir numa escala qualitativa (Satisfaz Bem, Satisfaz e Não Satisfaz) o seu posicionamento relativamente à participação na aula, ao trabalho realizado, à realização de trabalhos de casa, etc.

A avaliação final dos alunos, foi baseada nos dados recolhidos através dos instrumentos identificados na tabela 4.3. e os resultados obtidos encontram-se nos documentos constantes do anexo I.10.

Tabela 4.3. Instrumentos de recolha de dados /Documentos com os resultados

Instrumentos de recolha Documentos com resultados (anexo I.10) Participação na discussão em sala de aula Listas de verificação

Trabalho produzido em sala de aula Classificação das fichas Fichas de trabalho

Análise de conteúdo e classificação Trabalho de pesquisa em

grupo Análise de conteúdo e classificação dos trabalhos

______________________________________________________________________ De referir que no decurso da implementação do estudo na sala de aula teve lugar a realização da prova global, prevista no Despacho Normativo 1/2005, de 5 de Janeiro, de matriz igual para todos os alunos da Escola. A prova global da turma, na qual decorreu o estudo, foi igual à prova global de outra das quatro turmas da Escola, realizando-se simultaneamente. Os resultados dos alunos na prova global, são considerados com um peso de 25%, na avaliação sumativa interna, de acordo com o determinado no despacho acima citado, após a avaliação feita pelo professor do trabalho realizado ao longo de todo o ano lectivo. Dispensou-se a realização de um teste sumativo no decorrer da implementação da sequência em sala de aula por se considerar que não acrescentaria nada de novo aos dados recolhidos no decurso das aulas. A realização de um teste sumativo apenas introduziria uma situação de stress, num período lectivo já com demasiados focos de pressão. Se o tempo disponível não estivesse tão limitado e a sequência não fosse interrompida pela realização da Prova Global poder-se-ia ter ponderado a realização de um trabalho escrito, individual, a realizar na sala de aula.

ii) Avaliação da implementação da sequência didáctica

A avaliação da implementação da sequência didáctica foi, directamente feita através de duas tarefas iguais, propostas aos alunos, em dois momentos diferentes. Nessas tarefas foi solicitado aos alunos que efectuassem uma reflexão conduzida sobre as aulas, referindo aspectos positivos e aspectos negativos (anexo I.7). As informações recolhidas foram categorizadas e os resultados serão apresentados no capítulo seguinte.

A leitura dos registos dos alunos nos documentos específicos de auto-avaliação (Doc.5 e Doc.8 – anexo I.6) também foi permitindo reflectir sobre o processo de implementação da sequência didáctica, enriquecendo a avaliação da implementação. Os alunos foram ainda sujeitos, em mais dois momentos, a reflectirem, por escrito, sobre o trabalho realizado. Na ficha de trabalho, referenciada como Doc.10 (anexo I.5) foi proposto aos alunos duas tarefas de realização individual, com questões de natureza numérica e gráfica, de carácter académico e com tempo limitado. Após o término do tempo concedido para cada uma das tarefas, os alunos deveriam auto-avaliar a sua prestação, identificando as dificuldades, se existiram ou não, identificando três razões para a resolução sem dificuldades. Na ficha de trabalho, referenciada como Doc.11 (anexo I.5), e

após a realização das actividades propostas, os alunos eram convidados a registar as dificuldades sentidas com a realização da tarefa proposta num dos enunciados.

Dos registos efectuados nos documentos referenciados, Doc.10 e Doc.11, foi possível fazer a síntese das respostas dos alunos, evidenciando as maiores dificuldades por eles apresentadas e reflectir sobre a sua relação com o processo de ensino em sala de aula. Estes resultados são apresentados no capítulo seguinte.