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Recursos Hídricos Superficiais – Fase de Construção

0 2500 5000 7500 10000 12500 15000 17500 20000 22500 Ponto Quilométrico (m)

4.1. Identificação e Estimativa de Impactes

4.1.1. Aspectos de Quantidade

4.1.1.1 Recursos Hídricos Superficiais – Fase de Construção

A análise dos traçados do lanço Funchalinho / Coina do IC32, revelam que serão interceptadas diversas linhas de água, sendo as mais importantes o rio Coina, o rio Judeu, Vala de Santa Marta e a Ribeira do Brejo da Palmeira.

No sentido de permitir a sua regularização, estão previstas as seguintes obras de arte especiais para os vários traçados em estudo:

Na solução 1 prevê-se a construção de 5 viadutos e 35 passagens hidráulicas e a ponte sobre o rio Coina;

¾ Solução 1A - 1 ponte e 5 passagens hidráulicas; ¾ Solução 2A - 1 Viaduto e 6 passagens hidráulicas; ¾ Solução 2B - 4 passagens hidráulicas;

¾ Solução 2C - 2 viadutos e 1 passagem hidráulica; ¾ Solução 2D - 6 passagens hidráulicas;

¾ Solução 3 Trecho 3.1 - 1 Viaduto e 2 passagens hidráulicas ¾ Solução 3 Trecho 3.2 - 6 passagens hidráulicas

Os viadutos estão devidamente identificados e localizados nos Quadros VI.4.1 a VI.4.5.

Para a identificação dos impactes ao nível da hidrologia fez-se um levantamento ao nível de pormenor, pelo que o âmbito do estudo é essencialmente realizado para a envolvente directa do lanço, ou seja, nas áreas imediatamente a montante e a jusante das futuras obras de drenagem transversal.

Da análise realizada à cartografia de drenagem pode-se constatar que a implantação da maioria das Passagens Hidráulicas, cuja secção foi dimensionada para um período de retorno de 100 anos e diâmetro mínimo utilizado de 1 metro, como sugere o INAG, não altera na maioria dos casos o regime direccional dos escoamentos das principais linhas de água interceptadas pelos traçados do lanço Funchalinho / Coina do IC32.

Relativamente à drenagem longitudinal, verifica-se que existiu uma preocupação por parte do projectista, de forma a não sobrecarregar o sistema de drenagem marginal (de plataforma) e não erodir os taludes, no caso dos trechos da estrada em escavação e aterro, de prever valas de crista para a drenagem das escorrências superficiais provenientes de bacias localizadas a cotas superiores e interceptadas pelos taludes de escavação. O escoamento destas águas será conduzido para as linhas de talvegue mais próximas.

Quadro VI.4.1 - Identificação e localização dos viadutos/ponte da Solução 1

Viaduto Km Extensão (m)

Viaduto da Regateira 2+140 - 2+249 109 Viaduto de Valadares 7+320 e o 7+570 250 Viaduto de Belverde 9+732 - 10+232 500 Viaduto das Freiras 12+000 – 12+244 244 Viaduto das Laranjeiras 12+913 – 13+183 270 Viaduto de Coina 17+614 – 19+559 1945 Restabelecimento

Ponte sobre o rio Coina - 250

Quadro VI. 4.2 – Identificação e localização dos viadutos da Solução 1A

Viaduto Km Extensão (m)

Ponte sobre o rio

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

Quadro VI.4.3 – Identificação e localização dos viadutos da Solução 2A

Viaduto Km Extensão (m)

Viaduto da

Regateira 1+790 – 1+910 120

Quadro VI.4.4 – Identificação e localização dos viadutos da Solução 2C

Viaduto Km Extensão (m)

Viaduto das Freiras 0+800 – 1+036 236 Viaduto das

Laranjeiras 1+440 – 1+864 424

Quadro VI.4.5 – Identificação e localização dos viadutos da Solução 3

Viaduto Km Extensão

(m)

Viaduto de Lazarim 1+210 – 1+316 106

Existiu ainda a preocupação, por parte do projectista de assegurar pequenas velocidades de escoamento a jusante das PHs, quer através de dissipadores de energia quer de inclinação da PH.

Durante esta fase, devido aos trabalhos de movimentações de terras, construção de taludes, depósito de terras excedentes, etc. poderão verificar-se perturbações no escoamento transversal e longitudinal com a obstrução dos leitos das linhas de água a jusante do local de implantação do traçado, por arrastamento de materiais para jusante. Também a construção de obras de arte e do sistema de drenagem transversal, origina interrupções temporárias no escoamento das águas superficiais, pelo aumento de deposição de materiais nas linhas de água, dificultando o escoamento natural.

No entanto, o correcto dimensionamento dos órgãos de drenagem transversal e longitudinal, conforme foi verificado anteriormente, minimiza significativamente o referido impacte.

Neste contexto, salienta-se que o eventual desvio temporário ou permanente dos cursos de água durante a obra, são situações a assinalar pela alteração que provocam ao nível hidrológico nestas linhas de água a diferentes níveis, como

sejam a alteração dos normais processos de erosão/sedimentação, aumento das velocidades de escoamento a jusante, eventuais riscos de cheia a jusante ou a montante devido à presença física da via rodoviária, entre outros, dando origem a um impacte negativo e significativo ao nível da rede hidrográfica de referência, embora a maioria de carácter temporário e, como tal, perfeitamente reversível. Assim, é previsível a ocorrência de impactes na drenagem superficial durante a fase de construção, associados essencialmente à circulação de maquinaria, presença de estaleiros e movimentação de terras, os quais poderão ser minimizáveis se forem tomadas as adequadas medidas.

A maioria das linhas de água interceptadas pelos projectos serão, no entanto, maioritariamente linhas de água com regime temporário pelo que a minimização deste impacte irá depender principalmente, da calendarização e duração das obras, do revestimento correcto das suas margens e da instalação de orgãos de dissipação de energia de modo a evitar a erosão dos taludes das linhas de água. Assim estes impactes serão mais significativos se a programação das obras ocorrer em períodos de maior intensidade de precipitação, e se não se verificar o seu restabelecimento imediato logo após a execução das obras.

As zonas mais sensíveis correspondem ao atravessamento das principais linhas de água, destacando-se o atravessamento do rio Coina, Ribeira da Regateira, Vala de Santa Marta, e do rio Judeu através de viadutos. Deste modo a construção destas obras de arte sobre estas linhas de água, poderão dar origem a interrupções temporárias no escoamento das águas. Apesar de nesta fase ainda não existirem elementos que permitam caracterizar com pormenor os viadutos previstos, e que são alvo de projectos específicos, designadamente o número de pilares dos viadutos e sua localização, refere-se desde já que deverá ser evitada a implantação de pilares dos viadutos sobre o leito normal das linhas de água atravessadas.