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P. Diurno Nocturno Diurno Nocturno Diurno Nocturno Troço

9.1. Usos do Território

9.1.1.5 Impactes na Fase de Exploração

A proximidade que o traçado do IC32 passará a ter com habitações que agora se encontram afastadas de estradas com maior tráfego (por exemplo, em Foros da Catrapona), será um dos impactes negativos que merece destaque nesta fase. A modificação ou interrupção de caminhos, acessos aos lotes e às propriedades, fazendo prolongar os percursos e trajectos, constituem impactes significativos a muito significativos.

O efeito barreira provocado por esta nova infra-estrutura linear, será uma realidade nesta fase, particularmente quando se implanta nas proximidades de loteamentos em malha de quadrícula, condicionando a mobilidade de pessoas e veículos e perturbando a tranquilidade natural destas áreas, ainda preservada pela baixa densidade de ocupação do território. O impacte por isso será negativo e significativo nesses casos.

A redução da área industrial do parque industrial de Coina será uma consequência deste traçado, pela supressão de alguns lotes no enfiamento da nova estrada. No entanto, a criação de um novo eixo rodoviário, com um Nó nesta localidade, será um atributo vantajoso para a mesma área de actividades industriais e serviços. Por este facto, o impacte será positivo e muito significativo.

O desvio do actual tráfego de passagem pelas localidades incluídas no corredor em estudo para o novo itinerário complementar n.º 32, induzirá impactes positivos muito significativos, na medida em que haverá tendência para reduzir a circulação de viaturas nas estradas actuais e assim baixar também o risco de acidentes. Consequentemente, poderá aumentar a segurança em áreas urbanas consolidadas.

9.1.2. Medidas de Minimização

Na fase de Estudo Prévio, em que se analisam diferentes soluções e alternativas de traçado, é possível avaliar todas as interferências de cada uma, e levar para a fase seguinte, de projecto de execução, a que se preveja venha a criar impactes menos significativos para o ambiente.

Por isso, uma importante medida de minimização dos impactes mais significativos será o abandono das soluções que mais afectam negativamente o ambiente,

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

investindo na opção de traçado comparativamente menos perturbadora para o meio onde se insere.

Seja qual for a solução de traçado a construir, tendo em conta as diversas variáveis que determinam a escolha, a minimização dos impactes negativos pode e deve ser desenvolvida a partir da fase de projecto, e posteriormente nas fases de construção e/ou exploração.

Para a fase de Projecto de Execução, a principal medida de minimização a apontar será a necessidade de assegurar o acesso a todos os lotes de terreno e propriedades, nomeadamente através de passagens desniveladas e/ou caminhos paralelos, de forma a garantir a continuidade dos usos do território, após a construção do IC32. Todos os actuais caminhos, identificados no capítulo de impactes sobre os usos do território como ainda não restabelecidos convenientemente, para todas as soluções em estudo, poderão deixar de constituir impacte negativo, caso o projecto em Fase de Projecto de Execução preveja de alguma forma o seu restabelecimento.

Para todas as soluções de traçado estudadas, e no que se refere aos impactes sobre o uso urbano e o uso agrícola, propõe-se que se equacionem todas as possibilidades de desenho dos traçados, na fase de Projecto de Execução, de modo a evitar, tanto quanto possível, a demolição de habitações e o abandono da actividade agrícola no corredor em estudo. O efeito barreira nas acessibilidades e usos do território poderá ser minimizado com o aumento do número de passagens desniveladas ou a previsão de caminhos paralelos adequados à serventia a garantir.

Caso seja necessário expropriar residências, armazéns, áreas comerciais e outras edificações em áreas de uso urbano, prever a justa indemnização aos proprietários, em função do tipo de construção e das benfeitorias presentes no edificado e no espaço exterior do lote.

A paragem de autocarros afectada com a rotunda poente no Nó de Botequim deverá ser integrada na fase de Projecto de Execução em localização próxima da existente no presente, e em condições adequadas com o novo traçado rodoviário. Na proximidade à estrutura do Aterro Sanitário do Seixal (já selado) ao km 7+500 da Solução 1, deverá ser reavaliava a travessia em Fase de Projecto de Execução, de modo a garantir que os pilares do viaduto, não interfiram directamente com a área do Aterro e consequentemente com os resíduos sólidos urbanos depositados.

Importa ainda referir que, no caso da adopção da Solução 2B, e ao Km 2+500 da Solução 2B, a afectação com o Aterro Sanitário do Seixal, é minimizado com a travessia do mesmo com a implantação do Viaduto de Valadares. No entanto considera-se que para a Fase de Projecto de Execução, deverá ser garantido a não interferência com a colocação dos pilares no Aterro Sanitário.

A feira mensal que tem lugar em Coina num terreno confinante com o corredor de passagem da Solução 1 do IC32, ao Km 19+100 a 19+200, deverá manter todas as condições de funcionamento, garantindo-se, na fase em que decorre a obra, que esta não afectará nem prejudicará feirantes e público em geral. Este tipo de medida passa, ou pela conveniente vedação da área da obra e eventual suspensão de trabalhos de maior movimentação e complexidade nesses dias, ou pelo estudo de deslocalização do espaço da feira para local consensualmente vantajoso para todas as partes, enquanto decorrer a obra, sempre com o envolvimento da autarquia neste processo.

