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Avaliação de efeitos significativos

Fase 4 – Declaração Ambiental

5. Ordenamento do Território (FCD 1)

5.1. Ordenamento do território e desenvolvimento regional

5.1.3. Avaliação de efeitos significativos

A avaliação de efeitos significativos foi realizada através de uma verificação da coerência externa entre as questões estratégicas subjacentes ao Plano (incluindo os principais aspectos da proposta urbanística) e as linhas directrizes constantes nos instrumentos de gestão territorial e desenvolvimento regional anteriormente referidos. Esta análise foi condensada no quadro seguinte:

Quadro 5.1.2 – Avaliação de efeitos significativos em termos de Ordenamento do Território

Instrumento estratégico

Disposições

aplicáveis Coerência do PP

Estratégia de desenvolvimento regional Estratégia de Desenvolvimento do Algarve 2007-2013 Objectivos estratégicos e eixos de desenvolvimento

O PP contribui para os objectivos estratégicos Qualificar, inovar

e robustecer a economia e Promover um modelo territorial competitivo na medida em que favorece,

respectivamente, a diversificação e qualificação do cluster turismo/lazer e a qualificação do espaço público e da paisagem. Planos de ordenamento do território

Plano Regional de Ordenamento do Território (PROT) para o Algarve Opções estratégicas e respectivos objectivos operativos

O PP contribui para a opção estratégica da Estruturação Urbana dado que: promove a urbanização programada de um espaço urbano consolidado, dando coerência, continuidade e qualidade à estrutura urbana existente; inclui espaços verdes urbanos de utilização colectiva equipados e que funcionam como áreas de separação entre os contínuos edificados (a solução de desenho urbano adoptada, assente em parcela e quarteirões permeáveis com espaços verdes nos interstícios, para isso muito contribui; cf. Desenho 3 – Anexo I); estabiliza e dá coerência a uma frente urbana localizada numa zona de transição com espaços naturais, prevendo diversos usos, incluindo o recreio e lazer; reestrutura uma área urbana degradada localizada na Faixa Costeira (Retaguarda da Zona Costeira de Protecção), contribuindo para uma gestão integrada do litoral, eventualmente, através do estabelecimento de parcerias público- privadas.

O PP do Bairro da Caixa contribui, simultaneamente, para a opção da Qualificação e Diversificação do Turismo, na medida em que, ao propor um hotel com escala numa localização estratégica (esquina localizada numa importante entrada da Cidade de VRSA), favorece a imagem da Cidade (e da Região) em termos turísticos (e urbanos) e contribui, potencialmente, para a diversificação e qualificação da oferta turística da Faixa Costeira, numa zona com alguma reserva de carga para esse tipo de uso.

Instrumento estratégico Disposições aplicáveis Coerência do PP Plano Director Municipal (PDM) de

Vila Real de Santo António Regulamento do PDM – Normas relativas a Zonas de Habitação Consolidadas (ZHC)

O PP é coerente com o PDM dado que o regulamento deste último permite o desenvolvimento de operações de loteamento em ZHC, contendo edifícios de mais de quatro pisos (desde que enquadrados por plano de pormenor), com pelo menos um lugar de estacionamento privativo (dentro do lote) por fogo e coerentes com o Regulamento Geral das Edificações Urbanas.

Servidões administrativas e restrições de utilidade pública com relevância ambiental

Reserva Ecológica Nacional (REN)

Restrições impostas pelo Decreto Lei n.º 166/2008, de 22 de

Agosto, e pela Portaria n.º 63/2009,

de 13 de Fevereiro

Não aplicável. A área de intervenção do PP não coincide, nem sequer pontualmente, com áreas integradas na REN do Concelho de VRSA. Protecção de redes de drenagem de águas residuais e de abastecimento público de água Protecção a emissários (5 m para cada lado) e adutoras- distribuidoras (1,5 m

para cada lado)

O edificado proposto encontra-se implantado a mais de 1,5 metros da conduta adutora de abastecimento de água cujo traçado coincide sensivelmente com os limites Sul e Poente da área de intervenção do PP (cf. Desenho 9 – Anexo I).

Esse edificado deverá estar igualmente afastado pelo menos 5 metros do emissário de águas residuais que, de acordo com o Plano de Salvaguarda e Estrutura do PDM de VRSA (Desenho 8 – Anexo I), parece coincidir com o eixo da Av. Eng.º Sebastião Ramirez (que limita a área de intervenção do PP a Sul).

Outras Condicionantes Cartografia de zonas inundáveis Decreto-Lei n.º 364/98, de 21 de Novembro (n.º 1 do Artigo 2.º)

Na versão de Agosto de 2009 do PP do Bairro da Caixa foi inserida uma nova peça desenhada (com o n.º 40 e escala 1:500) que remete para a “Carta de Risco de Inundação” elaborada pela Ecoserviços (2009).

Essa carta, que foi também inserida no Anexo 1 do presente relatório ambiental (Desenho 10), revela que grande parte da área de intervenção do PP apresenta risco reduzido de inundação (a única excepção é o seu limite Noroeste, onde esse risco é moderado).

Instrumento estratégico

Disposições

aplicáveis Coerência do PP

Cotas dos pisos de habitação superiores à cota local da máxima cheia conhecida Decreto-Lei n.º 364/98, de 21 de Novembro (n.º 5 do Artigo 2.º)

Como evidencia a Planta de Implantação (cf. desenho 3 – Anexo I), a cota de soleira dos vários lotes propostos é de 4 metros, inclusive no caso do Lote 1 (exclusivamente residencial), que se localiza no extremo Noroeste da área de intervenção, onde o risco de inundação é menos reduzido (cf. também Desenho 10 – Anexo I). Essa cota está 1,4 metros acima da cota de máxima cheia estimada pela Ecoserviços (2009).

Restrições em regulamento para fazer face ao risco de

cheia

Decreto-Lei n.º 364/98, de 21 de Novembro (n.º 3 do

Artigo 2.º)

O regulamento do PP não inclui qualquer restrição ou normativo para fazer face ao risco de cheia que, relembre-se, é (em geral) reduzido na sua área de intervenção.

Desta forma, foram detectados essencialmente efeitos positivos significativos em termos de Ordenamento do Território (entendido numa perspectiva ampla e estratégica), na medida em que a proposta urbanística em avaliação é coerente com objectivos preconizados pela Estratégia de Desenvolvimento do Algarve e pelo PROT Algarve e, adicionalmente, respeita as normas previstas no Regulamento do PDM de VRSA para Zonas de Habitação Consolidadas (ZHC) bem como as faixas de protecção de infra-estruturas de drenagem de águas residuais e/ou de abastecimento público de água regulamentadas nesse PMOT.

Na versão de Agosto de 2009, o PP do Bairro da Caixa passou a ser coerente com as disposições do Decreto-Lei n.º 364/98, de 21 de Novembro, no que se refere à inclusão de cartografia de zonas inundáveis e de colocação dos pisos de habitação a cota superior à da máxima cheia. Porém, o respectivo regulamento não inclui restrições específicas para fazer face ao risco de cheia que, em todo o caso, é reduzido na respectiva área de intervenção.