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Avaliação dos Impactes da Solução 1 + 1A

0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 Ponto Quilométrico (m)

3. Avaliação dos Impactes da Solução 1 + 1A

Com base nos troços e receptores considerados para a Solução 1 + 1A (ver Anexo Técnico II - Qualidade do Ar), foram efectuadas simulações para a qualidade do ar. No mesmo anexo encontram-se ainda os resultados das respectivas simulações. Com base nestes resultados verifica-se que:

Os valores estimados para o Monóxido de Carbono para todos os receptores e para os dois anos considerados são inferiores aos valores horários e para 8 horas recomendados pela OMS e definidos pela legislação nacional (valor limite). O valor médio horário mais elevado corresponde a 10956 µg/m3 para o receptor localizado

ao km 15+600 da Solução 1 a 50 metros da estrada.

Relativamente ao Dióxido de Azoto, todos os valores estimados são inferiores ao valor recomendado pela OMS (200 µg/m3) definido para médias diárias. O valor

mais elevado é de 172 µg/m3 para o receptor localizado ao km 15+600 da Solução

1 a 50 metros da estrada.

Para as partículas totais em suspensão existem somente valores legais relativos a médias diárias e anuais (valores menos permissivos que as médias horárias). Comparando os valores estimados com o Valor Limite para Protecção da Saúde Humana (Decreto-Lei 111/2002) não se verificou nenhuma situação de incumprimento. O valor médio horário mais elevado corresponde a 49,1 µg/m3 para

o receptor localizado ao km 15+600 da Solução 1 a 50 metros da estrada.

Na Solução 1+1A, para os três poluentes em estudo, o receptor com concentrações mais desfavoráveis encontra-se ao km 15+600 da Solução 1 a 50 metros da estrada. Este receptor localiza-se junto à Quinta das Laranjeiras.

Para esta solução, os impactes são negativos, permanentes (porque existe emissão contínua de poluentes), reversíveis (devido à dispersão de poluentes na atmosfera)

e moderados, uma vez que, embora nunca sejam ultrapassados os valores legais, existem muitos receptores sensíveis.

6.4. Impactes Cumulativos

De acordo com o referido anteriormente, os impactes negativos sobre a qualidade do ar decorrentes da fase de construção do IC32 em estudo, são essencialmente devidos à emissão de partículas em suspensão, associadas ao funcionamento dos estaleiros, à realização de escavações, às construções a efectuar e à circulação dos veículos pesados afectos à obra.

Para além da emissão de partículas totais em suspensão, outro impacte sobre a qualidade do ar, resulta da emissão de poluentes atmosféricos provenientes do funcionamento dos veículos pesados e dos equipamentos com motores de combustão interna, afectos à obra. No entanto, caso sejam devidamente implementadas as medidas de mitigação preconizadas neste EIA, os impactes referidos, para a fase de construção consideram-se negativos, significativos, directos, temporários e de baixa magnitude.

Durante a fase de exploração do IC32 em estudo, são expectáveis impactes negativos pouco significativos e de magnitude reduzida, sobre a qualidade do ar, em resultado da circulação de veículos que irão utilizar o traçado.

Dada a incerteza inerente ao possível desenvolvimento de novos projectos, não se considera que se venham a verificar impactes cumulativos na qualidade do ar ambiente, tanto na fase de construção como na fase de exploração, que de algum modo possam ser acumulados aos referidos anteriormente.

6.5. Medidas de Minimização

6.5.1. Fase de Construção

Durante a fase de construção deverão ser tomadas algumas medidas de fácil implementação e que poderão contribuir para a diminuição dos impactes:

• Utilização de sistemas de filtragem eficientes nas centrais de betão, de modo a reduzir significativamente as emissões de partículas;

• Limpeza de rodados das máquinas/equipamentos antes de entrarem na via pública;

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

• Manutenção dos veículos pesados em boas condições, de modo a evitar casos de má carburação e as consequentes emissões de escape excessivas e desnecessárias;

• Proceder à cobertura dos camiões que transportam materiais que possam originar poeiras ao longo das ruas e estradas, em especial nos dias ventosos e/ou chuvosos,;

• Interdição da queima de qualquer tipo de resíduos a céu aberto;

• Nos estaleiros e zonas de acesso à obra próximo de zonas habitacionais, deverá proceder-se à aspersão de água dos caminhos.

6.5.2. Fase de Exploração

Dado que os impactes identificados para a fase de exploração do traçado em estudo são moderados, não se equacionaram medidas de mitigação para a fase de exploração.

6.6. Comparação das Alternativas

6.6.1. Troço 1 – Solução 1, Solução 2A e Solução 3

Neste ponto pretende-se efectuar a comparação das três soluções em estudo no troço 1 do traçado. Para tal, no quadro que se segue apresenta-se, para cada solução, o valor mais desfavorável para os três poluentes em estudo.

Quadro VI.6.2 - Comparação das Soluções no Troço 1

Concentração de Poluentes (µg/m3) Solução Receptor CO NO2 PTS Solução 1 Km 4+200 6294 96 29,7 Solução 2A Km 2+200 9907 153 44,7 Solução 3 Km 2+200 8858 134 41,0

Analisando o quadro anterior, verifica-se que a Solução 1 apresenta valores de concentração de poluentes mais baixos do que as outras duas soluções, em resultado dos menores valores de tráfego. Tendo em conta este aspecto, e ainda o facto de as três soluções apresentarem receptores igualmente sensíveis, considera- se que a Solução 1 é aquela que apresenta impactes menos significativos.

6.6.2. Troço 2 – Solução 1, Solução 2B e Solução 2C

Conforme já referido, neste troço existem apenas duas pequenas soluções à Solução 1 (soluções 2B e 2C). Uma vez que estas soluções pouco diferem da solução 1, não foi realizada a simulação das concentrações de poluentes provenientes das mesmas.

Assim, na comparação das soluções 2B e 2C com os respectivos troços da Solução 1, os critérios utilizados para seleccionar as soluções com menos impactes são a quantidade de receptores sensíveis nas proximidades e a extensão de cada troço. Deste modo, a Solução 1 foi considerada a solução que apresenta menor impacte, quando comparada com as Soluções 2B e 2C.

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

6.6.3. Troço 3 – Solução 1, Solução 1A e Solução 2D

Neste ponto pretende-se efectuar a comparação das três soluções em estudo na troço 3. Para tal, no quadro que se segue apresenta-se, para cada solução, o valor mais desfavorável para os três poluentes em estudo.

Quadro VI.6.3 - Comparação das Soluções no Troço 3

Concentração de Poluentes (µg/m3) Solução Receptor CO NO2 PTS Solução 2D+1 Km 18+200 da Solução 1 9674 153 42,5 Solução 1 Km 18+200 9674 153 42,5 Solução 1+1A Km 15+000 da Solução 1 10596 172 49,1

Analisando o quadro anterior, verifica-se que a Solução 1 e a Solução 2D+1 apresenta valores de concentração de poluentes iguais, derivado ao facto dos volumes de tráfego considerados, sendo estas mais baixos do que a restante solução. Tendo em conta este aspecto, o facto de as duas soluções apresentarem receptores igualmente sensíveis e extensões semelhantes, consideram-se as duas soluções (Sol. 1 e Sol 2D+1) aquelas que apresenta impactes menos significativos.