A posse dos terrenos agrícolas para início da obra deverá efectuar-se, tanto quanto possível, após a época das colheitas, evitando-se assim a perda de um ano de produção, com maiores prejuízos para os usos do território.

Na fase de construção, deve assegurar-se que a circulação de veículos e materiais afectos à obra, não impedirá a circulação e acessos às habitações, arruamentos e caminhos locais, garantindo sempre todas as actuais ligações. A mobilidade e segurança dos animais em pastagens (Areeiro, Regateira e vale do rio Judeu) deverá ser assegurada, compartimentando as áreas em que se deslocam máquinas e viaturas, para evitar a intromissão mútua e acidentes involuntários. Nesta fase, será por isso necessário prever as intervenções com alternativas seguras à circulação de pessoas, veículos e animais, estabelecendo as etapas de trabalho que se entenderem suficientes para acautelar a acessibilidade local dos usos do território.

Há que tomar medidas para reduzir a formação de poeiras e lamas nos pavimentos e áreas pedonais, na fase de construção, em especial devido à existência de habitações nas proximidades, pela aspersão regular dos percursos de obra e pela limpeza e lavagem de rodados na transição para áreas pavimentadas.

Nos percursos em terra batida deverão ser mantidas as condições de circulação para pessoas e viaturas, procedendo-se a reparações ou reposição de materiais “espremidos” para a berma, sempre que os rodados se tornam profundos ou se verifica acumulação de água ou lamas, de modo a garantir em permanência a circulação e acesso locais.

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

Através do Projecto de Integração Paisagística a desenvolver em Projecto de Execução, proceder à reposição de vegetação típica da região, através de plantações e sementeiras nos taludes, nós, rotundas e todas as áreas afectadas pela obra.

No final da obra, proceder à reconstituição de vedações e compartimentações afectadas durante a construção, assegurar o restabelecimento de ligações aos principais caminhos interrompidos e reintegrar na paisagem as zonas afectadas por estaleiro, circulação e depósitos de materiais.

9.1.3. Comparação das Alternativas

Após a identificação dos impactes nos usos do território, apresenta-se aqui a análise comparativa das soluções em estudo para o traçado do novo lanço da Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS) ou IC32, entre Funchalinho e Coina.

Nos Quadros seguintes resumem-se os principais impactes descritos relativamente a este parâmetro. A análise será realizada considerando a combinação de alternativas já definida para:

Após a identificação dos impactes nos usos do território, apresenta-se aqui a análise comparativa das soluções em estudo para o traçado do novo lanço da Circular Regional Interna da Península de Setúbal (CRIPS) ou IC32, entre Funchalinho e Coina.

Nos Quadros seguintes resumem-se os principais impactes descritos relativamente a este parâmetro. A análise será realizada considerando a combinação de alternativas já definida para:

• Troço 1; • Troço 2; • Troço 3;

Para cada Troço são referenciadas as soluções nele incluídas e o resumo dos respectivos impactes nos usos do território. A sua significância é expressa em +++, consoante é pouco, medianamente ou muito significativo, tendo em consideração tudo o que foi descrito no capítulo de Impactes. Nos Caminhos e Acessos, enumeram-se os que o Estudo Prévio ainda não contempla o respectivo restabelecimento. A última coluna do quadro (Análise Comparativa), indica,

subjectivamente, qual a solução ou soluções mais favorável (por ter impactes menos significativos - ) para cada troço, e também qual a que poderá criar impactes de maior magnitude - ), tendo em conta o peso relativo de cada tipo de uso, em análise comparativa..

Quadro VI.9.10 - Principais impactes encontrados para o Troço 1 Caminhos e acessos Uso urbano Equipamentos e serviços Uso agrícola Uso florestal Análise Comparativa Solução 1 - (8 casas) +++ ++ + ++ Solução 2A 2 (1 casa) ++ ++ + + Solução 3 - (8 casas) +++ + ++ ++

Quadro VI.9.11 - Principais impactes encontrados para o Troço 2 Caminhos e acessos Uso urbano Equipamentos e serviços Uso agrícola Uso florestal Análise Comparativa Solução 1 8 (10 casas) +++ - + ++ Solução 2B 7 (6 casas) ++ - + ++ Solução 2C 8 (12 casas) +++ + + +

IC 32 – CRIPS – Funchalinho / Coina – Estudo Prévio

Quadro VI.9.12 - Principais impactes encontrados para o Troço 3 Caminhos e acessos Uso urbano Equipamentos e serviços Uso agrícola Uso industrial Análise Comparativa Solução 1 7 (10 casas) +++ (Feira Coina) ++ +++ ++ Solução 1 A 10 (10 casas) +++ + ++ + Solução 2D 16 (4 casas) +++ (Feira Coina) ++ +++ ++

O número de casas afectadas pelo traçado no uso urbano foi o factor de maior peso nesta avaliação. O número de caminhos e acessos afectados constitui um impacte minimizável na fase de Projecto de Execução pelo que tinha aqui um menor peso. No caso do Troço 3, a interferência com o recinto da feira mensal de Coina foi entendido também com um peso reduzido, face à possibilidade de ser minimizado o impacte previsível.

Fazendo agora a análise global dos troços estudados, e tendo em conta os impactes identificados nos usos do território, as soluções mais favoráveis são as que se indicam no quadro seguinte, para cada Troço em análise, entre Funchalinho e Coina, do Itinerário Complementar n.º 32.

Quadro VI.9.13 - Resumo da Análise Comparativa de Alternativas para os Usos do Território